Baroneza (locomotiva)
Baroneza
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Locomotiva Baroneza, exposta no Museu do Trem, administrado pelo IPHAN | |
Descrição | |
Propulsão | Vapor |
Fabricante | William Fairbairn & Sons |
Modelo | 2-2-2 |
Ano de fabricação | 1852 |
Locomotivas fabricadas | 4 |
Classificação Whyte | 2-2-2 |
Características | |
Bitola | 1,676m (originalmente, bitola indiana,[1] depois convertida para 1,60m) |
Diâmetro das rodas guias | 1290mm |
Diâmetro das rodas motrizes | 1500mm |
Diâmetro das rodas rebocadas | 1290mm |
Comprimento | 7,50m |
Largura | 2,50m |
Altura | 3,40m |
Peso da locomotiva | 17ton |
Tipo de combustível | Carvão mineral |
Operação | |
Ferrovias Originais | E.F. Petropólis (depois E.F. Mauá) |
Ferrovias que operou | E.F. Petropólis (depois E.F. Mauá) |
Número de matrícula | 1 |
Nome oficial | 2-2-2 William Fairbairn & Sons |
Apelidos | Baroneza |
Local de operação | Rio de Janeiro |
Data de entrega | 1854 |
Ano da entrada em serviço | 1854 |
Ano da saída do serviço | 1884 |
Ano de aposentadoria | 1884 |
Unidades preservadas | 1 |
A Baroneza foi a primeira locomotiva a vapor no Brasil e a única transformada em monumento cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Circulou pela primeira vez em 30 de abril de 1854, com a presença da Comitiva Imperial quando foi inaugurada a E.F. Petropólis num trecho de 14,5 km entre Mauá e Fragoso, fundada por Irineu Evangelista de Sousa, Visconde e Barão de Mauá. Foi no ato de inauguração da primeira ferrovia brasileira que o imperador Pedro II a batizou de Baroneza, em homenagem à esposa do Barão de Mauá, Dona Maria Joaquina, e foi nesta oportunidade também, que o imperador conferiu a Irineu Evangelista de Sousa o título de Barão de Mauá.[2]
A Baroneza, por seu importante papel como pioneira no campo ferroviário do Brasil, transformou-se também em um importante marco da história do ferroviarismo mundial. Foi construída em 1852 pela Willian Fair Bairns & Sons, em Manchester, Inglaterra. No ano seguinte, o Barão de Mauá comprou-a, colocando-a em tráfego no dia 30 de abril de 1853, na E.F. Petrópolis, que Dom Pedro chamou de E.F. Mauá. Originariamente, pertenceu à Companhia de Navegação a Vapor, passando, com a concorrência da E.F. Dom Pedro II, que se tornaria a E.F. Central do Brasil à propriedade da E.F. Príncipe do Grão-Pará, que teve vida efêmera. Foi, finalmente, incorporada ao acervo da extinta The Leopoldina, mais tarde absorvida pela RFFSA.[2]
Após servir ao imperador Pedro II por muitos anos, foi retirada de tráfego em 1884, voltando a serviço algum tempo depois, para transportar um visitante ilustre, o rei Alberto I da Bélgica. É um dos modelos mais antigos de máquina a vapor que se conhece, tendo sido incorporada ao patrimônio nacional em 20 de abril de 1954, data do seu centenário, e desativada em 1957 com o surgimento da RFFSA.[2]
Características
[editar | editar código-fonte]A Baroneza tem 7,5 m de comprimento, 2,5 m de largura e 3,40 m de altura e pesa cerca de 17 toneladas. Possui duas rodas-guia de 1,29 m e uma roda-motriz de 1,50 m, com cilindros de 0,279m de diâmetro e curso de 381 mm. Tem duas chaminés, um farol e dois estribos. Corria sobres trilhos de bitola indiana (1,676m de largura).[1] Além da beleza dos seus cobres polidos, desperta invulgar interesse por seu valor como peça histórica, pois existem apenas dois exemplares no mundo, um no Brasil e outro na Inglaterra.[2]
Exposição
[editar | editar código-fonte]A Baroneza está hoje no Museu Ferroviário do Engenho de Dentro, da RFFSA, localizado no Rio de Janeiro.[2]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b Guedes, Maria Helena. «As Grandes Ferrovias!». Google Livros pág. 31. Consultado em 30 de dezembro de 2018
- ↑ a b c d e «A BARONEZA». Ministério dos Transportes. Consultado em 18 de julho de 2015
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Museu de Arqueologia Industrial Thomaz Cruz (MAITC) (em português)
- Locomotiva Baronesa (em português)
- A Baronesa na Avenida Rio Branco (em português)
- Locomotiva “Baronesa” (vídeo de teste operacional realizado em 2004) (em português)
- O Sesquicentenário da Ferrovia no Brasil - A Primeira Ferrovia inaugurada no Brasil (em português)