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terça-feira, outubro 31, 2006

 

A revista nos blogues

Acabou de sair mais um número da revista Atlântico. Trata-se, quanto a mim, da melhor publicação sobre temas de actualidade política - e não só - existente em Portugal. A maioria dos articulistas são igualmente bloguistas activos, notando-se uma desenvoltura e um discurso escorreito muito próprios da blogosfera. É claro que as análises efectuadas nem sempre merecem a minha concordância. Mas habituado que estou à ideia de que o bem-comum é uma categoria necessariamente partilhada, sei reconhecer quando ela é feita com pertinência. O que é o caso.
Neste número, de realçar o excelente artigo de Enrique Pinto Coelho intitulado Espanha-Portugal: de costas voltadas?, acompanhado de um pequeno glossário dos grandes equívocos entre os dois países. Como por exemplo, o fantástico artigo definido "lo" utilizado no "portunhol" ou "espanholês" corrente, o "Juanito Camiñante" e outros lugares-comuns, aqui desmistificados. Destaque também para os artigos Pacto para a Injustiça, de Nuno Garoupa - uma análise crítica do que falhou no recente pacto entre o PS e PSD - bem como O Aborto: um dilema Liberal, por Rui de Albuquerque - uma breve estudo bem enquadrado e plural do problema, numa perspectiva liberal.

António Godinho Gil, no Boca de Incêndio


Paulo Pinto Mascarenhas | 18:38 | 39 comments

 

A ler

O prolongamento da guerra civil no Iraque e as dificuldades dos Estados Unidos tiveram consequências dramáticas para o Ocidente e para a Europa. Decorridos três anos e meio do início da guerra do Iraque, que mundo temos hoje? O poder relativo dos Estados Unidos, e dos seus aliados europeus, declinou em relação a grandes potências como a China, a Índia e a Rússia. Por exemplo, Moscovo voltou a ter uma política expansionista e aposta, de novo, na divisão do Ocidente e da Europa. De igual modo, o poder de Pequim estende-se para África e para a América Latina, tradicionalmente regiões de influência ocidental. As consequências das divisões entre os aliados ocidentais e entre os parceiros europeus ainda se fazem sentir, nomeadamente nas dificuldades que as instituições europeias e euro-atlânticas encontram para impor a sua agenda. Além disso, a segurança de Israel nunca esteve tão ameaçada nos últimos vinte anos como está agora. O radicalismo islâmico aumentou, principalmente na Europa.

João Marques de Almeida, no "Diário Económico" de ontem

Paulo Pinto Mascarenhas | 17:35 | 4 comments

 

Letras e números

Recomenda-se a visita a Letrados mas Inumerados, de Mário Macedo, um comentador habitual aqui deste blogue que agora abre o seu próprio, a propósito dos erros com números que por aí vão aparecendo, na comunicação social e não só. A ler.

Paulo Pinto Mascarenhas | 17:31 | 1 comments

 

Momento "Coito Pita" do dia

O deputado do PSD-Madeira Coito Pita acusou hoje o primeiro-ministro, José Sócrates, e o PS de estarem "a ressuscitar" a luta independentista pela forma como estão a tratar a Lei das Finanças Regionais.

Bernardo Pires de Lima | 17:24 | 0 comments

 

O blogue do "Sim", do "Não" e do "Nim"

Como já percebeu quem nos lê, este blogue não tem posição oficial sobre o referendo ao aborto. Aqui há quem seja pelo "Sim", pelo "Não" - e, até, presume-se, quem seja pelo "nim". Há quem se incomode com isso, pelos emails que tenho recebido, mas assim vai continuar a ser. Somos o blogue da Revista Atlântico, onde o debate de ideias é quem mais ordena.

Paulo Pinto Mascarenhas | 16:50 | 2 comments

 

Grandes portugueses - o poste que ninguém teve coragem de escrever

Sinceramente...acho que não resisto e voto mesmo em mim.

Rodrigo Moita de Deus

Anónimo | 16:10 | 3 comments

 

He's Got my vote

More broadly, and this I think would be one of the most important things a new President can do, is to essentially figure out what is the updated version of the post-World War II order that was structured by Truman and Acheson, and Marshall and Kennan—what does that look like? What is our national-security strategy? Because we’ve never gone through that process. In the nineties, the basic feeling was, you know, as long as McDonald’s are opening up all over the world everything’s going to be O.K. And then we had 9/11, and immediately launched into a unilateral, sabre-rattling approach to foreign policy.

Barack Obama, New Yorker

Henrique Raposo | 16:00 |

 

As pessoas lá em casa

Mas o meu momento preferido de qualquer Prós e Contras é aquele em que a Dra. Fátima assenta as costas de uma mão na anca, levanta no ar o dedo da outra e, virada para o convidado, remata num tom entre o insolente e o paternalista: - sr. Dr., vamos lá ao que interessa, as pessoas lá em casa querem é saber quanto é que isso nos vai custar; as pessoas lá em casa querem é saber com quanto dinheirinho podem contar no fim do mês.

Eduardo | 14:47 | 2 comments

 

Caro Senhor Presidente da República,

Venho por este meio solicitar que marque o mais depressa possível – amanhã é um dia tão bom como qualquer outro – o referendo ao aborto.
Já não aguento mais debates como o de ontem. Pessoas que me habituei a respeitar que se dedicam a discutir o tema como se o futuro da humanidade dependesse de um referendo que ninguém vai respeitar – qualquer que seja o resultado. Os moralistas de pacotilha do direito à vida (direito à vida? Mas que vida e para que vida?), as histéricas de barriga à mostra, a Igreja que aproveita estes momentos para acordar do seu lento estrebuchar, os Pinheiro Torres com os seus minutos Andy Warhol, os imbecis do “flagelo do aborto clandestino no século XXI”, os de Direita a apontar a dedo aos seus companheiros de barricada armados em proprietários da “camisa 7”, os de esquerda a chamarem revisionistas aos seus camaradas.
Alguém acredita que vão acabar os abortos se a lei da despenalização não for aprovada? Ou que se for aprovada, acabam os clandestinos? A nova lei ou a manutenção da actual vai mudar alguma coisa? Com a aprovação vai haver mais “gravidezes” responsáveis? Com a não aprovação, os filhinhos de Deus vão poder nascer?
Chamem-me amoral mas não me obriguem a aturar-vos.

Pedro Marques Lopes | 13:59 | 6 comments

 

um debate pouco fértil




Doutor para cá, doutora para lá, doutor para aqui, doutora para ali. Os prós e contras estavam ontem cheios de doutos e doutores. Ele era a Doutora Edite, a Doutora Fátima, o Doutor Miguel e a Doutora Zita.

Eis que no princípio da terceira parte, a doutora Fátima resolve dar a palavra aos jovens – essa casta singular devidamente identificada e identificável. Os jovens, está bom de ver, não se misturavam com os adultos. Estavam sentados nos degraus do palco de costas voltados para a discussão. Nada mau, para jovens. Ainda deviam agradecer a oportunidade. Era uma jovem plateia em jovem miniatura. Uns jovens contra. Outros jovens a favor. Os jovens tinham agora a oportunidade de arremessar umas biscas…mas uns aos outros. Nada de se meterem nas conversas dos doutores.

E a doutora Fátima, que tantos salamaleques tinha consumido com os restantes convidados, logo tratou de localizar as futuras opiniões: “- Temos aqui uns jovens." E rematou: "Que idade é que tu tens?” Nem doutores, nem senhores, nem você. Directo tutear que os gajos… são jovens. E a pergunta da praxe: “que idade é que tu tens?” Concordo. A idade é um factor decisivo para o debate! E tu ò edite estrela? Que idade é que tu tens?

E o país de velhos, que segmenta pela idade, tolerou os jovens durante dez minutos, para logo a seguir ouvir novamente os doutores. Eles é que sabem! Em bom rigor, de aborto percebem as senhoras com mais de cinquenta anos. Aquelas e aqueles que estão no auge da sua idade fértil. E que gozo dá ouvi-los falar sobre métodos contraceptivos. Agora os jovens? Os jovens sentados nos degraus do auditório? O que percebem eles deste assunto?

Rodrigo Moita de Deus

Anónimo | 13:41 | 2 comments

 

Este poste não é sobre a situação no iraque


Quantos carros incendiados e ataques de insurgentes são necessários para declarar oficialmente o início de uma guerra civil?

Rodrigo Moita de Deus

Anónimo | 13:13 | 1 comments

 

Algumas notas sobre o Prós & Contras

(Publicado no Blogue do Não)

1. Estive por duas vezes na Casa do Artista para o Prós & Contras: uma para assistir ao vivo ao programa; outra para participar da bancada. Nesta segunda vez, discutia-se o que significava, no presente, ser de direita e ser de esquerda. A produção quis apresentar três exemplos de jovens politicamente interessados e, assim, lá fui eu "representar" essa espécie exótica e levemente paradoxal que é o "jovem de direita". Ao meu lado, estavam um rapaz comunista e um outro, não tão jovem, que a produção queria apresentar como desenquadrado politicamente mas que me confessou ser próximo do Bloco de Esquerda (ou seja, mais um daqueles "independentes" que ligam para o "Dr. Manel Acácio"). Quando a apresentadora se me dirigiu e perguntou o porquê de eu ser "de direita", tentei responder de forma simples, clara, mas exigente. Pelos vistos, a Dra. Campos Ferreira não achou interessante a minha pequena deambulação sobre as razões individuais, antropológicas, sociológicas e até clubísticas do conservadorismo. Por isso me perguntou, logo de seguida, se eu era contra ou a favor do aborto. Respondi-lhe que, em rigor, nem uma coisa nem outra - que era a favor da actual lei. Não sendo a coisa exactamente do agrado maniqueísta da senhora, por ali se ficou a minha gloriosa aparição televisiva. A Dra. Campos Ferreira farta-se de açoitar as palmas que de vez em quando irrompem do público. Mas sabe que é dessa ética de claque que o programa vive. É por isso que incentiva o simplismo e o extremismo das análises.

2. Como seria de esperar, a posição estrambólica de Zita Seabra só trouxe desvantagem e embaraço ao lado do "Não". É jurídica e politicamente insustentável.

3. Uma das razões pelas quais o "Não" ganhou em 1998 e poderá ganhar em 2007 é o facto de os seus representantes se terem sempre mostrado muito mais tolerantes e moderados na argumentação, contrariamente à histeria radical do outro lado, que irremediavelmente afasta qualquer indeciso. Convém que o verniz não estale. Ao fazer o discurso dos verdadeiros médicos (os que alegadamente cumprem o juramento de Hipócrates e votam "Não") contra os meros "licenciados em Medicina" (os restantes), o Dr. Gentil Martins lançou um ataque descabido e um libelo desnecessário. Com todo o respeito que por ele temos, erupções moralistas desta safra não são o melhor serviço à causa.

4. O lado do "Sim" atacou, completamente a despropósito (porque não é nesse patamar que o referendo se coloca), com o argumento de que muitos dos presentes, perante uma situação de violação ou má formação do feto, não optariam pela solução do aborto. A estes não ocorreu a inteligência de responder - conforme, no mesmo palco, há alguns anos, respondeu Henrique Pinheiro Torres - que "sim, nesses casos nós não abortaríamos ou aconselharíamos que alguém o fizesse, mas a lei e o estado não devem obrigar ninguém a ser herói". Neste aspecto, o médico do lado do "Sim" tem toda a razão quando diz que a questão é, tão-só, a de saber o que cada um de nós acha que o estado deve dizer. A única (grande) diferença que me separa do Sr. Doutor é que eu considero que o feto merece a tutela penal de que goza hoje. No mesmo plano, querer mostrar, através de uma participante mais jovem, que o nosso lado é intrinsecamente melhor e que jamais abortaria um feto portador de deficiência é transportar para a discussão um zelo moralista que afasta um capital de tolerância importante. Até porque há muitas pessoas que são indiscutivelmente pelo "Não", mas que não hesitariam em fazer-se valer de uma cláusula de não punibilidade da actual lei. Eu, por exemplo, e em nome da transparência do debate, não hesitaria em aconselhar um aborto (sempre dentro dos limites temporais permitidos) em caso de perigo para a saúde da mãe de um filho meu; tenderia a propôr o mesmo sentido em caso de violação; e ponderaria bastante perante a malformação de um feto.

5. É importante que se sublinhe o perigo para a saúde física e psíquica da mãe que ocorre em qualquer aborto, seja em estabelecimento clandestino ou em estabelecimento autorizado, para assim desmistificar mais um lugar-comum do voluntarismo idealista do "Sim". No entanto, o perigo para a saúde da mãe não é, em rigor, um motivo para a criminalização. E o argumento de Isilda Pegado que a compara ao uso do capacete é uma pura falácia. Para além da natureza radicalmente distinta das ofensas (uma é considerada crime; outra meramente como contra-ordenação), não há nenhuma razão palpável que justifique que o estado seja paternalista ao ponto de me obrigar a utilizar capacete ou cinto de segurança. Em nenhum momento estas condutas se podem repercutir numa terceira pessoa ou entidade. Por isso é que utilizar o argumento da saúde da mulher para justificar a criminalização do aborto é, antes de mais, reduzir a importância da questão ao plano da relação binária estado-mulher, esquecendo o verdadeiro bem jurídico a que se pretende atribuír tutela: o feto.

6. Ficou provado que os mitos do "Sim" podem ser desmontados pela própria acção dos seus representantes. Os julgamentos são sempre alardeados como exemplos de atraso cultural. Mas, por exemplo, no recente caso de Setúbal, julgou-se uma mulher que se submeteu a um aborto aos seis meses de gestação. Muitos dos que hoje estiveram na Casa do Artista insurgiram-se, então, contra a desumanidade. Mas, como é óbvio, não seria esta lei a evitar esse julgamento e esse aborto clandestino.

Enfim, talvez este meu post não seja também o melhor contributo para a causa. Mas para o "Não" vencer é preciso equilibrar o debate nos temas e nos termos correctos.

Anónimo | 03:53 | 2 comments

 

Quem mata um filho

Os extremismos causam-me espécie e este debate tem sido pródigo nisso. Com o dominó de degenerescência a que se tem assistido, um dia destes ainda vemos estampado numa t-shirt (nem sei precisar em qual dos lados) uma recuperação adulterada da célebre letra de Simone de Oliveira, essa irascível esquerdista: «Quem mata um filho mata-o por gosto».

Tiago Geraldo | 01:30 | 0 comments

 

FOICE A MARTELO

Não passei qualquer procuração à dra. Edite Estrela nem às arregaladas socranetes que pululam o estúdio da RTP nesta sessão do Prós & Contras para supostamente defenderem o sim (coisa que, aliás, fazem bastante mal), mas ao contrário do que diz o Paulo, se há criaturinha que me tem perturbado (para além de uma fanática que bate palmas de forma absolutamente desconcertante) é essa magna convertida chamada Zita Seabra.
Eu, que me considero tragicamente um pessimista antropológico e que acho que um tipo chato e sisudo como o Hobbes tinha - por muito que nos custe - a sua razão, pasmo verdadeiramente com afirmações do calibre das que Zita Seabra tem proferido nesta discussão: «As mulheres querem saber qual é o sexo do bébé e se não lhes convier abortam». Essa preocupação com o sexo do bébé, que não é inédita, foi praticada em países que andavam em pleno delírio totalitário, paízes esvaziados de qualquer preocupação com a dignidade da pessoa. Foi nesses países, os tais países com «ideias totais», que Zita Zeabra, hoje de varapau na mão, um dia acreditou piamente. E isso, como dizia o outro, isso ultrapassa-me.

Tiago Geraldo | 01:16 | 1 comments

 

A comuna em casa

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É verdade, temos um artigo de um "comunista" na revista deste mês. O "comuna" chama-se Nuno Ramos de Almeida e escreve também por ali. Qualquer dia mando-lhe um dicionário sino-português. Talvez consiga compreender as razões porque vou votar "Não" no próximo referendo.

Paulo Pinto Mascarenhas | 00:10 | 5 comments

 

segunda-feira, outubro 30, 2006

 

Dito aquilo

O "Não" está melhor representado por Zita Seabra e pelo médico João Paulo Malta. Edite Estrela, com aquele tom pedagógico-professoral, que explica o aborto como se estivesse a ensinar gramática a ignorantes, afasta qualquer possível eleitor(a).

Paulo Pinto Mascarenhas | 23:34 | 6 comments

 

Previsão pessimista

Estou a assistir ao Prós&Contras desta noite e aposto que se a discussão sobre o referendo ao aborto continuar deste modo e neste tom até ao dia das eleições, com risos e palmas de parte a parte, a abstenção vai ser a grande vencedora.

Paulo Pinto Mascarenhas | 23:30 | 5 comments

 

O Pernas é Primeiro Ministro

Eis a minha equipa governativa.

Há o tiro ao prato. Tem de haver o tiro à lei. Governar Portugal implica abater boa parte da malha legislativa que asfixia o país.

Quando era puto, tinha um conhecido complicado: o "Pernas" (nunca descobri a origem da alcunha). O Pernas era o bombardeiro da arte de “bater coro”. O B-52 da falinha mansa. Não seleccionava. Com o Pernas, descobri o que quer dizer "Tudo o que vem à rede é peixe". Escolher era coisa que irritava o Pernas. Largava os obuses da lábia sobre qualquer alvo, sobre qualquer coisa que se mexesse. Joana mexia, Pernas. Rita mexia, Pernas. Maria mexia, Pernas. Assim. Ad eternum. Quando alguém do grupo queria bater o seu coro, tinha de o fazer a milhas do Pernas. Já perceberam: o Pernas era aquilo que se chama um chato do caraças.

Ora, a acção governativa de Portugal faz-me lembrar o Pernas: se alguma coisa mexe, é de imediato regulada. Mexe, Lei. Mexe, alínea. Mexe, regulamento. Em Portugal os políticos não governam. Fazem leis. Ainda não perceberam que ter o Poder não é o mesmo que estar no Governo. Legislar é só um dos pontos do exercício do Poder. E, em Portugal, para começo de conversa, um razoável exercício do Poder passa por abater, vá lá, metade das leis, alíneas, etc. Ou fazemos isso ou os portugueses, um dia destes, percebem uma coisa: tal como eu tinha de bater coro longe do Pernas, os portugueses vão começar a perceber que uma vida digna e próspera tem de ser feita longe de Lisboa... e perto de Madrid. Este regime, tal como o Pernas, é um chato insuportável. E Madrid, que não é chuva, continua a bater, levemente, um belo coro aos portugueses.


Henrique Raposo | 21:37 |

 

Maggie's Children

A capa é uma boa capa. Vale a pena repeti-la, ler os artigos a ela referentes e, para além disso, complementar também com:

"Talking about their generation: Britain's golden youth", por Boris Johnson, e

"2056: What Future for Maggie's Children?", publicação do Think Tank Policy Exchange.

Quem se preocupa com o futuro da "geração recibos verdes" deve ler tudo isto com muita atenção.


Anónimo | 21:19 | 1 comments

 

1215


Anónimo | 20:33 | 3 comments

 

Erro

Portugal é o país onde o óbvio é como a avestruz. Portugal não faz as coisas óbvias. Mete a cabeça na areia. Coisas óbvias porque todos os países desenvolvidos as fazem. E com bons resultados. Nós, claro, queremos inventar a roda. Queremos ir até ao sublime sem passar pelo óbvio.

Um dos erros estratégicos nacionais é a não construção de centrais nucleares; uma recusa pueril, quase uma birra. Não, não e não.

Sim senhora! As energias renováveis fazem todo o sentido. Mas colocar a questão numa dicotomia renováveis vs. nuclear é parvoíce. As duas coisas complementam-se. A não construção de centrais nucleares é a típica atitude portuguesa: que se lixem as gerações futuras; o que interessa são as modas do aqui e agora. Quando o ministro da economia, de forma autista (para agradar a modas ou a interesses que beneficiam o status quo da energia em Portugal), diz “nuclear? não!!!”, sinto que, mais uma vez, andam a mexer com o futuro dos meus filhos.


Henrique Raposo | 20:31 |

 

Para mais tarde recordar

1. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, desejou hoje "os melhores sucessos" ao Presidente do Brasil, Lula da Silva, pela sua reeleição, e afirmou acreditar que "será possível superar as injustiças e desigualdades" da sociedade brasileira.

2. O Presidente da República, Cavaco Silva, felicitou hoje Luís Inácio Lula da Silva pela sua "expressiva reeleição" no escrutínio de ontem, fazendo votos de "novas oportunidades" nas relações bilaterais e no campo da lusofonia.

3. O primeiro-ministro, José Sócrates, congratulou-se com a «vitória expressiva» de Lula da Silva nas eleições presidenciais brasileiras de domingo, considerando que este segundo mandato irá contribuir para aproximar ainda mais Portugal e o Brasil, noticia a agência Lusa.
«Acabei agora mesmo de falar com o Presidente Lula, a quem transmiti, em nome pessoal e em nome do povo português, felicitações para mais um mandato», afirmou José Sócrates, em declarações à Agência Lusa.


Paulo Pinto Mascarenhas | 19:41 | 2 comments

 

Esta cultura é de direita?


O Museu Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante, abriu ontem ao público a maior exposição colectiva da sua história, onde pontuam obras de Joan Miró, Pablo Picasso, Auguste Rodin e Kandinsky, entre outros grandes nomes da pintura e escultura do século XIX e XX.

A exposição, que estará patente até 28 Janeiro de 2007, inclui ainda obras de Degas, Chagall, Von Bemmel, Liebermann, Toulouse-Lautrec, Braque, Otto Dille e muitos outros artistas da chamada "escola alemã" dos séculos XIX e XX.

Paulo Pinto Mascarenhas | 19:12 | 0 comments

 

Fala-se de Cultura e Sacam Logo da Teresa

Uma - talvez a maior - das falhas da política cultural dos partidos de direita é não pensarem a cultura. Desde António Ferro que a direita portuguesa não tem a mais leve doutrina, a mais remota teoria, a mais pequena ideia sobre o que o Estado deve fazer (ou não) para governar (ou não) a tal de cultura. Resultado: a cultura, para o PSD e para o CDS, torna-se uma manta de retalhos de decisões casuísticas e propagandísticas quando estão no governo, e um diário de reacções avulsas e superficiais quando estão na oposição. Não há conhecimento do terreno nem pensamento crítico e, portanto, não há objectivos, prioridades, escolhas, enfim, a matéria de que se faz a acção política. Carrilho, que sempre sonhou ser o António Ferro da esquerda (ou o Jack Lang português, há gente para tudo...), percebeu-o bem e por isso brilhou, mesmo que com uma política de fachada e o brilho emprestado dos milhões de Bruxelas.
Agora que o PS governa em tempo de vacas magras, o mais doloroso não é verificar que a política cultural passou a ser a do corte e costura, mas que o PSD e o CDS aos costumes dizem nada.
Querem um exemplo concreto? Eu dou.
Na semana passada, a Ministra da Cultura foi à Comissão Parlamentar do Orçamento e Finanças anunciar, entre outras coisas, que o CCB vai ter em 2007 um corte orçamental de 7,5%, ou seja menos 600 mil euros. António Mega Ferreira reagiu de imediato com uma ameaça já velha, mas nem por isso inofensiva: a de alterar a Festa da Música porque, "tal como está, consumiria dois terços do dinheiro para programação". Tal como está significa: com alguns dos melhores intérpretes do mundo, com o mesmo número de espectáculos, com a quantidade e a qualidade actuais. Recordo que a última Festa da Música vendeu 50 mil bilhetes, o que quer dizer que pôs meio Estádio da Luz a ouvir música clássica durante um fim-de-semana inteiro. Eis um caso em que vale a pena gastar dinheiro com "cultura". A direita pode invocar o amor à civilização ocidental. A esquerda a sua tão querida formação de públicos. É caro? É. E não o são os museus? Ou as obscuras peças do Teatro de Plástico no Rivoli?
Pois sobre isto, o PSD nada tem a declarar. Nem sobre o mal explicado fim, sem honra nem glória, das Capitais Nacionais da Cultura. Nem sobre a burlesca "rivolução", que nos entrou em casa pelo telejornal. Nem sobre etc. Muitos etcs.
Quanto ao CDS, parece que tem em Teresa Caeiro uma Secretária de Estado "sombra" para a cultura. Sombra é a palavra certa. Defendendo o modelo da Festa da Música, a senhora terá dito "estar cansada de atitudes sistematicamente conservadoras perante as manifestações culturais", seja lá o que for tal coisa, e confiar na "gestão inovadora" de Mega Ferreira, até porque o deficitário centro de exposições vai passar para a Fundação Berardo. Continhas? Nããã - isso seria uma "atitude conservadora". A dra. Teresa Caeiro prefere confiar em homens providenciais. Volta, António Ferro.

Pedro Picoito | 18:30 | 2 comments

 

mais vale começar a encomendar os dvd's


Pacheco Pereira alerta para o desleixo jornalístico que acaba por desrespeitar a intimidade e a privacidade em assuntos do foro exclusivamente público. E, de facto, o editorial desta semana de José António Saraiva é, (pelo menos) quanto a isso, miserável. Mas reparemos que por trás do texto reside a ideia - tão repetida pelo arquitecto como ingénua - de que a salvação dos jornais está nas sopeiras e no mercado da Caras e da TVI. Daí aquele arrazoado cor-de-rosa armado em análise sociológica. Numa coluna, não esqueçamos, que recebe o emproado título de "Política a Sério".

Anónimo | 16:46 | 0 comments

 

sou liberal porque sou conservador

Oliver Letwin, principal estratega político de David Cameron:

«(...)

Cameron’s ‘social responsibility’ is indeed a big idea. It is one of the biggest ideas that human beings have ever had — a deep part of our intellectual heritage.

It is the idea that between government and the individual citizen there lies the multitude of relationships, from the family and friendship outwards, that forms the fabric of our lives. The power of these relationships and of the culture they embody vastly exceeds the power of government. A government that wishes effectively to guide a nation towards social justice and wellbeing must therefore do so in and through civil society. This means using government to help people take responsibility for themselves and for others — the parent for the child, the doctor for the patient, the teacher for the pupil, the community for its own public spaces.

(...)

A government founded on the idea of social responsibility will not come up with a flip definition of the boundary between the state and civil society. The boundary is subject to a never-ending negotiation, a continuous search for the right balance of liberty and community, freedom and security, equality and prosperity, against a continuously changing background. Each decision about where to set the balance is one that has to be made in the light of events and circumstances.

There are, however, two clear attitudes that one can bring to these decisions. The attitude of the Brownites is ‘if it moves, regulate it’. The Cameron big idea of social responsibility means starting, on the contrary, with the less arrogant attitude that politicians may cause a chain of unintended consequences if they try to direct too much.

(...)»

Anónimo | 16:23 | 0 comments

 

continua a ser o melhor momento da carreira do menino ken livingstone


Anónimo | 15:49 | 0 comments

 

À atenção do Henrique Raposo

Apelo transatlântico

O meu antigo blog foi tomado por um americano anti-bushista básico, o que não me espanta: primeiro, porque há imensos americanos; segundo, porque há imensos americanos contra Bush; terceiro, porque há muitos americanos contra Bush que são de facto básicos nos argumentos que apresentam.

Também não me espanta que haja ainda blogues "amigos" que, por uma questão de saudosismo ou pura inércia, ainda não retiraram o link para o (meu) defunto blog. O que me espanta, afinal, é que o blog da Revista Atlântico, cujos intervenientes tanto aprecio, mantenha um link para um blog anti-Bush, onde no profile do seu criador (um tal de Nick) se pode ler: "An aspiring journalist, I have a deep passion of the newspaper industry. But when the First Amendment is not being violated, I am a die-in-the-wool Democrat who thinks George W. Bush is the worst president in American history." Reparai, meus senhores, na prosa poética de simplesmente-Nick e na forma como numa curtíssima biografia consegue enfiar no mesmo parágrafo, e a martelo bem arremesado, as suas aspirações profissionais, a grandiosa Bill of Rights e um ódio serôdio pelo seu presidente.

Helena, no Tristes Tópicos

Paulo Pinto Mascarenhas | 15:24 | 0 comments

 

Se fosse só a França...



Bernardo Pires de Lima | 15:15 | 2 comments

 

E por trás de um pequeno homem?

Sempre achei ridícula aquela história de que "por trás de um grande homem está uma grande mulher". Mas depois do último editorial de José António Saraiva no "Sol" pergunto-me quem estará por trás de um pequeno homem.

Paulo Pinto Mascarenhas | 15:08 | 0 comments

 

Miguel Sousa Tavares e o "plágio" (novos episódios)

Anónimos que acusam Miguel Sousa Tavares de plágio, mudam de casa depois de verem o seu antigo blogue substituído por outro de elogio à obra do jornalista. Confusos? Não estejam, são as originalidades da blogosfera portuguesa.

Paulo Pinto Mascarenhas | 14:53 | 1 comments

 

Grandes Brasileiros

Mané. Só Mané. "Garrincha" é para sueco que joga curling. "Garrincha" é para estranho, para quem acha que xadrez é desporto, para quem se excita com curling (conheci há dias um tipo que jurava o seguinte: "acho curling muito excitante"). Garrincha é para quem acha que futebol é fair play. Aliás, Mané, no futebol maricas de hoje, não seria aceite. A forma como humilhava os adversários - Mané inventou o drible e a cueca - não seria aceite hoje. A FIFA haveria de passar uma lei para limitar os dribles e as cuecas por jogada. Mané não chegaria ao 90m. Seria expulso pela burocracia do guito que está a transformar a bola numa coisa para prima dona publicitária e para treinador com mania que é napoleão do cautchu.
Sobre o Mané, que é o Brasil que votou Lula, ler "Pátria de Chuteiras" do Nelson Rodrigues.

Henrique Raposo | 13:50 |

 

Grandes Brasileiros


Nelson Rodrigues

Adenda: o "óbvio ululante" diz-me que o futuro da minha língua não passa pela brigada Edite Estrela, mas pelo furor da língua brasileira. Como afirmou Vítor Cunha na Europa, 90.4, a língua portuguesa
está a morrer. É uma espécie de latim com muitos advérbios de modo para 10 milhões.

Henrique Raposo | 13:40 |

 

Velha europa sem vergonha na cara

Gerhard Schroeder. Começou nos anos 70 como líder do Jugos (jovens socialistas) na oposição aos euro-mísseis americanos apontados ao pacto de Varsóvia. Os americanos eram uns pulhas; coitadinhos dos soviéticos. Hoje, depois da oposição à guerra no Iraque (mesmo com mandato da ONU) em parceria com o urso russo, e depois da retirada da política, o nosso Schroeder trabalha no euro-pipeline que traz o gás russo para a Alemanha. Kissinger, ganda menino, aprende lá realpolitik (versão o que interessa é o meu bolso e não a minha nação) à moda antiga.

Schroeder até podia ter vergonha na cara. Podia ficar calado. Podia enriquecer mas ficar calado. Mas não. Agora afirmou que “Putin até é um democrata impecável”. De facto, é. Os russos votam. A democracia russa é mesmo impecável. O problema é que democracia não é o mesmo que governo constitucional. Mas isso não interessa a Schroeder. Depois do “coitadinhos dos soviéticos”, agora é “coitadinhos dos russos”.


Existem ainda livros a afirmar que temos de deixar os americanos e olhar para os russos como os verdadeiros parceiros estratégicos da pura e donzela Europa. Há dias, um ditoso representante da velha Europa lançou a seguinte pérola no meu ouvido: “pá, sinto-me em casa em Moscovo. Na América é que não”. E o desabafo não era apenas sexual.


Henrique Raposo | 12:30 |

 

O Sistema

Quando não há pão, a corrupção pouco interessa; passa a ser palavra para rimar com "canção", "pão", "dá cá a tua mão", "tira o pé do chão", "bundão", etc. Os brasileiros que, hoje, criticam Lula deveriam ter feito qualquer coisa no passado. E não estou a falar da economia, da ajuda ao pobre. Estou a falar do sistema político brasileiro. É preciso ser santo para não ser corrompido por aquele sistema. Não há bons ou maus povos. Apenas melhores ou piores sistemas políticos.


Henrique Raposo | 11:03 |

 

Não chamem os relações públicas

Depois de o estudo técnico sobre as portagens da SCUT ter sido encomendado pelo Governo de Sócrates a uma empresa de consultadoria e relações públicas - e posso estar enganado, mas não vi nenhum comentário sobre este extraordinário pormenor na notícia assinada pelo jornalista Luís Rosa - espera-se que o TGV e a decisão do aeroporto da OTA não venham a ser avaliados por uma agência de marketing e publicidade.

Paulo Pinto Mascarenhas | 03:41 | 0 comments

 

Vitória da esquerda no Brasil



«Continuaremos a governar o Brasil para todos e a dar atenção aos mais necessitados. os pobres terão preferência pelo nosso governo», disse Lula, que acredita que os próximos quatro anos serão «muito melhores». O Brasil bem merece que sejam mesmo "muito melhores", de preferência sem mais escândalos, mensalinhos ou mensalões.

Paulo Pinto Mascarenhas | 03:35 | 0 comments

 

Miguel Sousa Tavares e o plágio

O blogue de anónimos que acusava Miguel Sousa Tavares de plágio foi substituído por um blogue igualmente de anónimos que defendem a obra de Miguel Sousa Tavares. Vejam aqui. Compreendendo a fúria, legítima, do jornalista contra os que o atacam anonimamente, não compreendo porém os insultos que dirige a toda a blogosfera no seu artigo de opinião no "Expresso", generalizando de um modo pouco rigoroso. Aliás, o que diz sobre os blogues poderia ser aplicado a jornais e a outros meios de comunicação social, nomeadamente quando acusam citando fontes anónimas - "próximas" e outras. A "cobardia", na linha de pensamento de MST, seria aqui a mesma, só não é "cybercobardia".

Paulo Pinto Mascarenhas | 03:22 | 5 comments

 

domingo, outubro 29, 2006

 

Pois eu acho que há muito a contar sobre a vitória de ontem...



...mas, como não tenho tempo, queria só lembrar ao Vítor Cunha - já que ele sentiu tanta falta de cartões no jogo de ontem -, um cartão vermelho que ajudou e muito à vitória tangencial do Porto sobre o Benfica, num Estádio do Dragão vedado a adeptos benfiquistas.
Foi o cartão que impediu Miccoli de jogar este sábado.

Paulo Pinto Mascarenhas | 21:09 | 6 comments

 

Continua a ser o melhor momento da carreira da menina Coppola


Henrique Raposo | 14:38 |

 

Roteiro Atlântico no Blogue [30 de Outubro - 05 de Novembro]

ORÇAMENTO DE ESTADO 2007

. 30 de Outubro [09h30] - Despesa Pública:Contribuição da despesa para a redução do défice Orçamental; um primeiro balanço do ano de 2006

Com Mira Amaral, Teodora Cardoso, António Nogueira Leite e Luís Fábrica


. [11h15] - OE 2007: Primeira Avaliação

Com Pedro Ferraz da Costa, Pedro Aleixo, João Salgueiro, entre outros

Local: Centro Cultural de Belém

Praça do Império 1449-003 Lisboa

Organização: Fórum para a Competitividade





250 ANOS DEPOIS - DEMARCAÇÃO DA REGIÃO DO DOURO

. 02 de Novembro [18h30] – Novos desafios no Vale do Douro Superior

Com José António Oliveira

Local: Museu do Vinho do Porto
Rua de Monchique 45 4050-394 Porto
Organização: Reitoria da Universidade do Porto



20 ANOS DE INTEGRAÇÃO EUROPEIA (1986-2006): O TESTEMUNHO PORTUGUÊS

. 06 de Novembro [09h00] – Sessão de Abertura

Com José Manuel Durão Barroso (Comissão Europeia), Manuel Villaverde Cabral (ICS), Maria Eduarda Cruzeiro (ICS), entre outros

. [09h45] – As negociações de adesão e o Acto Único

Com Francisco Sarsfield Cabral (Diário de Notícias), José Medeiros Ferreira (ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros) e Ernâni Lopes (ex-Ministro das Finanças)

. [11h00] – Os primeiros anos e os fundos Europeus

Com Vitor Martins (ex-Sec. de Estado da Integração Europeia), Pedro Lains (ICS) e Isabel Mota (ex-Sec. de Estado do Planeamento e do Desenvolvimento Regional)

. [12h00] – Maastrich e a moeda única

Com António Costa Pinto (ICS), Carlos Costa (ex-coordenador o NEF da REPER) e Jorge Braga de Macedo (ex-Ministro das Finanças)

. [15h00] – O tratado de Nice e o Alargamento

Com Manuel Villaverde Cabral (ICS), Francisco Seixas da Costa (ex-Sec. de Estado dos Assuntos Europeus) e Teresa Moura (ex-Sec. de Estado dos Assuntos Europeus)

. [16h00] – O Tratado de Nice

Com António Barreto (ICS), Guilherme Oliveira Martins e António Vitorino

. [17h15] – O Testemunho Português

Com Teresa de Sousa (Público), Nicolau Andresen Leitão (ICS) e Fernando Neves

Local: Av. Prof. Aníbal de Bettencourt, 9 1600-189 Lisboa

Organização: Instituto de Ciências Sociais da Univ. de Lisboa


aL | 14:12 | 0 comments

 

Roteiro Atlântico no Blogue [notas]

O Fórum para a Competitividade organiza uma sessão de trabalho sobre o Orçamento de Estado para 2007. Para tal convidou vários especialistas que irão analisar, em sistema de mesa redonda, o Orçamento de Estado recentemente proposto pelo Governo.


No âmbito das comemorações dos 250 Anos da Demarcação da Região do Douro, a Universidade do Porto associou-se a esta efeméride, organizando um Ciclo de Conferências durante os meses de Outubro e Novembro, propondo-se a debater a tradição, condição actual e perspectivas de futuro Região do Douro,.

O ICS organiza a Conferência 20 anos de Integração Europeia: o Testemunho de Portugal. Pretendendo traçar de forma clara e esclarecedora, os impactos históricos, políticos e económicos desta adesão.


aL | 14:10 | 0 comments

 

Os vermelhos e os verdes. Todos de barba, calculo


Ken Livingstone, o velho revolucionário britânico, mayor de Londres, afirma que, actualmente, os muçulmanos são perseguidos no UK da mesma forma que os judeus foram perseguidos na Alemanha nazi. Compara Blair com Hitler. Nada de novo, aliás. Hitler é sempre o último trunfo da extrema esquerda. Uma chantagem moral pueril. Ao nivel do pátio da escolinha. O "Blair = Hitler" tem a mesma profundidade do "vou dizer à tua mãe que fumas".

Esta comparação até seria uma espécie de humor involuntário. Homens como Red Ken são mesmo caricaturas de algo que outrora foi a Esquerda. As pessoas que trabalham nos contra informação deste mundo não têm de inventar nada quando o assunto é a velha esquerda. O nosso Ken é já uma caricatura.

Mas isto não pode ficar pelo humor involuntário. Porque isto é propaganda política. Red Ken (o tipo dos copos capitalistas no lado esquerdo) faz campanha política com base no anti-semitismo e no ódio ao ocidente. Isto não é só moda intelectual. Isto é política. Red Ken quer manter os votos dos tipos da foto da direita. Tal como Galloway (no parlamento), o nosso Ken precisa dos votos desta minoria muçulmana - que deseja a introdução da sharia na Inglaterra - para ser reeleito.

Presumably Ken Livingstone likes to suck up to the Muslim community because it forms a third of the electorate in parts of London. It's not going to hurt your chances of being re-elected there if you blow the dog whistle of anti-Semitism.


Henrique Raposo | 11:10 |

 

A benção (quase) total

DN -Em Junho de 2005, os bispos portugueses tomaram uma posição pública contra as medidas do Governo de então. Disseram que essas medidas "ameaçavam penalizar ainda mais aqueles que já são mais sacrificados".

Cardeal Policarpo -Quando estivermos convencidos disso temos a obrigação de o fazer.

DN - Não estaremos numa situação similar?

Cardeal Policarpo - Não é uma análise pormenorizada, mas tenho a sensação global de que o Governo da Nação tem feito um esforço por governar. Os governos democráticos são por natureza fracos porque estão muito dependentes das eleições que se seguem e das correntes de opinião. No nosso caso, tenho acompanhado com interesse a determinação em governar, em estudar os problemas e fazer reformas estruturais. É normal que quem se lança neste caminho, sei-o por experiência noutros sectores, corre o risco de não acertar sempre. Mas tenho visto com simpatia a determinação em governar, em tomar decisões, em não ficar dependente da plateia e do que pode acontecer amanhã em termos de opinião pública. Não quero com isto dar uma bênção total, até porque não estou capacitado para o fazer.

(Entrevista a D. José Policarpo, Cardeal-patriarca de Lisboa, DN, 28.Out.2006, sublinhados meus)

vc

vc | 00:17 | 0 comments

 

sábado, outubro 28, 2006

 

3-2

Há pouco a contar sobre esta vitória. Mas talvez haja uma moral relacionada com cartões: pelos vistos, o Benfica esgotou-os todos na semana passada e o infeliz do árbitro não pôde recorrer a esse expediente disciplinar como, certamente, gostaria e devia.

vc

vc | 22:04 | 2 comments

 

Vazio

Algures no Expresso, António Guerreiro sobre A. Lobo Antunes: "O excesso e o estado de exasperação desta escrita não têm nada de produtivo: são uma máquina de esvaziamento... Reduzem-se a uma 'estética' que não sabe o que é a moral da forma".

Ao ler este texto de A. Guerreiro, relembrei-me de uma entrevista de Garcia Marquez. Depois do sucesso do “Cem anos de solidão”, Gabo sabia que tinha ali uma “fórmula”. Sabia que podia repeti-la até à exaustão. Sempre com sucesso. Contudo, Gabo pensou na vida, pensou na paixão pela escrita e disse “não”. “Não vou repetir a fórmula. Vou reinventar-me”. Sete anos depois do “Cem anos…” saiu o “Outono do Patriarca”. Num estilo diferente. Era outro Gabo.
Isto é ser-se um grande escritor. Mostrar capacidade de se reinventar; coragem para sair do certo e experimentar o incerto. Coragem de contrair as expectativas do público, da crítica. E acima de tudo: coragem para enfrentar o seu próprio medo: “será que serei capaz?”, “será que sou mesmo genial?”

Lobo Antunes não se reinventou. Não experimentou novas técnicas. Não se experimentou. Continuou sempre com aquela ideia romântica de que o escritor é um oráculo da Arte; artista como uma porta de entrada para o mundo real de algo superior e metafísico; o romance como “organismo vivo” às ordens da Arte e não do escritor. Os românticos germânicos devem estar a vibrar na tumba. Quem não vibra é o público português. Mas ninguém diz nada. Compra-se Lobo Antunes. Mas não se lê Lobo Antunes. Pergunta-se “o que achaste?”. E qualquer resposta serve, porque é mesmo assim: aquilo não é um romance mas um apanhado de emoções sem ligação.

No Verão, entrei com duas amigas americanas naquela que é, diziam elas, “a única livraria independente de D.C.”. Encontraram cópias de Lobo Antunes e Saramago. Perguntaram-me se “valiam a pena?”. Não respondi. Procurei. Encontrei uma colectânea em francês de Pessoa. Dei esse livro a uma delas. A outra recebeu um daqueles papelinhos amarelos com um nome: Jorge de Sena.


Henrique Raposo | 19:25 |

 

Eles não querem

Uma entidade de que não me recordo a identidade anda a tentar «reabilitar» a Baixa de Lisboa. Uma das «ideias» sugeridas passa pelo alargamento dos horários do comércio. A coisa é tão óbvia, tão primária, que devia merecer o aplauso geral. Comerciantes, trabalhadores do comércio, autarcas, moradores, polícias, meliantes, carteiristas e outros deviam levantar-se e exigir os tais novos horários a partir de hoje. Deviam. Mas não o fazem.
Os comerciantes já reagiram à «ideia» e declaram oposição pedindo outras soluções. Se bem conhecemos a espécie devem querer subsídios, o encerramento das grandes superfícies às 19h00 e a abolição dos centros comerciais. Pobres de nós.

vc

vc | 14:56 | 1 comments

 

Em memória

"Although Lord Harris has left us for a better abode, his recommendations will still guide us, and I echo his 1987 words: “to academics we say keep up the liberating ideas—and to Hell with what is politically possible. To journalists and politicians we say keep reading—and taking – the tablets. To businessmen and charitable subscribers, keep sending the cheques—and don’t be too stingy with the noughts.”

In memoriam de Lord Harris of High Cross, ou porque é que os think tanks são essenciais ao desenvolvimento civilizacional de uma nação e a sua inexistência explica em grande medida o nosso atraso em todos os aspectos. Mesmo na falta de respeito pela vida e pela morte.

Paulo Pinto Mascarenhas | 01:41 | 0 comments

 

A ler

Mais do que a essência de trapalhadas da semana passada, o que é curioso é ver como todos os envolvidos da área do Governo tiveram, quando confrontados com protestos, dúvidas ou manifestações de desagrado, a mesma reacção: sacudir a água do capote e atribuir a culpa de todas as situações, da saúde ao preço da electricidade, sempre ao mesmo destinatário: os cidadãos.

Sacudir água do capote, Manuel Falcão, n' A Esquina do Rio.


E não esquecer de o ler Sentado no Sofá, em mais uma edição da Atlântico.

Paulo Pinto Mascarenhas | 01:27 | 0 comments

 

sexta-feira, outubro 27, 2006

 

Câmara Clara

Estou a ver agora um dos programas de que gosto na RTP/2, o "Câmara Clara", de Paula Moura Pinheiro, desta vez sobre biografias e autobiografias, com Maria Filomena Mónica e Marcelo Mathias. Uma conversa civilizada, como costuma ser, mas esta noite especialmente interessante e estimulante. Largue o computador e diga-me depois se não tenho razão.

Paulo Pinto Mascarenhas | 23:12 | 5 comments

 

A constituição que é um romance


Ouvindo o Pedro Marques Lopes e o Vítor Cunha, na Europa (90.4), lembrei-me da minha relação com o documento que nos constitui. Já tentei várias vezes. Mas continuo sem perceber quem é o assassino. O mordomo? O homem do pão? O amante da Joaquina?



Henrique Raposo | 20:37 |

 

I rest my case


Via Arte da Fuga.

Henrique Raposo | 19:39 |

 

Conselhos para quem não tem a "rodinha do rato" conseguir ler o blogue

Diz o maradona, entre outras afirmações do maior interesse e relevância, que este blogue se caracteriza por não permitir, a quem não tem aquela rodinha no rato, o scroll da página para quem quer reler os posts mais antigos do Henrique Raposo. Pois bem, este é um problema sério que nunca me tinha ocorrido antes e que chamo à atenção do Tiago Geraldo, ainda que eu, que não tenho aquela rodinha no rato, consiga ler todos os postes - incluindo os do indispensável Henrique Raposo - com a ajuda da barrinha azul do lado direito do meu browser (que vou puxando para baixo). Outra solução, que apresento com a devida vénia ao maradona: cobrir (salvo seja) o texto como se fosse fazer copy e paste, descendo desse modo até aos postes desejados (salvo seja, de novo).

Paulo Pinto Mascarenhas | 19:35 | 5 comments

 

Descubra as Diferenças

Ligue a rádio em 90.4 FM e oiça agora neste momento Pedro Marques Lopes e Vítor Cunha a perorarem sobre a Europa, na rádio com o mesmo nome. Espanha e Portugal, União Ibérica, Orçamento de Estado, o telemóvel do Pedro a tocar, GNR, etc.

Paulo Pinto Mascarenhas | 19:22 | 1 comments

 

Dúvidas

Caro Nuno,

Não sou especialista em matéria de justiça e, para ser franco, é-me completamente indiferente se o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça é de esquerda ou de direita - ou se é sindicalista ou não. O que me perturba, como cidadão, é ouvir alguém com a responsabilidade deste senhor vir dizer que a culpa de os tribunais estarem com atrasos é das empresas que abusam dos tribunais por pretenderem ter os créditos ressarcidos.
Alguém acredita que as empresas recorrem aos tribunais com prazer? Se alguém não paga à Vodafone, o que é que esta deve fazer? Por alguém ter um crédito de 20 euros não vai poder recorrer aos tribunais? Como é que se faz, então? Lembro que o Presidente do STJ não propôs quaisquer medidas reestruturantes. Advogou sim, a penalização das empresas que recorram aos tribunais por causa de “créditos formigueiros” e incitou as mesmas a repensarem a atribuição de crédito. Saber se um crédito deve ser dado a este ou aquele cidadão é o papel da empresa, o dele é julgar se este crédito é válido ou não. E não terá um crédito de 20 euros tanta dignidade jurídica como um de 200.000?
Apesar de não vir à conversa, pergunto. Os magistrados estão isentos de culpa do estado de coisas ?
Quem ouve os magistrados falar poderá pensar que os únicos inocentes do estado a que a Justiça chegou são os cidadãos - e isso não é pura e simplesmente verdade. Mais, as suas próprias avaliações induzem os cidadãos a pensar que os magistrados são umas vítimas pois parece que 95% dos juízes foram avaliados com a nota máxima. Ora, se são todos tão bons, a culpa não pode obviamente ser deles...

Pedro Marques Lopes | 18:21 | 0 comments

 

Miguel Sousa Tavares e o plágio

Miguel Sousa Tavares ameaça denunciar suspeitos de calúnia

O "DN" comparou os textos que estão na base da acusação anónima e concluiu que esta é infundada. Miguel Sousa Tavares não plagiou no romance Equador (Oficina do Livro) a obra Esta Noite a Liberdade, de Dominique Lapierre e Larry Collins, sobre a independência da Índia - cuja capa da primeira edição (Círculo de Leitores) reproduzimos.


Os autores - ainda anónimos? - do blogue replicam.

Paulo Pinto Mascarenhas | 18:12 | 4 comments

 

A teoria do copo meio-cheio

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"Apesar dos resultados menos bons, os socialistas ficaram numa zona que se pode considerar ainda bastante confortável."

João Morgado Fernandes, editorial de hoje do "DN"

Paulo Pinto Mascarenhas | 18:01 | 1 comments

 

Não É Por Nada, Mas

E já que estou a dar uma de liberal, posso dizer que foi com ironia que recebi a notícia do fim das Capitais Nacionais da Cultura. Como disse a senhora ministra da dita ontem no Parlamento, "as CNC funcionaram apenas como um programa de animação cultural, mas não influenciaram o consumo cultural em termos de formação e alrgamento de públicos e demonstraram que, com este modelo, as cidades não se renovam com a cultura". Em consequência, anunciou Isabel Pires de Lima, o Governo "abandonará definitivamente este modelo de CNC" e as experiências de Coimbra 2003 e Faro 2005 não irão repetir-se.

Não é por nada, mas acho que já alguém tinha avisado.
Sim, esses mesmos, os tenebrosos liberais economicistas que tanto criticam a subsidiodependência da "animação cultural" e a "formação de públicos" pelo Estado.
Com "este" ou com outro "modelo".

Pedro Picoito | 17:38 | 0 comments

 

Estado de desgraça e a cooperação estratégica

A mudança de estação do ano trouxe más notícias para o Governo: depois do bom desempenho revelado no Verão, surge uma queda acentuada neste início de Outono. Segundo o Barómetro de Outubro, feito pela Marktest para o DN e a TSF, 14 dos 16 ministros registam uma evidente quebra de popularidade, particularmente notória em cinco casos. Manuel Pinho (titular da pasta da Economia), Fernando Teixeira dos Santos (Finanças), Jaime Silva (Agricultura) e Maria de Lurdes Rodrigues (Educação) são fortemente penalizados nesta consulta. Ainda pior que eles está o titular da pasta da Saúde, Correia de Campos, que já era o ministro mais impopular em Setembro e cai agora outros 13 por cento, atingindo uma cifra impressionante: 34 pontos negativos.

Mas a maior queda acaba por ser a do próprio primeiro-ministro: a popularidade de José Sócrates baixa 16 pontos em comparação com o mês anterior. O chefe do Governo conserva ainda um quociente positivo no balanço das opiniões. Mas agora apenas por margem mínima. E a uma distância cada vez maior do Presidente da República. Aníbal Cavaco Silva, com mais três pontos percentuais em Outubro, consolida a primeira posição no painel de popularidade dos políticos portugueses.

Paulo Pinto Mascarenhas | 17:29 | 1 comments

 

Obrigatórios

Já que ninguém fala disto, então hoje faço eu de liberal. (Não sei se estão a ver o trocadilho-malandro-para-me-meter-com-o-Tiago: liberais às Quintas pro choice, liberais às Sextas pro life...)
Como liberal, decreto obrigatório ler o artigo do André Abrantes Amaral na Dia D do Público de hoje. Só o título já vale a pena: "O ensino livre é o privado".

O artigo do Nuno Garoupa ("O acaso não faz os grandes líderes") também é excelente, mas diz bem do Blair e mal dos conservadores, o que o torna um bocadinho menos obrigatório.

Pedro Picoito | 17:07 | 1 comments

 

Alargar a discussão sobre a justiça

O Novo Presidente do STJ

Não estando 100% de acordo com tudo o que disse o novo Presidente do STJ, parece-me que inaugura um estilo de encarar as suas funções que só pode ser elogiado. E desta vez estou absolutamente em desacordo com os meus amigos da Revista Atlântico. Prefiro um presidente do STJ de esquerda (não sei muito bem que parte do discurso é de esquerda, pois no tema do lixo processual gerado pelas empresas e bancos está coberto de razão) que um sem ideologia e refugiado nos valores formais e processuais. É que destes tivemos muitos e estamos onde estamos.

Nuno Garoupa, no blogue Reforma da Justiça

Paulo Pinto Mascarenhas | 15:52 | 0 comments

 

O crime de aborto


Peço desculpa pela desilusão, mas a discussão em torno do pensamento católico tradicional e da sacralidade da vida humana não me diz respeito (infelizmente, acredita) e nem sequer me é muito familiar. Na questão do aborto, como já deves ter percebido, a minha perspectiva é outra. Aliás, reduzir o lado do "não" a um argumentário alegadamente beato é seguramente confortável, mas é igualmente não perceber a complexidade laica e jurídica do problema.

Quanto ao resto, concordo genericamente com quase tudo o que dizes, inclusivamente com o argumento de que "o Direito Penal, com a particularidade especialmente gravosa de lidar com a liberdade, se deve abster de conter incriminações que tenham por base imperativos puramente morais, devendo, uma vez que estamos numa Democracia (em princípio) pluralista, salvaguardar um espaço livre para modos de vida alternativos".

Mas fico aliviado por assumires que, para ti (assim todos o fizessem), o aborto é uma vulgar questão de costumes, de direitos e liberades das mulheres, de "modos de vida alternativos". Assim a discussão é mais transparente. Mais transparente e também, há que reconhecer, menos profícua, uma vez que não me parece haver grande espaço para conciliação entre essa opinião e a defesa de uma vida em formação, que é já mais do que um mero projecto.

[lembro-te apenas que o crime de aborto está previsto no Título dos crimes contra as pessoas (secção dos crimes contra a vida intra-uterina) e não no dos crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual]

A consequência necessária da tua posição é a de que tu não achas que o feto deve gozar de tutela penal (como goza de tutela civil) e, portanto, acharás que a mulher poderá abortar sem limites materiais e temporais (ainda não me respondeste a isto). Eu, pelo contrário, acho que o feto deve gozar daquela tutela. E não o acho agarrando-me ao pensamento católico tradicional (o qual, por deficiência de formação inteiramente a mim atribuível, desconheço largamente), mas sim a uma opção política que traduz uma determinada disposição (alguns dirão "oakeshottiana"), segundo a qual os aventureirismos são sempre de evitar e o dever da lei, do estado e dos seus representantes é em primeiro lugar para com aqueles que, no natural desenvolvimento progressivo do mundo, ficam para trás por insuficiência de defesas.

Anónimo | 13:02 | 3 comments

 

Um silêncio ensurdecedor

As afirmações do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça andam a ser debatidas nos meios da Justiça. Ainda ontem o Dr António Marinho na SIC Noticias criticou violentamente aquelas afirmações, fazendo um ataque feroz, e na minha opinião justíssimo, a toda a Magistratura.O que é verdadeiramente escandaloso é assistirmos ao absoluto silêncio dos partidos, Governo e Presidente da República sobre este tema. É preciso lembrar que o que aqui está em causa não são questões corporativas de somenos importância, mas sim verdadeiras questões estruturantes de um Estado de Direito, nomeadamente as do acesso dos cidadãos e empresas à Justiça

Pedro Marques Lopes | 11:54 | 0 comments

 

"Samurai" só há um



Takeshi Kitano

Henrique Raposo | 11:39 |

 

Samurai só há um

Toshiro Mifune

Henrique Raposo | 11:26 |

 

Mario d'za carnera

“O fold me away between blankets . . .”


O fold me away between blankets
And leave me alone.
And let the door of my room be locked forever –
Never to be opened, even for you, should you come.

Red wool and soft bed. Every chink definitely sealed.
Not a book by my bed – no, not one book.
Instead, at all times, there, just in reach,
Gorgeous patisseries and a bottle of Madeira.

Because I can’t take any more. I don’t even want toys.
What for? If I had them, I wouldn’t know how to play.
What are they doing to me with their precautions and their attentions?
I’m not cut out for a fondling. Hands off! And leave me alone.

Let there be night in my room. The curtains always closed,
And I – tucked up neatly in my nest, all warm – what a darling!
Yes, to stay in bed forever, never to stir! To grow mouldy!
At least, it would be a complete rest . . . Nonsense! The best of lives.

If my feet hurt and I don’t know how to walk straight
Why should I insist on going to parties, all dolled up like a lord?
Come, for once let my life go with my body
And resign itself to being hopeless . . .

Why should I go out if I catch cold unfailingly?
And who can I expect here, with my temperament?
Let your illusions go, Mario. Cosy eiderdown, cosy fire . . .
And forget the rest. This is enough, let’s face it . . .

Let’s give up. My longings will land me nowhere.
Why should I slog about in this imbecile crush?
Pity me! Help! For Christ’s sake, take me to hospital . . .
That is, to a private ward: send the bill to my father.

That’s the answer. A private ward, hygienic, spotless, modern and peaceful.
Preferably somewhere in Paris – it will make a better story –
In twenty years’ time my poetry might get through,
And to be bats in Paris has a certain distinction, in the grand manner.

As for you, my love, you may come every Thursday,
If you want to be nice, and find how I am.
But you’ll not set foot in my room, no, not in your sweetest mood –
Nothing doing, my pet. Baby’s sleeping. All the rest is finished.
(1962)

from the Portuguese of MÁRIO DE SÁ CARNEIRO (1890–1916)

no TLS

Henrique Raposo | 10:23 |

 

Má educação

Depois de ver e, mais especificamente, depois de ouvir ontem a tonitruante Joana Amaral Dias, - com aquela insuportável e totalitária autoridade na dicção, aquela voz que não hesita um segundo, que não exprime uma dúvida, uma angústia, nada, e que, no fundo, condescende com todos nós porque conhece a Verdade, enquanto nós, simples criaturinhas burguesas, vivemos na caverna do obscurantismo - naquele seu registo habitual das «torturas, etc.», «guerras, etc.», «exacto, sim, sim, prisões, etc.» a falar por cima de António José Saraiva e a interrompê-lo mal começava a falar, lembrei-me do Pior Suíço de Sempre e num revisitar da poeira e naftalina que há nos bons costumes cheguei à conclusão de que os problemas da esquerda mais assanhada e protestativa são apenas dois: para além da falta de educação, leram todos os livros errados.


Tiago Geraldo | 02:37 | 6 comments

 

quinta-feira, outubro 26, 2006

 

Sim e Não

Estou com o Tiago Geraldo num ponto que acho essencial: não faço do meu voto no referendo ao aborto "motivo de exaltação ideológica ou de particular orgulho". Entre outras razões, foi por isso que não aceitei o convite que me foi feito há já uns tempos para participar em blogues inteiramente dedicados à questão. A diferença também essencial em relação ao Tiago é que vou votar "Não", porque considero que uma sociedade civilizada tem obrigatoriamente de encontrar condições económicas e morais para acolher todas as vidas. É talvez um dos únicos aspectos em que continuo a ser um irremediável idealista.

Paulo Pinto Mascarenhas | 23:58 | 0 comments

 

Blogstop?

Não sei o que se passa com o blogspot mas parece-me cada vez mais o blogstop. Cada vez mais dificuldade de acesso, cada vez mais problemas, cada vez mais sessões interrompidas. Já me disseram que é por causa da mudança que estão a fazer para Beta, mas as dúvidas persistem. Acontece-me por exemplo no Firefox só conseguir aceder a este blogue quando coloco o www. antes de revista-atlantico.blogspot.com enquanto no Mozilla apenas funciona sem o www. Mas não só. Será que chegou a hora de mudar?

Paulo Pinto Mascarenhas | 23:34 | 2 comments

 

Rui Ramos no "Público" de quarta-feira

O Outono dos Impérios

As efemérides têm pelo menos um defeito: o de reinventar o passado como uma colecção de presságios em que deveríamos ter reparado e de lições que não deveríamos ter esquecido. É o que se tem visto com os cinquentenários deste mês: o da insurreição de Budapeste, em 23 de Outubro de 1956, de que falou Jorge Almeida Fernandes no Público de segunda-feira, e o do ataque da França e da Inglaterra ao Egipto, a 31 de Outubro. Budapeste tem sido evocada como a primeira estação na última viagem do comunismo europeu; o Suez, como o pior dos augúrios para as correntes intervenções ocidentais no Médio Oriente e na Ásia Central.

O Outono de há cinquenta anos não foi propício para os impérios. Não lhes faltaram tanques e aviões, mas propósito e determinação. Daí, a rebelião húngara, e a obstinação egípcia. Dito isto, talvez pareça inapropriado tratar em conjunto, como casos imperiais, a ditadura de partido único da União Soviética, e o estado de direito, representativo e pluripartidário do Reino Unido. Mas a classe dirigente de cada um desses estados tinha um pequeno ponto em comum: habituara-se, por razões e meios diferentes, ao papel de vanguarda da história, que lhes dera o direito de tutelar outros estados e populações no caminho do progresso. Foi essa convicção que esteve em causa no Outono de 1956.

O levantamento húngaro culminou na destruição da colossal estátua de Estaline em Budapeste. Mas o que faliu na Hungria não foi o estalinismo, mas o pós-estalinismo inaugurado em Fevereiro desse ano no XX congresso do Partido Comunista da União Soviética. A insurreição húngara foi precipitada pela decisão soviética de substituir os beneficiários das últimas purgas estalinistas nos seus satélites europeus. Recuperaram-se então líderes comunistas afastados devido à sua identificação com a aproximação gradualista e de frente popular que definira os inícios da ocupação soviética. Na Polónia, a rotação consumou-se a 20 de Outubro. Três dias depois, a Hungria provou os riscos da operação. Em Moscovo, hesitou-se. Convinha-lhes salvar as aparências da igualdade entre os estados socialistas, proclamada recentemente. A ironia da história é que a repressão foi necessária, não para continuar o estalinismo, mas para viabilizar a sua suposta moderação. Quem queria perceber, percebeu: mesmo os que discordavam de Estaline tinham de actuar como estalinistas caso quisessem manter a dominação comunista.

Khrustchov desejou mudar, mas não quis que a desestalinização significasse o fim do império que herdara de Estaline. Os governantes da Inglaterra e da França estavam numa situação análoga: dispostos a transformar as relações com as suas colónias e protectorados, mas avessos a aceitar a descolonização como o fim da sua influência mundial. Demagogos como Nasser, arrastando os novos estados para devaneios messiânicos e ditatoriais, depressa confrontaram os governantes ocidentais com a mais desencorajadora das hipóteses: para defenderem os interesses e procedimentos ocidentais, precisariam talvez de se comportar como os velhos colonialistas. Desconfiaram da capacidade das suas opiniões públicas para os seguirem nesse caminho. Por isso, precisaram de pintar Nasser como um novo Hitler, determinado, com a ajuda soviética, a estrangular o Ocidente através do domínio das rotas e eventualmente das fontes do petróleo. Precisaram ainda de combinar com Israel uma guerra no Sinai, que lhes desse um pretexto para “proteger” o canal. O inicial êxito militar não se prolongou num sucesso político. Londres levantou-se em manifestações contra a guerra. O campo ocidental dividiu-se, com os EUA irritados pelo unilateralismo europeu. Nasser triunfou, e foi o primeiro-ministro inglês, Eden, quem se demitiu.

Há lições a retirar destas histórias do pós-estalinismo e da descolonização? Talvez. Por exemplo, que qualquer relação baseada num desnível de poder, mesmo que para suposto benefício do tutelado, pode tornar-se problemática para ideologias que assentam na ideia de libertação igualitária da humanidade. Há assim inevitavelmente um momento em que ainda se desejam os fins, mas já não os meios: é o princípio do fim. Mas a questão mais interessante destes cinquentenários é outra: se a história do comunismo e da influência ocidental ficaram escritas há cinquenta anos, porque é que ninguém aprendeu nada? Depois de Budapeste, houve Praga. Depois do Suez, o Vietname. O comunismo europeu caiu em 1989, mas subitamente, sem que ninguém o tivesse previsto, e depois de passados 33 anos. O passado pode dar-nos lições, mas não nos dá certezas. Daí que o fim, mesmo das coisas condenadas, demore muito tempo. Por vezes, o tempo suficiente para se parecer com a eternidade.

Rui Ramos

Paulo Pinto Mascarenhas | 23:20 | 0 comments

 

Comunicado radiofónico

RÁDIO EUROPA LISBOA – 90.4 FM

Programação:

Sexta-feira, 27 de Outubro 2006
“Descubra as diferenças”
19h05
Programa de debate político, em parceria com a revista Atlântico.

Antonieta Lopes da Costa e Paulo Pinto Mascarenhas debatem com Pedro Marques Lopes e Vítor Cunha alguns dos temas que marcam a actualidade política: Orçamento de estado, União Ibérica - nós e os Espanhóis (fazendo referência a algumas sondagens publicadas na imprensa assim como à capa desta edição da Atlântico) -, tudo culminando com o aniversário dos 25 Anos dos GNR, a quem é dedicada a música final…

“Descubra as diferenças”
Sexta-feira às 19h05.
Domingo às 11h00, com repetição às 19h00.

Paulo Pinto Mascarenhas | 21:51 | 2 comments

 

O «Crime» de Aborto

Francisco,

Pegando na tua resposta ao meu tiro ao lado e no texto que publicaste no Blogue do Não, passo também a dizer ao que venho. E, contrariamente ao que possa ter parecido no outro post, não venho liberalmente e sem posição. Votarei sim no próximo referendo, e devo dizer muito sinceramente que não vejo nesse voto motivo de exaltação ideológica ou de particular orgulho. Se voto sim é porque considero que, a lidar com o problema do aborto, se tende a apontar muito facilmente o dedo à mulher que o pratica, esquecendo o problema fundamental: a demissão de uma sociedade sem condições económicas e morais para acolher novas vidas.

Neste debate, o que está em causa são as diferentes concepções sobre o valor da vida e a sua sacralidade enquanto base do pensamento católico tradicional. A esta concepção opõem-se perspectivas culturais distintas sobre o projecto de vida dos indivíduos de acordo com o horizonte que podem traçar. É o problema do valor vida enquanto valor intrínseco que está em jogo. Deve dizer-se, aliás, que dentro do próprio pensamento católico não são poucas as referências ao sagrado enquanto visão da vida com amor e qualidade e não à mera existência da vida em si.

O Direito é um mínimo instrumental de um máximo cultural ou social – a realização pessoal de cada um, e distingue-se fundamentalmente da moral por exprimir um dever ser necessariamente vinculativo, por oposição a alternativas (para os moralistas, alternativas imorais) sobre o modelo de vida e organização social.
Não sou liberal ao ponto de afirmar que o Direito não está, muitas vezes, ao serviço de um código moral maioritário e dominante. Mas sou contrário a que o Direito se possa deixar instrumentalizar pela moral dominante num dado momento histórico, esmagando uma das riquezas fundamentais da Democracia: o pluralismo ideológico.
É por isso que o Direito Penal, com a particularidade especialmente gravosa de lidar com a liberdade, se deve abster de conter incriminações que tenham por base imperativos puramente morais, devendo, uma vez que estamos numa Democracia (em princípio) pluralista, salvaguardar um espaço livre para modos de vida alternativos.

No melhor dos mundos, num mundo em que existisse segurança e uma protecção efectiva e eficaz, não haveria necessidade de admitir a despenalização relativa do aborto. Mas também não é por estar consagrado o «crime de aborto» que a condenação da vida do feto se fará ou deixará de fazer. Por muito utilitarista (mas ainda assim, fáctico e real) que possa parecer para os defensores do «não», uma mulher que faz um aborto fá-lo, em geral, por circunstâncias económicas, familiares ou culturais.

De resto, e tendo em conta as propostas que vão tomando forma no sentido de «suspender» os julgamentos contra mulheres que fizeram aborto, para além de me parecerem uma rematada idiotice, são também portadoras de um cruel fetichismo moral.
Existe algum conforto moral em saber que, no Código Penal, existe um artigo esvaziado de eficácia mas que mesmo assim consagra uma opção moral - para alguns - adequada? Porquê criminalizar um comportamento se os efeitos normais desse crime têm ficado, desde sempre, no congelador? Se as mulheres não cumprem pena por aborto qual é afinal a função da pena? Figurativa? Mera intimidação ou simples fetichismo moral?


Tiago Geraldo | 21:30 | 2 comments

 

Um pedido

Chove. Começa o tormento: perder chapéus-de-chuva. Já lá vão dois nesta semana.

Caro cientista, V. inventa tanta coisa. Até robots que jogam à bola. V. investiga tanta coisa. Até a masturbação dos golfinhos da Arrábida. Vá lá, perca um minuto a inventar um chapéu-de-chuva que não fique no metro, no autocarro, no café.

Henrique Raposo | 21:05 |

 

Haja vergonha

O despautério, a falta de pudor e o desprezo por todos os cidadãos pagadores de impostos tem nestas declarações de João Salgueiro o seu clímax.
Claro está, que a nossa “brilhante” oposição de direita nada vai dizer e vai deixar ao BE e companhia, o papel de defensor dos “fracos e oprimidos pelo capital” e desta forma se cola a oposição de direita a afirmações como as de Salgueiro.

Pedro Marques Lopes | 20:08 | 4 comments

 

O homem triplicado

Não sei o que aconteceu, mas peço desculpa por esta triplicação. Juro que não é o ego, apenas um erro informático (pois no meu computador dizia que tinha havido um erro na colocação do post!)

Tiago Moreira de Sá | 18:37 | 3 comments

 

A Causa e a Consequência

Um dos erros mais frequentes do pensamento de senso comum é o da confusão entre causa e consequência.
Percebi isso recentemente quando, retido no trânsito de Lisboa, a pessoa que me acompanhava, chegados a um cruzamento onde havia polícia, comentou: «é sempre a mesma coisa, quando há polícia há caos no trânsito».
O que a minha companhia não percebeu é que a relação dos factos era a inversa, ou seja, havia polícia (consequência) porque já havia caos no trânsito (causa).
Vem isto a propósito da questão das Scuts.
Para além de uma gigantesca mentira (lembro-me de uma célebre fase de um político português: «devem tomar-nos por tolos»), este assunto remete-nos para uma reflexão mais profunda (mas não mais séria, pois uma mentira é sempre muito séria).
O pretexto-base do Governo é o seguinte: as Scuts justificam-se nas zonas mais pobres com o objectivo de favorecer o seu desenvolvimento. Nesta equação, o atraso económico é apresentado como a causa para a decisão das Scuts, sendo estas a consequência.
Ora penso que a correlação das variáveis é a oposta: são decisões como as das Scuts que, ao custarem milhões de euros ao Orçamento de Estado e, consequentemente, ao obrigarem a uma carga fiscal elevadíssima conduzem ao atraso económico geral do País. Ou seja, as Scuts são em si mesmas a causa.
Este caso particular é relevante pois aplica-se a muitos outros exemplos em Portugal e tem que ver com o modelo de sociedade que queremos adoptar - e isto sim é, na minha opinião, "uma reforma estrutural".

Tiago Moreira de Sá | 18:29 | 0 comments

 


Paulo Pinto Mascarenhas | 18:03 | 1 comments

 

O Irão, o hezbollah, o terrorismo e o nuclear

Bem lembrado pelo Francisco:

«Há 12 anos, a sede da AMIA, Asociación Mutual Israelita Argentina, foi destruída num atentado que matou 85 pessoas. Apesar de suspeitas fortíssimas, as investigações nunca chegaram a conclusões definitivas, contando -- além do mais -- com algum desinteresse das autoridades, mas o juiz encarregado do caso reafirma agora que o autor material, que dirigia o carro de explosivos era Ibrahim Huseim Berro, militante do Hezbollah. Doze anos depois há progresso nas investigações, segundo o La Nación, de Buenos Aires:

«Los acusados por los fiscales son el ex presidente de Irán entre 1989 y 1997 Alí Akbar Hashemi Rafsanjani; el ex ministro de Información y seguridad hasta 1997, Alí Fallahjan; el ex ministro de Relaciones Exteriores de Irán, Ali Akbar Velayati; el ex comandante de la Guardia Revolucionaria Mohsen Rezai; el jefe del Servicio de Seguridad Exterior del Hezbollah Imad Fayez Moughnieh (también buscado por Estados Unidos por el ataque a la embajada de Israel); el ex consejero cultural de la embajada iraní en Buenos Aires, Mohsen Rabbani, el ex tercer secretario de la embajada Ahmad Reza Asghari y el ex comandante de las fuerzas QUDS iraníes Ahmad Vahidi. Los acusados actualmente ocupan cargos menores en el gobierno y no tienen inmunidad, dijeron a LA NACION fuentes judiciales.Los fiscales señalaron que, por diversos testimonios, establecieron que el motivo por el cual se produjo el ataque en nuestro país fue la suspensión unilateral por parte del gobierno argentino del programa de transferencia de tecnología nuclear, que Irán consideraba clave.»

Anónimo | 17:08 | 1 comments

 


EDIÇÃO Nº 25

ABRIL 2007

...

A NOSSA REVOLUÇÃO DE ABRIL - A SÉRIO E A BRINCAR
por RUI RAMOS E 31 DA ARMADA

O MAIS IMPORTANTE AINDA ESTÁ POR FAZER!
por ANTÓNIO CARRAPATOSO

A VELHA EUROPA E A NOVA INTEGRAÇÃO EUROPEIA
por VÍTOR MARTINS

DOIS ANOS DEPOIS
por JOÃO MARQUES DE ALMEIDA, LUCIANO AMARAL e PAULO PINTO MASCARENHAS

COMO O ESTADO MATOU O COZINHEIRO ALEMÃO
por PAULO BARRIGA

O PACTO
por PEDRO BOUCHERIE MENDES

ERC

Inquérito Atlântico

Sem inquérito neste momento

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Rádio Europa

Descubra as Diferenças»

Um programa de opinião livre e contraditório onde o politicamente correcto é corrido a 4 vozes e nenhuma figura é poupada.

Com a (i)moderação de Antonieta Lopes da Costa e a presença permanente de Paulo Pinto Mascarenhas. Sexta às 19h10.

Com repetição Domingo às 11h00 e às 19h00.

 

Em Destaque

PORTUGAL PROFUNDO

O INOMINÁVEL

JAZZA-ME MUITO

 

Ligações Atlânticas

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31 da Armada

A Arte da Fuga

A Causa Foi Modificada

A Cooperativa

A cor das Avestruzes Modernas

A Esquina do Rio

A Invenção de Morel

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A Propósito de Nada

Arcebispo da Cantuária

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