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TECNÓLOGO EM SANEAMENTO AMBIENTAL
TRATAMENTO TERCIÁRIO - REMOÇÃO
BIOLÓGICA DO FÓSFORO
Disciplina: Tratamento de Efluentes
Profª: Carina Siqueira Alunos: Anne Drielle Alves Santos Eduardo Lima Dantas Ítalo Almeida Lima dos Santos Jean Reis Santos ARACAJU – SE / 2023 Introdução De onde vem o fósforo?
1.Natural: Decomposição da matéria
biológica e lixiviação de minerais (rochas fosfatadas);
2.Antrópica: Detergentes, Fertilizantes e
falhas no tratamento de águas residuais. Introdução • O fósforo (P) é um macronutriente essencial às plantas e aos animais.
• O principal efeito é a eutrofização,
que pode causar diversos problemas:
Aumento da floração de algas;
Desenvolvimento de espécies potencialmente tóxicas; Diminuição de teores de oxigênio dissolvido; Presença de sabor e odor desagradável ; Aumento da turbidez da água; Liberação de gases como metano; Remoção biológica do Fósforo
Sistema de tratamento de Esgoto convencional:
Síntese celular bactérias:
• A remoção do fósforo vai ser baseada no crescimento de microorganismos. • A medida que esses organismos vão crescendo, vão incorporando o fósforo e produzindo uma nova célula, só que em uma quantidade muito pequena em cerca de 1 a 2% na massa de bactérias que cresce. • Eficiência de 30 a 35% na remoção do fósforo. Remoção biológica de fósforo
• Controle de eutrofização; • Incorporação de fósforo na biomassa; • Remoção da biomassa através do descarte de lodo. Biodesfosfatação ou EBPR
• A remoção biológica de fósforo pode ser desempenhada de modo
eficiente pelo processo de Biodesfofatação ou EBPR (Enhanced biological phosphorus removal); • Os organismos responsáveis pela remoção de fósforo são conhecidos como organismos acumuladores de polifosfato (polyphosphate- accumulating organisms - PAO); • Possuem uma fisiologia complexa, que envolve a formação e o consumo de polímeros intracelulares (polifosfato, glicogênio e polihidroxialcanoatos). Biodesfosfatação ou EBPR
O processo de “biodesfosfatação” é realizado por determinados grupos de
microrganismos conhecidos como “organismos assimiladores de fósforo” (OAP). Esse sistema ocorre de forma alternada: • Reator anaeróbio; • Anóxico; • Aeróbio. Fase anaeróbia
• Ocorre a liberação do fosfato armazenado pelas bactérias;
• Acontece o consumo do oxigênio presente na água; • Por esse motivo, quando a concentração de fosfato atinge o ponto máximo, deve-se aerar e promover a oxigenação do substrato, partindo para a fase aeróbia. Fase aeróbia
• As bactérias capturam todo o fosfato liberado e continuam a
capturar mais; • A concentração de fosfato deve diminuir gradativamente, tornando-se mínima; • Estas bactérias, ou organismos assimiladores de fósforo, compõem um lodo ativado para biodesfosfatação; • Esse lodo é separado, contendo todas as bactérias “ricas” em fosfato, e portanto, retirando o fosfato do efluente tratado. • Nessa reação, são liberados água e gás carbônico. Fase aeróbia
• Nesse processo os microorganismos vão incorporando o fósforo e
produzindo uma nova célula, em uma quantidade de 15%; • Proporcionando uma eficiência de > 80%. Decantador secundário
• É nesta fase que ocorre o descarte do fósforo;
• No reator aeróbio o esgoto já estará com menor concentração de fósforo, e assim manda-o para o decantador secundário, o qual parte do lodo sedimenta e a parte líquida do efluente pode ser descartada para o rio, com mínimo residual de fósforo. • Neste processo, o fosforo na fase aeróbia foi absorvido, pois ele fica no interior das células bacterianas, desta forma, o fósforo passa pelo processo de transformação, saí da fase líquida e vira sólido incorporado ao lodo. Parâmetros operacionais
TDH ANAERÓBIO – 30 a 60 minutos suficientes para fermentação da
DQO biodegradável e assimilação do AGV, que seja assimilado a bactéria acumuladora de fósforo. Idade do lodo – 2,5 dias (20°C) ou no mínimo para nitrificação eficiente. Relação de DBO e fósforo do egoso – Mínimo de 30 para obter um teor de fósforo no efluente menor que 0,5 mg/l. Vantagens • Mais econômica, com a redução no custo de uso de substâncias químicas e menor produção de lodo se comparado com a remoção química de fósforo por precipitação (METCALF & EDDY, 2003); • vantagens em relação aos métodos convencionais de lodos ativados a sua forma simplificada de construção; • facilidade na instalação de equipamentos tecnicamente simples; • Grande flexibilidade frente à variação das cargas e vazões; • Funcionamento relativamente simplificado, e boa decantabilidade do lodo; • Ocupa menor espaço, visto que todo processo e mecanismo de remoção de fósforo acontece em um único reator. Desvantagens
• Grandes quantidades de oxigênio dissolvido e nitrato nas zonas
anaeróbias, os AGV podem ser deplecionados, antes de serem assimilados pelos OAFs, prejudicando o crescimento das OAFs, gerando dificuldade para o termino do tratamento; • O lodo quando descartado é mantido em condições anaeróbias, assim ocorre a liberação de fósforo; • Pode ocorrer liberação de ortofosfato no tempo de contato nas zonas anaeróbias ou aeróbias, na ausência dos AGVs. Conclusão
O fósforo apresenta em várias formas nos efluentes decorrentes das
atividades antrópicas e origens naturais, dessa forma, o processo de remoção biológica do mesmo é primordial para os efluentes, pois evita a sua eutrofização. Referências Bibliográficas
• METCALF & EDDY. Tratamento de efluentes e recuperação
de recursos. Tradução: Ivanildo Hespanhol, José Carlos Mierzwa. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.
Pesquisa - Tratamento e Gerenciamento de Resíduos Químicos Gerados Na Universidade Federal de São Carlos - Uso de Rotaevaporadores para Destilação de Solventes Orgânicos - Heitor Degli