Campinas (Goiás)
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Bairro do Brasil | ||
Av. 24 de Outubro, em 2023. | ||
Localização | ||
Mapa de Campinas | ||
Coordenadas | 16° 39′ 38″ S, 49° 17′ 31″ O | |
Unidade federativa | Goiás | |
Região administrativa | Centro-Oeste | |
Município | Goiânia | |
História | ||
Criado em | 1810 | |
Características geográficas | ||
População total (2010) | 10 918 hab. | |
Outras informações | ||
Limites | Vila Irany, Vila Santana, Vila Santa Helena, Vila Abajá, Setor Centro Oeste, Setor dos Funcionários, Setor Coimbra, Vila Aguiar, Vila Santa Tereza, Vila Aurora, Santos Dumont, Bairro dos Aeroviários, Setor São José |
Campinas, também conhecida como Arraial de Campinas, Setor Campinas, Campininha das Flores[nota 1], é um bairro situado na região Centro-Oeste[1] de Goiânia.[2] Sua história remonta a um antigo município brasileiro que fazia parte do estado de Goiás[3], antecedendo à fundação da capital goiana.
Por ter precedido a capital, Campinas desempenhou um papel importante em sua formação.[4] Atualmente, é um dos bairros mais relevantes de Goiânia, notável por sua considerável concentração de estabelecimentos comerciais.
Em 2002, de acordo com dados da Secretaria de Planejamento do Município de Goiânia, o bairro abrigava 13.147 habitantes. Entretanto, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas pela prefeitura, no Censo de 2010, a população de Campinas havia diminuído para 10.918 pessoas.[5]
História
[editar | editar código-fonte]Arraial de Campinas
[editar | editar código-fonte]Em de 8 de julho de 1810 [nota 2], o alferes Joaquim Gomes da Silva Gerais estava a procura de minas de ouro próximo ao rio Anicuns e resolveu se fixar na região atraído pela beleza da terra.[6] Não encontrou ouro, mas minas de ferro, e assim estabeleceu uma fazenda no local. Em 1813, Joaquim doou uma porção da terra para construção da igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Com o tempo, algumas famílias vindas de São Paulo e Minas Gerais também se estabeleceram na região, dando-lhe o nome de Campininha das Flores.
Freguesia
[editar | editar código-fonte]Em 1843, a povoação foi elevada à categoria de freguesia, passando a fazer parte da Vila de Bonfim (Silvânia, atualmente).
Vila
[editar | editar código-fonte]Em 1907, Campinas ganhou a denominação de vila, mantendo jurisdição sobre o Patrimônio de Barro Preto, povoação que corresponde à atual cidade de Trindade.
Município
[editar | editar código-fonte]Em 1914, Campinas foi elevada a condição de município brasileiro do estado de Goiás.[7]
Bairro de Goiânia
[editar | editar código-fonte]Com a construção da nova capital de Goiás no início dos anos 1930, Campinas foi incorporada ao novo município.[8]
Bairro
[editar | editar código-fonte]Campinas é um bairro de um intenso comércio popular e especializado, concentrado sobretudo ao longo da Avenida 24 de Outubro, da Avenida Anhanguera e das adjacências destas. Também é responsável por 74% da arrecadação de impostos do município de Goiânia.[9]
Dentre os vários atrativos do bairro, destaca-se, também, o enorme carinho de seus moradores pelo Atlético Goianiense, time mais antigo da cidade e que surgiu no bairro centenário. Em dias de jogos no Estádio Antônio Accioly ou no Estádio Olímpico de Goiânia é impossível não notar a enorme peregrinação de rubro-negros rumo ao estádio. A torcida rubro-negra declara em todos os jogos o amor pelo bairro cantando: "Somos do bairro de Campinas/ Bairro de luta e tradição/ te juro que em todos os momentos/ Pra sempre contigo eu vou estar/ Dá-lhe dá-lhe dá-lhe e ô/ dá-lhe dá-lhe dá-lhe Atlético/ Graças a Deus!".
Locais Históricos
[editar | editar código-fonte]Matriz de Campinas
[editar | editar código-fonte]Construção
[editar | editar código-fonte]A Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Matriz de Campinas é a sede da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Arquidiocese de Goiânia.[10] Sua história começa após doações de terra pelo alferes Joaquim para a construção da igreja, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. E antes dos redentoristas assumirem a direção, quem o fazia eram os sacerdotes que constam na seguinte lista de párocos[10]:
- Padre Basílio Antônio de Santa Bárbara Almeida: 1843-1856
- Padre João Francisco Azevedo do Nascimento: 1856-1871
- Cônego José Olintho: 1871-1874
- Padre Luiz Manoel dos Anjos: 1874-1876
- Cônego José Olintho: 1877-1878
- Padre João Francisco Guimarães: 1878-1881, que foi “suspenso do uso das ordens” e a paróquia ficou “vaga” durante 10 anos.
- Padre Francisco Inácio de Souza: 1891-1893
- Padre Inácio Antônio da Silva: 1893-1894, que recebeu os redentoristas e entregou-lhes a Paróquia no dia 20/01/1895, na Festa de São Sebastião.
Notas
Referências
- ↑ «Bairros por região (prefeitura de Goiânia).» (PDF)
- ↑ «Quadro: 3.5.3 - Bairros com população e sua área de abrangência por região - Goiânia - 2013» (PDF). Prefeitura de Goiânia. Consultado em 28 de outubro de 2016
- ↑ Amaral, Arthur Pires (1 de julho de 2011). «Campininha das Flores: narrativas de um drama social». Ponto Urbe. Revista do núcleo de antropologia urbana da USP (8). ISSN 1981-3341. doi:10.4000/pontourbe.1878. Consultado em 3 de dezembro de 2022
- ↑ Carvalho, Versanna (24 de outubro de 2011). «'Campinas é a mãe de Goiânia', diz historiador Horieste Gomes». G1. Consultado em 15 de março de 2015
- ↑ «Estimativa - Redistribuição da população residente em Goiânia, por bairro e gênero - 2010» (PDF)
- ↑ Godinho, Daniele (16 de março de 2018). «Comércio e memória urbana: um estudo do bairro de Campinas em Goiânia» (PDF). Biblioteca Digital da UFG. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Projeto e Cidade da Faculdade de Artes Visuais da UFG. Consultado em 3 de dezembro de 2022
- ↑ «Saiba tudo sobre Goiânia - St. Campinas». Goiás de Norte a Sul. Consultado em 15 de março de 2015
- ↑ «Campinas: a cidade que virou bairro | Blog Rmtc Goiânia». Consultado em 9 de janeiro de 2023
- ↑ Paula, Flavia Maria de Assis; Correa, Elaine Alves Lobo; Pinto, José Vandério Cirqueira (2005). «O papel do setor Campinas na formação da centralidade polinucleada de Goiânia» (PDF). Observatório Geográfico de Goiás. 14 páginas. Consultado em 15 de março de 2015
- ↑ a b «Sobre Matriz de Campinas (site oficial)»