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Revisão das 23h29min de 12 de maio de 2013
Sistema Bismarckiano é o nome que se dá à política externa do chanceler alemão Otto von Bismarck desde 1871, após a Guerra Franco-Prussiana e com as últimas três guerras de unificação para a fundação do Império Alemão.
Com o sucesso da construção da nação, as condições na política externa haviam mudado fundamentalmente para Bismarck. O Império Alemão surgiu como uma nova potência européia, devido a expansão militar do Reino da Prússia. Bismarck sabia que a Europa temia ser levada pela expansão alemã, mas como ele disse: foi somente para "saturar" a Alemanha de mais reivindicações territoriais. Isto foi confirmado em um projeto que o Reichstag submeteu em março de 1871 para a aprovação. Assim, "o novo espiríto de um império faz seu povo suspender a condição militar apenas para a defesa, invariavelmente de como é mostrada as obras em período de paz. [...] Os dias de intromissão na vida interna de outros povos, esperam o retorno de qualquer pretexto para tê-los de qualquer forma".[1] Com os sistemas de alianças, o novo império deveria ser excluído de qualquer guerra, se possível.
Primórdios
Após a vitória sobre a França em 1871, Bismarck queria proteger o Reich alemão na política externa e isolar a França.
O primeiro passo de Bismarck nesse sentido foi a conclusão do Acordo dos Três Imperadores entre a Áustria-Hungria, Império Russo e o Império Alemão em 1873. Este acordo deveria servir principalmente para a paz entre as três potências, mas assim que o lado alemão realiza uma aliança com a Rússia, a mesma faz um pacto com a França. Para Bismarck foi crucial para impedir uma guerra de duas frentes.
Uma guerra de duas frentes era considerada uma solução alternativa pela Rússia e o Império Britânico para conter a ameaça de um possível ataque preventivo alemão contra a França durante a crise Krieg-in-Sicht-Krise em 1875. Das conclusões dessa crise, uma é a mudança de foco da política externa e da diplomacia. Em uma referência de Bismarck ditada por Kissenger em 1877, argumenta de uma situação real que dê resultados gerais: "...em que todos exijam a nossa força para manter a França fora de coalizões contra nós, por isso as relações uns com os outros precisam de uma reformulação mais prática o quanto possível".[2]
Congresso de Berlim
Em fevereiro de 1878, Bismarck se apresentou no Congresso como um "intermediário honesto" para as negociações de paz entre os contendores do lançamento da Crise dos Balcãs, criado para persuadir a guerra russo-turca.
Este assim chamado Congresso de Berlim foi realizado sobre a proposta do ministro russo dos Negócios Estrangeiros na Alemanha, pois não era somente o Império Alemão que estava perseguindo um interesse pessoal nos Balcãs, "...há somente ossos apenas [...] mas nenhum único mosqueteiro da Pomerânia ficará desamparado.",[3] como Bismarck declarou em dezembro de 1876. Assim, a Alemanha tornou-se uma mediadora adequada para todas as potências européias participantes.
O equilíbrio do poder político
Sob a nova política proposta por Bismarck no Congresso de Berlim, os princípios de um equilíbrio de poder político foi formulado. No entanto, inicialmente foi difícil envolver a Rússia nesta política, como a Rússia saiu vitoriosa, o Congresso de Berlim teve que desistir do acesso ao Mar Egeu. O czar russo Alexandre II da Rússia havia sido desacreditado de Bismarck, e achava que Bismarck não permaneceria neutro nas negociações, quando isso aconteceu, o czar expressou a sua raiva na chamada expressão carta tapa.
Dupla Aliança e Tríplice Aliança
Bismarck formou em 1879 com a Áustria-Hungria a Aliança Dua, a primeira de várias outras alianças, que ele iria seguir. A Dupla Aliança estipulava que se um ataque russo acontecesse em uma parte à outra deve seguir com tudo o que possui para ajudar um exército em crise, mas não em um ataque na Alemanha e na Áustria, mas sim à uma outra potência, pelo menos recorrendo a alternativa de neutralidade benevolente. A relação entre Rússia e a Áustria-Hungria entrou em crise devido às crises nos Balcãs e do Pan-eslavismo preso na Rússia devido a sua exploração dos eslavos que moravam na Áustria-Hungria.
A Itália sob os seus interesses coloniais na Líbia entrou em conflito com a França pelo controle do Norte da África. Assim, a Itália se aproximou nas duas potência federais. Em 1882, a Itália se aliou com o Império Alemão e a Áustria-Hungria em uma linha defensiva contra a França, chamada de Tríplice Aliança.
A Liga dos Três Imperadores
Após ser concluída a Dupla Aliança entre a Alemanha e a Áustria-Hungria, Bismarck tentou novamente relações mais estreitas entre Berlim e São Petersburgo. O czar russo Alexandre II percebeu que esta aliança debilitou e tornou limitado o seu poder entre as duas potências, assim concordando em segredo em um tratado de neutralidade com as potências. Em 1881 foi criada a "Liga dos Três Imperadores", acordado que se um dos três Estados se envolvessem em uma guerra com uma aliança com outra potêncianão deve tomar partido entre as duas que permaneceram e deve tomar uma neutralidade benevolente. Além disso, a Alemanha e a Áustria-Hungria não apoiaram a Inglaterra em uma guerra contra a Rússia, ao contrário, a Rússia e a Áustria-Hungria haviam sido envolvidas em uma guerra contra a França declarando uma neutralidade benevolente. Isto incluiu uma aliança franco-russa contra a Alemanha e/ou Áustria-Hungria.
Também foi observado no acordo, que podem ser alterados se ocorressem futuras mudanças no poder político nos Balcãs. Depois da Guerra servo-búlgara de 1885, a intervenção por parte da Sérvia, sem consulta à Rússia propiciou um momento de discórdia com a Áustria-Hungria, quebrando assim a Liga dos Três Imperadores entre 1885 e 1886.
Entente do Mediterrâneo
Em 1887, Bismarck promoveu a conclusão do acordo da Entente do Mediterrâneo, entre a Grã-Bretanha, Itália, Espanha e Áustria-Hungria. Este previa devolver o status quo ao Mediterrâneo. Tolerando a expansão inglesa no Egito e a expansão italiana na Líbia. O Império Alemão levou ao desenvolvimento deste acordo, levando a Grã-Bretanha para uma Tríplice Aliança. Além disso, o Império Otomano deveria ser protegido do expansionismo russo.
Tratado de Resseguro
Após a conclusão dos sistemas de alianças de Bismarck, se formou o Tratado de Resseguro. Em 1887, o rompimento da Liga dos Três Imperadores deu um fim à crise búlgara, e formulou um tratado secreto entre a Alemanha e a Rússia, um acordo de neutralidade de um eventual ataque não provocado da Áustria-Hungria sobre a Rússia e da mesma sobre a França, assim o Reich Alemão reconheceu os interesses do Império Russo no estreito turco e na Bulgária. Este tratado foi realmente contrário à Entente do Mediterrâneo.
Após a demissão de Bismarck
Com a demissão de Bismarck em 1890, o seu sistema de alianças se desintegrou em um curto espaço de tempo. Em contraste com o seu perfil de "conservador realista", Bismarck levou ao jovem Kaiser Guilherme II a fazer uma provocação às "políticas de mão livre", programadas para levar a Alemanha ao palco da política mundial.
Em 1890, o Tratado de Resseguro não foi renovado, apesar do grande interesse da Rússia, o país firmou um acordo com a França em 1894, a Aliança Franco-Russa. Este se tornou o "pesadelo" de Bismarck, que havia julgado em manter as duas potências em rivalidade, esta aliança abriria uma guerra em duas frentes.
Também a relação com a Grã-Bretanha deteriorou-se quando a frota política de Guilherme II levou uma aproximação britânica para o arqui-inimigo da França em 8 de abril de 1904, formando uma aliança anglo-francesa, a Entente Cordiale. Após a adesão da Rússia para esta aliança (que acabou formando a Tríplice Entente), a estrutura do Império Alemão para controlar as grandes potências alcançado por Bismarck para manter a França fora do sistema havia sido desintegrada completamente.
Durante a Primeira Guerra Mundial, o aliado do Império Alemão, o Reino de Itália havia trocado de lado, assim levando ao detrimento da Alemanha e da Áustria-Hungria, que no resultado disto, a Itália obteve grandes áreas da Áustria-Hungria como prometidos no Tratado de Londres em 1915.
Ver também
Referências
- ↑ zitiert nach Karl Buchheim: Das deutsche Kaiserreich 1871–1918. Kösel, München 1969, S.87; vgl. Marcus Thomsen: „Ein feuriger Herr des Anfangs...“. Kaiser Friedrich II. in der Auffassung der Nachwelt. Thorbecke, Ostfildern 2005, ISBN 3-7995-5942-6, S.152.
- ↑ zitiert nach Otto Pflanze: Bismarck. Band 2: Der Reichskanzler. Beck, München 2008, ISBN 978-3-406-54823-9, S.159.
- ↑ Gregor Schöllgen, Imperialismus und Gleichgewicht. Deutschland, England und die orientalische Frage 1871-1914, Oldenbourg, München 2000, S. 16
Fontes
- Die Große Politik der Europäischen Kabinette 1871-1914. Sammlung der Diplomatischen Akten des Auswärtigen Amtes. Im Auftrag des Auswärtigen Amts hrsg. von Johannes Lepsius, Albrecht Mendelssohn Bartholdy, Friedrich Thimme. Band 1 - 40 [nebst Kommentar], Reihe 1 - 5, Berlin 1922 - 1927, 2. Aufl. 1924 - 1927. Visão geral dos volumes individuais
Leitura adicional
- Konrad Canis: Bismarcks Außenpolitik 1870-1890. Aufstieg und Gefährdung. Paderborn-Wien-München-Zürich, 2004, (Wissenschaftliche Reihe der Otto-von-Bismarck-Stiftung, hrsg. von Lothar Gall, Band 6)
- Sebastian Fischer-Fabian: Herrliche Zeiten Die Deutschen und ihr Kaiserreich. tosa-Verlag, Wien, 2006 (populärwissenschaftlich)
- Klaus Hildebrand: Das vergangene Reich, Deutsche Außenpolitik von Bismarck zu Hitler 1871-1945. Stuttgart 1995. (Standardwerk zur deutschen Außenpolitik)
- Andreas Hillgruber: Bismarcks Außenpolitik. Freiburg, 1993, (Rombach Wissenschaft - Historiae, Band 3)
- Sigrid Wegner-Korfes: Otto von Bismarck und Russland. Des Reichskanzlers Russlandpolitik und sein realpolitisches Erbe in der Interpretation bürgerlicher Politiker (1918-1945). Berlin 1990. (Deutung der Bismarckschen Außenpolitik im Sinne der marxistischen Geschichtswissenschaft)
- Friedrich Scherer: Adler und Halbmond. Bismarck und der Orient 1878-1890. Paderborn-Wien-München-Zürich, 2001, (Wissenschaftliche Reihe der Otto-von-Bismarck-Stiftung, hrsg. von Lothar Gall, Band 2).