Escultura
Escultura
Escultura
Bronze o nome com o qual se denomina toda uma srie de ligas metlicas que tem como base o cobre e o estanho e propores variveis de outros elementos como zinco, alumnio, antimnio, nquel, fsforo, chumbo entre outros com o objetivo de obter caractersticas superiores a do cobre.
O estanho tem a caracterstica de aumentar a resistncia mecnica e a dureza do cobre sem alterar a sua ductilidade.
De bronze foram as primeiras armas e ferramentas metlicas, tambm utilizado para a produo de esttuas. Material que, polido, chega ao amarelo ouro, o mais usado no campo da escultura.
Sua grande popularidade se deve sua enorme resistncia estrutural, no corroso atmosfrica, facilidade de fundio e uma capacidade de acabamento que permite excelente polimento ou o uso de diversas cores e tipos.
Pequenas esttuas de bronze foram feitas em larga escala pelos egpcios. Os gregos foram os primeiros a fundir esttuas de bronze de grande tamanho, existindo alguns poucos exemplares em bom estado. Os romanos nos deixaram uma quantidade maior, algumas obras admirveis.
A resistncia e a ductilidade do bronze so vantajosas quando se querem criar grandes figuras em ao, especialmente em relao ao mrmore ou cermica. Reforos estruturais internos podem ser facilmente adicionados sem prejuzo do refinamento externo.
A possibilidade de reutilizao do molde permite tambm que a mesma ideia esteja presente em locais diferentes, como se d com o famoso O Pensador de Rodin, presente em vrios museus do mundo. Muitas esttuas de bronze tambm resistiram a choques que teriam pulverizado obras de cermica ou mrmore.
A qualidade do material, totalmente reutilizvel, pode ser uma desvantagem no entanto, pois est sujeita aos poderosos da poca, como atestam os bronzes de deuses pagos que viraram sinos de igrejas, ou esttuas que viraram canhes ou novas esttuas dos vencedores.
A escultura deve ser realizada primeiro em barro, que um material mole e facilmente modelvel. Este ser o seu "original", que depois do processo completo poder ser destrudo.
Em seguida tira-se o primeiro molde, de silicone. O silicone forma uma pelcula flexvel e no se arrebenta ao ser retirado do original em barro. Esse molde ser um "negativo" da sua imagem tridimensional. Captar todos os detalhes, at a textura da argila.
O molde de silicone ser preenchido com cera derretida, e aps o endurecimento da cera, dever ser desmoldado. (esse molde de silicone deve ser preservado, pois servir para tirar novas cpias).
Ter ento uma rplica em cera daquele seu original em barro. Essa rplica em cera ser coberta com uma massa refratria, que pode ser cimento refratrio ou gesso agregado a fibra de vidro. Esse ser o molde final, onde ser despejado o bronze.
Mas antes, ele ser cozido para que adquira resistncia trmica. Enquanto se "queima" esse molde refratrio, a cera se derrete, vai embora e deixa uma cavidade com a forma exata (negativa) da escultura.
Em seguida, despeja-se o bronze fundido a uma temperatura de cerca de 1.200 graus. Ele est lquido e ocupar exatamente essa cavidade, formando assim ao endurecer uma rplica em bronze da sua escultura.
Em seguida ao resfriamento, quebra-se o molde e d-se acabamento na superfcie, oxidando o bronze para que fique preto, marrom, esverdeado, etc.
Sculo V aC.
Na Grcia Antiga a tcnica do bronze foi desenvolvida com tal refinamento que em algumas esttuas era aplicados detalhes em prata, ouro, cobre, madreprola, marfim, para se obterem efeitos de cor em gotas de sangue e simular olhos e dentes reais.
Hoje so raridades as esculturas gregas originais em bronze, mas as poucas que sobreviveram demonstram cabalmente o elevadssimo nvel tcnico e artstico a que chegou esta produo, como os dois guerreiros do Museu Nacional da Magna Grcia (os clebres Bronzes de Riace), e algumas mais.
Os Bronzes de Riace (Bronzi di Riace) so esttuas de bronze encontradas no Mar Jnico em 1972, a cerca de 6 a 8 metros de profundidade. Atualmente se encontram no Museu Nacional da Magna Grcia.
So duas magnificas obras de arte, datadas por volta do sc. V aC., exemplos de antiga escultura grega, pertencentes ao perodo transitrio entre a escultura grega arcaica e o antigo estilo clssico, dadas sua geometria idealizada e anatomia impossvel, apesar de seu aparente "realismo.
Escultor na era moderna. Embora ele estivesse bem familiarizado com as tradies acadmicas e temas idealizados, clssica e escultura renascentista, o objetivo de Rodin em seu trabalho estava em ser absolutamente fiel natureza.
Tinha incrvel capacidade de transmitir o movimento, a bravura do seu modelar e mostrar os sentimentos interiores dos homens e mulheres que ele retratou.
Em 1876 terminou sua polmica obra A Idade do Bronze. A obra causou polmica, pois sua perfeio gerou comentrios e crticas no meio artstico. Muitos afirmaram que Rodin teria usado um modelo vivo como molde.
Rodin fez sua primeira verso por volta de 1880. A primeira esttua (O Pensador) em escala maior foi terminada em 1902, mas no foi apresentada ao pblico at 1904. Tornou-se propriedade da cidade de Paris graas a uma contribuio organizada pelos admiradores de Rodin e foi colocada em frente do Panteo em 1906.
Em 1922, contudo, foi levada para o Hotel Biron, transformado no Muse Rodin. Mais de vinte cpias da escultura esto em museus em volta do mundo. Algumas destas cpias so verses ampliadas da obra original assim como as esculturas de diferentes propores
Rodin conquistou fama em vida, e suas obras chegaram a ser as mais apreciadas no mercado de arte europeu e americano. Hoje em dia encontram-se nos museus mais importantes do mundo.
Processo de cinzelamento
O mrmore uma rocha metamrfica proveniente do calcrio e dependendo da composio de seus minrios pode apresentar variadas cores como rsea, branca, esverdeada ou preta. Dentre esses minrios est a mica, o feldspato e outros.
Os melhores mrmores para a escultura tem poucas ou nenhuma mancha. Entre as pedras geralmente disponveis somente o mrmore tem uma superfcie de ligeira translucidez que comparvel ao da pele humana.
essa translucidez que d escultura em mrmore uma profundidade visual alm da sua superfcie e isto evoca um certo realismo, quando utilizado para obras figurativas.
O mrmore tambm tem a vantagem de que quando extrada relativamente macia e fcil de trabalhar, refinar e polir. Com a idade o mrmore fica mais difcil de esculpir e mais durvel.
O mrmore no suportar manuseio pois ir absorver a oleosidade da pele quando tocada, o que leva a colorao amarelo acastanhado. Est sujeito ao ataque de cidos fracos, e assim resiste mal em ambientes externos sujeitos chuva cida .
Em comparao com metais como bronze, ao mrmore falta ductilidade e resistncia, exigindo especiais consideraes estruturais no planejamento de uma escultura.
Na escultura mostrada direita, a figura pode ser colocada em cima das pernas delgadas e das pontas dos ps s porque...
... a cortina que flui da saia tem uma grande rea de apoio, e com os ps constitui a base do trip, como base para a massa.
O trabalho comea com a seleo de uma pedra para a escultura. O artista pode esculpir na forma direta, sem um modelo. Ou o escultor pode comear com um modelo bem definido para ser copiado em pedra.
Alguns artistas usam a prpria pedra como inspirao, o artista renascentista Michelangelo afirmou que seu trabalho era libertar a forma humana presa dentro do bloco.
uando o artista est pronto para esculpir, geralmente comea retirando grandes pores de pedra indesejada. Para esta tarefa, ele pode selecionar um cinzel e um martelo.
O menor erro de clculo pode danificar a pedra, para no mencionar a mo do escultor. Quando o martelo se conecta ferramenta, a energia transferida ao longo da ferramenta, quebrando a pedra.
A maioria dos escultores trabalha ritmicamente, para que a pedra seja removida de forma rpida e uniformemente. Este o "desbaste, estgio do processo de esculpir.
Uma vez que a forma geral da esttua tenha sido determinada, o escultor usa outras ferramentas para refinar a figura. Um cinzel de dentes ou cinzel garra que criam linhas paralelas na pedra. Estas ferramentas so geralmente usados para adicionar a textura a figura.
Um artista pode marcar linhas especficas usando pinas para medir uma rea de pedra a serem abordadas, e marcando a rea de remoo com carvo, lpis ou giz.
A fase final do processo de escultura de polimento. Lixas podem ser usadas como um primeiro passo no processo de polimento, ou pano de areia. Esta abraso ou desgaste, traz a cor da pedra, revela padres na superfcie e adiciona um brilho.
xidos de estanho e ferro so frequentemente usados para dar a pedra uma superfcie altamente reflexiva.
A Grcia clssica com certeza o bero ocidental da arte de esculpir, desde seus primeiros artefatos a partir do sculo X a.C.
Michelangelo
A Piet (1498-1499), obra-prima do Renascimento, uma escultura de Michelangelo Buonarroti, fica na Baslica de So Pedro no Vaticano.
Este famoso trabalho de arte retrata o corpo de Jesus no colo de sua me Maria aps a crucificao. um trabalho importante, pois equilibra o Renascimento: ideais de beleza clssica com naturalismo. A esttua uma das obras mais bem acabadas por Michelangelo.
Fabio Viale
Fabio Viale pode considerar-se um dos herdeiros nos tempos modernos da tradio escultural italiana. Tal como ele, os grandes mestres do Renascimento e do Barroco, de Michellangelo a Bernini,
elegeram o mrmore como material de trabalho nico e exclusivo e dele conseguiram tirar tudo o que queriam, fazendo-o parecer metal polido, cabelo ou ramos de rvores.
E, nesta simulao de outros materiais, Viale mestre, bem como na arte da ironia. Exemplo disso a espantosa verso de Mona Lisa esculpida em bolas esferovite mas em mrmore, claro.
Modernamente, novas tcnicas, como dobra e solda de chapas metlicas, moldagens com resinas, beto armado ou plsticos, ou mesmo a utilizao da luz coerente para dar uma sensao de tridimensionalidade, tem sido tentadas e s o tempo dir quais sero perenes.
Mas, de um modo geral, embora se possa esculpir em quase tudo que consiga manter por pelo menos algumas horas a forma idealizada (manteiga, gelo, cera, gesso, areia molhada), essas obras efmeras no podem ser apreciadas por um pblico que no seja coevo.
Jason DeCares
As guas cristalinas de Cancun, no Mxico, no oferecem apenas uma fantstica vista superfcie. Escondem um verdadeiro tesouro nas profundezas: um museu de arte subaqutico.
Jason DeCares o responsvel pelas vrias exposies - entre elas A evoluo silenciosa, composta por 400 esculturas humanas, em tamanho real.
Numa espcie de linha de tempo, num profundo momento de silncio e concentrao, as esculturas de Jason DeCaires representam as mudanas e a evoluo do ser humano ao longo dos sculos. E, tal como ns, elas prprias tambm mudaro a sua aparncia.
Fabricadas com materiais que no prejudicam o meio ambiente (cimento marinho, areia, pequenas rochas, varetas e coral vivo), vo permitir a multiplicao das espcies
Ou seja, com o passar do tempo, vo transformar-se em recifes artificiais, onde ser possvel recomearem a crescer outros (novos) recifes.
Realistas e ao mesmo tempo fantasmagricas, as esculturas de Sam Jinks nem de longe lembram as idealizadas silhuetas de mrmore feitas por artistas como Michelangelo.
Criado em silicone, o trabalho de Jinks recebe uma camada de pintura, alm de, algumas vezes, cabelos humanos.
Jinks trabalha dentro do gnero de escultura hiper-realista. Suas esculturas, no entanto, no so apenas reais, mas transcender a prpria realidade para falar de uma ordem superior de realismo. Elas capturam coisas que sabemos ser real, mas vo alm de nossa percepo cognitiva.
Flor, 2008 35 x 25 x 25 cm
Lygia Clark
Mineira, Lygia Pimentel Lins (19201998) foi pintora e escultora. Mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1947, e iniciou seu aprendizado artstico. Entre 1950 e 1952, viveu em Paris, onde estudou e realizou sua primeira exposio individual.
Gradualmente, trocou a pintura pela experincia com objetos tridimensionais. Realizou obras participacionais como a srie Bichos, de 1960
Essas construes metlicas geomtricas so um conjunto de chapas de alumnio, articulados com dobradias que permitem que as pessoas dobrem, virem, mexam, combinem as formas.
Ou seja, a obra no acabada, convidando quem a v a interagir. Todas suas obras produzidas a partir de "Bichos" seguem este conceito: o pblico parte fundamental da obra.
Material naturalmente resistente e relativamente leve. frequentemente utilizado para fins estruturais e de sustentao de construes. um material orgnico, slido, de composio complexa.
Caracteriza-se por absorver facilmente gua (higroscopia) e por apresentar propriedades fsicas diferentes consoante a orientao espacial (ortotropia).
Pela sua disponibilidade e caractersticas, a madeira foi um dos primeiros materiais a ser utilizado pela humanidade, mantendo, apesar do aparecimento dos materiais sintticos, uma imensidade de usos diretos e servindo de matria-prima para mltiplos outros produtos.
Dada a diversidade das espcies que produzem madeira, este material apresenta grande diversidade de caractersticas mecnicas, de densidade, higroscopia, cor, gro, resistncia ao apodrecimento e ao fogo, odor, e mltiplos outros fatores diferenciadores.
Tal diferenciao determina os usos da madeira, tornando difcil o estabelecimento de classificaes genricas.
Escultura em madeira uma forma de trabalhar madeira por meio de uma ferramenta de corte (faca ou cinzel) em uma mo ou com uma mo sobre um formo e uma mo em um martelo, resultando em uma figura de madeira, ou na escultural ornamentao de um objeto de madeira.
Alguns dos melhores exemplos existentes de escultura em madeira precoce so da Idade Mdia , Itlia e Frana , onde os temas tpicos da poca eram cristos (iconografia).
A arte de esculpir em madeira utiliza poucas espcies de rvores, que so selecionadas em funo da sua textura, da beleza do material proporcionado pelos veios e pela tonalidade da matria-prima.
As madeiras comumente utilizadas so o cedro e o mogno, por serem fceis de trabalhar e mais leves. O acabamento da obra dado com tintas e vernizes preparados com resinas qumicas ou naturais.
Um escultor de madeira comea uma nova escultura, selecionando um pedao de madeira com tamanho aproximado a forma da figura que ele deseja criar ou, se a escultura para ser grande, vrios pedaos de madeira podem ser laminados em conjunto para criar o tamanho necessrio.
No importa qual seja a madeira selecionada ou ferramenta utilizada, o escultor de madeira deve sempre esculpir ou atravs ou com o gro da madeira, nunca na contramo. Uma vez que a forma geral feita, o escultor pode usar uma variedade de ferramentas para a criao de detalhes.
Uma vez que os detalhes mais finos foram adicionados, o escultor d o acabamento da superfcie. Aps concludo o acabamento, o artista pode fazer a vedao e pintura da madeira com uma variedade de leos naturais, tais como a noz ou leo de linhaa, que protege a madeira de poeira e umidade.
Objetos de madeira so frequentemente terminados com uma camada de cera, que protege a madeira e d um brilho suave. Um acabamento de cera relativamente frgil e adequado apenas para esculturas internas.
ESCULTURA
A escultura em madeira a fabricao de mltiplas figuras que servem de atributo s divindades, podendo ser cabeas de animais, figuras alusivas a acontecimentos, fatos circunstanciais pessoais que o homem coloca frente s foras.
Existem tambm objetos que denotam poder, como insgnias, espadas e lanas com ricas esculturas em madeira recoberta por lminas de ouro sempre denotando um motivo alusivo figura dos dignitrios.
Os utenslios de uso cotidiano, portas e portais para suas casas, cadeiras e utenslios diversos sempre repetindo os mesmo desenhos estilsticos.
ESCULTURA
Estas esculturas fazem parte da coleo de esculturas de madeira, do artista Livio de Marchi .Sua arte j foi exibida em vrios pases como Japo, Alemanha e Itlia e outros
Com sensibilidade e talento o artista cria esculturas de madeira belssimas, cheias de detalhes e realismo. A madeira sempre foi seu material favorito.
Aleijadinho
Aleijadinho um dos mais conhecidos artistas do Barroco Brasileiro. Foi arquiteto e escultor.
Em Congonhas do Campo est o mais importante conjunto escultrico de Aleijadinho. O Santurio constitudo por uma igreja e seis capelas Os Passos da Paixo de Cristo .
Em cada uma das seis capelas um conjunto de esculturas em tamanho natural, talhadas em madeira, narra um momento da Paixo de Cristo.
Todo material que produto de resduo descartado passvel de reciclagem, sucata. Um foguete de potes de iogurte ou caixa de ovos uma escultura de sucata.
Quando pensamos em esculturas, comum imaginarmos esttuas gregas antigas, pois uma imagem imortalizada no tempo.
Agora, se pensarmos em nossa civilizao, sculos 20 e 21, observaremos um contraponto quele ideal de beleza da Antiguidade: uma caracterstica de nossa sociedade o consumo desenfreado e a produo de lixo.
Antes mesmo de travarmos contato com o conceito de reciclagem, artistas j estavam reutilizando materiais que foram descartados, as sucatas, e produzindo suas obras.
A idia de sucata tem muito a ver com os artistas da vanguarda modernista, em especial Duchamp, que utilizava objetos industrializados retirando-os do cotidiano e elevando-os ao status de obra de arte, ao modificar sua funo.
Jean Tinguely (1925 -1991) foi um suo pintor e escultor . Ele mais conhecido por suas mquinas esculturais ou arte cintica. Arte de Tinguely satirizou a superproduo de metal de bens materiais na sociedade industrial avanada.
Jean Tinguely, L'Enfer, un petit dtail, 1984, Museu Nacional de Arte Moderna, Paris
Edouard junta sucata para fazer suas esculturas, sua matria-prima selecionada com cuidado. As peas so encontradas e guardadas, quando surge a idia de alguma nova escultura, elas so fixadas dando forma a sapos, peixes, insetos e pssaros.
Dbora Muszkat
Uma aranha gigante com 4m de largura e 1,5m de altura feita a partir de embalagens comerciais de vidro descartadas.