Liberdade (São Luís)
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Bairro do Brasil | ||
Localização | ||
Coordenadas | ||
Unidade federativa | Maranhão | |
Município | São Luís | |
História | ||
Criado em | 1918 |
Liberdade é um bairro da cidade de São Luís, capital do Maranhão.
Considerado também, o maior bairro de São Luís próximo ao Centro da cidade, cortado por vias de acesso que interligam bairros, cercado por manguezais.
História
[editar | editar código-fonte]O bairro da Liberdade surgiu a partir de 1918, com a criação do Matadouro Modelo, construído no Sítio Itamacaca, que foi de propriedade de Ana Jansen. [1]
Nessa época, a entrada do bairro era feita por uma única estrada chamada Campina do Matadouro, mas o principal acesso era a via barco pelo rio Anil.[1]
Os bois chegavam ao Matadouro por meio da ferrovia São Luís-Teresina e o local teve suas atividades encerradas em 1980.[1]
O bairro recebeu o nome por meio da Lei Municipal nº 1.749, de 17 de maio de 1967, tendo sido chamado anteriormente de Matadouro.[1]
A partir dos anos 1970, um grande afluxo de pessoas vindas de comunidades rurais quilombolas da Baixada Maranhense,de Alcântara e do Litoral Maranhense se estabeleceu no bairro, fazendo da Liberdade a maior população negra de São Luís. [2]
Cultura
[editar | editar código-fonte]Os moradores trouxeram manifestações da cultura popular tradicionais de suas comunidades de origem: Bumba Meu Boi, Tambor de Crioula, a festa do Divino Espírito Santo, festa de Santa Luzia, de São Cosme e Damião e grupos carnavalescos, especialmente blocos tradicionais.[1]
O Boi de Seu Leonardo (Boi da Liberdade) de sotaque de zambumba, Boi de Seu Apolônio (Boi da Floresta) de sotaque da baixada são tradicionais da região.[1]
Ainda no bairro da Liberdade, tem destaque o reggae como grande concentração cultural.[1]
O Teatro Padre Haroldo, (Centro Cultural Comunitário da Liberdade) localizado em frente à Praça Mário Andreazza, no Viva Liberdade, é um importante polo de cultura do bairro. [3]
Quilombo urbano da Liberdade
[editar | editar código-fonte]A Fundação Palmares, por meio da Portaria nº 192, de 13 de novembro de 2019 reconheceu a Liberdade como comunidade remanescente de quilombo.[4]
O Território Liberdade Quilombola foi o primeiro quilombo urbano reconhecido no Maranhão e sua área abrange cinco bairros de São Luís (Liberdade, Camboa, Fé em Deus, Diamante e Sítio do Meio), com uma população de cerca de 160 mil moradores, constituindo-se num dos maiores quilombos urbanos da América Latina.[4][5]
Com esse reconhecimento, é possível ter políticas públicas, de infraestrutura e qualidade de vida voltadas especificamente para a comunidade.[5]
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]O bairro é margeado pela Avenida IV Centenário e pelo rio Anil.
Entre as unidades de saúde da região estão o Centro de Saúde da Liberdade (com um Centro de Atendimento ao Hipertenso e ao Diabético) a Unidade de Saúde da Família da Liberdade e a Policlínica do Idoso.[6]
Em parte do local onde funcionava o Matadouro, hoje funciona a Unidade de Ensino Fundamental Mário Andreazza.[1]
A partir de 2007, o programa PAC Rio Anil buscou promover a remoção de famílias que habitavam palafitas à margem esquerda do Rio Anil localizadas nos bairros da Camboa, Liberdade, Fé em Deus e Alemanha, a construção da Avenida IV Centenário, além de outras obras de urbanização.[3]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c d e f g h «100 anos de fundação da Liberdade». O Imparcial. 26 de janeiro de 2018. Consultado em 19 de julho de 2021
- ↑ «"QUILOMBO URBANO", LIBERDADE, CAMBOA E FÉ EM DEUS: Identidade, festas, mobilização política e visibilidade na cidade de São Luís, Maranhão.» (PDF)
- ↑ a b «Secretaria de Estado das Cidades do Maranhão | Governo de todos nós». Consultado em 19 de julho de 2021
- ↑ a b «Liberdade torna-se o primeiro quilombo urbano do Maranhão». Agência Tambor. Consultado em 19 de julho de 2021
- ↑ a b «Região da Liberdade pode se tornar primeiro quilombo urbano de São Luís». G1. Consultado em 19 de julho de 2021
- ↑ «Guia de Unidades de Saúde | Secretaria Municipal de Saúde». saoluis.ma.gov.br. Consultado em 19 de julho de 2021