Aula 10-Controle de Constitucionalidade 2024.1

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CONTROLE DE DIREITO

CONSTITUCIONAL CONSTITUCIONAL I
CURSO DE DIREITO

IDADE UNILEÃO
CONCEITO
O Controle de Constitucionalidade é fruto de mecanismos
criados pelo legislador, por meio dos quais se controlam
atos normativos, verificando sua adequação aos preceitos
da “LEI MAIOR”.
- Constituição Rígida
- Princípio da Supremacia da Constituição
- Compatibilidade Vertical
- Atribuição de competência a um órgão
STF 11 MINISTROS

Respectivamente, da esquerda para direita: Flávio Dino, André Mendonça, Alexandre


de Moraes, Edson Fachin, Kássio Nunes Marques, Cristiano Zanin, [PGR-Não faz
parte da Composição do STF-Paulo Gonet Branco], Dias Toffoli, Gilmar Ferreira
Mendes, Luis Roberto Barroso, Cármen Lúcia Antunes Rocha, Luiz Fux.
NULIDADE X
ANULABILIDADE
Qual a consequência da decisão de inconstitucionalidade
de uma norma?
A corrente majoritária brasileira adotou a Teoria de Marshall, ou
Teoria da Nulidade para a declaração da
inconstitucionalidade, numa ideia de que a lei já nasce morta,
ou seja, de que o ato normativo uma vez declarado
inconstitucional, deve ser considerado nulo e portanto
desprovido de força vinculativa.
NULIDADE X
ANULABILIDADE
SISTEMA AUSTRÍACO
SISTEMA NORTE-
AMERICANO (MARSHALL) (KELSEN)

A decisão tem eficácia Decisão tem eficácia


declaratória de situação constitutiva, reconhecendo a
preexistente e, portanto, inconstitucionalidade e
efeito ex tunc (“a declaração produzindo efeitos ex nunc;
de invalidade atinge a norma
no berço”); A lei é anulável e a
anulabilidade pode aparecer
O vício de em vários graus;
inconstitucionalidade é
aferido no plano de validade; A lei produz efeitos até a sua
A lei inconstitucional é ato anulação
nulo, ineficaz, irrito e
portanto desprovido de força
vinculativa;
MODULAÇÃO DOS
EFEITOS DAS DECISÕES
A doutrina da ineficácia ab initio da lei inconstitucional não pode ser
entendida em termos absolutos.
A chamada modulação dos efeitos da decisão, prevista no art. 27 da Lei
9.868/99 (Dispõe sobre o processo e julgamento das AdIn e ADCon
perante o STF) e no art. 11 da Lei 9.882/99 (ADPF), nada mais é do que a
mitigação do princípio da nulidade no controle concentrado,
aplicada por analogia também no controle difuso, baseando-se ainda
nos princípios da segurança-jurídica, da confiança, da ética e da boa-fé.
Art. 27 da Lei 9868/99. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria de dois terços de seus membros (8 ministros), restringir os
efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir
de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
TIPOS DE
INCONSTITUCIONALIDAD
E
Quanto ao vício questionado:

 Inconstitucionalidade material: o conteúdo


da Lei (nomoestática). Ex: Lei que declare
pena de morte

 Inconstitucionalidade Formal: o devido


processo legislativo constitucional
(nomodinâmica)
TIPOS DE CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
 Quanto ao Poder que o exerce:
- Político
- Jurídico

 Quanto ao Direito Tutelado:


- Concreto (subjetivo)
- Abstrato (objetivo)
MOMENTOS DE
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE:
PREVENTIVO
1. Controle Preventivo: acontece antes da Lei ou ato
normativo entrar em vigor.

1.1 Legislativo: Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)


– órgão técnico criado pelo Regimento Interno da
Câmara dos Deputados para discutir e emitir parecer
sobre projeto de lei apresentado à Câmara.

1.2 Judiciário: quando um parlamentar entra com


Mandado de Segurança contra projeto de Lei.
MOMENTOS DE
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE:
PREVENTIVO
1.3 Executivo: feito pelo chefe do Executivo através do veto.
O veto deve ocorrer quando o PR verificar a
inconstitucionalidade ou quando a lei for contraria ao
interesse nacional.
Art. 66, CF. A Casa na qual tenha sido concluída a votação
enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que,
aquiescendo, o sancionará.
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no
todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze
dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará,
dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado
Federal os motivos do veto.
MOMENTOS DE
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE:
REPRESSIVO
2. Controle Repressivo: acontece depois da existência do ato normativo.

2.1 Poder Legislativo (exceção) pode realizar controle repressivo no caso


de:
- Medida Provisória (art. 62, CF)
- Lei delegada que exorbitar os limites da delegação legislativa (art. 49, V,
CF)
- Regulamento que importar em abuso regulamentar: o regulamento
expedido pelo Poder Executivo existe para garantir a fiel execução da lei,
assim, se violá-la, caracterizará abuso do poder regulamentar e o
regulamento será inconstitucional, pela quebra da relação vertical de
compatibilidade.
2.2 Poder Executivo (exceção) – o chefe do poder executivo pode negar
cumprimento a lei que considere inconstitucional, determinando
propositura de ADI.
2.3 O judiciário (regra) realiza o controle repressivo de duas formas:
Controle Difuso e Controle Concentrado.
MOMENTOS DE
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE:
CCRRepressivo
Controle DIFUSO Difuso: surgiu na Suprema Corte dos
EUA. Qualquer juiz pode declarar uma lei inconstitucional,
desde que haja um caso concreto.
- Neste tipo de controle a competência é ampla, qualquer juiz
ou qualquer Tribunal é competente para proceder o julgamento
e o número de ações é indefinido.
O controle é incidental: O objeto do pedido não é a declaração
da inconstitucionalidade, mas esta questão prejudicial está
ligada à causa de pedir. A forma que o Juiz decidir a prejudicial
decidirá o mérito.
O controle é concreto: Ocorre dentro de um caso concreto e,
por isso, os efeitos são entre as partes.
O processo é subjetivo: Há um conflito entre as partes
(pretensões e resistências contrapostas) e envolve questão
MOMENTOS DE
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE:
- ACCR DIFUSO
legitimidade no controle difuso pertence a
qualquer pessoa no seu exercício do direito de
ação.

- Os efeitos da decisão são “inter partes” e “ex


tunc”.

- O STF também realiza controle difuso com efeito


inter partes. Ex: Recurso Extraordinário. (OBS: o
STF tem conferido efeito erga omnis a algumas
decisões de controle difuso com base na
Transcendência dos Motivos Determinantes)
PRINCÍPIO DA RESERVA
DE PLENÁRIO
Art. 97 da CF- Somente pelo voto da maioria absoluta do Tribunal
(leia-se Pleno) ou do Órgão Especial é que a lei pode ser
declarada inconstitucional.
Nos Tribunais mais numerosos é possível a criação de Órgãos
Especiais (art. 93, XI).
Os órgãos fracionários (Câmaras, Turmas, Seções, Subseções)
não podem declarar inconstitucionalidade de Lei.
MOMENTOS DE
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE:
Controle Repressivo Concentrado: é concentrado pois
CCR
apenas CONCRETO
o Supremo Tribunal Federal (CF) e os Tribunais
Estaduais (CE) podem fazer o controle de
constitucionalidade.
O controle não é incidental: O objeto do pedido é a
questão constitucional.
O controle é abstrato: Não ocorre dentro de um caso
concreto, faz-se o controle de lei em abstrato, para
assegurar a supremacia da Constituição.
O processo é objetivo: Não há lide. Visa
objetivamente assegurar a supremacia da
Constituição.
Os efeitos da decisão são erga omnes, ex tunc e
EFEITOS DOS
CONTROLES DO STF
DIFUSO CONCENTRADO
Caso o controle difuso As decisões já possuem
seja julgado no STF o efeitos erga omnes
Tribunal deve segundo o
art. 52, X da CF, enviar ao
SF, que poderá dar efeito
erga omnes a esta
decisão.
LEGITIMADOS PARA INICIAR
AÇÃO PARA CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
CONCRETO
Art. 103, CF:
PERANTE O STF
4 mesas: Mesa do Senado Federal, da Câmara dos
Deputados, das Assembleias Legislativas Estaduais,
da Câmara Legislativa do DF
4 autoridades: Presidente da República,
Governadores dos Estados, Governador do DF,
Procurador Geral da República
4 instituições: Conselho Federal da OAB, Partido
Político com Representação no CN (precisa de
advogado), Confederação Sindical (precisa de
advogado), Entidade de Classe no âmbito nacional
(precisa de advogado).
ESPÉCIES NORMATIVAS
SUJEITAS AO CONTROLE
DE
CONSTITUCIONALIDADE
Lei Federal x CF – Controle concentrado no STF
Lei Estadual x CF – Competência do STF
Lei Municipal ou Lei Estadual X Constituição Estadual –
competência do TJ
Lei Municipal x CF – não cabe ADIn, mas controle difuso ou
ADPF.
OBS:
Emenda Constitucional pode ser objeto de ADIn
Lei Anterior a CF não pode ser objeto de ADIn
MOMENTOS DE
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE:
CCR
Se dá CONCRETO
por via de ações constitucionais:

-ADIn Genérica: Ação Direita de Inconstitucionalidade (art. 102,


I, alínea a, §2º e art. 103 da CF e Lei 9868/99)
-ADIn Interventiva: Ação Direta de Inconstitucionalidade
Interventiva (art. 34 e 25, CF e Lei nº 12562/11)
-ADIn por Omissão: (art. 103, §2º da CF e Lei 9868/99)
-ADCon: Ação Declaratória de Constitucionalidade (art. 102, I,
alínea a, §2º e art. 103 da CF e Lei 9868/99)
-ADPF: Arguição de descumprimento de preceito fundamental
(art. 102, §1º, CF e Lei 9882/99)
-RI – Representação de inconstitucionalidade de leis estaduais e
municipais (art.125, §2º da CF e as respectivas Constituições
Estaduais)
CONTROLE REPRESSIVO
CONCENTRADO: ADIN
GENÉRICA
oADI – base legal: art. 102, I, a da CF e Lei
9868/99.
oTem por finalidade declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
federal ou estadual que viole a constituição.
oLeis ou atos normativos municipais não podem
ser objeto de ADI.
oTem efeito erga omnis, efeito vinculante para o
judiciário e para administração publica, efeito ex
tunc (OBS: Modulaçao dos efeitos)
CONTROLE REPRESSIVO
CONCENTRADO: ADIN
INTERVENTIVA
Além de declarar a Inconstitucionalidade declara a intervenção
(arts. 34 e 35, CF), quando houver lesão aos princípios
constitucionais sensíveis (art. 34, VII). Ex: Estado-membro que não
aplica o mínimo legal na saúde ou educação.

Só pode ser intentada pelo Procurador Geral da República


(Intervenção no Estado ou DF) ou Procurador Geral de Justiça
(Intervenção no Município) – chefes do MP.

Embora no Estado federativo vigore a regra da autonomia dos entes


federados, em certos casos será admitida a intervenção de um ente
sobre o outro, situação em que ficará suspensa dita autonomia.
A ADIn interventiva tem dupla finalidade: 1)declaração de
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo estadual;
2)decretação de intervenção federal no Estado-membro ou no
Distrito Federal.
CONTROLE REPRESSIVO
CONCENTRADO: ADIN
POR OMISSÃO
o Tem por objeto Norma de eficácia limitada ainda não
regulamentada por lei infraconstitucional, buscando sua
regulamentação.
o Permite o exercício de direito previsto na constituição
que não pode ser usufruído por falta de regulamentação
ou porque a autoridade competente não agiu.
o Art. 103, §2º, CF - efeitos da ADIn por Omissão
o É regulada pela Lei 9868/99 (antes essa lei só regulava
ADIn Genérica e ADCon, após a Lei 12063/09 foram
acrescentados os arts. 12-A em diante, regulamentando
a ADIn por omissão).
CONTROLE REPRESSIVO CONCENTRADO:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE
CONSTITUCIONALIDADE

ADC tem por objetivo declarar constitucionalidade de lei ou ato


normativo federal. Busca transformar a presunção relativa de
constitucionalidade em absoluta, não se admitindo mais prova
em contrário.
Possui a mesma base legal do ADI: art. 102, I, a; e Lei 9868/99
Mesmo com a presunção de constitucionalidade que as leis
gozam, esta é relativa e diante da controvérsia pode ser
suscitada a declaração da constitucionalidade.
A ADC tem por finalidade reestabelecer a segurança jurídica.
Ex: A ADC nº 19 confirmou a constitucionalidade da Lei Maria
da Penha.
Para se ajuizar esta ação é necessário juntar as decisões alvo
de controvérsia (art. 14 da Lei 9868/99).
CONTROLE REPRESSIVO
CONCENTRADO:
ADPF
o Base Legal: art. 102, §1º, em que pese a previsão legal
na Constituição de 1988 só veio a ser regulamentada em
1999 (Lei 9882). A ADPF não protege toda a Constituição
Federal, mas apenas os seus preceitos fundamentais.

o O caráter da ADPF é residual, subsidiário, segundo o art.


4º, § 1º da Lei 9868/99 “não será admitida a ADPF quando
houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade”.

o As principais hipóteses de cabimento são portanto:


quando a lei municipal ou distrital de conteúdo municipal
violar a Constituição em preceito fundamental e normas
pré-constitucionais.
CONTROLE CONCENTRADO EM
ÂMBITO ESTADUAL:
REPRESENTAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE
o Este é feito em relação à Constituição Estadual de
cada unidade da federação e à Lei Orgânica do DF e a
competência é dos respectivos TJ’s.
o Os legitimados para propositura das ações em
âmbito estadual, consoante previsão do art. 125. § 2º,
são definidos pela própria Constituição do Estado,
sendo vedada a legitimação para agir de um único
órgão.
o A ADI surgiu com a nomenclatura de Representação
de Inconstitucionalidade, hoje chama-se de RI apenas
a ADIs dos Estados.
o Está expressa no art. 125, §2º da CF.
CONTROLE
JURISDICIONAL DE
CONSTITUCIONALIDADE
CONTROLE CONTROLE
DIFUSO/CONCRETO CONCENTRADO/ABST
RATO
LEGITIMADOS Toda e qualquer Somente os legitimados
pessoa do art.103
ÓRGÃO Todo e qualquer Somente o STF e TJ’s
COMPETENTE órgão jurisdicional
OBJETOS DO Direitos dos Sujeitos Constitucionalidade da
PROCESSO E DIREITO do processo (direito norma (direito objetivo)
TUTELADO subjetivo)
MEIOS DE ALEGAÇÃO Questão incidente em Questão principal em
qualquer processo ações próprias
SEGURANÇA Menor segurança Maior segurança
JURÍDICA E DA jurídica pois admite jurídica pois uniformiza
UNIFORMIDADE DAS julgamentos diversos as decisões dos outros
DECISÕES órgãos

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