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BREVE HISTÓRIA
DA TEOLOGIA CONTEÚDO
HISTÓRIA DA TEOLOGIA CATÓLICA
1. História do termo Teologia
2. Diferentes estilos de reflexão teológica 3. Síntese da Teologia da Época Patrística 4. A Teologia escolástica medieval 5. Teologia anti-moderna da idade média até Vaticano II Cinco (5) séculos 6. A teologia hoje 1. HISTÓRIA DO TERMO TEOLOGIA
Na antiguidade a teologia era entendida como um
hino, onde Deus era glorificado mais do que explicado pelo espírito humano. Era o acto mesmo de louvar a Deus. Não se tratava de explicar Deus, que é inexplicável, mas de O louvar sem cessar, pela sua grandeza. Até antes da Idade Média latina a teologia era concebida, particularmente na ordem monástica, não como uma ciência propriamente dita das coisas divinas, mas como meditação dos mistérios. Pedro Abelardo, no século XII - Tende a racionalizar completamente a teologia, ao mesmo tempo que suscita em São Bernardo de Claraval, por exemplo, uma aproximação apaixonada. Provoca noutros pensadores, mesmo próximos deste
último como Guilherme de Saint-Thierry, um esforço
para utilizar mais sistematicamente uma crítica racional dos conceitos e uma construção racionalmente ajustada das verdades da fé num sistema ordenado. Mais adiante, S. Alberto Magno no século XIII e S. Tomás de Aquino definem a Teologia como a ciência sagrada, que coloca o conjunto das verdades da fé num sistema racional, à partir de um reconhecimento mais claro das verdades propriamente sobrenaturais, e como tais recebidas da revelação unicamente, por oposição às verdades sobre Deus que podem ser atingidas pela razão sozinha. Sustentam que a teologia é ciência da fé. E como tal
não pode prosseguir e se desenvolver senão na luz da fé.
Esta teologia exige que o rigor racional do pensamento dialético seja constantemente associado a uma exploração não somente alargada mas também penetrante de todo o dado revelado e tradicional, sob a salvaguarda do magistério vivo da Igreja e num espírito de uma fé viva e vivida. Assim se compreende a Teologia como um discurso
sistemático, reflexivo e crítico, sobre Deus e tudo o que
a Ele se refere. Uma Teologia que se alimenta da revelação divina contida na Palavra de Deus, proclamada e anunciada pela Igreja em seu Magistério. Um discurso aberto ao pensamento humano e capaz de iluminar a razão e se deixar interpelar por ela. 2. DIFERENTES ESTILOS DE REFLEXÃO TEOLÓGICA
Existem diferentes estilos de reflexão teológica,
tanto no que se refere ao conteúdo, como ao género literário. Assim, podemos distinguir diferentes estilos de acordo com a época. No primeiro século do cristianismo podemos
encontrar 3 estilos principais: a Teologia
narrativa dos evangelhos, a literatura epistolar e a apocalíptica. Em seu núcleo conjugam-se facto e interpretação, compreensão e anúncio, sob notório influxo do judaísmo. Esta teologia é: Pneumática (embebida pelo espírito que suscita a continuidade dos seguidores de Jesus) Eclesial, nascida no seio de uma comunidade Missionária, destinada a transmitir e recriar fé cristã. Vivencial, repleta de sentimentos, conotações afectivas e força convocatória, proveniente da experiência do seguimento do ressuscitado Contextualizada na história da comunidade em que foi
elaborada.
Aberta ao futuro estimulando assim interpretações
enriquecedoras, novas releituras situadas.
Síntese da teologia da época patrística
Na época patrística que abarca o período de seis
séculos, compreendendo desde a geração
imediatamente posterior aos apóstolos até a dos que prepararam a teologia medieval, encontramos um outro estilo de teologia devido ao objectivo do discurso: esclarecer a identidade da fé cristã no seu encontro com as culturas, helénica, romana e mesmo a judaica. O cristianismo vê-se às voltas com o imenso
desafio de traduzir para a cultura helénica, a sua
boa nova. Necessita também justificar-se diante daqueles que, utilizando a filosofia grega, consideram o cristianismo e a fé cristã algo secundário ou de pouco valor. Após o período das perseguições, com o reconhecimento do império romano a Igreja corre dois riscos helenizar a sua doutrina (por uma união entre fé e pensamento grego) e secularizar- se (entrando nas estruturas do império pelo caminho das honras, privilégios, apoio do poder político). 3. Síntese da Teologia da época Patrística: Ponto de partida a experiência intensa do mistério proclamado, celebrado e vivido, exercitada na leitura do texto sagrado e das realidades mundanas. Quem faz teologia? – Bispos, sacerdotes e leigos (homilias, textos litúrgicos, comentários de textos de escritura, catequese...). no inicio do século III, formam-se “escolas teológicas”. As mais conhecidas foram Antioquia (exegese literal de Escritura), Alexandria (exegese espiritual “sentido”). Características teológicas: teologia bíblica, litúrgica, Cristológica, eclesial, inculturada e plural
Foi um tempo de verdadeiro esforço de inculturação
da fé. As escolas teológicas testemunham de um
pluralismo teológico sadio, que contribui para o aprofundamento da verdade revelada.
A liturgia é o berço da teologia patrística, e mostra
como se deve articular o pensar e o celebrar a fé .
Limites pouca atenção ao concreto histórico, fraco
traço profético devido ao compromisso com o poder
temporal, progressiva des-escatologização e des- historização da teologia; Deficiência do instrumento teológico utilizado (o seu dualismo neoplatônico, o rigor ético de outras correntes como por exemplo os epicureus, e cépticos. 4. A TEOLOGIA ESCOLÁSTICA MEDIEVAL
A teologia escolástica medieval atravessou
oito (8) séculos, três (3) fases importantes:
A dialéctica (Sto. Anselmo) a grande escolástica e a escolástica tardia. 1) Fase – A teologia se limita a leitura e comentário da
Palavra de Deus. Pouco a pouco (VIII – X) esta maneira de
fazer teologia é influenciada pelas mudanças significativas verificadas na sociedade e na igreja. O surgimento de associações, corporações, ordens religiosas, movimento das ordens mendicantes e também universidades vai influenciar positivamente a maneira de fazer teologia. 2) Fase- Do século X – XII, mas concretamente de 1120- 1160, o pensamento de Aristóteles é redescoberto e sua metodologia é posta em relevo – usa-se a sua dialéctica (“Sicet nom”) = recolhem-se argumentos aparentemente contraditórios, discute-se a questão e depois se tiram conclusões. Santo Anselmo (1033- 1109) une a teologia monástica
agostiniana, favorável a absoluta suficiência de fé, ao
pensamento especulativo dialéctico. Trabalha para transformar a verdade criada em verdade sabida, pensada e expressa. A fé em busca da inteligência (fides quarens intellectum) conclusões deduzíveis. Em 1054, temos o primeiro grande cisma Ocidente/Oriente com Miguel Cerulário. A teologia Oriental não assimila a dialética, ela conserva o aspeto contemplativo e simbólico, privilegiando a dimensão apofática, misteriosa, o silêncio da teologia. A figura mais alta da escolástica é S. Tomás de Aquino
combina rigor teórico, criatividade e ousadia. Desenvolve
uma teologia obediente à revelação que responde às exigências da epistemologia de Aristóteles e por conseguinte ela é chamada ciência.
A Summa teológica durante séculos foi texto base da
elaboração teológica. 3) Fase-Com Tomás de Aquino saímos do credere- crer para
compreender (da patrística) e passamos ao crer e compreender.
A elaboração sistematizante do pensamento é feita por via da
relação afirmação, negação e síntese – o movimento de
pensamento é uma elipse e não um círculo. Temos um duplo foco
da teologia: ciência que Deus comunica e ciência que o homem
alcança pela reflexão autónoma, ela conjuga o ponto de vista de
Deus e o ponto de vista do homem, concilia fé e razão.
Conclusão
Temos um duplo foco da teologia: ciência que Deus
comunica e ciência que o homem alcança pela
reflexão autónoma, ela conjuga o ponto de vista de Deus e o ponto de vista do homem, concilia fé e razão. Referências Manual de Fundamentos de Teologia Católica