2 - Ligacoes Quimicas

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ASSUNTO

Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS

2. Ligação química nos


sólidos
- Energias e forças de ligações
- Ligações interatômicas primárias
- Ligação de Van der Waals
LIGAÇÕES QUÍMICAS
EM MATERIAIS
SÓLIDOS
(Breve Revisão)
Por quê estudar?
O tipo de ligação interatômica geralmente explica a
propriedade do material.
Exemplo: o carbono pode existir na forma de grafite que é mole,
escuro e “gorduroso” e na forma de diamante que é
extremamente duro e brilhante. Essa diferença nas propriedades
é diretamente atribuída ao tipo de ligação química que é
encontrada no grafite e não no diamante.
LIGAÇÕES QUÍMICAS EM
MATERIAIS SÓLIDOS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS

 Os elementos se ligam para formar os sólidos


para atingir uma configuração mais estável:
oito elétrons na camada mais externa
 A ligação química é formada pela interação
dos elétrons de valência através de um dos
seguintes mecanismos:
- Ganho de elétrons
- Perda de elétrons
- Compartilhamento de elétrons
TIPOS DE LIGAÇÕES
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 Metálica
 Covalente
 Iônica
 Van der Waals

A eletronegatividade dos átomos é o que determina o tipo de


ligação
FORÇAS E ENERGIAS DE
LIGAÇÃO
FORÇA E DISTÂNCIA DE
LIGAÇÕES
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS

 A distância entre 2 átomos é


determinada pelo balanço das
forças atrativas e repulsivas
 Quanto mais próximos os
átomos maior a força atrativa
entre eles, mas maior ainda são
as forças repulsivas devido a
sobreposição das camadas
mais internas
 Quando a soma das forças
atrativas e repulsivas é zero, os
átomos estão na chamada
distância de equilíbrio.
FORÇA DE LIGAÇÕES E RIGIDEZ
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 A inclinação da curva no ponto de


equilíbrio dá a força necessária
para separar os átomos sem
promover a quebra da ligação.
 Os materiais que apresentam uma
inclinação grande são
considerados materiais rígidos,.
Ao contrário, materiais que
apresentam uma inclinação mais
tênue são bastante flexíveis.
 A rigidez e a flexibilidade também
estão associadas com módulo de
elasticidade (E) que é determinado

Tensão ()
da inclinação da curva
tensãoxdeformação obtida no Inclinação
ensaio mecânico de resistência à fornece
tração. Módulo E

Deformação medida ()


ENERGIA DE LIGAÇÃO
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 Algumas vezes é mais conveniente trabalhar com energia


(potencial) do que forças de ligações.
 Matematicamente, energia (E) e força de ligações (F) estão
relacionadas por : E= F.dr
 A menor energia é o ponto de equilíbrio
Quanto mais profundo o
poço de potencial maior a
temperatura de fusão do
material
Devido as forcas de
repulsão aumentarem
muito mais com a
aproximação dos átomos
a curva não é simétrica.
Filme
Por isso, a maioria dos
materiais tendem a se
expandir quando
aquecidos
ENERGIA DE LIGAÇÃO
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 Quando energia é fornecida a um material, a


vibração térmica faz com que os átomos
oscilem próximos ao estado de equilíbrio.
 Devido a assimetria da curva de energia de
ligaçãoxdistância interatômica, a distância
média entre os átomos aumenta com o
aumento da temperatura.
 Então, quanto mais estreito e mais profundo
o mínimo de potencial menor é o coeficiente
de expansão térmica do material
TIPOS DE LIGAÇÕES
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 Metálica  Forma-se com átomos de baixa


eletronegatividade (apresentam no
máximo 3 elétrons de valência)
 Covalente  Então, os elétrons de valência são
 Iônica divididos com todos os átomos (não
 Van der Waals estão ligados a nenhum átomo em
particular) e assim eles estão livres
para conduzir
 A ligação metálica não é direcional
porque os elétrons livres protegem
o átomo carregado positivamente
das forças repulsivas eletrostáticas
 A ligação metálica é geralmente
forte (um pouco menos que a iônica
e covalente)= 20-200 Kcal/mol
 Ex: Hg e W

Elétrons de valência
Átomo+elétrons das camadas mais internas
TIPOS DE LIGAÇÕES
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 Covalente Os elétrons de valência são
compartilhados
 Metálica  Forma-se com átomos de alta
eletronegatividade
 Iônica  A ligação covalente é direcional
e forma ângulos bem definidos
 Van der Waals (apresenta um certo grau de
ligação iônica)
 A ligação covalente é forte =
125-300 Kcal/mol
 Esse tipo de ligação é comum
em compostos orgânicos, por
exemplo em materiais
poliméricos e diamante.

Ex: metano (CH4)


Figura copiada do material do Prof. Sidnei Paciornik do
Departamento de Ciência dos Materiais e Metalurgia da PUC-Rio
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
TIPOS DE LIGAÇÕES
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 Os elétrons de valência são


 Iônica transferidos entre átomos
produzindo íons
 Metálica  Forma-se com átomos de
diferentes
 Covalente eletronegatividades (um alta
e outro baixa)
 Van der Waals  A ligação iônica não é
direcional, a atração é mútua
 A ligação é forte= 150-300
Kcal/mol (por isso o PF dos
materiais com esse tipo de
ligação é geralmente alto)
 A ligação predominante nos
materiais cerâmicos é iônica
LIGAÇÃO IÔNICA
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 As forças atrativas eletrostáticas entre os átomos é


não-direcional os átomos num material
iônico arranjam-se de forma que todos os íons
positivos têm como vizinho mais próximo íons
negativos, sendo as forças atrativas igual em todas
as direções.
 A magnitude da força obedece a Lei de Coulomb
Figura copiada do material do Prof. Sidnei Paciornik do
Departamento de Ciência dos Materiais e Metalurgia da PUC-Rio
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FORÇAS DE ATRAÇÃO E REPUSÃO
ENVOLVIDAS EM SÓLIDOS IÔNICOS
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 F A= -A/r2
 FR = B/rn
 A,
B e n são valores que
dependem do sistema iônico em
questão
LEI DE COULOMB
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 Forças atrativas

FA
 r é a distância interatômica
 z1 e z2 são as valências dos 2 tipos de íons
 e é a carga do elétron (1,602x10-19 C)

0 é a permissividade do vácuo (8,85x10 -12
F/m)
CONSIDERAÇÕES SOBRE
LIGAÇÃO IÔNICA E COVALENTE
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 Muito poucos compostos exibem ligação iônica e


covalente puras
 A maioria das ligações iônicas tem um certo grau de
ligação covalente e vice –versa transferem e
compartilham elétrons
 O grau do tipo de ligação depende da eletronegadividade
dos átomos constituintes.
 Quanto maior a diferença nas eletronegatividades mais
iônica é a ligação
 Quanto menor a diferença nas eletronegatividades mais
covalente é a ligação
CONSIDERAÇÕES SOBRE
LIGAÇÃO IÔNICA E COVALENTE
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 Fração de
ligação covalente=

onde E é a diferença nas


eletronegatividades dos átomos

Ex: SiO2
Eletronegatividade do Si= 1,8
Eletronegatividade do O= 3,5
Fração de ligação covalente= 0,486= 48,6%
TIPOS DE LIGAÇÕES
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 São ligações secundárias ou


físicas
 Van der Waals  A polarização (formação de
dipólos) devido a estrutura da
 Metálica ligação produz forças atrativas e
repulsivas entre átomos e
 Covalente moléculas
 A ligação de van der Waals não
 Iônica
é direcional
 A ligação é fraca< 10 Kcal/mol
 Exemplo desse tipo de ligação
acontece entre átomos de H e
em estrut. moleculares e
moléc. polares

A ligação é gerada por pequenas assimetria


na distribuição de cargas
LIGAÇÃO DE VAN DER WAALS
EXEMPLO: MOLÉCULA DE ÁGUA
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o  A molécula de água apresenta


H H
á polarização de carga (formação de
dipólos): positiva proxima aos átomos
g de H e negativa onde os elétrons de
valência do oxigênio estão
u localizados
 Isto produz forças de van der
a Waals entre as moléculas, fazendo
com que as mesmas tendam a
alinhar-se os pólos negativos com
positivos. Como o angulo de ligação
109,5o, as moléculas formam uma
estrutura quase hexagonal (veja
figura)
 O gelo tem estrutura hexagonal
devido a este tipo de ligação. Ë
menos denso por isso flutua sobre a
água.
DIAMANTE GRAFITA
Ligação forte
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Ligação fraca

Os átomos de carbono na grafita também são unidos fortemente através


de ligações covalentes, mas só dentro de um plano, diferentemente da
rede 3D das ligações do diamante. Estes planos de átomos de carbono
simplesmente empilham-se uns sobre os outros, sendo as forças de
união entre os planos, muito fracas. Os planos de átomos de carbono
podem então deslizar facilmente uns sobre os outros, e por isto a grafita
é importante lubrificante!
NANOTUBOS DE CARBONO
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 Foi descoberto em 1991 por um


japonês
 São 100 mil vezes mais finos que um
fio de cabelo
 A espessura é de apenas um átomo
 O diâmetro é de cerca de um
nanômetro — a bilionésima parte do
metro
 Possuem a maior resistência
mecânica dentre todos os materiais
conhecidos — não quebram nem
deformam quando dobrados ou
submetidos à alta pressão.
 Destacam-se também como dos
melhores condutores de calor que
existem e, para completar, podem ser
capazes de transportar eletricidade

Fonte: B.Piropo

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