Papers by Suzete Bornatto
Orientador: Prof. Dr. Marcus Aurélio Taborda de OliveiraTese (doutorado) - Universidade Federal d... more Orientador: Prof. Dr. Marcus Aurélio Taborda de OliveiraTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa: Curitiba, 25/02/2011Inclui referênciasResumo: O ensino de português no Brasil entre 1944 e 1980 é analisado a partir de obras didáticas de três gerações de professores que atuaram tanto no ensino básico como no superior no estado do Paraná. As obras tiveram circulação nacional: a coleção Português Ginasial, do filólogo e pesquisador de línguas indígenas Rosário Mansur Guérios; a coleção "Nossa Língua", dos linguistas Eurico Back e Geraldo Mattos, criadores da "Gramática Construtural da Língua Portuguesa"; e "Português Atual – leitura e redação", dos linguistas Carlos Alberto Faraco e David Mandryk. A metodologia de análise consistiu em cotejar esses livros com outras coleções ou obras de cada época, considerando prescrições programáticas e materiais para orientação dos professores, p...
OLIVEIRA, Marcus Aurelio Taborda de (Org.). Cinco estudos em historia e historiografia da educaca... more OLIVEIRA, Marcus Aurelio Taborda de (Org.). Cinco estudos em historia e historiografia da educacao . Belo Horizonte: Autencia, 2007.
Educar Em Revista, 2002
Na obra introdutoria O que e literatura, de 1982, integrante da bem sucedida Colecao Primeiros Pa... more Na obra introdutoria O que e literatura, de 1982, integrante da bem sucedida Colecao Primeiros Passos, da editora Brasiliense, Marisa Lajolo ja esbanjava senso de humor e defendia o trato da literatura por vias menos formais do que as preferidas por muitos de seus sisudos companheiros de erudicao. Nesta “re-escrita”, que e Literatura: leitores & leitura (em que a objetividade do titulo anterior da espaco a subjetividade dos sujeitos e suas escolhas), a irreverencia e a provocacao estao presentes e chamam o “leitor anonimo” a diversos questionamentos importantes. Para quem esta envolvido com a educacao literaria, pode parecer que algumas perguntas sao velhas, mas uma consulta a livros didaticos, uma visita a salas de aula ou uma leitura de titulos recentes sobre literatura e ensino podem revelar que ha muita teoria e muita pratica empoeirada precisando ser objeto de duvida.
História intelectual e educação - Imprensa e esfera pública, 2019
Estudo das edições do suplemento "letras & artes" do jornal DIário do Paraná, entre 1959 e 1961, ... more Estudo das edições do suplemento "letras & artes" do jornal DIário do Paraná, entre 1959 e 1961, sob coordenação de Sylvio Back.
Intelectuais, modernidade e formação de professores, 2015
Estudo da produção sobre ensino de português do linguista Eurico Back e de sua atuação junto ao M... more Estudo da produção sobre ensino de português do linguista Eurico Back e de sua atuação junto ao MEC na década de 1970, com destaque para a defesa do ideário de integração social como solução para o país.
O texto propõe uma discussão bastante apurada sobre o
processo de “canonização” de certos autores... more O texto propõe uma discussão bastante apurada sobre o
processo de “canonização” de certos autores da literatura em
detrimento de outros, e o papel dos autores dos livros escolares
na sistematização de conteúdos culturalmente valorizados.
Para a autora, há uma perspectiva autoral nestas obras didáticas
que é preciso reconhecer e explicitar, pois, ao escolherem
nomes, textos e juízos críticos para a leitura dos estudantes,
estes autores entram no complexo jogo de formação de
subjetividades no espaço escolar. Parte
da análise de antologias, livros didáticos e artigos de crítica
literária, buscando mostrar a complexidade do processo de
incorporação de um escritor nas antologias escolares. Para
isso, a autora toma como exemplar o caso do escritor Manuel
Bandeira, que entra nos compêndios escolares já na década de
1930, período em que havia certa má vontade em incorporar
escritores recentes ou contemporâneos, principalmente aqueles
que tinham alguma relação com os modernistas. Como pano
de fundo desse debate, aparece também a preocupação dos
puristas em relação à língua portuguesa.
Depois de mostrar a complexidade dos processos de
seleção e validação no campo da história literária e de seu
ensino, propõe uma orientação diferente para o
trabalho com a literatura na escola. Para a autora, trabalhar
com materiais diversos pode constituir uma boa oportunidade
para que os alunos, além de lerem os textos literários, reúnam
e contextualizem opiniões de especialistas de diferentes
orientações e tirem conclusões sobre textos, obras, movimentos
literários. Portanto, defende que o contato com
a polêmica, com o inacabado, com o julgamento que se altera,
pode ser melhor aprendizado do que a leitura de biografias
santificantes. A escola teria mais a ganhar se aproveitasse a
natural desconfiança dos estudantes e pensasse com eles nas
escolhas que os outros vão fazendo por nós e que vão nos
fazendo.
André Chervel é referência nos estudos brasileiros de história da educação desde os anos 1990, ma... more André Chervel é referência nos estudos brasileiros de história da educação desde os anos 1990, mas pouco conhecido entre os pesquisadores do ensino de línguas; o texto visa apresentar brevemente sua trajetória de pesquisa e o reconhecimento que obteve na França, a fim de situar a leitura da tradução do artigo “Das disciplinas à cultura escolar: o caso do ensino de ortografia na escola primária”, em que Chervel problematiza o impacto cultural do que é produzido na e para a escola.
Estudo sobre o cânone escolar dos anos 70 e sobre a escolarização da obra de Stanislaw Ponte Pret... more Estudo sobre o cânone escolar dos anos 70 e sobre a escolarização da obra de Stanislaw Ponte Preta/Sergio Porto.
A coleção “Nossa Língua”, para 5ª. a 8ª. série do 1º. grau, é analisada como parte do grande emp... more A coleção “Nossa Língua”, para 5ª. a 8ª. série do 1º. grau, é analisada como parte do grande empreendimento dos professores Eurico Back e Geraldo Mattos para a renovação do ensino de português no Brasil nos anos 70
Grupo de Trabalho -Cultura, Currículo e Saberes Agência Financiadora: não contou com financiamento
RESUMO: Dizem os jornais que somos pouquíssimos os leitores de poesia no Brasil, de que se conclu... more RESUMO: Dizem os jornais que somos pouquíssimos os leitores de poesia no Brasil, de que se conclui que alguma responsabilidade nisso a escola deve ter. Em livros de português para o ensino fundamental utilizados no Brasil entre as décadas de 1940 e 1980 do século XX, os poemasprincipalmente os sonetos -são frequentes, chegando a um terço dos textos em livros até a década de 70. Essa presença precisa ser compreendida no âmbito das formas de leitura praticadas e valorizadas pela escola, uma vez que o texto poético pode ser utilizado para variados objetivos: estudo e/ou ampliação de vocabulário, aplicação de conceitos gramaticais, ensino de valores, de posturas para leitura formal em voz alta ou simplesmente para diversão. A pesquisa histórica sobre a seleção de textos e autores nos livros escolares busca, além de identificar o cânone escolar de poesia, esclarecer os sentidos que se atribui, na cultura escolar, à leitura desse gênero.
Palavras-chave: História das disciplinas, Livros didáticos, Ensino de português.
Os estudos em História da Educação e, particularmente, na área de história das disciplinas, ofere... more Os estudos em História da Educação e, particularmente, na área de história das disciplinas, oferecem contribuição importante para a formação de professores. Refletir sobre o currículo, os conteúdos, os materiais e as práticas em perspectiva histórica ajuda a construir um posicionamento crítico mais produtivo do que a assunção de afirmações genéricas sobre como a disciplina "era" em tal época ou como "se transformou" em outra.
Revista Brasileira de História da Educação, 2010
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Papers by Suzete Bornatto
processo de “canonização” de certos autores da literatura em
detrimento de outros, e o papel dos autores dos livros escolares
na sistematização de conteúdos culturalmente valorizados.
Para a autora, há uma perspectiva autoral nestas obras didáticas
que é preciso reconhecer e explicitar, pois, ao escolherem
nomes, textos e juízos críticos para a leitura dos estudantes,
estes autores entram no complexo jogo de formação de
subjetividades no espaço escolar. Parte
da análise de antologias, livros didáticos e artigos de crítica
literária, buscando mostrar a complexidade do processo de
incorporação de um escritor nas antologias escolares. Para
isso, a autora toma como exemplar o caso do escritor Manuel
Bandeira, que entra nos compêndios escolares já na década de
1930, período em que havia certa má vontade em incorporar
escritores recentes ou contemporâneos, principalmente aqueles
que tinham alguma relação com os modernistas. Como pano
de fundo desse debate, aparece também a preocupação dos
puristas em relação à língua portuguesa.
Depois de mostrar a complexidade dos processos de
seleção e validação no campo da história literária e de seu
ensino, propõe uma orientação diferente para o
trabalho com a literatura na escola. Para a autora, trabalhar
com materiais diversos pode constituir uma boa oportunidade
para que os alunos, além de lerem os textos literários, reúnam
e contextualizem opiniões de especialistas de diferentes
orientações e tirem conclusões sobre textos, obras, movimentos
literários. Portanto, defende que o contato com
a polêmica, com o inacabado, com o julgamento que se altera,
pode ser melhor aprendizado do que a leitura de biografias
santificantes. A escola teria mais a ganhar se aproveitasse a
natural desconfiança dos estudantes e pensasse com eles nas
escolhas que os outros vão fazendo por nós e que vão nos
fazendo.
processo de “canonização” de certos autores da literatura em
detrimento de outros, e o papel dos autores dos livros escolares
na sistematização de conteúdos culturalmente valorizados.
Para a autora, há uma perspectiva autoral nestas obras didáticas
que é preciso reconhecer e explicitar, pois, ao escolherem
nomes, textos e juízos críticos para a leitura dos estudantes,
estes autores entram no complexo jogo de formação de
subjetividades no espaço escolar. Parte
da análise de antologias, livros didáticos e artigos de crítica
literária, buscando mostrar a complexidade do processo de
incorporação de um escritor nas antologias escolares. Para
isso, a autora toma como exemplar o caso do escritor Manuel
Bandeira, que entra nos compêndios escolares já na década de
1930, período em que havia certa má vontade em incorporar
escritores recentes ou contemporâneos, principalmente aqueles
que tinham alguma relação com os modernistas. Como pano
de fundo desse debate, aparece também a preocupação dos
puristas em relação à língua portuguesa.
Depois de mostrar a complexidade dos processos de
seleção e validação no campo da história literária e de seu
ensino, propõe uma orientação diferente para o
trabalho com a literatura na escola. Para a autora, trabalhar
com materiais diversos pode constituir uma boa oportunidade
para que os alunos, além de lerem os textos literários, reúnam
e contextualizem opiniões de especialistas de diferentes
orientações e tirem conclusões sobre textos, obras, movimentos
literários. Portanto, defende que o contato com
a polêmica, com o inacabado, com o julgamento que se altera,
pode ser melhor aprendizado do que a leitura de biografias
santificantes. A escola teria mais a ganhar se aproveitasse a
natural desconfiança dos estudantes e pensasse com eles nas
escolhas que os outros vão fazendo por nós e que vão nos
fazendo.