Silogismo hipotético
Em lógica, um silogismo hipotético tem dois usos. Em lógica proposicional o silogismo hipotético expressa uma regra de inferência, enquanto na história da lógica, o silogismo hipotético é uma ajuda para a teoria da consequência.[1]
Lógica proposicional
[editar | editar código-fonte]Silogismo hipotético é uma demonstração de regras na lógica clássica que pode ou não ser avaliada em uma lógica não-clássica.
O silogismo hipotético é um argumento válido da seguinte forma:
Premissa: P → Q
- Premissa: Q → R
- Conclusão: P → R
Simbolicamente, esta inferência é expressa por:
Em outras palavras, se o primeiro implica o outro e o outro implica o terceiro, então o primeiro implica o terceiro, de acordo com a propriedade da transitividade da implicação.
- Por exemplo:
Se eu não despertar, então não posso ir ao trabalho.
- Se eu não puder ir ao trabalho, então eu não vou receber o salário.
- Portanto, se eu não despertar, então eu não vou receber o salário.
Premissas contrafactuais do silogismo hipotético
[editar | editar código-fonte]O silogismo hipotético tem a vantagem de suas premissas serem contrafactuais, ou seja, as premissas podem ser sempre verdadeiras se suas proposições são falsas, de acordo com o significado da implicação.
- Por exemplo:
Se os gatos são amigos dos ratos, então a lua é feita de queijo.
- Se a lua é feita de queijo, então os cães são amigos dos gatos.
- Portanto, se os gatos são amigos dos ratos, então os cães são amigos dos gatos.
Note que os fatos das premissas são falsos ("lua é feita de queijo", "os gatos são amigos dos ratos", "cães são amigos dos gatos") mas as premissa são verdadeiras e a declaração, como um todo, é verdadeira.
Referências
- ↑ Beall, JC and Restall, Greg, Logical Consequence The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Fall 2009 Edition), Edward N. Zalta (ed.).