Ludmila Britto
Ludmila Britto é artista visual, arte-educadora e pesquisadora em Arte Contemporânea. É doutoura em História da Arte pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFBA (PPGAV-UFBA). É professora de História da Arte da Universidade Federal da Bahia-UFBA e integrante do GIA – Grupo de Interferência Ambiental.
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Papers by Ludmila Britto
El presente artículo analiza el amplio universo del taller del artista pernambucano Paulo Bruscky, cuja actuación, a partir de los años de 1960, refleja una relación intima entre el arte y la vida. Esta investigación teórica forma parte de la disertación de maestría A Poética Multimídia de Paulo Bruscky, que se vuelca sobre la obra de Paulo Bruscky, considerando también el contexto socio-histórico-cultural que influenció el desarrollo del arte brasileiro durante los períodos de actuación del artista pernambucano. Bruscky utilizó en sus obras medías diferentes que tomaron fuerza en el Brasil en la mitad de 1960, como fotocopia, offset , video, cuños, entre otros, produciendo, de esa forma, trabajos experimentales e multimediáticos.
Arte Postal, Mail Art, Arte Correio, Arte por Correspondência, Arte à Domicílio: essas são as nomenclaturas que aparecem no texto Arte Correio: Hoje a Arte é este Comunicado (1976/81) escrito por Paulo Bruscky, para se referir a essa linguagem artística que utiliza os correios como circuito alternativo aos centros oficiais de arte (museus, galerias, etc.), como meio de circulação de uma arte anti-burguesa, anti-comercial, anti-sistema. (BRUSCKY, 2006: 163) Neste artigo, todas as nomenclaturas citadas anteriormente serão utilizadas. O contexto internacional em que a Arte Correio se desenvolve a partir dos anos 1960/70-juntamente com a Arte Conceitual-é marcado pela contracultura e pelos movimentos Feminista e anti-Guerra do Vietnã. A luta pelos direitos civis marcava os Estados Unidos e a Europa, e o espírito contestatório dos estudantes-inspirado pelo Maio de 68 francês-reivindicava a imaginação no poder. Essa situação, portanto, não foi diferente na América Latina, que na época de expansão da Arte Correio vivia sob regimes ditatoriais; a Arte Postal soube absorver todos esses acontecimentos e apresentar-se como uma linguagem artística anti-institucional, contestatória e libertária, tentando a todo custo escapar de um possível confinamento cultural, provocado pelo sistema, pela censura e pelos valores artísticos tradicionais, calcados no conceito do objeto artístico estático dentro dos museus e galerias. Os futuristas e dadaístas foram importantes influências para a arte contemporânea, principalmente devido às suas tentativas de aproximar arte e vida. No caso específico da Poesia Visual, lançaram as bases dessa linguagem artística, por conta de seus "jogos" e experimentações tipográficas, a quebra da sintaxe usual e à mescla de aspectos visuais e sonoros em determinadas obras gráficas. O Dadá e o Futurismo também foram precursores da Arte Postal, já que muitas das características desses movimentos, que foram citadas anteriormente, estão presentes nos trabalhos de Arte Correio dos anos 60/70 do século XX. Andrea P. Nunes ressalta: Desde os Calligramme de Apollinaire, 1918 até Violon d'Ingres, 1924, contaminada pelo espírito livre dadá, a arte postal retomou alguns procedimentos utilizados pelas vanguardas históricas, adaptando-as ao contexto, mídias e técnicas de produção dos 60 e 70-quando se iniciou a prática da arte por correspondência, com o uso do correio para veiculação da arte. (NUNES, 2004: 48) A livre combinação tipográfica com elementos visuais diversos, a criação de selos, carimbos, fotografias, xerox, entre outros recursos, conferiu à Arte Postal um caráter polissêmico, que impossibilita definições conceituais restritivas.
Palavras-chave. Coletivos, espaço público, intervenção urbana, heteretopias.
Abstract. The article Arte Colaborativa e a criação de Heterotopias (The Collaborative Art and the Creation of Heterotopies) proposes a critical and comparative analysis about some urban interventions made by the Brazilian collectives "PORO", "GIA" and "OPAVIVARÁ!". Some attitudes by these groups diverge urban spaces from their common use, stablishing tensions to several consensual locals that integrate the society. created by artists and collectives in the contemporaneity that promote displacements reinvent the townspeople's daily life and reoccupy the urban public spaces, proposing new cartographies.
Keywords. Collectives, public space, urban intervention, heterotopies
El presente artículo analiza el amplio universo del taller del artista pernambucano Paulo Bruscky, cuja actuación, a partir de los años de 1960, refleja una relación intima entre el arte y la vida. Esta investigación teórica forma parte de la disertación de maestría A Poética Multimídia de Paulo Bruscky, que se vuelca sobre la obra de Paulo Bruscky, considerando también el contexto socio-histórico-cultural que influenció el desarrollo del arte brasileiro durante los períodos de actuación del artista pernambucano. Bruscky utilizó en sus obras medías diferentes que tomaron fuerza en el Brasil en la mitad de 1960, como fotocopia, offset , video, cuños, entre otros, produciendo, de esa forma, trabajos experimentales e multimediáticos.
Arte Postal, Mail Art, Arte Correio, Arte por Correspondência, Arte à Domicílio: essas são as nomenclaturas que aparecem no texto Arte Correio: Hoje a Arte é este Comunicado (1976/81) escrito por Paulo Bruscky, para se referir a essa linguagem artística que utiliza os correios como circuito alternativo aos centros oficiais de arte (museus, galerias, etc.), como meio de circulação de uma arte anti-burguesa, anti-comercial, anti-sistema. (BRUSCKY, 2006: 163) Neste artigo, todas as nomenclaturas citadas anteriormente serão utilizadas. O contexto internacional em que a Arte Correio se desenvolve a partir dos anos 1960/70-juntamente com a Arte Conceitual-é marcado pela contracultura e pelos movimentos Feminista e anti-Guerra do Vietnã. A luta pelos direitos civis marcava os Estados Unidos e a Europa, e o espírito contestatório dos estudantes-inspirado pelo Maio de 68 francês-reivindicava a imaginação no poder. Essa situação, portanto, não foi diferente na América Latina, que na época de expansão da Arte Correio vivia sob regimes ditatoriais; a Arte Postal soube absorver todos esses acontecimentos e apresentar-se como uma linguagem artística anti-institucional, contestatória e libertária, tentando a todo custo escapar de um possível confinamento cultural, provocado pelo sistema, pela censura e pelos valores artísticos tradicionais, calcados no conceito do objeto artístico estático dentro dos museus e galerias. Os futuristas e dadaístas foram importantes influências para a arte contemporânea, principalmente devido às suas tentativas de aproximar arte e vida. No caso específico da Poesia Visual, lançaram as bases dessa linguagem artística, por conta de seus "jogos" e experimentações tipográficas, a quebra da sintaxe usual e à mescla de aspectos visuais e sonoros em determinadas obras gráficas. O Dadá e o Futurismo também foram precursores da Arte Postal, já que muitas das características desses movimentos, que foram citadas anteriormente, estão presentes nos trabalhos de Arte Correio dos anos 60/70 do século XX. Andrea P. Nunes ressalta: Desde os Calligramme de Apollinaire, 1918 até Violon d'Ingres, 1924, contaminada pelo espírito livre dadá, a arte postal retomou alguns procedimentos utilizados pelas vanguardas históricas, adaptando-as ao contexto, mídias e técnicas de produção dos 60 e 70-quando se iniciou a prática da arte por correspondência, com o uso do correio para veiculação da arte. (NUNES, 2004: 48) A livre combinação tipográfica com elementos visuais diversos, a criação de selos, carimbos, fotografias, xerox, entre outros recursos, conferiu à Arte Postal um caráter polissêmico, que impossibilita definições conceituais restritivas.
Palavras-chave. Coletivos, espaço público, intervenção urbana, heteretopias.
Abstract. The article Arte Colaborativa e a criação de Heterotopias (The Collaborative Art and the Creation of Heterotopies) proposes a critical and comparative analysis about some urban interventions made by the Brazilian collectives "PORO", "GIA" and "OPAVIVARÁ!". Some attitudes by these groups diverge urban spaces from their common use, stablishing tensions to several consensual locals that integrate the society. created by artists and collectives in the contemporaneity that promote displacements reinvent the townspeople's daily life and reoccupy the urban public spaces, proposing new cartographies.
Keywords. Collectives, public space, urban intervention, heterotopies