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José Antonio Maravall

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Busto de José Antonio Maravall, no Instituto que leva seu nome, Madrid, Espanha

José Antonio Maravall Casesnoves (12 de Junho de 1911, Játiva – 19 de Dezembro de 1986, Madrid) foi um historiador e ensaísta espanhol associado ao movimento Geração de '36 .[1][2] Foi uma das figuras centrais na História das Ideias na Espanha da segunda metade do século XX.[3]

Maravall estudou Filosofia e Direito na Universidade de Múrcia, onde completou sua graduação final em Ciência Política e Economia na Universidade Central, e teve como professor Jose Ortega y Gasset. É importante destacar que seu pai, engenheiro de profissão, havia sido prefeito de Játiva e posteriormente decidiu se mudar com a família para Madrid para dar a José Antonio e seus irmãos Héctor e Darío Maravall a melhor formação universitária possível.[3] Em junho de 1931 foi nomeado delegado da Junta de Missões Pedagógicas.[4]

Seguiu a carreira docente em universidades da Espanha e no exterior, além de ter atuado fortemente no campo cultural. Foi chefe de departamento na Universidade de La Laguna e na Universidade Complutense de Madrid. Também se tornou membro da Real Academia de la Historia e presidente da Asociación Española de Ciencias Históricas.[5]

Na Espanha franquista, Maravall evitou alguns dos tópicos politicamente mais sensíveis em sua obra. Escreveu poesia durante este período e fundou a revista literária Nueva Revista ("Nova Revista") junto com José Antonio Muñoz Rojas e Leopoldo Panero. Foi diretor do Colégio da Espanha em Paris entre 1949 e 1954.[3]

A obra de Maravall sobre a História da Espanha é fundamental, sendo ele considerado uma das principais autoridades no Antigo Regime no país. Em 1987 recebeu o Premio Nacional de Ensayo do Ministério da Cultura espanhol. A Universidade de Toulouse lhe concedeu o título de doutor honoris causa em reconhecimento ao seu trabalho.[3]

Seu filho, José María Maravall, foi ministro da Educação no primeiro governo de Felipe González na Espanha, em 1982.

  • El humanismo de las armas en Don Quijote (1948).
  • El concepto de España en la Edad Media (1954), Centro de Estúdios Políticos y Constitucionales, 1997 ISBN 978-84-259-0650-3.
  • La historia y el presente (1955)
  • Teoría del saber histórico (1958), Biblioteca Nueva, 2008, ISBN 978-84-974-2-717-3.
  • Ortega en nuestra situación (1959).
  • Menéndez Pidal y la historia del pensamiento (1960).
  • Velázquez y el espíritu de la modernidad (1960), Centro de Estúdios Políticos y Constitucionales, 1999 ISBN 978-84-259-1084-5.
  • Carlos V y el pensamiento político del Renacimiento (1960), Boletín Oficial del Estado, 1999 ISBN 978-84-340-1123-6.
  • Las Comunidades de Castilla. Una primera revolución moderna (1963), Ediciones Altaya, 1998 ISBN 978-84-487-0901-3.
  • El mundo social de "La Celestina" (1964), Gredos, 1986 ISBN 978-84-249-0268-1.
  • Antiguos y modernos. La idea de progreso en el desarrollo inicial de una sociedad (1966), Alianza Editorial, 1998 ISBN 978-84-206-2917-9.
  • Estado Moderno y mentalidad social: siglos XV al XVII, Madrid, Revista de Occidente, 1972.
  • La oposición política bajo los Austrias (1972).
  • Teatro y literatura en la sociedad barroca (1972), Crítica, 1990 ISBN 978-84-7423-434-3.
  • La cultura del Barroco. Análisis de una estructura histórica (1975), Ariel, 2002 ISBN 978-84-344-8339-2.
    • Traduzido para o português por Silvana Garcia como A cultura do Barroco: análise de uma estrutura histórica, São Paulo: EDUSP, 1997 ISBN 978-85-314-0414-6.
  • Utopía y contrautopía en "El Quijote" (1976), Visor Libros, 2006 ISBN 978-84-7522-793-1.
  • Poder, honor y élites en el siglo XVII (1979), Siglo XXI de España Editores, 1989 ISBN 978-84-323-0365-4.
  • Utopía y reformismo en la España de los Austrias (1982).
  • Estudios de Historia del pensamiento español. Edad Media (Agencia Española de Cooperación Internacional, 1983), ISBN 978-84-7232-313-1, artigos.
  • Estudios de Historia del pensamiento español. La época del Renacimiento (Agencia Española de Cooperación Internacional, 1984), ISBN 978-84-7232-329-2, artigos.
  • Estudios de Historia del pensamiento español. El siglo del Barroco (Agencia Española de Cooperación Internacional, 1984), ISBN 978-84-7232-335-3, artigos.
  • La literatura picaresca desde la historia social (Taurus, 1986), ISBN 978-84-306-1265-9.
  • El mundo social de La Celestina, Madrid, Gredos, 1986.
  • Poder, honor y élites en el siglo XVII , Madrid, Siglo XXI, 1989.
  • Estudios de Historia del pensamiento español. Siglo XVIII (Mondadori, 1991), artigos.
  • Teoría del Estado en España en el siglo XVII, Centro de Estúdios Políticos y Constitucionales, 1997 ISBN 978-84-259-1020-3.
  • Escritos de historia militar, Ministério de Defensa. Centro de Publicaciones, 2007 ISBN 978-84-923067-6-3.

Referências

  1. Laguna, Ana María G. (29 de julho de 2021). Cervantes, the Golden Age, and the Battle for Cultural Identity in 20th-Century Spain (em inglês). [S.l.]: Bloomsbury Publishing USA. 4 páginas. ISBN 978-1-5013-7494-4 
  2. Chandler, Richard E.; Schwartz, Kessel (1 de setembro de 1991). A New History of Spanish Literature (em inglês). [S.l.]: LSU Press. pp. 378–379. ISBN 978-0-8071-1735-4 
  3. a b c d "Muere José Antonio Maravall, maestro de varias generaciones de historiadores de las ideas". El País, Madrid, 20 de dezembro de 1986.
  4. José Antonio Maravall Casesnoves. Arquivado em Misiones Pedagógicas (csic.es) (consulta em março de 2023). "Participación en la misión del 31-03-1934 Villaluenga del Rosario (Cádiz) II".
  5. Real Academia de la Historia. "Académicos Numerarios - Relación de Medallas: 17". Arquivado a partir do original em 19 de setembro de 2010 (consulta em março de 2023).


Ligações externas

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