filosofia e morte

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Memento Mori

"Estudar o morrer é como olhar para uma poça de água. Nela vemos o reflexo do
tipo de gente que viemos a ser. Por trás das imagens frágeis e transitórias do
nosso eu individual que aparecem na superfície, existem sugestões de companhia
menos familiar: estranhas marés de história, ressacas culturais que fluem e
refluem abruptamente na vida. As ondulações dessas forças tangem e trabalham
a nossa identidade, primeiro para criá-la, e depois para testá-la antes da sua
destituição final na morte", diz Allan Kellehear, no fragmento de Uma história
social do morrer (página 13).
REFLETINDO
SOBRE A
MORT
 "(...) Morte e o fim da vida, e toda a gente
teme isso, só a Morte E e temida pela Vida,
e as duas refletem-se em cada uma (...)“
- Oscar Wilde

 "(...) desenvolvei a vossa salvacao com


temor e tremor (...)" (Filipensis 2:12)- A
visao da Bíblia sobre a Morte.
A Morte
e uma figura que tem
existido na mitologia e na
cultura popular desde o
surgimento dos
contadores de histórias.
Na típica
imagem Ocidental da
Morte, conhecida como "O
Ceifador" e empregada
nas culturas modernas sob
várias formas, desde
cartas de tarot e ate em
trabalhos televisivos e
cinematográficos.
O triunfo da morte, pintura de Pieter Brueghel o Velho (1562).

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira


Santos
Perspectivas históricas
da morte
 “É impossível conhecer o homem sem lhe
estudar a morte, porque, talvez mais do
que na vida, e na morte que o homem se
revela. É nas suas atitudes e crencas
perante a morte que o homem exprime o
que a vida tem de mais fundamental.”
Edgar Morin
Philippe Aries
“Pensar na mort e
pode nos
ajudar a
aceitá-la e a
perceber que
ela e uma
experiência tao
importante e
valiosa quanto
qualquer
outra.”
A morte como objeto de
estudo
 A morte e uma experiência humana
universal. Morrer e morte sao mais do que
eventos biológicos; eles têm uma
dimensao religiosa, social, filosófica,
antropológica, espiritual e pedagógica.
Questões sobre o significado da morte e o
que acontece quando nós morremos sao
preocupacões centrais para as pessoas em
todas as culturas e as têm sido desde
tempos imemoriais.
1. A Morte: DA ERA
INDUSTRIAL
ERA ATÔMICAÀ( século XIX à
XXI)
TOTEM: o homem
poderoso
TABU: a morte
Conceito: “A morte interdita”:

Inflada do seu poder, a sociedade tem dificuldades


em lidar com os limites e a morte comeca a ser
considerada como inimiga e vivenciada com
angustia.
Completamente atéia e materialista, essa
visão considera a morte como um simples
fenômeno físico sem perspectiva de além.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira


Santos
O nascimento da psicanálise busca captar o funcionamento do
mundo interior do homem. Mergulhos na metafísica, no
onírico e no imaginário sao tentativas de responder à
angústia existencial e dar sentido à vida.
TOTEM: dinheiro e
individualidade
TABU: a velhice e a morte
 A humanidade, traumatizada por seu
próprio poder de destruicao, se sente
fragmentada e perdida. A sociedade de
consumo pretende suprir o vazio. O
mergulho do homem no
entorpecimento consumista e na
robotizacao, levam-no ao sacrifício de
si mesmo e de seu meio
ambiente, num imediatismo e
materialismo desesperados. A simples
ideia da morte provoca ojeriza e negacao.
2. A Morte: DOS ESTADOS
MODERNOS
A ROMANTIS (d sécu XV àXIX
O MO o lo I )

Nasce, na consciência do homem, a primeira


dúvida sobre a existência de Deus e sua
preocupacao com o destino do Homem.
TOTEM: o homem
soberano
TABU a restriç religio
: s ões sas

Com o preceito de Descartes: “Penso, logo existo”,


surge o despertar da Razao como o guia do homem e
a Ciência como meta de conhecimento.
Conceito: “A morte do
outro”
 Como reacao ao furor patriótico das
revolucões, os Românticos reivindicam o
direito à sensibilidade e à individualidade,
empreendendo uma busca desesperada do
sentido existencial da vida. A ascensao da
burguesia, que presa o patrimônio
privado, tira os cemiterios das igrejas e
cria verdadeiras cidades dos mortos – as
necrópoles - com suas ruas e seus
túmulos familiares. A partir daí, inicia-se
o culto saudoso “ao outro” que morreu.
TOTEM: o Homem, as descobertas
do mundo
e do corpo - TABU: a limitação da
expansão.

A ânsia de descoberta de outros horizontes


promove as Grandes Navegacões, que colocam
ao alcance do homem ocidental culturas muito
antigas, cujos valores e visões do Sagrado
divergem e ate se confrontam com a visao
crista.
3. A DO COMEÇO
Morte: DO A RENASCIMEN
CRISTIANIS
MO O TO

TOTEM: Deus
TABU: as impurezas da alma e
do corpo
Concei “ mor domad
to: A te a”

Amalgama-se um continente politicamente


caótico em torno de um sentimento comum: a
sublimacao coletiva da dor pela transcendência.
Grandes obras de fe sao empreendidas: construcao de catedrais,
peregrinacões, cruzadas, pois um código etico estrito, a
chamada “vida de boas obras”, promete a recompensa no
Paraíso ou a danacao no Inferno.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira


Santos
Concei “ mor d s mesm
to: A te e i o”

No seculo XII, com o afrouxamento moral da sociedade e a


ameaca das “heresias”, a Igreja Católica introduz uma terceira
via de salvacao: o Purgatório. É a possibilidade de se arrepender
dos pecados no momento da morte e de se purificar no alem.

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