A Rainha Margot (livro)
La Reine Margot | |||||
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A rainha Margot [BR] | |||||
Autor(es) | Alexandre Dumas e Auguste Maquet | ||||
Idioma | Francês | ||||
País | França | ||||
Assunto | Margarida, Rainha consorte de Henrique IV, Rei da França | ||||
Gênero | Romance histórico | ||||
Lançamento | 1845 | ||||
Edição brasileira | |||||
Tradução | Paulo Schmidt | ||||
Editora | Campanário | ||||
Lançamento | 1998 | ||||
Páginas | 532 | ||||
ISBN | 8586698016 | ||||
Cronologia | |||||
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La Reine Margot (no Brasil e em Portugal, A Rainha Margot) é um romance histórico escrito por Alexandre Dumas e publicado em 1845. É a primeira parte de uma série de livros que se convencionou chamar Os Romances Valois, que é seguida por A Dama de Monsoreau e Os Quarenta e Cinco. A série abrange um período histórico que vai desde o final do reinado de Carlos IX, rei de França, com ênfase na perseguição aos huguenotes e na Noite de São Bartolomeu, (período abordado por A Rainha Margot) até o de seu irmão, Henrique III, último rei da dinastia Valois. Foi escrito em colaboração com Auguste Maquet.
Contexto histórico
A ação do romance vai desde o casamento de Margarida de Valois, irmã do Rei Carlos IX de França, com Henrique de Navarra, futuro Rei Henrique IV de França, em 1572, até a morte de Carlos IX, em 1574.
Alexandre Dumas coloca em cena as intrigas palacianas, o assassinato de Gaspar II de Coligny, o massacre do Dia de São Bartolomeu, o idílio inventado entre a rainha de Navarra e o Conde de la Mole assim como a prática da tortura judiciária durante o Renascimento. Dumas faz da rainha Catarina de Médicis, mãe de Margarida e de Carlos IX, uma figura inquietante, que se serve de seu astrólogo e perfumista Côme Ruggieri para assassinar seus inimigos.
Sinopse
Acerta-se o casamento entre Margarida de Valois e Henrique de Navarra, com o intuito de estabelecer a paz entre protestantes e católicos em uma época sacudida por guerras religiosas. O casamento da irmã de Carlos IX é ocasião para grandes festas na França e notadamente em Paris, onde o povo rejubila-se.
Nesta ocasião, o rei de Navarra e o almirante Gaspar II de Coligny reúnem a sua volta todos os grandes chefes huguenotes e creem em uma paz possível.
No entanto, para além da política, casam-se dois seres humanos que não se amam e pode-se observar, desde o início do romance, que cada um dos esposos possui outras ligações afetivas. Se a noite de núpcias não serve de ocasião para a consumação do casamento, ela é testemunha de uma aliança política estabelecida entre o rei e a rainha da Navarra, unidos pela mesma ambição pelo poder. A fidelidade (política) de Margarida em relação a seu marido é rápidamente provada, já que ela apela pela vida de Henrique quando do Massacre de São Bartolomeu, durante o qual Carlos IX, instigado por sua mãe, Catarina de Médicis, faz assassinar os grandes chefes protestantes reunidos em Paris para o casamento, com exceção dos príncipes de sangue, o Príncipe de Condé e o Rei de Navarra.
No entanto, o horrendo massacre faz também com que Margarida encontre o Conde de la Mole, senhor protestante vindo até Paris para oferecer seus serviços a Henrique de Navarra. Os dois estabelecem uma ligação amorosa. Porém a saúde de Carlos IX degrada-se, segundo Dumas devido ao veneno colocado por Catarina de Médicis nas folhas de um livro de caça endereçado a Henrique de Navarra e que o rei folheia indevidamente, suspeita-se de um complô e, já que há a necessidade de culpados, o amante de Margarida é preso, torturado e executado. Carlos IX morre e é sucedido pelo irmão, Henrique, coroado como Henrique III.
Fontes do romance
As fontes primárias de que dispunha Dumas (e sobretudo Maquet) para servir à história da Rainha Margot foram:
- Discours sur Marguerite de Valois ("Discurso sobre Margarida de Valois", em português), em La Vie des dames illustres (1590-1600), Brantôme [1]
- Les Mémoires de la Roine Margverite("As Memórias da Rainha Margarida", em português), surgidas ao final dos anos de 1620 e reeditadas diversas vezes[2]
- Le Divorce Satyrique de la Reyne Marguerite ("O Divórcio Satírico da Rainha Margarida", em português)(1663) encontrado nas Memórias de Agrippa d’Aubigné
- La Reine Marguerite, Historiettes, Gédéon Tallemant des Réaux (cerca de 1659)
Posteridade
O romance contribuiu para reforçar a fama sombria de Catarina de Médicis e a reputação frívola da Rainha Margot.[3]
Foi levado às telas por:
- Camille de Morhlon - La Reine Margot (1909)
- Jean Dréville - La Reine Margot (1954)
- Ruben Alexander Claassens - La Reine Margot (2004).
- Inspirou apenas parcialmente o filme de Patrice Chéreau, A Rainha Margot, já que a fonte principal para o roteiro do filme foi o livro do dramaturgo inglês Christopher Marlowe, "Massacre at Paris" ("Massacres em Paris", em português).
Personagens
Personagens históricos citados por Dumas
Margarida de Valois • Annibal de Coconas • Catarina de Médicis • Carlos Danowitz • Carlos de Lorena (1524-1574) • Carlos IX de França • Cláudia de França (1547-1575) • Côme Ruggieri • Francisco de França (1555-1584) • Francisco de Guise • Gaspar II de Coligny • Henrique III da França • Henrique IV da França • Henriqueta de Nevers (1542-1601) • Joseph de Boniface de La Môle • Maria Touchet
Principais personagens
- Conde de La Mole
- Margarida ( Rainha Margot )
- Henrique de Navarra
- Catarina ( Mãe de Margarida )
- Carlos IX
Referências
- ↑ Texto "on-line" (em francês)
- ↑ Artigo Arquivado em 21 de setembro de 2010, no Wayback Machine. (em francês)
- ↑ Ver Marguerite de Valois, la reine Margot (em francês) de Éliane Viennot, 2005, ISBN 2262023778
Ligações externas
- A Rainha Margot (livro) no Projeto Gutenberg (em francês)
- A Rainha Margot (livro) no Projeto Gutenberg (em francês)
- La Reine Margot, tradução inglesa em books.google.com (Oxford World's Classics, ISBN 0-19-283844-X)
- Google Library 1900 English language edition