Aulas 3 e 4 - Parede Celular Luzimar 2022

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Universidade Federal de

Viçosa
Departamento de Biologia

BVE 210
Vegetal

ANATOMIA DAS
ESPERMATÓFITAS
Departamento de Biologia Vegetal –
UFV

2023 – I
Célula vegetal
Robert Hooke (1665), a mais de 350 anos atrás
CÉLULA VEGETAL
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO

CÉLULA
CÉLULA MERISTEMÁTICA CLORENQUIMÁTICA
DIFERENTES FORMAS DAS CÉLULAS

PROTOPLASTO
SEM PAREDE
PAPILAS
ELEMENTO DE
VASO

PARÊNQUIMA LACUNOSO TRICOMA


PAREDE CELULAR

É O QUE DIFERENCIA
OS ANIMAIS DOS
VEGETAIS
PAREDE CELULAR

 A PAREDE CELULAR É UMA ESTRUTURA MAIS OU MENOS


RÍGIDA QUE DELIMITA O TAMANHO DO PROTOPLASTO.

PREVINE A RUPTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA QUANDO O


PROTOPLASMA AUMENTA SEU VOLUME PELA ENTRADA DE
ÁGUA NA CÉLULA (MEIO HIPOTÔNICO).

A PAREDE DETERMINA O TAMANHO E A FORMA DA CÉLULA,


A TEXTURA DO TECIDO E, CONSEQUENTEMENTE, A FORMA
FINAL DO ÓRGÃO.

A PAREDE NÃO É APENAS UMA ESTRUTURA INERTE, QUE


APENAS DELIMITA A CÉLULA.
PAREDE CELULAR
DETERMINA A RESISTÊNCIA MECÂNICA – PLANTAS
TERRESTRES E DE HÁBITO ARBÓREO

 FLUXO DE MASSA DE ÁGUA – PRESSÃO


NEGATIVA

 PROMOVE A JUNÇÃO DE CÉLULAS ADJACENTES –


INFLUENCIANDO O DESENVOLVIMENTO DA PLANTA
 BARREIRA FÍSICA A DIFUSÃO E A ENTRADA DE
PATÓGENOS – LIMITA O TAMANHO DAS MOLÉLULAS E
ORGANISMOS QUE ALCANÇAM A MEMBRANA
PLASMÁTICA
PAREDE CELULAR
Os tipos de células
são
frequentemente
identificados pela
estrutura de sua
parede, refletindo
no relacionamento
entre a estrutura
da parede e a
função da célula.
PAREDE CELULAR:
COMPARTIMENTO METABOLICAMENTE
DINÂMICO QUE DESEMPENHA FUNÇÕES
ESSENCIAIS E ESPECÍFICAS NAS CÉLULAS
VEGETAIS
PAREDE CELULAR – microfibrilas de celulose imersas
numa matriz contendo polissacarídeos não
celulósicos: hemiceluloses e pectinas.

CONSTITUENTES BÁSICOS

1.- CELULOSE
2.- HEMICELULOSE
3.- PECTATOS (Cálcio e Magnésio)
Açúcares da parede
CLASSE EXEMPLOS DE UNIDADES
CELULOSE MICROFIBRILAS DE GLUCANO
XILOGLUCANO: paredes 1ª
eudicotiledoneas
HEMICELULOSE ARABINOXILANO: paredes 1ª
monocotiledoneas
XILANO-paredes 2ª angiospermas
GLUCOMANANO-paredes 2ª
gimnospermas
CALOSE
HOMOGALATURANA
PECTINAS RAMOGALACTURANA
ARABIRANA
GALACTURANA
HIDROXIPROLINA (Extensina)
PROTEÍNAS PROLINA
RICAS EM AMINOÁCIDOS
GLICINA

POLIFENOL LIGNINA
Celobiose: unidade de repetição da CELULOSE =
dissacarídeo de D-glicose com ligações β- (1→4)

Calose: As unidades de glicose estão ligadas por 1,3 glicosidicas.


Este tipo de ligação forma um polímero de arranjo helicoidal
CELULOSE -POLÍMERO LINEAR NÃO RAMIFICADO COMPOSTO
DE MUITAS SUBUNIDADES DE GLICOSE
Celulose: microfibrila altamente ordenada e com estrutura
paracristalina resistente a degradação e com propriedades
anisotrópicas (brilham sob luz polarizada);
Hemicelulose: polissacarídeos flexíveis que se ligam à superfície da
microfibrilas de celulose, atuando na regulação da expansão da
parede;
Pectinas: fase gel hidratada onde a rede celulose-hemicelulose
na
e dia
m
e la
L am

Parede c elular primá ria Pectina

Celulose

M emb ra Hemicelulose
na plasm
áti ca

Parede primária. Diagrama esquemático mostrando


microfibilas de celulose interligadas numa complexa rede de
moléculas de hemicelulose, através de pontes de hidrogênio.
Em meio às redes de celulose-hemicelulose e na lamela média
existem pectinas hidrofílicas.
COM BASE NA SUA COMPOSIÇÃO E TEMPO EM QUE
SÃO FORMADAS, ANATOMISTAS DE PLANTAS
RECONHECEM DOIS TIPOS DE PAREDE CELULAR:

PAREDE PRIMÁRIA: FORMADA DURANTE


A DIVISÃO E A EXPANSÃO CELULAR

PAREDE SECUNDÁRIA:
DEPOSITADA APÓS A
EXPANSÃO CELULAR TER
CESSADO

DIVISÕES DA PAREDE
SECUNDÁRIA:

S1 S2 S3
EXPANSÃO
A PAREDE REGULA A RAZÃO E A DIREÇÃO DE
CRESCIMENTO
Microfibrilas de celulose arranjadas ao
acaso

Microfibrilas de celulose transversalmente


arranjadas

EXERCE UMA GRANDE INFLUÊNCIA NO CRESCIMENTO,


DESENVOLVIMENTO E MORFOLOGIA DA PLANTA
ARRANJO DAS MICROFIBRILAS DE CELULOSE
PAREDE PRIMÁRIA PAREDE SECUNDÁRIA
Deposição por intussuscepção Deposição por aposição –
– arranjo entrelaçado arranjo ordenado
S1 PS
S2
S3
PP
LM LM + PP

Cam. rica
pectina

LAMELA MÉDIA: CAMADA QUE UNE


A PAREDE DE DUAS CÉLULAS
CONTÍGUAS.
LIGNINA LIGNIFICAÇÃO
PROMOVE ESTABILIDADE NA ESTRUTURA
DA PAREDE

AUMENTA A RESISTÊNCIA MECÂNICA DA PAREDE

IMPORTÂNCIA EVOLUTIVA
POLÍMERO HIDROFÓBICO E ALTAMENTE
RESISTENTE
IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL PARA A
EVOLUÇÃO DAS PLANTAS DE VIDA TERRESTRE

PROTEÇÃO MECÂNICA PARA O SISTEMA DE


SUSTENÇÃO E DE CONDUÇÃO DE ÁGUA
LIGNIFICAÇÃO
A LIGNINA SUBSTITUI O MATERIAL
PLÁSTICO DA PAREDE
(PECTATOS E HEMICELULOSE)

LIGNINA SE DEPOSITA ENTRE AS


MICROFIBRILAS DE CELULOSE

O PROCESSO NÃO SE RETRINGE AS


CAMADAS DE PAREDE SECUNDÁRIA,
OBSERVA-SE UM ACÚMULO DE
LIGNINA NA PAREDE PRIMÁRIA,
QUANDO COMPARADO COM A PAREDE
SECUNDÁRIA E PODE SER
EVIDENCIADA PELA REAÇÃO COM A
FLOROGLUCINA
QUE OUTRO PASSO FOI FUNDAMENTAL PARA O
ESTABELECIMENTO DAS PLANTAS NO AMBIENTE TERRESTRE?
COMPOSTOS LIPÍDICOS DA
PAREDE

CUTINA: polímero de muitos ácidos


graxos de cadeias longas – rede
tridimensional rígida

CERAS EPICUTICULARES: não se


constituem em uma macromolécula,
mistura de acil lipídeos de cadeia
longa, extremamente hidrofóbicos
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE MICROSCOPIA DE LUZ
TRANSMISSÃO
SUDAN III

AUTORADIOGRAFIA
Marcado para ácidos graxos após extração dos ácidos
graxos solúveis
DIAGRAMA DA PAREDE EXTERNA DA
CÉLULA EPIDÉRMICA

CUTÍCULA  CAMADA PURA DE CUTINA QUE SE


DEPOSITA NA FACE EXTERNA DAS CÉLULAS DA EPIDERME

CAMADAS
CAMADAS DA
DA CUTÍCULA
CUTÍCULA CERA EPICUTICULAR

CUTÍCULA PROPRIAMENTE DITA

CAMADA CUTICULAR

CAMADA DE PECTINA
PAREDE CELULÓSICA

Cutícula propriamente dita = cutina embebida em cera

Camada cuticular = cutina + cera + carboidratos


CUTÍCULA
SUBERINA SUBERIFICAÇÃO

CUTINA,
SUBSTÂNCIA GRAXA QUIMICAMENTE SEMELHANTE A
difere da cutina por apresentar ácidos
dicarboxílicos e de uma significativa proporção de
compostos fenólicos

 TAMBÉM SE DEPOSITA ENTRE AS


MICROFIBRILAS DE CELULOSE

AENQUANTO
SUBERIFICAÇÃO OCORRE EM TODAS AS FACES DA PAREDE
QUE A CUTINIZAÇÃO OCORRE NA
PAREDE PERICINAL DA CÉLULA DA EPIDERME

 AS PAREDES DA PERIDERME POSSUEM CAMADAS DE


SUBERINA, e nas células da endoderme das raízes se
deposita na forma de fita (estria de Caspary)
CORTE TRANSVERSAL DA PERIDERME DO CAULE DE
Malus silvestris

EPIDERME MORTA

SÚBER

FELOGÊNIO
FELODERMA
CÓRTEX
ESPOROPOLENINA

Pinus Gosypium

Zea Paspalum
COMO RECONHECER A NATUREZA
QUÍMICA DA PAREDE CELULAR?

TESTES HISTOQUÍMICOS:
VERMELHO DE RUTÊNIO: PECTINA;

FLOROGLUCINA ÁCIDA: LIGNINA;

SUDAN: SUBSTÂNCIAS LIPÍDICAS.

O resultado de ambos os testes é a cor


vermelha nas paredes, entretanto, cada
reagente deve ser usado separadamente no
material vegetal.
BIOGÊNESE DA PAREDE CELULAR

QUAIS SÃO OS COMPARTIMENTOS


CELULARES ENVOLVIDOS COM A
SÍNTESE E SECREÇÃO DESTES
COMPONENTES DA PAREDE?
SÍNTESE DE CELULOSE

MODELO MOSAICO – FLUÍDO DA


MEMBRANA PLASMÁTICA

carboidrato
INTERIOR/CITOPLASMA

bicamada
lipídica

Proteína
Zona hidrófoba transmembrana

Zona hidrofílica
Proteína periférica
EXTERIOR DA CÉLULA
SÍNTESE DA CELULOSE
CENTRO DE FORMAÇÃO DAS MICROFIBRILAS

ROSETAS e MEMBRANA

ROSETAS HEXANOMÉRICAS

SEIS UNIDADES
GLOBULARES EM CADA
ROSETA
ROSETA E A FORMAÇÃO DA MICROFIBRILA DE
CELULOSE
MICROFIBRILA
 Ca+
PAREDE CELULAR Mg+
pH 5,5
MEMBRANA
PLASMÁTICA

Ca+
Celulose
ROSETAsintase
CITOPLASMA
 Mg+
pH 7,2

= MOLÉCULAS DE GLICOSE URIDINADIFOSFATO


 Ca+
Mg+
A GLICOSE USADA
pH NA SÍNTESE DA
5,5 CELULOSE OBTIDA
DA SACAROSE
(DISSACARÍDEO DE
FRUTOSE E
GLICOSE) - ASSIM
A ENZIMA
SACAROSE
SINTASE ATUARIA
Ca+ COMO UM CANAL
METABÓLICO PARA
 Mg+ A TRASNFERÊNCIA
pH 7,2 DA GLICOSE, VIA
UDP-GLICOSE

URIDINADIFOSFATO
MATRIX DA PAREDE NA
QUAL AS MICROFIBRILAS
ESTÃO INSERIDAS

CADEIAS DE GLUCANO
NA MICROFIBRILA

PARTÍCULAS MICROFIBRILAS LIGADAS


DE ROSETA PELAS HEMICELULOSES

METADE DA BICAMADA DE
LIPÍDICA A RE AR
P L
LU
CE

FACE EXTERNA DA MP

MEMBRANA PLASMÁTICA (MP)

MICROFIBRILA EMERGINDO
DA ROSETA

METADE INTERNA DA
BICAMADA LIPÍDICA

LIGAÇÕES ENTRE LIGAÇÕES ENTRE MICROTUBULOS


MICROTÚBULO E MEMBRANA (E PAREDE)
OS MICROTUBULOS
DIVISÃO CELULAR E FORMAÇÃO DA PAREDE

INTERFASE PRÉ_PROFASE METÁFASE TELOFASE


E CITOCINESE

CITOCINESE INTERFASE INTERFASE AUMENTO


PRECOCE CELULAR
FORMAÇÃO DA PAREDE
Fragmoplasto MET
COMO UMA
CÉLULA COM
PAREDE TÃO
GROSSA SE
MANTÉM VIVA
NA
MATURIDADE?
retículo
endoplasmático

desmotubo

membrana
plasmática
parede celular
membrana plasmática
retículo
parede celular
endoplasmático

plasmodesma

desmotubo
desmotubo

plasmodesma
MODIFICAÇÕES DA PAREDE CELULAR

 CAMPO PRIMÁRIO E PONTOAÇÃO


Campo primário
de pontoação

SIMPLES
 PONTOAÇÕES:
AREOLADAS
PONTOAÇÕES
PONTOAÇÕES SIMPLES

CANAL

PAREDE PRIMÁRIA
LUMÉM E LAMELA MÉDIA

MACROESCLEREÍDEOS
(Pyrus communis)
CÉLULAS ONDE SÃO ENCONTRADAS PONTOAÇÕES AREOLADAS

Areolas

TORUS

ELEMENTO DE VASO TRAQUEÍDEO


PONTOAÇÕES X PLASMODESMOS
EM ADIÇÃO AS FUNÇÕES BIOLÓGICAS -
PAREDE CELULAR É ECONOMICAMENTE
IMPORTANTE
COMO PRODUTO NATURAL É USADA
COMERCIALMENTE NA FORMA DE:
 PAPEL,
 CARVÃO,
 TECIDO: ALGODÃO, RAMÍ, LINHO E
OUTROS
 MADEIRA: CONSTRUÇÃO, FABRICAÇÃO
DE MÓVEIS, INSTRUMENTOS, EXTRAÇÃO
DE PERFUMES.....

ALÉM DE SER IMPORTANTE NA DIETA HUMANA


E DE ANIMAIS RUMINANTES

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