419659-Direito Maritimo

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Direito

Marítimo
Prof. Luciano Nunes
DIREITO MARÍTIMO

 O Direito Marítimo,  Ele abrange uma ampla


também conhecido como gama de assuntos,
Direito Marítimo incluindo direitos e
Internacional, é um ramo obrigações dos
especializado do direito proprietários de navios,
que regula as atividades operadores portuários,
relacionadas ao comércio tripulação, passageiros
e navegação marítima; e outros envolvidos nas
3

DIREITO MARÍTIMO

» Segundo o Dicionário de Tecnologia Jurídica de


Pedro Nunes:

é o conjunto de normas que regem as relações


jurídicas relativas à navegação e ao comércio
marítimo, fluvial ou lacustre, bem como dos navios a
seu serviço e os direitos e obrigações das pessoas
que por ofício se(Dicionário
dedicam a essa espécie de
de Tecnologia Jurídica - 12ª edição. Freitas Bastos, 1990)

atividade
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DIREITO MARÍTIMO
 É uma área
complexa e
especializada
que varia de  Objetivo: Promover a
acordo com as
segurança, a eficiência e a
leis de cada país
justiça nas atividades
e as convenções
relacionadas ao comércio e à
internacionais
navegação marítima,
aplicáveis.
garantindo a proteção dos
interesses das partes
envolvidas.
Princípios Básicos
do Direito Marítimo
 Liberdade dos Mares: Esse princípio estabelece que as
águas internacionais são áreas abertas à navegação por
todas as nações. O direito de livre passagem, sujeito a
certas restrições, é garantido a todas as embarcações;
 Jurisdição Nacional: Cada país tem jurisdição sobre as
águas territoriais próximas à sua costa, geralmente
estendendo-se até 12 milhas náuticas. Dentro dessa
zona, o Estado costeiro tem autoridade para aplicar suas
leis e regulamentos;
Princípios Básicos
do Direito Marítimo
 Responsabilidade Limitada: A responsabilidade dos proprietários
de navios é limitada ao valor do navio e de sua carga em caso de
danos, acidentes ou outras questões legais. Isso visa proteger os
proprietários de navios de possíveis perdas financeiras excessivas;

 Seguro e Indenização: O seguro marítimo é uma parte essencial


do direito marítimo. Ele permite que os proprietários de navios e
operadores portuários se protejam contra riscos associados à
navegação, como colisões, naufrágios ou danos à carga. Além disso,
o direito marítimo estabelece procedimentos para indenizar as
vítimas de acidentes marítimos.
Princípios Básicos
do Direito
Marítimo
 Contratos Marítimos: O
direito marítimo regula uma Direito dos Náufragos: O
ampla variedade de direito marítimo também
contratos, como contratos de abrange a proteção e os
fretamento, contratos de direitos dos náufragos. Isso
transporte de mercadorias,
inclui a obrigação de prestar
contratos de construção naval
assistência a navios e pessoas
e contratos de seguro
em perigo no mar e garantir
marítimo. Esses contratos
sua segurança e bem-estar
Princípios Básicos
do Direito Marítimo

 Poluição Marinha: O direito marítimo estabelece normas e


regulamentos para prevenir a poluição marinha causada por
navios e outras atividades relacionadas. Isso inclui a
regulamentação do transporte de substâncias perigosas, o
controle de descargas de óleo e a proteção da vida marinha.
Contratos Marítimos no 9

Comércio Exterior
1. Contrato de 2. Conhecimento
Afretamento de Embarque (Bill
(Charter Party): Tipos of Lading):
de contratos Documento
(afretamento por fundamental que
viagem, afretamento serve como recibo de
por tempo, mercadorias e título
afretamento a casco 3. Contratos de de crédito;
nu) e suas Transporte de
características; Mercadorias:
Obrigações das
partes envolvidas no
transporte de carga;
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Bandeira do Navio

 Entre os aspectos regulados pelo direito marítimo está a


questão da bandeira do navio;
 Elemento fundamental na identificação da nacionalidade de
uma embarcação e na determinação da jurisdição legal sob a
qual ela opera;
 A bandeira de um navio, muitas vezes chamada de pavilhão,
representa a nação a que o navio pertence e,
consequentemente, a legislação sob a qual ele está sujeito;
 No próximo slide alguns pontos-chave relacionados à bandeira
do navio no direito marítimo:
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1. Pavilhão Nacional

 Cada navio deve hasteirar a bandeira do país de sua


nacionalidade;
 Isso significa que um navio registrado no Brasil, por
exemplo, deve ostentar a bandeira brasileira.
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Jurisdição e Lei Aplicável

 O pavilhão de um navio determina a jurisdição legal sob a


qual ele está sujeito;

 Isso inclui questões como regulamentações de segurança,


impostos, normas trabalhistas, proteção ambiental e
outros aspectos legais;

 O navio deve cumprir as leis do país cuja bandeira ele


ostenta, independentemente do local em que esteja
operando;
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Registro de Navios

 Muitos países têm registros de navios onde


proprietários de embarcações podem registrar seus
navios;

 Isso envolve a documentação legal e administrativa


necessária para a propriedade e operação do navio
sob a bandeira daquele país;
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Liberdade de Navegação

 O direito marítimo também preconiza a "liberdade de


navegação", que permite que navios de todas as
nações transitem em águas internacionais;

 De acordo com as regras e regulamentos


estabelecidos pelo direito do mar internacional, como
a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do
Mar (UNCLOS).
Responsabilidade do
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Estado de Bandeira
 O Estado cuja bandeira o navio ostenta é responsável
por fiscalizar e regulamentar a embarcação de acordo
com as leis internacionais;
 Isso inclui a aplicação de padrões de segurança,
prevenção da poluição, entre outros;
Liberdade de Escolha de 16

Bandeira

 Os proprietários de navios geralmente têm a liberdade de


escolher a bandeira sob a qual desejam registrar seus
navios, levando em consideração fatores como
regulamentações, custos e facilidade de operação;
 Isso pode levar a práticas conhecidas como "bandeiras
de conveniência", onde navios são registrados em países
com regulamentações mais flexíveis;
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» A bandeira de um navio é, portanto, um elemento


central no direito marítimo, pois determina a jurisdição
legal, os direitos e as responsabilidades do navio e de
seus proprietários;

» É importante observar que as nações podem ter


diferentes regulamentações e requisitos para o registro
de navios, o que pode influenciar a escolha de
bandeira por parte dos armadores;
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Demurrage

» Demurrage no Direito
Marítimo refere-se à
compensação paga ao
armador (proprietário
do navio) quando
ocorre um atraso na
operação de carga ou
descarga além do
tempo acordado no
contrato. Esse tempo
extra é conhecido
como sobre-estadia
ou demurrage
Demurrage no Direito
19

Marítimo
1. Conceito de 2. Base Legal:
Demurrage: •A demurrage não é tratada como
•É o valor pago pelo uma multa, mas como uma
contratante (normalmente o compensação pré-determinada
afretador ou o responsável por um contrato de afretamento ou
pela carga) ao armador, transporte;
quando o tempo estipulado no
contrato para a carga ou
•Normalmente está estipulada no
descarga da mercadoria é
conhecimento de embarque
excedido;
(Bill of Lading) ou no contrato
de afretamento (Charter Party),
•O tempo alocado para essas com um valor diário fixo para cada
operações é chamado de dia de atraso;
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3. Cálculo do Laytime:
• Laytime é o período de tempo acordado
para que o navio seja carregado ou
descarregado no porto. Este período pode
ser expresso em horas, dias ou com base na
quantidade de carga a ser manuseada;

• Se o laytime não for usado completamente,


pode haver um desconto conhecido como
dispatch;
Estudos de Caso e 21

Jurisprudência
1. Caso Torrey Canyon (1967)
Resumo: Normas aplicadas:
O navio petroleiro Torrey •Convenção Internacional para a
Canyon, de bandeira Prevenção da Poluição por Navios
liberiana, encalhou perto da (MARPOL)
costa da Cornualha, no Reino
Unido, e derramou cerca de •Convenção de Bruxelas de 1924;
120 mil toneladas de petróleo
bruto no mar; Importância:
» O caso levou a uma revisão nas
O desastre causou um dos regulamentações ambientais marítimas
maiores derramamentos de e inspirou a criação de normas
óleo da história, afetando internacionais mais rígidas sobre
diretamente o meio ambiente responsabilidade civil em desastres
Estudos de Caso e 22

Jurisprudência
1. Caso Torrey Canyon (1967)
Resumo: Normas aplicadas:
O navio petroleiro Torrey •Convenção Internacional para a
Canyon, de bandeira Prevenção da Poluição por Navios
liberiana, encalhou perto da (MARPOL)
costa da Cornualha, no Reino
Unido, e derramou cerca de •Convenção de Bruxelas de 1924;
120 mil toneladas de petróleo
bruto no mar; Importância:
» O caso levou a uma revisão nas
O desastre causou um dos regulamentações ambientais marítimas
maiores derramamentos de e inspirou a criação de normas
óleo da história, afetando internacionais mais rígidas sobre
diretamente o meio ambiente responsabilidade civil em desastres
Estudos de Caso e 23

Jurisprudência
2. Caso Erika (1999)
Resumo: Normas aplicadas:
O petroleiro Erika, de Convenção Internacional sobre a Responsabilidade
bandeira maltesa, afundou na Civil por Danos Causados por Poluição por Óleo
costa da França, derramando (CLC 1969):
20 mil toneladas de óleo e Convenção MARPOL
causando uma enorme Importância:
catástrofe ambiental; »Esse caso trouxe à tona a necessidade de
O acidente impactou a costa revisão da aplicação das normas de
atlântica francesa e gerou segurança para navios petroleiros e
grande debate sobre a impulsionou as reformas na legislação
responsabilidade civil e o europeia sobre transporte marítimo,
papel de armadores e reforçando o uso de navios de casco duplo
seguradoras; para prevenir derramamentos de óleo;
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Dúvidas
?

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