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Ilex aquifolium

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaIlex aquifolium
azevinho
Ilex aquifolium
Ilex aquifolium
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Celastrales
Família: Aquifoliaceae
Tribo: Vandeae
Género: Ilex
Carl von Linné 1753
Nome binomial
Ilex aquifolium
(L., 1753)
Distribuição geográfica

Flores de azevinho: masculinas em cima, femininas em baixo.
Azevinho com drupas maduras.
Folhas de azevinho bicolores (variegadas).

O azevinho (Ilex aquifolium), também chamado azevim, azevinheiro, pau-azevim e sombra-de-azevim[1], é um arbusto de folha persistente da família das Aquifoliaceae, cultivado normalmente para efeitos ornamentais devido aos seus frutos vermelhos. Estes frutos também são denominados de azevinhos, bagas, azinhas ou enzinhas[1].

É uma das numerosas espécies do género Ilex, e a única que nasce espontaneamente na Europa, sendo bastante comum até aos 1.500 metros de altitude.

Os ramos cobertos de drupas que persistem durante todo o inverno, contrastando com a folhagem persistente de cor verde-escura, tornam a planta muito procurada por ocasião das festas do Natal (um costume popular que, assim como a antiga árvore de Natal germânica, tem as suas origens na práticas do paganismo pré-cristão da Europa).

O azevinho comum é um arbusto de crescimento muito lento, atingindo em adulto de quatro a seis metros de altura. Alguns pés chegam a formar autênticas árvores. Pode viver 100 anos ou mais.

As folhas alternas, inteiras, possuem um pecíolo curto e um limbo de 5 a 7 cm de comprimento, coriáceo, de forma geral ovalada e bordo ondulado e espinhoso, por vezes liso em indivíduos idosos. De um verde brilhante escuro na face superior, mais claras na face inferior, possuem espinhos afiados. As folhas persistem em geral três anos. A casca do tronco é cinzenta clara e lisa. Existem também azevinhos com folhas bicolores ou variegadas, geralmente verde e branco ou verde e creme (ver foto ao lado).

É uma espécie dioica (indivíduos masculinos e femininos distintos). Tem flores brancas, de pequena dimensão (cerca de 6 milímetros de diâmetro).

Os frutos, que aparecem apenas nas plantas femininas, são pequenas drupas esféricas de 7 a 10 mm de diâmetro, de um vermelho brilhante, por vezes amarelas, quando maduras, contendo quatro grainhas lenhosas. Amadurecem no fim do verão, persistindo durante todo o inverno.

Não são comestíveis, chegando mesmo a serem tóxicos; por isso, certos animais, especialmente certas aves. De 20 a 30 bagas podem ser mortais para um adulto. As folhas também são tóxicas.

A madeira é dura e homogênea, bastante pesada (densidade : 0,95), de cor branco-acinzentada. É utilizada na confecção de peças de instrumentos musicais, entre outros.[2] A casca, macerada, é utilizada na confecção de um visco para se capturar aves[1].

Distribuição

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Nativo em quase toda a Europa, Norte de África e Sudoeste da Ásia, o Azevinho é uma espécie autóctone rara, que enfrenta uma séria ameaça de extinção em Portugal, sendo por isso totalmente proibida a sua colheita

Não há ameaças generalizadas à espécie. Há preocupações crescentes sobre a capacidade de regeneração, já que é tão extensamente explorada e que as mudas são sensíveis à seca e podem ser afetadas negativamente pelas mudanças climáticas em toda a faixa mediterrânea (Walther  et al.  2005). Já houve relatos de espécies que se deslocaram mais ao norte devido a isso (Walther et al.  2005). Na Croácia, diminuiu devido à coleta na natureza (Nikolic e Topic 2007). Ameaças dentro das espécies Distribuições asiáticas e africanas não são conhecidas.[3]

A principal causa de seu declínio deve-se de fato à excessiva procura para fins ornamentais durante a quadra Natalícia. Sendo por isso totalmente proibida a sua colheita. Foi introduzido em outros continentes, como América do Norte e Austrália, onde é, por vezes, considerado como planta invasiva.

Referências

  1. a b c FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.211
  2. «Trees of Western North Carolina: American Holly». Consultado em 1 de setembro de 2007. Arquivado do original em 24 de agosto de 2007 
  3. «The IUCN Red List of Threatened Species». IUCN Red List of Threatened Species. Consultado em 13 de janeiro de 2019 
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