Produo de Sementes

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SISTEMA DE PRODUÇÃO DE SEMENTES

PRODUÇÃO DE SEMENTES

Sementes é um pacote cujo conteúdo se encontram todos os


genes que caracterizam a espécie e a cultivar e que determinam
seu comportamento.

Histórico: 1º Sistema de produção de sementes Sistema de


Certificação  USA  últimos 20 anos do século XIX.

 Internacional Crop Improvement Association – 1919 – 13


estados americanos e o Canadá.
Brasil – Criação: pelo imperador Dom Pedro II, em 28 de julho de 1860,
pelo decreto nº 1 067, da "Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura,
Comércio e Obras Públicas".
Após a Proclamação da República, em 1892, a Secretaria foi transformada em
"Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas", pelo decreto nº 1 142, ficando
os assuntos de agricultura responsabilidade da segunda seção da terceira
diretoria do ministério.
Em 1909, pelo decreto nº 7 501, recriada a pasta da agricultura, em um ministério
que incorporou as atividades ligadas à indústria e ao comércio, sendo
designado de "Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio".

Em 1930, nova alteração, com a criação do "Ministério da Agricultura".


Em 1992, é novamente alterada a denominação para "Ministério da Agricultura,
Abastecimento e Reforma Agrária“
Em 1996, sofreu nova alteração para "Ministério da Agricultura e do
Abastecimento".
Em 2001, recebe a denominação atual: "Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento".
EVOLUÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES NO BRASIL
A organização da produção de sementes teve início em 22/02/1934, no estado de
São Paulo.

Iniciou com estabelecimento da legislação para a produção de sementes de


algodão (monopólio estatal da produção, preparo e comercialização de
sementes), milho, arroz, feijão, tomate, batata-semente e citros.

Em 1936, após a aprovação do Decreto 7.815, incluindo portaria proposta pelo


Instituto Biológico, foi implantada a fiscalização do comércio de sementes.

Em 1951, a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul criou o Serviço de


Sementes e Mudas com a finalidade de incrementar a produção de sementes de
alta qualidade.

1956 Foi publicada 1ª edição das Regras para Análise de Sementes


e serviço de milho híbrido no MAPA.
1957 Sistema de Certificação de Milho Híbrido
Lei da Semente n. 4727 de 13 de julho de 1965 revogada em
1977.
A Lei estabelecia que no Brasil só poderia comercializar
sementes sem que elas tivessem sido submetidas a testes de
germinação e de pureza.
Substituída pela Lei 6507 de 1977 Sistema de Produção e
Sementes Certificadas, mais possibilitou sementes fiscalizadas,
mais baratas, não tem controle de gerações e menor numero de
inspeções.
Sistemas de Certificação: implantado em 1968 – decreto n.
51148
Lei Nº 10711, DE 05 DE AGOSTO DE 2003
Atualizada pelo decreto nº 10.586/2020.

ENTIDADE CERTIFICADORA/FISCALIZADORA

Pública ou privada e pode ser ligada a à própria instituição do


Programa de Melhoramento  função controladora da
certificação/fiscalização da semente:
•Estabelece normas, padrões e procedimentos

•Responsável pela eleição e recomendação das espécies e


cultivares;

•Controla a origem e o número de gerações de multiplicação de


sementes;

•Inspeciona as diversas etapas do processo de produção de


sementes certificadas/fiscalizadas  campo, beneficiamento,
embalagem  diferença entre Certificada e Fiscalizada
intensidade das inspeções.

•Sistema de Certificação  analisa a semente produzida


qualidade física, fisiológica  algumas espécies sanitárias.
ENTIDADE PRODUTORA

•Setor privado ou oficial

•É juridicamente responsável pela qualidade das sementes q


comercializa;

•No Sistema de Fiscalização o compromisso é maior  própria


empresa faz as análises das sementes e emite o certificado de
garantia;

COOPERANTE

•Proprietário das terras onde as sementes serão produzidas;


O Sistema prevê quatro classes de sementes:

•“genética”, produzida sob controle direto do melhororista de


plantas e geneticamente pura;
•“básica” resultante da multiplicação da “genética”, produzida
sob responsabilidade de quem a criou ou de uma instituição por
ele autorizada; Em geral é a partir desta classe que se produz a
certificada, dependendo da quantidade produzida. Se esta não
for suficiente, exige uma nova multiplicação, da qual resulta a
semente registrada.
“registrada”: é a primeira classe de semente comercial, obtida da
multiplicação da semente básica ou da própria registrada por, no máximo,
três gerações. É produzida por produtores credenciados pela Entidade
Certificadora;
•“certificada” resultante de “básica”, “registrada” ou
“certificada” produzidas de acordo com as normas e padrões
estabelecidos pela entidade certificadora.
•Dentre as certificadas, tem-se a C1, C2

Fiscalizadas: resulta da multiplicação de qualquer uma das classes


anteriores ou da própria fiscalizada e não há exigência quanto ao número de
gerações desde que a semente produzida esteja em conformidade com as
normas e padrões estabelecidos pela Entidade Certificadora.
S1 e S2
Até S1 faz-se sementes.
S2 destinada a produção de grãos.
FASES DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO/FISCALIZAÇÃO

Duas fases: Campo  Laboratório

Campo

Semeadura à colheita  o campo é vistoriado pelos Engº

Agrônomo da Entidade Certificadora/Fiscalizadora e do produtor;


Fiscalização  apenas 10% são fiscalizados.

Somente serão colhidas as sementes que preencher os padrões

mínimo de campo  UBS beneficiamento e loteamento  amostras


 LAS (RAS)

Certificada LAS oficial ;

Fiscalizada LAS pode ser privado credenciado.


ESTABELECIMENTO DE CAMPOS PARA PRODUÇÃO DE SEMENTES
CERTIFICADAS/FISCALIZADA

 Evitar contaminação genética ou varietal;

•Credenciamento do produtor  formulário próprio, o


credenciamento do produtor  Secretaria da Agricultura,
Delegacia Federal da Agricultura do MAPA.

•O Cooperante  escolhido pela entidade produtora;

•Escolha da espécie e cultivar  não é qq cultivar de qq espécie


q pode ser produzida para certificação/fiscalização;

•Principais culturas  existem Comissões Regionais de


Recomendação de Cultivares, baseado em ensaios regionais
e nacionais. Muda conforme cria-se novas cultivares
•Escolha da Região  estudo de mercado e técnico para a
espécie ou cultivar que pretenda multiplicar.

•Exemplo: condições climáticas, sanidade, origem das


sementes, etc.

•Escolha da Gleba  livre de contaminantes: patógenos, varietal,


física, restos culturais, insetos vetores, plantas daninhas,
nematóides, etc.

•Renovação do estoque de sementes  solicitar semente básica


todos os anos ou poderá fazer uso de semente que produziu.

•Limitante  manter as sementes puras genético e varietal.

•Sementes básicas  duas gerações

•Sementes registradas  duas gerações


Fiscalizadas  não há controle de gerações – o produtor pode
fazer uso das próprias sementes geração após geração.

Não poderá haver perda do vigor híbrido

Possibilidade de criar sementes de identidade


desconhecida.

•Tipos de Sementes que poderão serem usadas para instalação


dos campos  certificada  a partir da básica ou em algumas
circunstâncias - registrada – da própria certificada – deve
obedecer o nº de gerações para a espécie.

•Isolamento  campos separados (da mesma espécie ou mesmo


gênero) – evitar contaminação genética
Fatores que determinam a distância física que separa 2 campos

•Período de viabilidade do grão de pólen;


• Distância que o grão de pólen pode alcançar;
•Modo de transporte do grão de pólen;
•Nº de grão de pólen produzido por unidade floral da cultivar;
• Classe de sementes a ser produzida
•Combinação com outros métodos de isolamento.
Exemplo de Produção de sementes:
Produção de sementes de algodoeiro
• Taxa de cruzamento natural ou taxa de alogamia  varia de 0
a 15% no Mato Grosso.
•Misturas mecânicas: podem ocorrer durante as operações de
plantio, colheita e armazenamento, beneficiamento,
ensacamento e deslintamento.
•Degeneração genética natural: fenômeno natural,
principalmente quando a cultivar é derivada de hibridação
interespecífica. Para minimizar tal problema deve-se evitar o
plantio sucessivo de algodão em uma mesma área e isolar os
campos de produção de sementes.
•Isolamento de um campo de produção de sementes de algodão:
 Sementes básica e certificada:
•50 metros quando houver barreira vegetal;
•800 metros quando não houver barreira vegetal;

 Isolamento de campos para produção de semente fiscalizada:


•30 metros quando houver barreira vegetal;
•500 metros quando não houver barreira vegetal
Inspeções no campo:
Estádios fenológicos:
Pré-floração;
Floração - 5% ou mais de plantas florescidas;
Pré-colheita: 50% das maçãs encontram-se abertas, as
sementes se aproximam da maturação fisiológica e estão
completamente formadas.
presença de outras espécies de algodão: zero Tabela 1
presença de outras cultivares: 1:12.000; 1:8.000 1:4.000 para
as classes básica, certificada e fiscalizada, respectivamente
 presença de plantas silvestres comuns e nocivas toleradas: o
mínimo possível, com atenção especial para carrapicho e picão
preto;
 presença de plantas nocivas proibidas: zero para Oryza sativa
- arroz preto, Vigna spp (feijáo de corda), Cyperus rotundus
(tiririca), Sorghum halepense (capim maçambaia), Rottboellia
exaltata (capim camalote).
 bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis): caso o ataque
seja generalizado, com mais de 40% de maçãs atacadas, deve-se
eliminar o campo;
Sorghum halepense
(capim maçambaia)
Rottboellia exaltata (capim camalote)
Murcha de Fusarium: (Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum):

eliminar o campo quando a incidência for generalizada. Caso a


doença ocorra em reboleiras, a área deve ser isolada e as plantas
eliminadas até em torno de 10 metros em volta da reboleira,
programando-se uma nova inspeção para acompanhar a evolução
da doença.
É recomendável eliminar o campo quando a incidência for

acima de 1%, tal como ocorre em São Paulo.


Ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides):
tolerar até, no máximo, 5% de plantas infectadas. Estas devem
ser arrancadas e incineradas.

Padrões de sanidade Tabela 2


Parceiros Licenciados

Fundação Centro Oeste


Rua Suely Maria da Silva, 763 - Vila Salmen - Rondonópolis - MT

Fundação Goiás
Avenida Espiridião Paulo Cory, 109 -Bairro Lucilene - Santa Helena
- GO

Fundação Bahia
Avenida Ahylon Macêdo, 1601 - Barreiras - BA

Sementes Balu
Rua Águias, 167 - V. Nova - Arapongas - PR

Embrapa Negócios Tecnológicos - C. Grande-PB

Grupo Itaquerê
Rua Maringá, 301 - Primavera do Leste - MT

Algodoeira Campo Verde


Campo Verde - MT

Grupo Schlatter
Produção de Semente de Milho Híbrido
Fatores que afetam a produção e o desempenho das sementes

•Origem das sementes


•Vigor das sementes
•Tamanho das sementes
•Tratamento químico das sementes
•Época e densidade de semeadura
•Adubação
•Injúria mecânica
•Milho híbrido
•Capins – corte de uniformização

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