Saltar para o conteúdo

Língua baniua

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Língua baniwa-koripako)
Baniua (Baníwa)
Falado(a) em: Brasil, Venezuela e Colômbia
Região: Rio Içana
Total de falantes: 6 070 (1983 SIL)
Família: Aruaque
 Japurá-Colômbia
  Baniua (Baníwa)
Estatuto oficial
Língua oficial de: São Gabriel da Cachoeira, e de todo o estado do Amazonas
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: bwi

A língua baniua,[1] também conhecida como baniba, baniva[2] Baníwa,[3] baniua do içana, dakenei, issana, kohoroxitari ou maniba é uma língua aruaque falada pelo povo Baniwa, constituído de aproximadamente 4 700 indígenas localizados às margens do rio Içana, na fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela.

É um dos idiomas oficiais do município de São Gabriel da Cachoeira desde 2003, ao lado do nheengatu, do tucano e do português. Tem diversos dialetos, como o carútana (já extinto), hohodené (hoódene, hohodena, kadaupuritana, cadaupuritana), siusy-tapuya (seuci, siuci, siusi).

Em 2023, foi declarada língua oficial de todo o Amazonas, juntamente com outras 15 línguas indígenas.[4]

A língua baniwa-koripako tem três superdialetos (Ramirez 2020: 44):[5]

  • Superdialeto Meridional (Karotana): no baixo rio Içana, mais um grupo vivendo em Victorino no rio Guainia (fronteira Colômbia-Venezuela). Subdialetos:
    • mapatsi-dákeenai (yurupari-tapuya)
    • wadzoli-dákeenai (urubu-tapuya)
    • dzawi-mínanai (yauareté-tapuya)
    • adaro-mínanai (arara-tapuya)
  • Superdialeto Central (Baniwa): no médio rio Içana (da missão Assunção até Siuci-Cachoeira) e seus afluentes (rio Aiari e baixo rio Cuiari). Subdialetos:
    • hohódeeni
    • walipere-dákeenai (siucí-tapuya)
    • máolieni (cáuatapuya)
    • mápanai (ira-tapuya)
    • awádzoronai
    • molíweni (sucuriyú-tapuya)
    • kadáopoliri
    • etc.
  • Superdialeto Setentrional (dito “Koripako” no Brasil): no alto rio Içana (de Matapi acima), rio Guainia, cabeceiras do rio Cuiari. Subdialetos:
    • ayáneeni (tatú-tapuya)
    • payoálieni (pacútapuya)
    • komada-mínanai (ipéca-tapuya)
    • kapitti-mínanai (coatí-tapuya)
    • etc.

Comparação lexical dos dialetos baniwa-koripako (Ramirez 2020: 45-46):[5]

Português Superdialeto Centrais Superdialeto Setentrionais Victorino Tariano
cabeça -hiwida -hiwida -hiwida -hiwida
cabelo -tʃi-kʊɺe -tʃi-kʊɺe -tsi-kʊɺe -tʃi-aɺe
dente -ee(-tsha) / -jai -eetʃha -jai -ee / -ja
unha -tsʊta / tsʊɺa -tʃʊta tsʊɺa -ʊʊpada / -tsʊta
costas -t̪ama -danhiit̪e -inhaapi -tsame
fígado -jhʊpana -jhʊʊpana -kabaɺe (< baré) -kaɺe-tana
onça dzaawi jaawi dzaawi jaawi
cobra aapi aapi eepi-tsi ããpi
pássaro kepiɻa wiiphiaɻʊ tsiika kepiɾa
galinha kaɺaka kʊama kaɺaka kaɺaka
criança i-eni-pe-t̪i i-eni-pe-t̪i mhaapeni i-eni-pe
sol kamʊi heeɻi kamʊi keeɾi (“lua”)
rede pieta aamakʊ, aapieta makaithepa aamakʊ
ir -aa -aa -pitʊ -aa
brincar -tʊpika -tʊpika -matshʊʊta -manika
cortar -takhaa -jʊa -takhaa -apitsa
lavar -kʊtshʊ -hipa -kʊtshʊ -hipa
morrer maɺiʊme ma-jami -dzaami -jami
nadar -aajhaa -hiɲa -aanhaa -aajhaa
saber -aanhee -anhii -aanhee -aanhi
ter medo kaaɻʊ kaaɻʊ kaiwaa kaɾʊ
virar -kapʊkʊ -kabʊkʊ -pedʊkeeta -kapʊkʊ
velho pedaɺia pekiɻi pedaɺia pedaɺia
comprido japi haɺipa japi wia
longe jakaa teekʊ jakaa wia-ka
pesado hamiɲa hamiɲa hameɻʊ hamiɲa
aqui aahã aahĩ aakhe
como? kʊame? kʊahĩ? kʊadzʊ? kʊena?
não ɲame, kaɻʊ ɲame, kʊɻi kheni, kaɻʊ kʊɾipʊa, -kade
sim ʊʊhʊ͂ ʊʊhʊ͂, aahã eehe͂ aahã
Escola baniua no rio Içana, no Brasil

Os baniuas ou Baníwa vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em Assunção do Içana[6] e outras aldeias localizadas às margens do rio Içana (um dos principais afluentes do Rio Negro) e seus tributários (Cuiari, Aiairi e Cubate). Há também comunidades no Alto Rio Negro/ Guainía (denominação do rio Negro acima da confluência com o canal de Cassiquiari[7]) e nos centros urbanos de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos. Já os Curripacos ou Kuripako, que falam um dialeto da língua baniua, vivem na Colômbia e no Alto Içana (Brasil).

As etnias aparentadas são exímias na confecção de cestaria de arumã (Ischnosiphon arouma), cuja arte milenar lhes foi ensinada pelos heróis criadores e que, hoje, vem sendo comercializada no mercado brasileiro.

Recentemente, os Baníwa têm se destacado pela participação ativa no movimento indígena da região. Trata-se de um complexo cultural de 22 etnias diferentes, mas articuladas em uma rede de trocas e em grande medida identificadas no que diz respeito a organização social, cultura material e visão de mundo.[8]

Havia cerca de 5 460 falantes de baniua no Brasil em 1983 (Conf. SIL), sendo 4 047 da tribo do mesmo nome, mil Hohodené e 403 Seuci. Na Venezuela, eram 610 de um total étnico baniua de 2 048 pessoas.[9] No Brasil, vivemàs margens do rio Içana e, na Venezuela, estão nas proximidades dos rios Curipaco e Guarequena, junto à fronteira com a Colômbia.

A língua baniwa do Içana compreende uma série de dialetos correspondentes aos vários pequenos grupos em que se divide essa etnia. Esses grupos se distribuem ao longo do rio Içana, seus afluentes e subafluentes, no extremo norte do estado do Amazonas, e são às vezes referidos como Karútana (os que habitam a região do Baixo Içana) e Koripaka, Koripako ou Kuripako ( os que habitam o Alto Içana). São mais de 20 grupos denominados individualmente por etnônimos em língua baniwa do Içana e na língua geral amazônica (nhangatu). Assim, entre os Karútana, incluem-se, entre outros, os Adáru-minanei (Arára-tapúya: ‘gente da arara’), os Dzawi-minanei (Yawareté-tapúya: ‘gente da onça’). Entre os Kuripako, estão os Adzáneni (Tatu-tapúya: ‘gente do tatu’) e os Kapité-mnanei (Kuatí-tapúya: ‘gente do quati’), entre outros.

Os grupos nas áreas dos rios Içana e Ayarí que falam a língua baniua são: Hohodené, Kadaupuritana, Sucuriyu-Tapuya, Siusy-Tapuya, Irá-Tapuya, Kawá-Tapuya, Walipere-dakenai.

São nômades e se deslocam entre o Brasil, a Venezuela e a Colômbia. Muitos falam o espanhol ou o português e alguns usam o alfabeto latino para escrever em língua baniua.

Como todas as línguas nativas da Amazônia, o baniua usa o alfabeto latino, que, para o idioma, tem a forma como segue:

  • vogais - são A, E, I, U nas formas curta e longa (dupla).
  • consoantes - a língua utiliza menos consoantes se comparada ao português, não tem C, F, G, L, Q, V, X, Z; o S não aparece isolado; tem os conjuntos Dz, Kh, Ph, Rr, Th, Ts, o Ñ e o apóstrofo (').
Consoantes
Bilabial Dental Alveolar Palatal Velar Glotal
Stop plain p t k
aspirada t̪ʰ
sonora b d
Africada plana ts
sonora dz
Fricativa plana ʃ~ʂ h
sonora ʒ~ʐ
Vibrante ɺ
Nasal m n ɲ
Aproximante w j
Vogais
Anterior Posterior
Fechada i iː
Medial e eː o oː
Aberta a aː

[10]

Baniua apresenta um alinhamento ativo-passivo.[11] Isso significa que o sujeito de uma cláusula intransitiva às vezes é marcado da mesma maneira que o agente de uma cláusula transitiva]] e, às vezes, da mesma maneira que o agente da passiva de uma cláusula transitiva. Em Baniua, o alinhamento é realizado através de concordância verbal, a saber, por prefixos e enclíticos.

Prefixos são usados para:

  • Sujeitos de transitivos ativos (S a )
  • Agentes de cláusulas transitivas (A)
  • Possuidores
  • Argumentos de adposições

Os enclíticos são usados para marcar:

  • Sujeitos de intransitivos estáticos (S o )
  • Passivos de cláusulas transitivas (O)
Prefixos Enclíticos
singular plural singular plural
1ª pessoa nu- wa- -hnua -hwa
2ª pessoa pi- i- -phia -ihia
3ª pessoa não-feminina ri- na- -ni/ -hria -hna
3ª pessoa feminina ʒu-
Impessoal pa- -pha

As diferenças entre cláusulas intransitivas ativas e predicativas podem ser ilustradas abaixo:

  • Transitivo: ri-kapa-ni 'Ele o vê'
  • Intransitivo ativo: ri-emhani 'Ele caminha'
  • Intransitivo predicativo: hape-ka-ni 'Ele é frio'

Classe de substantivos

[editar | editar código-fonte]

Baniua tem um sistema interessante de classificação de substantivos que combina um sistema de gênero] com um sistema [lassificador de substantivos.[12] Baniua tem dois gêneros: feminino e não feminino. A concordância para o gênero feminino existe somente para se referir a referentes femininos, enquanto que para o gênero não feminino é usado para todos os outros referentes. Os dois gêneros se distinguem apenas na terceira pessoa do singular. Aihkenvald (2007) considera que o sistema de gênero bipartido é herdado do Proto-Aruaque.[12]

Além do gênero, o Baniua também possui 46 classificadores. Os classificadores são usados em três contextos principais:[12]

  • Como sufixo derivacional dos substantivos, Ex.: tʃipaɾa-api (CL – objeto metálico oco) 'panela'
  • Com numerais, Ex.: apa-api mawapi (Uma-CL. Arma oca- CL. Longa fina) 'uma arma de fogo'
  • Com adjetivos, Ex.: tʃipaɾa-api maka-api (objeto metálico -CL.grande oco-CL.oca) 'panrla grande'

Aihkenvald (2007) divide os classificadores Baniua em quatro classes diferentes. Um conjunto de classificadores é usado para seres humanos, seres animados e partes do corpo. Outro conjunto de classificadores especifica a forma, consistência, quantificação ou especificidade do substantivo. Mais duas classes podem ser distinguidas. Um é usado apenas com números e o outro é usado apenas com adjetivos.[12]

Classificadores para Humanos seres animados:[12]

Classificador Uso Exemplo
-ita para machos animados e partes do corpo apa-ita pedaɾia 'um homem idoso'
-hipa só para humanos masculinos aphepa nawiki 'homem idoso'
-ma for female referents apa-ma inaʒu 'uma mulher'

Classificadores de acordo com forma, consistência, quantificação e especificidade:[12]

Classificador Uso Exemplo
-da objetos redondos, fenômenos naturais e classificador genérico hipada 'pedra'
-apa seres animados, semi-ovais, voadores kepiʒeni 'ave'
-kwa algo plano, redondo, extensos kaida 'praia'
-kha objetos curvilíneos a:pi 'cobra'
-na objetos verticais em pé haiku 'árvore'
objetos ocos e pequenos a:ta 'copa'
-maka objeto extensíveis tsaia 'saia'
-ahna líquidos u:ni 'água'
-ima ladoss apema nu-kapi makemaɾi 'um lado grande de minha mão'
-pa caixas, pacotes apa-'pa itsa maka-paɾi uma grande caixa de anzóis'
-wana fatia fina apa-wana kuphe maka-wane 'uma grande fatia de peixe'
-wata pacote para transporte apa-wata paɾana maka-wate 'um pacote grande de bananas'
canoas i:ta 'canoa'
-pawa rios u:ni 'rio'
-ʃa excremento iʃa 'excremento'
-ya peles dzawiya 'pele de jaguar'


Os classificadores associados aos nomes de animais e plantas (Ramirez 2020: 234-235):[5]

-da 'arredondado'


-na 'forma de tronco, de pé de árvore'


-aápa 'oblongo, alongado'


-iíta 'achatado'


-khaa 'serpentiforme, filiforme'

Existem dois modos independentes principais para negação nas variedades Kurripako-Baniua:

  • Marcadores negativos independentes
  • O prefixo derivativo privativo ma-

Diferentes variedades têm diferentes marcadores negativos. Isso é tão proeminente que os falantes identificam os dialetos de Kurripako de acordo com as palavras 'sim' e 'não'.

Dialeto Falado em Sim Não
Aha-Khuri Colômbia, Venezuela & Brasil Aha Khuri
Ehe-Khenim Venezuela Ehe Khenim
Oho-Karo Colômbia & Brasil Oho Karo
Oho-Ñame Colômbia & Brasil Oho Ñame

Os marcadores negativos independentes vêm antes do verbo. São usados como negadores orais em sentenças declarativas e interrogativas. Sãotambém são usados para vincular cláusulas.

O sufixo privativo é anexado aos substantivos para derivar um verbo que significa 'sem' o substantivo do qual foi derivado. O oposto do prefixo privativo é o prefixo atributivo ka- . Isso deriva um verbo que significa 'ter' o substantivo do qual foi derivado. A diferença pode ser ilustrada abaixo:

  • Substantivo: iipe 'carne'
  • Privativo: ma -> meepe 'ser magro' (lit. falta carne)
  • Atributivo: ka - iipe> keeppe 'ser gordo' (lit. tem carne)

Esses prefixos são utilizados em combinação com o sufixo restritivo -tsa para formar imperativos negativos: Ex. ma-ihnia-tsa 'não coma!'. Um prefixo privativo também é reconstruído no Proto-Arawak privativo como * ma-.a! ' Um prefixo privado também é reconstruído no privativo Proto-Arawak como * ma-.[13]

Ordem das palavras

[editar | editar código-fonte]

Granadillo (2014) considera o Baniua como uma língua Verbo-Objeto-Sujeito (VOS).

Verbos[14]
Baniua Português
Kapa Ver
Za Beber
Hima Ouvir
Cami Morrer
Nu Vir

Lista de palavras

[editar | editar código-fonte]

Lista de palavras baniuas (Sousa 1959):[15]

Português Baniua
homem atxinari (txi, muito rápido)
mulher inarru
menino iene-pati
menina inarru
criança iém-bêti
rapaz atxinarru (ou i)
moça inarru
pai pa-dzô
mãe noo-duá
filho noenipé
filha noo-idô
neto nudâ-querri
neta nudâ-quedua
genro nutxi-marré
nora noo-itô
tio noo-querri
tia nocuirrô
sobrinho ni-ri
sobrinha nôpérrirri
cunhado nô-ri
cunhada nó-i-duâ
avô noo-perri
avó indaquê-duâ
cabeça nê-uí-dâ
olhos nô-txi
olho direito nôtxi-macaia
olho esquerdo nocâ-cudâ
cabelo notxi-coré
testa noécoá
orelhas noéni
ouvido nonacorico
nariz itacó
boca nunumá
língua noénêné
dentes noé-txá
lábios nunumaia
face nuca-cuiá
queixo nué-râ ("r" brando)
pescoço nué-galicô
ombros nuqui-apá
peito nô-cudá
costa, costelas numiruâpi
coração nucàrê
pulmão nô-êni
barriga nô-au-á
braço direito ou esquerdo noná-pâ
mão direita ou esquerda nô-capi
umbigo nô-motxi
dedos nô-capuira
perna nô-côtxi
nô-ipá
dedos do pé nô-ipé-uidá
calcanhar nô-corô-dâ
unha nossô-tá
céu e-enô
estrelas e-uitxi
sol amôri
lua kê-rri
raio, trovão e-enô
dia ê-quapi
noite de-pi
morro, montanha i-zzapá
rio u-uni
lago cá-retá
chuva i-zzá
vento cuára
igarapé inhâu-opô
água u-ni
ilha qué-véré
cachoeira ri-ipá
roça kênihé
casa pan-etê
canoa ni-dá
rancho ti-iná
terreiro i-ipaí
fogo, lenha ti-izzé
tição, brasa tizé-vên
rede iê-tá
chão u-paí
árvore ai-cô
moquém nu-miqué
cuia cuia
comida nô-inhau-adá
faca cápa
machado má-târi
panela tô-rrô
pote de barro tô-rô-dá
balaio guaraia
peneira dôpêtzi
banana paraná
beiju pé-tké
mandioca cae-ini
farinha ma-tçoca
batata-doce nôo-cacá; cará-atxi
pimenta a pi
cana mâpa
galinha matxucá
ovo rie-fé
cachorro ci-nô
porco a-pidzá
onça tzzâui
veado né-irri
cutia ti-itxi
tatu aridâri
anta ê-má
jacaré cal-xerri
peixe cu-pé
paca dapâ
bicho acôrro
formiga hamé
conta, miçanga marôio
sal iuquira (língua geral)
fósforos palito (língua geral)
sabão sabão
calça txurra
camisa camisá
chapéu chapéu
pente ma-uidá
sim hôn-hôn
não, nada ou não tem nada curi-papa
solteira [-o?] nô-i-nô
casado nô-i-nêrri
viúvo nô-ine-dzangó
bonito, bom ma-txi-ádê
feio dôpo
ruim matxidé
frio a-pêrri
quente a-mûdê
febre tacûa
dor cá-idê
1 pauéridza
2 dzamâuari
3 madariaui
4 uadáca
5 cinco (contando nos dedos)
6 seis (contando nos dedos)
7 sete (contando nos dedos)
8 oito (contando nos dedos)
9 nove (contando nos dedos)
10 dez (contando nos dedos)

Frases baniuas:[16]

Português Baniua
Tenho sede Dépi-atoâ
Tenho fome Nauitá-caí
Estou doente Manupé-dê
Estou com sono Numá-toâ
Quero dormir Numatêna
Traga-me um pouco dágua Pidé-oni
Tem fruta? Panêreta-atxi?
Tem alguém doente? Idzá-migoitá?
O que você quer de pagamento? Quapiu-mariricuada?
Boa-noite Dzamóre
Bom-dia Pauari-ecuápe
Vou trabalhar na roça Manu-câ
Quantos filhos têm? Manupé-dê?
Mora aqui há muito tempo? Opinapi-ha-cuá?
Quantos anos? Paná-hamuri?

Amostra de texto

[editar | editar código-fonte]
  • 1. Liaji iacoti Cafidali, liofa caidalitsa, liofa lipeyatoa linaita piomi liaji pacapali tsaca, oopi liofa Dios iinai caidalitsa ima Dioscan.
  • 2. Niini nocaiteca, oopipia lipeyatoa linaita cucacatsa liofa Dios iinai.
  • 3. Nite liaji Dios licada linaita piomi; curritsa cuca inaitaca cucacatsa icamitsa liatsa inaita piomi

Português

  • 1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
  • 2. O mesmo aconteceu no princípio com Deus.
  • 3. Todas as coisas foram feitas por ele; e sem ele nada do que foi feito foi feito.[17]
  • APOLINÁRIO, Valkiria. Estudo de aspectos fonológicos do Baníwa (Aruák) do médio Içana, por uma falante nativa. 2020. 72 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
  • Angenot, Jean-Pierre; Valadares, Simoni B.; Martins, Valteir (1992). Um processo de metátese no complexo baniwa/Kuripako, subgrupo Arawak do Rio Negro: Análise sincrônica e diacrônica. In J.-P. Angenot et al. (eds). Estudos Arawák do NUPELA, n°1: 61-67. Florianópolis: UFSC Working Papers in Linguistics, 53.
  • Bedoya, Octavio de Jesús (1992). Diccionario Kurripako. Bogotá: Fundación Etnollano.
  • Bezerra, Zenilson Agostinho (1997). Processos fonológicos e as subclasses dos morfemas em Curipaco. São Gabriel da Cachoeira: Missão Novas Tribos do Brasil (manuscrito).
  • Bezerra, Zenilson Agostinho (2005). Gramática Koripako. São Gabriel da Cachoeira: Missão Novas Tribos do Brasil.
  • Bezerra, Zenilson Agostinho (2014a). Paanheekaroda Padanaka Baniwa iako liko. Cartilha Silábica Baniwa. Anápolis: Missão Novas Tribos do Brasil.
  • Bezerra, Zenilson Agostinho (2014b). Dicionário Koripako/Português. Manaus: Missão Novas Tribos do Brasil.
  • Boley, Frederick; Boley, Paula (1979). Descrições preliminares da gramática da língua Baniua. New Tribes of Brasil (manuscrito).
  • GONÇALVES, Artur Garcia. Para uma dialetologia baniwa-koripako do rio Içana. 2018. vii, 120 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
  • González-Ñáñez, Omar (1985). Los numerales en um dialecto curripaco. Boletín de Lingüística 11: 15-28. Caracas.
  • González-Ñáñez, Omar (1996). Gramática, léxico e manual intercultural bilíngüe Baniva (3 volumes). Caracas: UNICEF.
  • Granadillo, Tania (2004). Nominal possessives in the Ehe dialect of Kurripako: morphology, phonology and semantics. Coyote Papers: Working Papers in Linguistics 13: 31-39. Universidade de Arizona.
  • Granadillo, Tania (2006). An ethnographic account of Language Documentation among the Kurripako of Venezuela. Tese de Doutorado. Universidade de Arizona.
  • Grasserie, Raoul de la (1892). Esquisse d’une grammaire et d’un vocabulaire baniva. Proceedings of the International Congress of Americanists sessão 8: 616-641. Paris.
  • Kazue Ishikawa, Noemia; Takehide Ikeda, Aldevan Baniwa & Ana Carla Bruno. 2020. Keraaperi deepi Awakadaliko. Manaus: Editora Valer; Editora Inpa.
  • Loewen, Henry (1991). Dicionário Português/Baniua e Baniua/Português. New Tribes of Brasil (manuscrito).
  • Santos, Sérgio A. Botileiro dos (1996). Análise fonológica da língua curipaco, descrição preliminar. New Tribes of Brasil (manuscrito).
  • Scheibe, Paul (1957). Phonemic analysis of Baniua. New Tribes of Brasil (manuscrito no Museu Nacional, Rio de Janeiro).
  • Souza, Erick Marcelo Lima de (2012). Estudo Fonológico da língua Baniwa-Kuripako. Dissertação de Mestrado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.
  • Taylor, Gerald (1991). Introdução à Língua baniwa do Içana. Campinas: UNICAMP.
  • Taylor, Gerald (s.d.). Breve léxico da língua baniwa do Içana (manuscrito).
  • Wright, Robin (1981). The history and religion of the Baniwa Peoples of the upper Rio Negro Valley. Tese de doutorado. Universidade de Stanford.
  1. «Baniua». Michaelis On-Line. Consultado em 6 de janeiro de 2023 
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 229.
  3. Dicionário Houaiss: Baníwa
  4. https://www-em-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/www.em.com.br/app/noticia/diversidade/2023/07/21/noticia-diversidade,1523437/amp.html?amp_gsa=1&amp_js_v=a9&usqp=mq331AQIUAKwASCAAgM%3D#amp_tf=De%20%251%24s&aoh=17069806520707&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&ampshare=https%3A%2F%2Fwww.em.com.br%2Fapp%2Fnoticia%2Fdiversidade%2F2023%2F07%2F21%2Fnoticia-diversidade%2C1523437%2Festado-do-amazonas-passa-a-ter-16-linguas-indigenas-oficiais.shtml  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  5. a b c Ramirez, Henri (2020). Enciclopédia das línguas Arawak: acrescida de seis novas línguas e dois bancos de dados. 1 1 ed. Curitiba: Editora CRV. 412 páginas. ISBN 978-65-5578-895-2. doi:10.24824/978655578895.2 
  6. PINTO, Ilzon Castro et al. Agrofloresta: Sustentabilidade na Comunidade Indígena Assunção do Içana – AM. Rev. Bras. De Agroecologia/nov. 2009 Vol. 4 No. 2
  7. Melatti, Julio Cezar. Áreas Etnográficas da América Indígena. Capítulo 13 - Noroeste da Amazônia Arquivado em 22 de julho de 2015, no Wayback Machine..
  8. MELATTI, Julio. Áreas etnográficas da América indígena Arquivado em 16 de agosto de 2013, no Wayback Machine.. Capítulo 13 Noroeste da Amazônia Arquivado em 22 de julho de 2015, no Wayback Machine.
  9. Indígenas do Brasil . Baniwa
  10. de Souza, Erick Marcelo Lima (1986). Estudo Fonológico da Língua Baniwa-Kuripako (PDF). [S.l.: s.n.] 
  11. Aikhenvald, "Arawak", in Dixon & Aikhenvald, eds., The Amazonian Languages, 1999.
  12. a b c d e f Aikhenvald, Alexandra (2007). «Classifiers in Multiple Environments: Baniwa of Içana/Kurripako—A North Arawak Perspective on JSTOR». International Journal of American Linguistics. 73 (4): 475. doi:10.1086/523774 
  13. Michael, Lev; Granadillo, Tania; Granadillo, Lev Michael|Tania (1 de janeiro de 2014). Negation in Arawak Languages  » Brill Online. [S.l.: s.n.] doi:10.1163/9789004257023 
  14. «The ASJP Database - Wordlist Baniva». asjp.clld.org. Consultado em 2 de junho de 2019 
  15. SOUSA, Boanerges Lopes de. Do rio Negro ao Orenoco (a terra - o homem). Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura/Conselho Nacional de Proteção aos Índios, 1959. p. 238-9. (Vocabulários e dicionários de línguas indígenas brasileiras.)
  16. SOUSA, Boanerges Lopes de. Do rio Negro ao Orenoco (a terra - o homem). Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura/Conselho Nacional de Proteção aos Índios, 1959. p. 238-9. (Vocabulários e dicionários de línguas indígenas brasileiras.)
  17. Bíblia – Rei James em Baníua

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Wikimedia Incubator
Wikimedia Incubator
Teste de Wikipédia de Língua baniua na Incubadora da Wikimedia