Apeadeiro de Assumar
Assumar
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Identificação: | 57117 ASS (Assumar)[1] | ||||||||||
Denominação: | Apeadeiro de Assumar | ||||||||||
Classificação: | A (apeadeiro)[1] | ||||||||||
Linha(s): | Linha do Leste (PK 226+773) | ||||||||||
Coordenadas: | 39°8′20.11″N × 7°22′56.23″W (=+39.13892;−7.38229) | ||||||||||
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Município: | Monforte | ||||||||||
Serviços: | |||||||||||
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Diagrama: | |||||||||||
Portalegre (Sentido Abrantes) Assumar Arronches (Sentido Badajoz) | |||||||||||
Website: |
O Apeadeiro de Assumar é uma interface da Linha do Leste que serve a localidade de Assumar e o município de Monforte, no Distrito de Portalegre, em Portugal.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Situa-se na periferia da localidade de Assumar, junto à Estrada Nacional 371.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Planeamento e inauguração
[editar | editar código-fonte]Em meados da década de 1850, o engenheiro inglês Thomaz Rumball, ao serviço da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, estudou os traçados que poderiam ser seguidos por um linha férrea entre Lisboa e Badajoz. Apresentou três propostas, tendo sido escolhida a que passava por Santarém, Tancos, Ponte de Sor, Crato e Monforte.[3] Do ponto de vista geográfico, a futura estação de Assumar situava-se no ponto em que a linha deixava a Bacia Hidrográfica do Tejo e entrava na do Rio Guadiana, ao PK 225, que era igualmente o ponto mais elevado da linha, a uma cota de 348,924 m acima do nível do mar.[4] Este era portanto o início do quinto lanço da Linha do Leste, até à fronteira com Espanha, e cujo traçado foi alvo de considerável polémica, com os militares a exigir que a linha férrea passasse perto de Elvas, por motivos de defesa do país.[4]
Em 20 de Dezembro de 1860 foram feitas algumas alterações nos percursos que tinham sido previamente contratados, tendo o lanço original de Assumar por Arronches à fronteira sido substituído por um que passava por Santa Eulália e Elvas.[5] Esta interface encontra-se no lanço entre as estações de Crato e Elvas da Linha do Leste, que entrou ao serviço no dia 4 de Julho de 1863, pela Companhia Real.[6]
Século XX
[editar | editar código-fonte]Em 1913, existia um serviço de diligências entre a estação de Assumar e a vila de Arronches.[7]
Em 1934, a companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses abriu um serviço central de despachos em Arronches, possibilitando o transporte de mercadorias, bagagens e passageiros entre aquela localidade e a gare de Assumar, que então possuía a categoria de estação.[8]
Século XXI
[editar | editar código-fonte]Em 29 de Agosto de 2017, foram retomados os comboios do Entroncamento a Badajoz, que também serviam o Apeadeiro de Assumar.[9]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ CUNHA, 1985:83
- ↑ GAMA, Eurico (16 de Março de 1956). «Achegas para a História do Caminho de Ferro de Leste» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1638). p. 144-145. Consultado em 8 de Dezembro de 2023 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ a b ABRAGÃO, Frederico de Quadros (1 de Setembro de 1956). «No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1649). p. 392-395. Consultado em 9 de Dezembro de 2023
- ↑ ABRAGÃO, Frederico de Quadros (16 de Agosto de 1956). «No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal: Algumas notas sobre a sua história» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1648). p. 376. Consultado em 8 de Dezembro de 2023
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 8 de Junho de 2015 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 21 de Fevereiro de 2018 – via Biblioteca Nacional de Portugal
- ↑ «Caminhos de Ferro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1113). 1 de Maio de 1934. p. 249. Consultado em 20 de Setembro de 2010 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ «ENTRONCAMENTO – Já há comboio directo até Badajoz. CP promove duas viagens diárias (ida e volta)». Rádio Hertz. 30 de Agosto de 2017. Consultado em 21 de Outubro de 2018
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- CUNHA, António Maria (1985). Monografia Geral sobre o Concelho de Monforte. Monforte: Câmara Municipal. 328 páginas