Discordancias e Deformacao - Básico

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PROPRIEDADES DOS METAIS

DEFORMADOS PLASTICAMENTE

A capacidade de um material se deformar plasticamente


está relacionado com a habilidade das discordâncias se
movimentarem
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DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
 Os materiais podem ser solicitados por tensões
de compressão, tração ou de cisalhamento.
 Como a maioria dos metais são menos
resistentes ao cisalhamento que à tração e
compressão e como estes últimos podem
ser decompostos em componentes de
cisalhamento, pode-se dizer que os metais
se deformam pelo cisalhamento plástico ou
pelo escorregamento de um plano
cristalino em relação ao outro.
 O escorregamento de planos atômicos envolve o
movimento de discordâncias

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DISCORDÂNCIAS E
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
 Em uma escala microscópica a deformação plástica é o
resultado do movimento dos átomos devido à tensão
aplicada. Durante este processo ligações são
quebradas e outras refeitas.
 Nos sólidos cristalinos a deformação plástica geralmente
envolve o escorregamento de planos atômicos, o
movimento de discordâncias e a formação de maclas
 Então, a formação e movimento das discordâncias
têm papel fundamental para o aumento da
resistência mecânica em muitos materiais.
A resistência Mecânica pode ser aumentada
restringindo-se o movimento das discordâncias

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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
E A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
 Discordâncias em cunha movem-se devido à aplicação de uma tensão de cisalhamento perpendicular à linha de
discordância
 O movimento das discordâncias pode parar na superfície do material, no contorno de grão ou num
precipitado ou outro defeito
 A deformação plástica corresponde à deformação permanente que resulta principalmente do movimento de
discordâncias (em cunha ou em hélice)

 vem

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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS

Direção de escorregamento

Plano de escorregamento
Uma distância
interatômica
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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
EM CUNHA E EM HÉLICE

 vem

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DENSIDADES DE DISCORDÂNCIAS
TÍPICAS

 Materiais solidificados lentamente = 103


discord./mm2
 Materiais deformados= 109 a 1010 discord./mm2

 Materiais deformados e tratados termicamente=


105 a 106 discord./mm2

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CARACTERÍSTICAS DAS
DISCORDÂNCIAS IMPORTANTES PARA
AS PROP. MECÂNICAS
 Quando os metais são deformados plasticamente cerca de 5% da energia é retida internamente, o
restante é dissipado na forma de calor.
 A maior parte desta energia armazenada está associada com as tensões associadas às discordâncias
 A presença de discordâncias promove uma distorção da rede cristalina de modo que certas regiões
sofrem tensões compressivas e outras tensões de tração.

 vem

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INTERAÇÃO DE
DISCORDÂNCIAS
 ATRAÇÃO  REPULSÃO

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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS EM
MONOCRISTAIS
 Durante a deformação
plástica o número de
discordâncias aumenta
drasticamente
 As discordâncias movem-se
mais facilmente nos planos
de maior densidade atômica
(chamados planos de
escorregamento). Neste
caso, a energia necessária
para mover uma
discordância é mínima
 Então, o número de planos
nos quais pode ocorrer o
escorregamento depende da
estrutura cristalina

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DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM
MATERIAIS POLICRISTALINOS
A direção de escorregamento varia de
grão para grão
LINHAS DE ESCORREGAMENTO

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Na maioria dos grãos há 2 sistemas de escorregamento operando
Planos e direções de deslizamento
das discordâncias
 Sistemas de delizamento:conjunto de planos e
direções de maior densidade atômica

 CFC: {111}<110> (mínimo 12 sistemas)


 CCC: {110}<111> (mínimo 12 sistemas)
 HC: apresenta poucos sistemas de
deslizamento (3 ou 6) por isso os metais
que cristalizam nesta estrutura são
frágeis
PARA ALGUNS MATERIAIS COM ESTRUTURAS CCC E HC O
ESCORREGAMENTO DE ALGUNS PLANOS SÓ SE TORNAM
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OPERATIVOS A ALTAS TEMPERATURAS
CFC: {111}<110>
(mínimo 12 sistemas de
escorregamento)
Planos: {111}= 4
Direções: 3 para cada plano

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Maclas

 Discordâncias não é o único defeito


cristalino responsável pela
deformação plástica, maclas
também contribuem.
 Deformação em materiais cfc, como
o cobre, é comum ocorrer por
maclação
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Mecanismos de aumento de
resistência dos metais
1. Aumento da resistência por adição de
elemento de liga (formação de solução sólida
ou precipitação de fases)
2. Aumento da resistência por redução do
tamanho de grão
3. Aumento da resistência por encruamento
4. Aumento da resistência por tratamento térmico
(transformação de fase): será visto
posteriormente

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1- Aumento da resistência por
adição de elemento de liga
 Os átomos de soluto podem causar
tanto tração (átomos menores)
como compressão (átomos maiores)
na rede cristalina
 Os átomos de soluto se alojam na
rede próximo às discordâncias de
forma a minimizar a energia total do
sistema
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1- Aumento da resistência por adição
de elemento de liga
EX: INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS EM
SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS

Quando um átomo de uma impureza esta presente,


o movimento da discordância fica restringido, ou seja,
deve-se fornecer energia adicional para que continue
havendo escorregamento. Por isso soluções sólidas
de metais são sempre mais resistentes que seus
metais puros constituintes
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2- Aumento da resistência por
diminuição do tamanho de grão
ex: DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM MATERIAIS
POLICRISTALINOS
O contorno de grão
interfere no
movimento das
discordâncias
 Devido as diferentes
orientações cristalinas
presentes, resultantes
do grande número de
grãos, as direções de
escorregamento das
discordâncias
variam de grão para
grão
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Aumento da resistência por
diminuição do tamanho de grão
 O contorno de grão funciona como
um barreira para a continuação do
movimento das discordâncias devido
as diferentes orientações presentes
e também devido às inúmeras
descontinuidades presentes no
contorno de grão.

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3- ENCRUAMENTO OU
ENDURECIMENTO PELA
DEFORMAÇÃO À FRIO
 É o fenômeno no qual um material
endurece devido à deformação plástica
(realizado pelo trabalho à frio)
 Esse endurecimento dá-se devido ao
aumento de discordâncias e imperfeições
promovidas pela deformação, que impedem
o escorregamento dos planos atômicos
 A medida que se aumenta o encruamento maior
é a força necessária para produzir uma maior
deformação
 O encruamento pode ser removido por
tratamento térmico (recristalização)
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GRAU DE DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA EM TERMOS DE
TRABALHO À FRIO (TF)

 %TF= Ainicial-Afinal x100


Ainicial

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VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES
MECÂNICAS EM FUNÇÃO DO
ENCRUAMENTO

O encruamento aumenta a
resistência mecânica

O encruamento aumenta
o limite de escoamento

O encruamento
diminui a ductilidade

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ENCRUAMENTO E
MICROESTRUTURA
 Antes da  Depois da
deformação deformação

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TEMPERATURAS DE
RECRISTALIZAÇÃO

 A temperatura de recristalização é
dependente do tempo
 A temperatura de recristalização
está entre 1/3 e ½ da temperatura
de fusão

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TEMPERATURAS DE
RECRISTALIZAÇÃO
 Chumbo - 4C
 Estanho - 4C
 Zinco 10C
 Alumínio de alta pureza 80C
 Cobre de alta pureza 120C
 Latão 60-40 475C
 Níquel 370C
 Ferro 450C
 Tungstênio 1200C
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DEFORMAÇÃO À QUENTE E
DEFORMAÇÃO À FRIO
 Deformação à quente: quando a
deformação ou trabalho mecânico é
realizado acima da temperatura de
recristalização do material
 Deformação à frio: quando a
deformação ou trabalho mecânico é
realizado abaixo da temperatura de
recristalização do material
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DEFORMAÇÃO À QUENTE
VANTAGENS
 Permite o emprego de menor esforço mecânico para a mesma deformação
(necessita-se então de máquinas de menor capacidade se comparado
com o trabalho a frio).
 Promove o refinamento da estrutura do material, melhorando a tenacidade
 Elimina porosidades
 Deforma profundamente devido a recristalização

DESVANTAGENS:
 Exige ferramental de boa resistência ao calor, o que implica em custo
 O material sofre maior oxidação, formando casca de óxidos
 Não permite a obtenção de dimensões dentro de tolerâncias estreitas

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DEFORMAÇÃO À FRIO

 Aumenta a dureza e a resistência dos materiais,


mas a ductilidade diminui
 Permite a obtenção de dimensões dentro de
tolerâncias estreitas
 Produz melhor acabamento superficial

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