Caroline Izidoro Marim
Coordinator of the Feminist Affective Epistemologies Research Group CNPq/PUCRS. Organizer of the Pindorama Collection of Decolonial and Gender Studies. Apeku Publisher. Postdoctoral PNPD/Capes at PPGFIL PUCRS and PPGF UFSC. PhD in Philosophy from the Federal University of Rio de Janeiro and University of Oxford, England. Guest professor at Université Toulouse - Jean Jaurès, ERRAPHIS group. She was a collaborating professor at UFPE and at the Graduate Program in Philosophy at the PUCRS School of Humanities. She holds a Bachelor's and Master's degree in Philosophy from the Federal University of Santa Catarina. She has experience in the area of General Philosophy, with an emphasis on Applied Ethics, Contemporary Ethics, Metaethics, Aesthetics, Feminist Social Epistemology and Decolonial Studies. She was a CNPq doctoral fellow at the University of Oxford, at the UEHIRO Center of Practical Ethics and a visitor at the MLAG-Mind Language Action Group, University of Porto / Portugal. As a contemporary dancer develops artistic research in philosophy and performance.
Coordenadora do Grupo de Pesquisa Epistemologias Afetivas Feministas CNPq/PUCRS. Organizadora da Coleção Pindorama de Estudos Decoloniais e de Gênero. Editora Apeku. Pós-doutorado PNPD/Capes no PPGFIL PUCRS (2019-2020); PPGF UFSC (2013-2016). Doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e University of Oxford, Inglaterra. Professora convidada na Université Toulouse - Jean Jaurès, grupo ERRAPHIS. Foi professora colaboradora na UFPE e do Programa de Pós-graduação em Filosofia da Escola de Humanidades PUCRS. Possui graduação e mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Filosofia Geral, com ênfase em Ética Aplicada, Ética Contemporânea, Metaética, Estética, Epistemologia Social Feminista e Estudos Decoloniais. Foi bolsista de doutorado sanduíche- CNPq, na University of Oxford, junto ao UEHIRO Centre of Practical Ethics e visitante no MLAG - Mind Language Action Group , Universidade do Porto/Portugal. Bailarina Contemporânea, desenvolve pesquisa artística em filosofia e performance.
Supervisors: Guy Kahane (UEHIRO - University of Oxford)
Coordenadora do Grupo de Pesquisa Epistemologias Afetivas Feministas CNPq/PUCRS. Organizadora da Coleção Pindorama de Estudos Decoloniais e de Gênero. Editora Apeku. Pós-doutorado PNPD/Capes no PPGFIL PUCRS (2019-2020); PPGF UFSC (2013-2016). Doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e University of Oxford, Inglaterra. Professora convidada na Université Toulouse - Jean Jaurès, grupo ERRAPHIS. Foi professora colaboradora na UFPE e do Programa de Pós-graduação em Filosofia da Escola de Humanidades PUCRS. Possui graduação e mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Filosofia Geral, com ênfase em Ética Aplicada, Ética Contemporânea, Metaética, Estética, Epistemologia Social Feminista e Estudos Decoloniais. Foi bolsista de doutorado sanduíche- CNPq, na University of Oxford, junto ao UEHIRO Centre of Practical Ethics e visitante no MLAG - Mind Language Action Group , Universidade do Porto/Portugal. Bailarina Contemporânea, desenvolve pesquisa artística em filosofia e performance.
Supervisors: Guy Kahane (UEHIRO - University of Oxford)
less
InterestsView All (6)
Uploads
Papers by Caroline Izidoro Marim
alguma inserção no mercado editorial brasileiro, o dos estudos decoloniais
é relativamente desconhecido. O pressuposto comum do decolonialismo e
do pós-colonialismo é o de que vivemos uma realidade geopolítica marcada
pela violência epistêmica e pelo colonialismo discursivo dos países do Norte
Global. Entendemos que a produção de conhecimento é afetada pela divisão
internacional do trabalho e pelo capitalismo global de tal maneira que países
do Sul Global marcados por um passado colonial acabam sendo englobados
em uma universalidade das ciências produzidas no Norte global. Nossa realidade social é marcada pela invisibilização e silenciamento dos subalternos, o subproletariado urbano e camponeses expulsos de suas terras pelo agronegócio, os dissidentes sexuais e os corpos racializados. A coleção Pindorama almeja mostrar a história não contada sobre a experiência e história dos povos racializados e submetidos ao racismo de assimilação.
Este é o primeiro volume reúne textos de pesquisadoras e pesquisadores brasileiras que têm como ponto comum o debate sobre a colonialidade de gênero e os problemas que cercam a decolonialidade estritamente e amplamente. O texto que abre o livro, “Epistemologia e colonialidade de Gênero”, Príscila Carvalho faz um apanhado geral dos principais conceitos e temas do feminismo decolonial de María Lugones. No texto seguinte, “María Lugones: Da Decolonialidade do Poder à Colonialidade do gênero”, Vivianne Botton mostra-nos que as contribuições teóricas de Lugones ultrapassam o feminismo decolonial e englobam entre outros temas também a crítica ao humanismo europeu androcêntrico. Em “O Sistema moderno colonial de gênero e a necessidade de um feminismo para além das categorias”, Aline Rosa busca pensar o debate de gênero e da teoria queer a partir do arcabouço teórico da discussão da categoria de ‘raça’ como um padrão de dominação colonial. Em “O Lócus Fraturado como resistência epistêmica”, Victória Xavier refaz o percurso teórico do grupo modernidade/colonialidade e mostra as implicações de suas teorias para a análise de Lugones sobre gênero e colonialidade. Em “Problematizando a Interseccionalidade. Ou análise da crítica de María Lugones ao conceito”, Rodrigo Ribeiro apresenta a história da origem do conceito de ‘interseccionalidade” e o seu contraponto com a perspectiva diferenciada de Lugones sobre esse conceito, a partir da sua crítica a fragmentação imposta pelo pensamento categorical e sua ideia acerca da consubstancialidade das múltiplas opressões. No sexto texto, “Tensionar para resistir: A resistência como missão do feminismo Descolonial”, Carlos Rocha mostra como a violência do colonizador extirpou a humanidade dos colonizados, em particular, das mulheres colonizadas. Analisa também como a lógica categorial emancipatória do feminismo branco hegemônico não serve para os propósitos da luta pela descolonização. Em “Espelho-Reflexo, Contemplação, Percepção e Reconhecimento. Quando a mulher negra descobre a beleza de sua existência”, Andréa Nascimento utiliza a perspectiva decolonial para analisar os efeitos psicológicos do racismo na autoestima da mulher negra brasileira e como se desvencilhar desses efeitos. No oitavo texto, “Desafios da Institucionalidade no contexto da teoria decolonial: universalidade e identidade”, Marcelo Silva analisa a vinculação entre o institucionalismo americano, seus objetivos imperialistas, e de que maneira a política imperialista norte-americana atua como novo ator colonialista na América Latina.
relativamente desconhecido. O pressuposto comum do decolonialismo e do pós-colonialismo é o de que vivemos uma realidade geopolítica marcada pela violência epistêmica e pelo colonialismo discursivo dos países do Norte Global.
Entendemos que a produção de conhecimento é afetada pela divisão internacional do trabalho e pelo capitalismo global de tal maneira que países do Sul Global marcados por um passado colonial acabam sendo englobados em uma universalidade das ciências produzidas no Norte global. Nossa realidade social é marcada pela invisibilização e silenciamento dos subalternos, o subproletariado urbano e camponeses expulsos de suas terras pelo agronegócio, os dissidentes sexuais e os corpos racializados. A coleção Pindorama almeja mostrar a história não contada sobre a
experiência e história dos povos racializados e submetidos ao racismo de assimilação.
Este segundo volume é um Dossiê e reúne uma coletânea de textos
que foram apresentados na II Jornada de Feminismos Decoloniais, evento
organizado pelas professoras Susana de Castro (UFRJ) e Caroline Marim
(UFPE) através do Grupo de Estudos Decoloniais Carolina Maria de Jesus e
teve como Comissão Técnico-Científica Susana de Castro, Mary Garcia Castro, Caroline Izidoro Marim, Heloísa Buarque de Hollanda, Tatiana Roque,
Beatriz Resende, Ana Cecilia Impellizieri Martins e Miriam Grossi.
A II Jornada Feminismos Decoloniais foi uma continuidade do
evento Fórum Mulher, que aconteceu entre os dias 21 e 27 de novembro
de 2019 e teve e tem como propósito discutir o pensamento feminista em
espaços abertos, gratuitos e democráticos para que o pensamento feminista, suas teorias e narrativas, sejam debatidos nas universidades e em pontos estratégicos do centro e das periferias do Rio de Janeiro. Naquela ocasião o Fórum Mulher, uma realização do Laboratório de Teoria e Práticas Feministas do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) Letras/ UFRJ, associou-se ao Fórum de Ciência e Cultura, espaço de estudos superiores e debates da UFRJ e ao #AgoraÉQueSãoElas, um dos mais importantes polos do ativismo feminista da web. O Fórum Mulher é um espaço político acadêmico e político que tem ocupado a cidade e o universo das mídias sociais e a II Jornadas Feministas Decoloniais tem como objetivo dar continuidade a esse debate convidando pensadoras de diferentes localidades e perspectivas procurando ampliar ainda mais o debate do feminismo decolonial na Universidade e não somente nela.
O evento contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) pelo Edital de Apoio a organização de
eventos e do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Também contou com as
parcerias da Editora Bazar do Tempo, Ape’Ku Editora, Grupo de pesquisa,
Epistemologias Afetivas Feministas, Laboratório Antígona de Filosofia e Gênero (UFRJ), Vozes de Mulheres (UFRJ) e Coleção Pindorama.
A II Jornada Feminismos Decoloniais aconteceu entre os dias
28 de junho e 2 de julho virtualmente, com todas as atividades gratuitas,
dentre elas: oficinas, lançamentos de livros e apresentação de podcast, pelo grupo de extensão da UFRJ vozes de mulheres. Entre as convidadas das mesas redondas e conferências estão nomes como Oyèrónkẹ Oyěwùmí, Rita Segato, Paola Bucchetta, Monica Cejas e na mesa redonda de encerramento contamos ainda com a participação das reitoras Denise Pires (UFRJ), Marcia (UnB), e Sandra Goulart (UFMG) para discutir sobre a construção de uma perspectiva feminista decolonial na Universidade em mesa mediada por Marisa Santana e Heloisa Buarque de Hollanda.
O objetivo do evento foi aproximar grupos de pesquisa feministas
de diferentes localidades e perspectivas para questionar: Qual Universidade
queremos? Quais epistemologias, saberes e práticas nos aproximam e podem sustentar uma Universidade Decolonial? E, a partir disso construir um espaço de troca, debate teórico-metodológico e formação de alianças acadêmicas em torno de questões feministas problematizadas sob a perspectiva decolonial, a programação foi pensada como um entrelaçamento de espaços diálógicos.
A II Jornada ofereceu oficinas e fóruns de discussão ativa e mesas redondas e conferências sempre acompanhadas de mediações e diálogos.
Neste volume compartilhamos alguns dos trabalhos e pesquisas que
foram apresentados na jornada dando continuidade e aprofundando o debate feminista decolonial, que ainda se encontra em construção. Entre eles, “A Universidade que não queremos”: Como pensar em fronteiras no espaço universitário?, de Marise de Santana; A construção do/a pesquisador/a encarnado/a em uma universidade pública e periférica: experimentações e modelagens no saber fazer das ciências corporificadas, por Suely Aldir Messeder, Cauê Ribeiro e Margarete Carvalho; Beatriz Nascimento, intérprete decolonial do Brasil, Susana de Castro; Rita Segato. Potencia feminista decolonial en acto, por Karina Bidaseca; Circulações
Anzaldúanas na Ilha da Tartaruga e na França: Alguns elementos para uma
Historiografia Densa e uma Contextualidade-Histórica Densa por Paola Bacchetta; Descolonizando o olhar: a construção de um ethos estético-político feminista que cria estratégias de luta e resistências pela palavra por meio do reconhecimento de outras vozes e escritas do corpo, Caroline Marim; Descolonizar a Vênus: As categorias estéticas da figura da Vênus sob a mira colonial: uma experiência vivida erótica e feminina, Raisa Inocêncio; Pretuguês - por uma literatura que rompe fronteiras, por Raffaella Fernandez, Drica Madeira, Victória França Xavier; Uma escrita antropofágica e marginal, de Aline de Oliveira Rosa, Victória Felippe França Xavier; e por fim, Porque devemos mudar o modo como contamos história: o exemplo decolonial do filme Isto não é um enterro, é uma ressurreição, de Humberto Giancristofaro.
de criação, visibilidade, resistência ao roubo de sua língua
nativa, de suas experiências pessoais e a visão de mundo que a
acompanha. A escrita é, antes de tudo, uma metodologia, que
nos mantem vivas. Assim, o objetivo é situar de que modo: a
escrita é ferramenta estrutural política, social e epistêmica na
luta feminista, de diferentes raças, etnias e classes, contra uma
injustiça cultural; a escrita de mulheres não guardam apenas
preocupações estéticas, mas constituem-se como base para erigir
outras epistemologias.