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quinta-feira, 21 de maio de 2009

BIBLIOTECA SOBRE TRANSGÊNICOS

No site português da Plataforma Transgênicos Fora está agora à disposição de todos um centro documental
digital com mais de 500 trabalhos sobre transgênicos e agricultura.
Os arquivos estão classificados por temas e são de fácil consulta - tanto podem ser visualizados como descarregados.
Acesse agora a biblioteca sobre transgênicos da Plataforma Transgênicos Fora

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Em Portugal, agricultores dizem não aos transgênicos

Fonte: Esquerda Net
De todas as explorações agrícolas do Alentejo que em 2007 cultivaram Organismos Geneticamente Modificados, 48% já abandonaram tal opção em 2008. Para a Plataforma Trangénicos Fora estes dados mostram que, apesar da forte promoção dos transgénicos, os agricultores preferem tecnologias e práticas mais eficazes, que apresentem menores riscos para o ambiente, para a saúde humana e para a sua própria economia.

Em comunicado, a Plataforma Trangénicos Fora analisa os dados oficiais de cultivo de milho transgénico em Portugal em 2008, divulgados este mês pelo Ministério da Agricultura.

Os dados mostram um abrandamento muito significativo na área total cultivada. Há um aumento de 11% (486 hectares) de 2007 para 2008, muito longe da subida vertiginosa verificada entre 2006 e 2007 (240%, 3009 hectares). Este ligeiro aumento de 2007 para 2008 é feito à custa de novos agricultores que quiseram experimentar o milho trangénico, principalmente no Vale do Mondego. Mas uma parte muito significativa dos agricultores que já tinham experimentado desistiram.

As regiões do Alentejo e de Lisboa/Vale do Tejo, que em 2007 representavam 86% de toda a área cultivada com OGM em Portugal, registaram uma diminuição de 11% no toal de hectares cultivados. No Alentejo 23 das 48 explorações agrícolas desistiram do milho transgénico.

Segundo a Profª Margarida Silva, coordenadora da Plataforma Transgénicos Fora, "o quadro português, embora com grande falta de dados concretos que o Ministério da Agricultura insiste - contra a lei - em não divulgar, aponta para um ciclo de experimentação e posterior abandono dos cultivos transgénicos por uma faixa significativa dos produtores portugueses." Ainda de acordo com esta bióloga, "esta leitura condiz com um estudo da Comissão Europeia recentemente divulgado em que, de três regiões espanholas estudadas, o cultivo de milho transgénico não propiciava quaisquer vantagens económicas aos produtores de duas delas."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Ativistas da Plataforma Transgênicos Fora (em Portugal) fazem manisfestação

Ativistas da Plataforma Transgênicos Fora manifestaram-se este sábado contra os ensaios com milho geneticamente modificado autorizados em Monforte, Portalegre.

De forma pacífica, os ambientalistas percorreram três quilômetros a pé entre a praia fluvial de Monforte e entrada para o campo, animados com tambores, gritando palavras de ordem e empunhando cartazes e espantalhos.

Os manifestantes exigiam o cancelamento da autorização para os ensaios com milho geneticamente modificado, não apenas naquela área, mas também de outra exploração de Ferreira do Alentejo.

Margarida Silva, bióloga, explicou que a autorização dada pelo Ministério do Ambiente para os ensaios corresponde a “um abrir de portas a sementes que não tem nada de útil para a nossa agricultura, colocando em causa todos os valores tradicionais e isso em circunstancias sobre as quais não conseguimos exercer qualquer controlo de fiscalização”.

Fonte: Correio da Manhã

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Crise alimentar: Transgênicos não são a solução

Fonte: Quiosque aeiou

A hipotética liberalização da utilização de organismos geneticamente modificados (OGM), como solução para o actual aumento dos preços dos bens alimentares, foi hoje descartada por associações de industriais e ambientalistas.
"Não é a questão dos OGM que vai resolver o problema do aumento dos preços das matérias-primas", afirmou o director-geral da Federação das Industrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), Pedro Queiroz, à Lusa.
"O problema está nas matérias-primas, no comércio internacional, nas questões climáticas e também na especulação que existe nos mercados de futuros", explica o dirigente das indústrias agro-alimentares.
"Não há propriamente uma adesão da indústria aos OGM. Pelo contrário", sublinhou o director-geral da FIPA, salientando que os industriais continuam a preferir as matérias-primas convencionais, porque "não vêem razão para utilizar produção tecnológica".
Pedro Queiroz, que é também docente nas áreas de segurança e engenharia alimentar na Universidade Lusófona e no Instituto Piaget, defendeu, todavia, a continuação da investigação na área da biotecnologia como objectivo de encontrar novas soluções seguras para a produção alimentar.
A indústria alimentar está receptiva à utilização de novas tecnologias, "desde que sejam comprovadamente seguras", frisou, mas acrescenta que, em Portugal, ainda não há utilização regular de OGM.
"Que eu tenha conhecimento, não há nenhuma indústria em Portugal que esteja a usar regularmente OGM", afirmou, mas admite que poderá haver alguma utilização esporádica de espécies aprovadas pela União Europeia, nomeadamente "algumas variedades de milho e soja usadas para alimentação animal".
Pedro Queiroz referiu que "há alguns mitos" sobre os OGM, realçando que "o animal não vai ficar geneticamente modificado" por ter sido alimentado com transgénicos, no entanto é da opinião "que este é um tema que deve voltar a ser discutido, nomeadamente no actual contexto [de aumento dos preços], mas não são os OGM, por si só, que vão resolver o problema", sustentou.

"Os OGM não resolvem nada"

Para Margarida Silva, ambientalista da Quercus especializada em OGM, "os OGM não resolvem nada. Os países que cultivam mais OGM em todo o Mundo estão a passar exactamente pelo mesmo problema", afirmou à Lusa.
De acordo com a ambientalista, "mais de 90% dos OGM são cultivados em seis países - EUA, Canadá, Argentina, Brasil, China e Índia", que estão a enfrentar problemas graves em consequência da crise alimentar mundial.
"A solução não são os OGM. O vice-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse há poucos dias que 70% do aumento dos custos é indirectamente imputável aos biocombustíveis. É aí que temos de intervir", sublinhou.
E salientou ainda que apenas 5% da produção mundial de alimentos está a ser canalizada para biocombustíveis, mas "os EUA e a UE estabeleceram metas muito ambiciosas" de aumento deste tipo de produção energética, que transformaram os alimentos num produto de especulação bolsista.
"Do ponto de vista bolsista, o produto alimentar passa a ser como o petróleo, porque é visto como energia. O problema está na política energética. É uma questão de oferta e procura no mercado", explicou a especialista em OGM.
Segundo Margarida Silva, os preços dos bens alimentares "vão inevitavelmente subir", porque "a comida passa a valer tanto como o petróleo", ao ser vista como matéria-prima para a produção de energia.

Fonte: Quiosque aeiou