Movimento Esperança Portugal
Movimento Esperança Portugal | |
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Fundação | 23 de julho de 2008 |
Dissolução | 12 de dezembro de 2012 |
Sede | Portugal Travessa das Pedras Negras, 1 - 4º 1100-404 Lisboa |
Ideologia | Centrismo Liberalismo |
Espectro político | Centro |
Cores | Verde-floresta |
Página oficial | |
www.mep.pt/(inativo) | |
Constituiu-se como MEP – Associação Cívica |
O Movimento Esperança Portugal (MEP) foi o 16.º partido político português,[1] reconhecido pelo Tribunal Constitucional [2] a 23 de Julho de 2008. O MEP posicionava-se ideologicamente como um partido do centro entre o PS e o PSD.[3]
Rui Marques, antigo alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural, activista e empresário português, foi o primeiro dinamizador do grupo de cidadãos que veio a fundar o Movimento Esperança Portugal (MEP). Rui Marques considerava o MEP é um projecto "de gente comum", constituído por 60 cidadãs e cidadãos, que decidiu dar um passo em frente e que, com esse gesto, "quer transmitir esperança, no sentido de que a política é uma responsabilidade de todos nós e não só de alguns".[4] Manuel Meirinho considerava que o MEP "estava a nascer de forma muito uninominal", denunciando "uma falta de estruturação que dificultaria a afirmação política".[5]
O primeiro congresso do partido realizou-se 4 e 5 de Outubro de 2008, na Ericeira. Procedeu-se à eleição do presidente do MEP (Rui Marques), bem como à eleição do conselho de jurisdição, conselho nacional e mesa do congresso. No decurso do congresso foi debatido e aprovado o respectivo programa e estatutos que se encontravam em discussão pública.[6]
O MEP apresentou-se pela primeira vez a eleições em Junho de 2009, concorrendo às eleições europeias apresentando como cabeça de lista Laurinda Alves e concorreu também às eleições legislativas a realizar no mesmo ano.[6] Ao longo do ano de 2009, além do programa eleitoral onde expôs as suas ideias para o país, propôs-se respeitar o seu emblema, apresentando 52 razões de esperança sobre e para os portugueses.[7] Nas primeiras eleições a que concorreu, Europeias 2009, o MEP foi, das 13 forças políticas em disputa, a 6ª mais votada registando cerca de 55 mil votos (1,5% [8]), ultrapassando o histórico PCTP-MRPP, crónico 6º classificado, mas não tendo eleito nenhum eurodeputado. Numa simulação dos resultados obtidos nesta eleição, considerando um cenário de eleições legislativas,[9] o MEP teria eleito um (1) deputado para a Assembleia da República Portuguesa pelo círculo eleitoral de Lisboa, onde obteve 2,4% dos votos. Rui Marques presidente do partido, foi o cabeça de lista pelo círculo de Lisboa às eleições legislativas de 27 de Setembro de 2009. O respectivo programa eleitoral foi divulgado a 23 de Julho de 2009.[10]
O partido salientou que é transversal "a prioridade dada à justiça social, coesão e inclusão". Tal refletiu-se "na permanente preocupação de 'não deixar ninguém para trás', 'criar riqueza para todos', 'vencer com os outros e não contra os outros'", sendo esta "a principal bandeira" do Movimento.[11] O MEP defendia no seu programa[12] que "o esforço de crescimento sustentado e viável do salário mínimo deve continuar" e que é "fundamental a participação das famílias e das pessoas pobres, como actores principais do processo de libertação da pobreza e de inclusão social".
Na sequência dos resultados obtidos nas legislativas de 2011, e devido à "continuada tendência de decréscimo desde as primeiras eleições", Rui Marques demitiu-se de presidente do MEP.[13]
A 29 de janeiro de 2012, o partido divulgou um comunicado onde informou que os militantes do partido, motivados pelos resultados eleitorais nas 4 eleições em que participaram, decidiram extinguir o MEP, como partido político, continuando a sua ação como movimento cívico. No comunicado, foram feitas críticas ao "sistema político-mediático construído para manter o 'status quo', bloqueando de várias formas todas as tentativas de renovação do sistema partidário português" [14]
No dia 9 de janeiro de 2013, a sua dissolução foi aceite pelo Tribunal Constitucional, com efeitos retroativos a 12 de dezembro de 2012.[15]
Resultados Eleitorais
Eleições legislativas
Data | Líder | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status |
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2009 | Rui Marques | 25 949 | 0,5 (7.º) | 0 / 230 |
Extra-parlamentar | ||
2011 | Rui Marques | 21 936 | 0,4 (9.º) | 0,1 | 0 / 230 |
Extra-parlamentar |
Eleições europeias
Data | Cabeça de Lista | Votos | % | +/- | Deputados | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|
2009 | Laurinda Alves | 52 811 | 1,5 (6.º) | 0 / 22 |
Eleições presidenciais
Data | Candidato apoiado |
1.ª Volta | 2.ª Volta | ||
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Votos | % | Votos | % | ||
2011 | Cavaco Silva | 2 231 956 (1.º) | 53,0 / 100 |
Eleições autárquicas
Data | Votos | % | +/- | Presidentes CM | +/- | Vereadores | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|---|
2009 | 1 975 | 0,0 (11.º) | 0 / 308 |
0 / 2 078 |
(fonte: Direcção Geral de Administração Interna)
Referências
- ↑ Notícia do Diário Digital
- ↑ Acórdão do Tribunal Constitucional
- ↑ «Público de 04.03.2008». Consultado em 4 de junho de 2009. Arquivado do original em 12 de março de 2008
- ↑ Lusa 04.05.08
- ↑ «Público de 04.03.2008». Consultado em 4 de junho de 2009. Arquivado do original em 12 de março de 2008
- ↑ a b Notícia do Público[ligação inativa]
- ↑ Jornal Sol "Movimento Esperança Portugal quer contrariar derrotismo português"
- ↑ «Fonte: Ministério da Administração Interna - Dados provisórios em 9 de Junho - actualizado com dados definitivos a 22 de Junho de 2009». Consultado em 9 de junho de 2009. Arquivado do original em 6 de novembro de 2011
- ↑ Simulação feita por Pedro Magalhães responsável pelo centro de sondagens da Universidade Católica Portuguesa
- ↑ Transmissão em directo via web TV anunciada no sítio oficial do Partido
- ↑ Publico de 30.07.2008[ligação inativa]
- ↑ «MEP - Movimento Esperança Portugal - Família e Solidariedade Social». Consultado em 9 de Novembro de 2009
- ↑ «Carta aos amigos e membros do MEP». MEP. 8 de junho de 2011. Consultado em 26 de junho de 2011. Arquivado do original em 25 de junho de 2011
- ↑ «Partido Movimento Esperança Portugal extingue-se». Expresso. 29 de janeiro de 2012
- ↑ «Acordão N.º 14/2013». Tribunal Constitucional. 9 de janeiro de 2013. Consultado em 1 de Março de 2013
Ligações externas
- Tribunal Constitucional.
- Ericeira.Com[ligação inativa] (consultado em 12 de Outubro de 2008).
- Jornal Sol "Movimento Esperança Portugal quer contrariar derrotismo português" (Consultado a 12 de Outubro de 2008)