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Ambrósio Leitão da Cunha

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Ambrósio Leitão da Cunha
Ambrósio Leitão da Cunha
Ambrósio Leitão da Cunha
Senador pela Província do Amazonas
Período 09 de junho de 1870
15 de novembro de 1889
Monarca Pedro II do Brasil
Presidente da Província do Amazonas
Período 1868
1869[1]
Dados pessoais
Nascimento 21 de Agosto de 1825
Belém, Pará
Morte 5 de dezmbro de 1889
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Nacionalidade Império do Brasil brasileiro
Progenitores Mãe: Maria Antônia da Fonseca Luzarte
Pai: Gaspar Leitão da Cunha
Cônjuge Maria José da Gama e Silva
Partido Conservador[2]
Religião Católica
Títulos nobiliárquicos
Barão de Marmoré 3 de março de 1883

Ambrósio Leitão da Cunha, Barão de Mamoré, (Belém, 21 de agosto de 1821[3]Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 1898) foi um advogado, juiz e político brasileiro.

Seus pais foram o Gaspar Leitão da Cunha e Maria Antônia da Fonseca Zuzarte, descendentes de famílias portuguesas que se fixaram na capitania do Grão-Pará na segunda metade do século XVIII. Gaspar Leitão foi Major do Exército, do 2º regimento da 1ª linha, era paraense, filho do capitão de fragata Manoel Gonçalves da Cunha, transferido em 1780 de Mazagão, na Africa, para Mazagão, no atual estado do Amapá. [4]

Ambrósio foi juiz, chefe de polícia, desembargador, deputado provincial e geral, presidente de província e senador do Império do Brasil de 1870 a 1889. Durante a juventude estudou humanidades em Lisboa. Em 1839 foi nomeado escriturário do tesouro provincial do Pará, ocupando em seguida os cargos de Inspetor do Tesouro e Diretor de Instrução Pública. Iniciou seus estudos na Faculdade de Direito de Olinda, pouco depois transferiu o curso para São Paulo, concluindo o bacharelato em 1845.[5]

Nomeado juiz municipal de Belém, em 1847, atuando em seguida em várias comarcas. Foi comendador da Imperial Ordem de Cristo e da Imperial Ordem da Rosa. Deputado provincial do Pará (1848 - 1852). Nomeado chefe de polícia do Pará em 1857 e 1862. Foi deputado geral pela recém criada província do Amazonas (8º e 9º legislaturas) e pelo Pará (11º, 12º e 13º legislaturas).[6]

Carta de nomeação de conselheiro imperial assinada por Dom Pedro II e pelo Barão de Cotegipe.

Foi presidente das províncias do Pará, de 24 de maio a 7 de dezembro de 1858, da Paraíba, de 4 de junho de 1859 a 13 de abril de 1860, de Pernambuco, de 23 de abril de 1860 a ? de 1861, do Maranhão, por quatro vezes, de 13 de junho a 24 de novembro de 1863, de 3 de outubro de 1864 a 23 de abril de 1865, de 4 de setembro a 18 de outubro de 1868, e de 25 de outubro de 1868 a 4 de abril de 1869, e de Bahia, de 25 de novembro de 1866 a 19 de março de 1867. Tendo recusado a Presidência do Rio Grande do Sul.[7]

Foi proprietário no município fluminense de São Francisco de Paula, hoje Trajano de Morais, da fazenda Santana do Macabu, conhecida atualmente por fazenda Leitão da Cunha, onde veio a falecer e sepultado no cemitério de São Francisco de Paula, antiga sede do município. A fazenda ficou na posse de seus descendentes até a década de 1970, sendo depois vendida pelos herdeiros. Era uma das mais prósperas fazendas do estado em sua época.

Foi casado com Maria José da Gama e Silva. Ela era filha do capitão José Joaquim da Silva e de Maurícia Josepha Michaela da Gama Lobo. Maria José era irmã de Anna Cândida da Gama e Silva (casada com o primo, José da Gama Malcher); e de Thereza da Gama e Silva (casada com Bernardo de Souza Franco).

Uma das filhas do casal, Ambrosina, casou com o conde de Nova Friburgo. Outra de suas filhas, Maurícia uniu-se ao juiz municipal, delegado de policia e desembargador no Pará, Abel Graça, presidente dessa província em 1870. Izabel, consorciou-se com o advogado José Rodrigues Pereira Júnior, procurador fiscal do Tesouro da Fazenda Geral na Corte e presidente da província da Paraíba (1879 - 1880).[4]

Ambrósio Leitão da Cunha, aliado e amigo do chefe do partido Conservador paraense, o cônego Siqueira Mendes, deputado geral e senador, gozava de grande influencia no Pará. Apoiado nessa amizade e no respaldo profissional de seus filhos e genros, envolveu-se em alguns negócios, como a instalação de um Engenho Central pela Sociedade Açucareira do Grão-Pará e, sobretudo mas sem grande sucesso, na construção de duas estradas de ferro, a de Bragança, no Pará, e a de Madeira-Mamoré, no Amazonas; na implantação desta, faleceu um filho seu, o engenheiro Pedro Leitão da Cunha (1858 - 1883). Pedro foi formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro na turma de 1881; por mercê de 14 de Julho de 1869, do Imperador do Brasil, recebeu, juntamente com seus irmãos Ambrósio e José Maria, o fôro de Moço Fidalgo da Casa Real.[4]

Foi nomeado senador vitalício pelo Amazonas, em 1870. Fez parte do 30º Gabinete de 1885, como Ministro dos Negócios do Império. Além de comendador da Ordem de Cristo e da Rosa, foi Gentil-Homem da Casa Imperial, Veador da Imperatriz, e Camarista do Imperador. Recebeu o título de Barão de Mamoré, com grandeza, por decreto de 3 de março de 1883.[8]

Referências

  1. Federal, Brasil Congresso Nacional Senado (1986). «Catálogo biográfico dos Senadores Brasileiros : de 1826 a 1986». 1: 250. Consultado em 12 de maio de 2023 
  2. Federal, Brasil Congresso Nacional Senado (1986). «Catálogo biográfico dos Senadores Brasileiros : de 1826 a 1986». 1: 250. Consultado em 12 de maio de 2023 
  3. Oliveira, José Teixeira de (2002). Dicionário brasileiro de datas históricas 4ª ed. Petrópolis: Vozes. p. 919 
  4. a b c MARIN, Rosa Elizabeth Acevedo. Alianças matrimoniais na alta sociedade paraense no século XIX. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 15, n. Especial, p. 153-167, 1985.
  5. ALMEIDA, Maurilio. Presença de D. Pedro II na Paraíba. João Pessoa, 1982, p. 56 - 57.
  6. «Senador Leitão da Cunha - Senado Federal» 
  7. Sacramento Blake, Augusto Victorino Alves, 1827-1903. (1970). Diccionario bibliographico brazileiro. [S.l.]: Conselho Federal de Cultura. OCLC 81582568 
  8. «Página:Archivo nobiliarchico brasileiro.djvu/272 - Wikisource» 

Ligações externas

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Precedido por
João da Silva Carrão
Presidente da província do Pará
1858
Sucedido por
Manuel de Frias e Vasconcelos
Precedido por
Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire-Rohan
Presidente da província da Paraíba
1859 — 1860
Sucedido por
Luís Antônio da Silva Nunes
Precedido por
Luís Barbalho Moniz Fiúza
Presidente da província de Pernambuco
1860 — 1861
Sucedido por
Antônio Marcelino Nunes Gonçalves
Precedido por
João Pedro Dias Vieira
Presidente da província do Maranhão
1863
Sucedido por
Miguel Joaquim Aires do Nascimento
Precedido por
Miguel Joaquim Aires do Nascimento
Presidente da província do Maranhão
1864 — 1865
Sucedido por
José Caetano Vaz Júnior
Precedido por
Sousa Dantas
Presidente da província da Bahia
1866 — 1867
Sucedido por
João Ferreira de Moura
Precedido por
Manuel Cerqueira Pinto
Presidente da província do Maranhão
1868
Sucedido por
Manuel Cerqueira Pinto
Precedido por
Manuel Cerqueira Pinto
Presidente da província do Maranhão
1868 — 1869
Sucedido por
José da Silva Maia
Precedido por
João Florentino Meira de Vasconcelos
Ministro dos Negócios do Império do Brasil
1885
Sucedido por
José Fernandes da Costa Pereira Júnior


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