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Circuito da Boavista

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Circuito da Boavista
Circuito da Boavista
Mapa do circuito renovado para WTCC.
Circuito da Boavista
Mapa do circuito original.
Informação geral
Localização Porto, Portugal
Fuso horário UTC+0 (DST: UTC+1)
Coordenadas 41° 10' 13.7" N 8° 40' 23.7" O
Eventos principais Fórmula 1
GP de Portugal
(1958, 1960)

WTCC
(2007, 2009, 2011, 2013)

Circuito Grand Prix (2005–2013)
Superfície Asfalto
Comprimento do circuito 4,800 km (2,964 mi)
Curvas 23
Volta mais rápida 2:05.846 (Robert Huff, Chevrolet RML, 2011, WTCC)
Circuito Grand Prix (1950–1960)
Superfície Asfalto
Comprimento do circuito 7,406 km (4,602 mi)
Curvas 19
Volta mais rápida 2:27.53 (John Surtees, Lotus-Climax, 1960, Fórmula 1)

O Circuito da Boavista é um circuito automóvel urbano, não permanente, na cidade do Porto, Portugal. A primeira edição é de 1931 e com o mesmo traçado estende-se até 1933. Nesta fase o percurso é constituído por duas rectas (sentidos ascendentes e descendentes da Avenida da Boavista). Em 1950 com a realização do I Circuito Internacional do Porto dá-se início à segunda fase que se prolonga até 1960. Nesta fase houve dois traçados com pequenas alterações. Em 1958 realiza-se a primeira prova de F1 e em 1960 a terceira (a segunda teve lugar no Circuito de Monsanto em 1959).

Em 2005 o Circuito da Boavista renasce de novo por iniciativa da Câmara Municipal do Porto com a realização do I GP Histórico do Porto. Desde então e até 2013 (é suspenso em 2015 por falta de apoio governamental) disputam-se provas de dois em dois anos. Em 2007 começa a realizar-se o WTCC - World Touring Cars Championship da FIA e as provas realizam-se em dois fins de semana seguidos. O circuito situava-se na zona envolvente ao Parque da Cidade do Porto e é constituído pela Avenida da Boavista, Avenida do Parque, Rua da Vilarinha, Rua de Vila Nova, Estrada da Circunvalação, Praça Cidade de S. Salvador, Esplanada do Castelo do Queijo e Praça Gonçalves Zarco.

A história do automobilismo na Boavista começa nos anos 20, onde se organizaram durante alguns anos os populares “quilómetros lançados”. Contudo, a primeira edição deste circuito automóvel com o nome formal de “Circuito da Boavista”, realizou-se apenas no ano de 1931, sendo o circuito constituído por duas longas rectas nas faixas laterais da Avenida da Boavista, unidas por duas curvas com um raio de 10 metros. A primeira edição desta competição foi ganha por Fernando Palhinhas ao volante de um Singer Nine, percorrendo apenas 30 voltas em vez das 50 definidas para o circuito. Já nos dois anos seguintes, 1932 e 1933, a corrida era ganha por quem percorresse a maior distância no tempo fixo de 90 minutos, divididas em duas categorias distintas: Sport e Corrida. No ano de 1932, um destaque especial e novidade absoluta a nível nacional, para a participação de uma senhora: D. Palmira Coelho ao volante de um Opel. Já nesta fase, o automobilismo ameaçava tornar-se um evento bastante popular, como comprovava a quantidade de espectadores presentes, entre 10.000 e 12.000.

Década de 1950 e a Fórmula 1

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O ano de 1950 marcou uma viragem total na história do Circuito da Boavista, que surgiu reconfigurado e redimensionado, com um novo traçado de 7.775 metros, após a inclusão de novas ruas e estradas, como foi o caso da Estrada da Circunvalação, a Avenida Dr.Antunes Guimarães e a Rua do Lidador. Além disso, o Automóvel Club de Portugal (ACP), responsável pela organização, alargou os horizontes da corrida atribuindo a esta um cariz internacional, conseguindo com isso a participação de mais e melhores pilotos nacionais e de alguns dos grandes talentos internacionais. Foi então criado o “I Circuito Internacional do Porto”, que se realizou a 18 de Junho de 1950.

Devido ao enorme êxito da primeira edição, o “II Circuito Internacional do Porto”, realizado a 17 de Junho de 1951, levou à elaboração de um mais arrojado programa por parte do ACP, designado de “I Grande Prémio de Portugal”. Dos cerca de 30 pilotos esperados na prova, 16 eram estrangeiros. O número de espectadores, estimados foi de cerca de 100 000. Em 1952 o uso de capacete tornou-se obrigatório.

Em 1956 surge a ideia do ACP em trazer a Fórmula 1 para este circuito. A 24 de Agosto de 1958, a Fórmula 1 chegava finalmente a Portugal. Uma estreia acompanhada com a vinda dos grandes nomes da época, na competição como Stirling Moss, Mike Hawthorn, Jack Brabham, Graham Hill e a primeira mulher a pilotar um Fórmula 1 – Maria Teresa de Filippis, entre muitos outros. O Grande Prémio de Portugal era a nona prova a contar para os Campeonatos do Mundo de Pilotos e de Construtores (este último instituído pela primeira vez nessa temporada).

Neste ano, Mike Hawthorn e Stirling Moss lutavam de forma acesa pelo título de campeão, com o Porto a assistir a uma emocionante corrida, com Moss a levar a melhor sobre o rival e a manter-se na luta pelo título. A esta corrida de 1958, segundo relatos da época, terão assistido mais de 100 mil pessoas, entre os queis é de registar ainda a presença, no Porto, do então herdeiro ao trono de Espanha, o jovem Juan Carlos, futuro Rei de Espanha, neste evento.

No início da década de 60, o Circuito da Boavista recebeu o “IX Grande Prémio de Portugal”, prova que marcaria a despedida do circuito dos palcos do automobilismo nacional e internacional. O circuito da Boavista recebeu o Grande Prémio de Fórmula 1 de Portugal por duas vezes, em 1958 e 1960.

Época Piloto Chassi/Motor Relatório
1960 Austrália Jack Brabham Cooper-Climax Detalhes
Não houve em 1959
1958 Reino Unido Stirling Moss Vanwall Detalhes
Não houve em 1956 e 1957
1955 França Jean Behra Maserati Detalhes
Não houve em 1954
1953 Portugal José Arroyo Nogueira Pinto Ferrari Detalhes
1952 Itália Eugenio Castellotti Ferrari Detalhes
1951 Portugal Casimiro de Oliveira Ferrari Detalhes

Em 2007 o Circuito foi ainda animado com a presença do Red Bull F1 oficial, conduzido pelo sul-africano Adrian Zaugg, mas era para ser o português Filipe Albuquerque a conduzi-lo, porém teve corrida na World Series By Renault, pelo que não pôde estar presente.[1]

Em 2005, 45 anos após as últimas glórias vividas no Circuito da Boavista, o cheiro e o barulho dos motores, voltaram finalmente ao Circuito da Boavista, com a realização do Grande Prémio Histórico do Porto de 2005. A Câmara Municipal do Porto teve um papel fundamental para o regresso deste circuito, cuja estrutura física se manteve na zona da Boavista e Circunvalação, onde foram construídas novas infra-estruturas para o efeito.

De 8 a 10 de Julho de 2005 as emoções estiveram ao rubro, e muitos foram os pilotos que marcaram épocas passadas, que não quiseram faltar à chamada e sentir de novo a adrenalina de disputar uma prova inesquecível, bem como o público presente que tem desde sempre estado à altura do evento, enchendo as bancadas e áreas circundantes. Em 2007 Circuito foi melhorado, com algumas obras de beneficiação que visaram aumentar a segurança e a competitividade, de forma a permitir a realização de mais e melhores provas, como foi o caso do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC). O Circuito da Boavista realizou-se em 2009, 2011 e 2013, contando sempre para o WTCC.

Em 2015, devido à retirada de apoios do Turismo de Portugal, a autarquia portuense não conseguiu realizar a prova, e a corrida portuguesa do WTCC foi transferida para o Circuito Internacional de Vila Real.[2]

WTCC do Porto
Ano Corrida Piloto Marca
2013 Corrida 1 França Yvan Muller Estados Unidos Chevrolet
Corrida 2 Reino Unido James Nash Estados Unidos Chevrolet
2011 Corrida 1 Suíça Alain Menu Estados Unidos Chevrolet
Corrida 2 Reino Unido Robert Huff Estados Unidos Chevrolet
2009 Corrida 1 Itália Gabriele Tarquini Espanha SEAT
Corrida 2 Brasil Augusto Farfus Alemanha BMW
2007 Corrida 1 Suíça Alain Menu Estados Unidos Chevrolet
Corrida 2 Reino Unido Andy Priaulx Alemanha BMW

Grande Prémio Histórico do Porto

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Tradicionalmente disputa-se este GP no Circuito da Boavista, anualmente. Neste GP correm carros clássicos de várias séries do desporto automóvel. Em 2007 e 2009 as categorias presentes foram:

  • Sport pré-Guerra – Motor Racing Legends;
  • Fórmula 1 pré-1961 – HGPCA;
  • Fórmula 1 pré-1966 – HGPCA;
  • Sport dos anos ’50 e ’60 – HGPCA;
  • World Sports Masters – GT e Protótipos até 1974, ex-Le Mans;

FIA Lurani Fórmula Júnior de 1958 a 1961;

  • Grand Prix Masters – Fórmula 1 pré-1978;
  • Gentleman Drivers GT Endurance: GT até 1964;
  • Sports Racing Masters: Protótipos até 1964 e
  • Aenor Touring, GT and Sports Classics: Clássicos até 1981.

Referências

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 5 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 9 de outubro de 2007 
  2. http://pelaestradafora.com/2014/12/vila-real-recebe-wtcc-em-2015/

Ligações externas

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