SSMovie: A Esperança – O Final

Título original: The Hunger Games – Mockingjay: parte 2

Estreia: novembro/2015

Direção: Francis Lawrence

Produção/distribuição: Lionsgate/Paris Filmes

Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Julianne Moore, Donald Sutherland, Woody Harrelson, Sam Claflin, Elizabeth Banks, Philip Seymour Hoffman, Willow Shields, Jeffrey Wright, Jena Malone

Ainda se recuperando do choque de ver Peeta (Josh Hutcherson) contra si, Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) é enviada ao Distrito 2 pela presidente Coin (Julianne Moore). Lá ela ajuda a convencer os moradores locais a se rebelarem contra a Capital. Com todos os distritos unidos, tem início o ataque decisivo contra o presidente Snow (Donald Sutherland). Só que Katniss tem seus próprios planos para o combate e, para levá-los adiante, precisa da ajuda de Gale (Liam Hemsworth), Finnick (Sam Claflin), Cressida (Natalie Dormer), Pollux (Elder Henson) e do próprio Peeta, enviado para compôr sua equipe. (sinopse do site Adoro Cinema)

Finalmente chegamos ao fim de uma jornada. Como a maioria deve saber, A Esperança – o final é o quarto e último filme da franquia Jogos Vorazes, baseada na trilogia de livros homônimos. A história é cruel, estranhamente realista em vários pontos e, ainda assim, digna de seu lugar no meu coração. Resenhar este filme não é fácil, por isso tomei a liberdade de trazer minhas impressões de uma forma mais pessoal. Okay? Então vamos lá.

O filme dá continuidade aos acontecimentos iniciados em A Esperança – parte 1, óbvio. A revolução está consolidada e falta muito pouco para se alcançar a Capital. Katniss sabe extamente o seu lugar agora e não aceita mais ser apenas a imagem da revolução. Ela tem planos para o Presidente Snow e dificilmente alguém tentará contrariar sua vontade. Acontece que, ao lado da guerra, do sangue quente e do desejo de vingança, encontram-se também a compaixão, o afeto e a razão. Katniss chegou até aqui após muita luta e tantas perdas. Ela sabe que não há volta agora, mas seus instintos ainda lhe alertam em relação ao verdadeiro inimigo, nem sempre na forma de uma pessoa específica.

Ao contrário da parte 1, que fora monótona, a segunda parte é cheia de ação e muita emoção (pelo menos para mim). Após ser capturado pela Capital nos Jogos Quartenários, Peeta perdeu sua sanidade e agora acredita que Katniss é a pior coisa que já existiu em sua vida e que tudo de errado é culpa dela. A garota, por outro lado, tem esperança de que ele volte a ser o que era antes. Mas a história não é isso, claro. Junto a um esquadrão, Katniss, Peeta, Gale e Finnick saem do Distrito 13 rumo à Capital, para encerrar de vez com a tirania de Snow e todos os males advindos de suas ordens. Ao invés de uma arena limitada de jogos vorazes, o grupo agora enfrenta uma verdadeira arena dentro dos muros da cidade. Armadilhas para todo lado, bestantes e, claro, muitas mortes, acompanham Katniss em sua jornada até a mansão de Snow. O resto vocês podem imaginar.

A emoção fica por conta dos momentos dramáticos, tão tristes como os descritos no livro. Katniss vive o dilema de querer se vingar de um sistema por meios violentos quando, na verdade, nunca quis ferir um inocente, algo que em uma guerra sabemos que vai acontecer. A tão aclamada crítica que a trilogia faz ao mundo do Big Brother (inspirada no clássico 1984), à diversão às custas da invasão da privacidade alheia e à falsa ideia de que não é real, por estar na TV, é mais discreta neste último livro/filme, mas ainda está presente. Em meio a todo o aparato de guerra, o Tordo ainda precisa ser visto, e as câmeras estão sempre por perto.

Eu não posso tirar, nem colocar, qualquer nome do elenco. Todo mundo fez a sua parte direitinho. Todos me convenceram. Enquanto o primeiro e o segundo filme (Jogos Vorazes e Em Chamas) não me agradaram como eu gostaria por certa infidelidade em alguns detalhes que eu julgava importantes, ambas as partes de A Esperança me conquistaram, o que é engraçado, já que o último livro não é o meu favorito por ter deixado a desejar no quesito “desfecho feliz”. Bom, eu não sei o que poderia acontecer para deixar o final cinematográfico de A Esperança melhor. Para mim ficou perfeito. Bom, talvez eu desejasse que certas mortes não acontecessem no filme, mas seria querer demais.

Leia também:

SSMovie:A Esperança – parte 1

Resenhada Trilogia Jogos Vorazes - livros