07 Regulacao Da Expressao Genica

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Regulação da

Expressão gênica
REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO
GÊNICA
Do ponto de vista molecular, a expressão gênica é um processo
altamente complexo que se inicia com a transcrição de genes
específicos e termina com a síntese e modificação das proteínas
por eles codificados.

Essas proteínas irão, então, desempenhar seu papel fisiológico


– enzimas, hormônios, anticorpos.... ou desempenhando papéis
estruturais – queratina, fribronectina, colágeno, elastina....
Nas bactérias, a regulação gênica mantém a flexibilidade interna,
ligando e desligando genes em resposta a mudanças ambientais.
Nos organismos eucarióticos - multicelulares, a regulação
gênica causa a diferenciação celular.

Todas as células de um organismo levam a mesma informação


genética, mas apenas um subgrupo de genes é expresso em cada
tipo de célula.
REGULAÇÃO GÊNICA

Muitos genes bacterianos que têm funções correlatas estão


agrupados e sob o controle de um único promotor.

Esses genes em geral são transcritos juntos em um único RNAm.

Os genes eucarióticos, ao contrário, são dispersos, e tipicamente


cada um é transcrito em um RNAm separado.

Genes de manutenção
Genes estruturais
Genes regulador
REGULAÇÃO GÊNICA EM
BACTÉRIAS

Um grupo de genes estruturais bacterianos que são transcritos


juntos é chamada de um óperon.
Um óperon típico inclui vários genes estruturais, um promotor para os
genes estruturais, que é regulado por um sítio operador onde o produto
do gene regulador se liga.
Elementos de
Gene regulador controle Genes estruturais

O óperon regula a expressão dos genes estruturais controlando a


transcrição, que, nas bactérias, é geralmente o nível mais importante
de regulação gênica.
Estrutura do Óperon

Um gene regulador ajuda a controlar a transcrição de genes


estruturais do óperon.
Embora ele afete o funcionamento do óperon, o gene regulador
não é considerado parte do óperon.
O gene regulador tem seu próprio promotor e é transcrito em um
curto mRNA, que é traduzido em uma pequena proteína.
Essa proteína reguladora pode se ligar a uma região do DNA
chamada de operador, e afeta a ocorrência da transcrição.
O operador geralmente é superposto à ponta 3´ do promotor e,
às vezes, à ponta 5´ do primeiro gene estrutural.
Estrutura do Óperon
Óperon lac de E. coli
Em 1961, François Jacob e Jacques Monod descreveram o modelo de
óperon para controle genético do metabolismo de lactose em E. coli.
O óperon lac de E. coli controla a transcrição de três genes no
metabolismo de lactose: o gene lacZ, que codifica a β-galactosidase; o
gene lacY, que codifica a permease; e o gene lacA, que codifica a
tiogalactose transacetilase.
O óperon lac regula o metabolismo de lactose
Quando o repressor está ligado ao operador, a ligação da RNA
polimerase está bloqueada, e a transcrição é impedida.
Quando a lactose está presente, parte dela é convertida em alolactose,
que se liga ao repressor e faz com que o repressor seja liberado do DNA.
Na presença de lactose, o repressor é inativado, a transcrição de lacZ,
lacY e laca - são produzidas as enzimas lac.
OBS: mesmo com o repressor ativo ligado ao operador, há um baixo nível
de transcrição, e algumas moléculas de β–galactosidase, permeses e
transcetilase são produzidas.
Tipos de controle transcricional:
Controle negativo – uma proteína regulatória atua como repressor,
ligando-se ao DNA ;
Controle positivo – uma proteína regulatória atua como um ativador,
ligando-se ao DNA .

Controle Negativo e Positivo:


Óperons Induzíveis e Repressíveis

Óperons induzíveis – a transcrição normalmente está desligada e


deve ser ligada, para induzir a transcrição.
Óperons repressíveis – a transcrição normalmente está ligada e deve
ser desligada, para reprimir a tanscrição.
Óperons de indução negativa
A ligação da proteína reguladora (REPRESSOR) ao operador inibe a
transcrição.
Em um óperon induzível negativo, a transcrição e tradução do gene
regulador produzem um repressor ativo que prontamente se liga ao
operador. Como o sítio operador se superpõe ao sítio promotor, a ligação
dessa proteína ao operador bloqueia fisicamente a ligação da RNA
polimerase ao promotor e impede a transcrição.

Esse tipo de sistema é dito induzível, porque a transcrição está normalmente


desligada (inibida) e deve ser ligada (induzida).
Quando um indutor se liga ao repressor – a transcrição é induzida.

As proteína regulatórias frequentemente têm dois sítios de ligação: um


que se liga ao DNA e outro que se liga a uma pequena molécula tal
como um indutor.
A ligação do indutor altera a forma da proteína reguladora, impedindo-a
de se ligar ao DNA.
As proteínas desse tipo, que mudam de forma ao se ligar a outra
molécula, são chamadas de proteínas alostéricas.
Óperons repressíveis negativa
Alguns óperons com controle negativo são repressíveis, significando que
a transcrição normalmente ocorre e deve ser desligada, ou reprimida.
A proteína reguladora também é um repressor, mas que é sintetizada em
uma forma inativa que não pode por si só se ligar ao operador e inibir a
transcrição.
Como não há repressor ligado ao operador, a RNA polimerase se liga ao
promotor e ocorre a transcrição dos genes estruturais.
Para inibir a transcrição, uma molécula co-repressora liga-se ao repressor
e o torna capaz de ligar ao operador.
No exemplo ilustrado, o produto (U) da reação metabólica é o co-
repressor. Enquanto o nível do produto U for alto, ele está disponível para
se ligar e ativar o repressor, impedindo a transcrição.
A inativação do precursor permite a transcrição dos genes estruturais e
síntese das enzimas G,H e I, resultando na conversão do precursor T ao
produto U.
Controle Positivo
Com o controle positivo, uma proteína regulatória é um ativador: ela se
liga ao DNA (geralmente em um outro sítio que não o operador) e
estimula a transcrição.
O controle positivo pode ser induzível ou repressível.

Óperon induzível positivo

A transcrição é normalmente
desligada, pois a proteína
reguladora (um ativador) é
produzida em uma forma
inativa.

A transcrição ocorre quando


um indutor se liga à proteína
regulatória, tornando o
regulador ativo.
Óperon positivo repressível – a transcrição normalmente ocorre e
tem que ser reprimida.

Nesse caso, a proteína


reguladora é produzida em
uma forma que prontamente
se liga ao DNA e estimula a
transcrição.

A transcrição é inibida
quando uma substância
torna-se ligada ao ativador e
torna-o incapaz de se ligar
ao DNA, de modo que a
transcrição não é mais
estimulada.
Controle Positivo e Repressão Catabólica

Quando a glicose está disponível, os genes que participam do


metabolismo de outros açúcares são reprimidos, em um fenômeno
chamado de repressão catabólica.
Se a transcrição eficiente do óperon lac ocorre apenas se a lactose
estiver presente e a glicose ausente.
Como a expressão do óperon lac é influenciada pela glicose?
O que causa a repressão catabólica?

A repressão catabólica resulta no controle positivo em resposta à


glicose. O controle é feito pela ligação de proteínas ativadora do
catabolismo (CAP) a um sítio que está a cerca de 22 nucleotídeos
de distância e está situado dentro do promotor dos genes lac ou um
pouco antes dele.
Óperon trp de E. coli
O óperon do triptofano (trp) em E. coli, controla a biossíntese do
aminoácidos triotofano é um exemplo de um óperon repressível.
Quando os níveis de triptofano estão baixos, a RNA polimerase liga-se
ao promotor e transcreve os cinco genes estruturais em um único
RNAm, que é então traduzido em enzimas que convertem o corismato
e triptofano.

klklklkj
uu
kkjhuh
ijjijijijijij
kjklkjijij
klklklkj

kjklkjijij
ijjijijijijij
kk
O gene regulador trpR, codifica um repressor que sozinho não pode se
ligar ao DNA.
REGULAÇÃO GÊNICA EM
EUCARIOTOS
Muitas características da regulação gênica são comuns tanto a bactérias
quanto a células eucarióticas.
Ex. as proteínas de ligação ao DNA influenciam a habilidade da RNA
polimerase em iniciar a transcrição.

Diferenças
Os genes eucarióticos não estão organizados em óperons e raramente são
transcritos juntos em uma única molécula de RNAm.
A estrutura da cromatina afeta a expressão gênica nas células eucarióticas.
Apesar de repressores e ativadores estarem presentes na regulação gênica de
bactérias e células eucarióticas, os ativadores parecem ser mais comuns
nas células eucarióticas.
Nas células eucarióticas a regulação gênica é caracterizada por uma
diversidade maior de mecanismos que atuam em pontos diferentes na
transferência da informação do DNA para a proteína.
Genética Humana ‒ Maria Regina Borges-Osório & Wanyce Miriam Robinson
NÍVEIS DE CONTROLE DO GENE
Alteração da estrutura gênica
Modificações no DNA ou na sua compactação podem influenciar que
sequências estão disponíveis para transcrição ou a taxa com que as
sequências são transcritas.
A metilação do DNA e as mudanças na cromatina (metilação e acetilação das
histonas) são dois processos que têm um papel central na regulação gênica.

Nível da transcrição
A transcrição é um ponto importante na regulação gênica tanto de bactérias
quanto em células eucarióticas.
CONTROLE TRANSCRICIONAL EM EUCARIOTOS
A transcrição é um nível importante de controle nas células eucarióticas.
Os fatores gerais da transcrição se reúnem em aparelho basal de transcrição, que
se liga a um cerne proteico situado imediatamente antes do gene.
As proteínas ativadoras(reforçadores ou acentuadores) da transcrição são
necessárias para causar níveis normais de transcrição.

Essas proteínas ligam-se a um


promotor regulatório, que está
situado antes do cerne
promotor, e aos acentuadores,
que podem estar situados a
alguma distância do gene.
SILENCIAMENTO DO RNA

A expressão de alguns genes pode ser suprimida por meio de


silenciamento do RNA, também conhecido como interferência no RNA
e silenciamento gênico pós-transcricional.
São sequencias curtas de DNA e agem de modo tecido-específico ou
cromossomo-específico para controlar a expressão gênica.

Pequenos RNA de interferência e microRNA regulam a expressão


gênica por pelo menos quatro mecanismos distintos:
(1)clivagem do mRNA,
(2)inibição da tradução,
(3)silenciamento transcricional ou
(4)degradação do mRNA.
Processamento do RNAm
As modificações do RNAm eucariótico, antes da tradução, determinam a
estabilidade do RNAm, verifica se ele pode ser traduzido, a taxa de tradução
e a sequência de aminoácidos da proteína produzida.

CONTROLE GÊNICO PELO PROCESSAMENTO DE RNA


MENSAGEIRO
Os genes eucarióticos podem ser regulados por meio do controle do
processamento do RNAm.
A seleção dos sítios alternativos de corte leva à produção de
proteínas diferentes.
Estabilidade do RNAm
A quantidade de proteínas produzidas depende não só da quantidade
do RNAm sintetizado mas também da velocidade com a qual ele é
degradado.

CONTROLE GÊNICO PELA ESTABLIDADE DO RNA


MENSAGEIRO
A quantidade de RNAm disponível, por sua vez, depende da taxa de
síntese e da taxa da degradação.
Os RNAm eucarióticos são geralmente mais estáveis que os RNAm
das bactérias, que duram alguns minutos antes de serem degradados.
Há uma grande variabilidade na estabilidade do RNAm eucariótico –
Alguns persistem por apenas alguns minutos, outros duram horas, dias,
ou mesmo meses.
Nível de tradução
A tradução é um processo complexo que requer um grande número de
enzimas, fatores protéicos e moléculas de RNA.
Todos esses fatores, bem como a disponibilidade de aminoácidos e
sequências no RNAm, influenciam a taxa na qual as proteínas são
produzidas, e portanto fornecem pontos nos quais a expressão gênica pode
ser regulada.
Modificações pós-traducional
Muitas proteínas são modificadas após a tradução para se tornarem
ativas.
A expressão gênica pode ser afetada por atividades regulatórias em
qualquer um desses pontos.
Referencias

BORGES-OSÓRIO, M.R. Robinson, W.M. Genética Humana. 3ª edição.


Editora Artmed. 2013, 775 p.

GRIFFITHS, A. J. F., WESSLER, S. R., CARROLL, S. B. DOEBLEY, J.


Introdução à Genética. 10ª edição. Editora Guanabara Koogan, 2013. 737p

PIERCE, B. A. Genética - um enfoque conceitual. 3ª edição. Editora:


Guanabara Koogan. 2011. 756p.

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