Aula de Fundamentos de Pedagogia

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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

Fundamentos de pedagogia

Docente
Guilherme J. A. Chingua
Pedagogia é a ciência que tem como objeto de
estudo a educação, o processo de ensino e a
aprendizagem. O sujeito é o ser humano, enquanto
educando.
A palavra pedagogia, etimologicamente provem do
grego p aidagogia que significa arte de
Instruir e educar crianças.
Quer dizer:
Paidos – criança
Ago – dirigir
Lógia – ciência, logo ciência de dirigir crianças.
Assim eram chamados escravos que acompanhavam
as crianças para as escolas. Hoje, pedagogo é um
especialista em assuntos educacionais e a ped agogia
é a ciência da educação que explica e orienta a prática
educativa através de uma metodologia própria.
É o conjunto de conhecimentos estruturados relativos
ao fenómeno educativo;
É o campo de conhecimentos que se ocupa ao estudo
sistemático da educação;
É a principal ciência que se ocupa da busca de
soluções para os problemas da educação;
Pedagogia é a filosofia, ciência e arte técnica da
educação.
Pedagogia é a ciência sobre a educação,
instrução e ensino do homem em todos os
momentos históricos do seu desenvolvimento.
A Pedagogia é um campo de conhecimentos que
investiga a natureza das finalidades da educação
numa determinada sociedade, bem como os
meios apropriados p ara a formação dos
indivíduos, tendo em vista a prepará-los para as
tarefas da vida social. ( LIBÂNEO, 1994:24)
Pedagogia como Ciência: seu surgimento.

As ideias relativas a educação já vem desde os


tempos mais antigos e n ão estavam or ganizados
de uma forma sistematizada. Um exemplo dos
pensamentos da educação nos povos “ditos”
primitivos é os pensamentos religiosos, políti
cos, morais e os trabalhos manuais diários como:
a pesca, a caca, a recolecção, a cozinha que
passavam de geração em geração sem haver uma
instituição organizada onde podiam se transmitir
esses conhecimentos.
Somente no século XVII é que a pedagogia foi el
evada a categoria de c iência, devido a obras como
“O Tratado Sobre a Educação” de Luís Vives (sec.
XV I) e “ Didáctica Magna” de
Coménio (sec. XVII), que contribuíram para a
sistematização do pensamento pedagógico e
oferecendo uma “autonomia” parcial em relação a
Filosofia.
Actualmente, a Pedagogia é definida como s endo
“a filosofia, ciência e arte técnica da educação”ou
também “c omo uma rede de enu nciados sobre o
fazer educativo.
A Grécia clássica pode ser considerada o berço da
Pedagogia, pois foi na Grécia que nasceram as
primeiras ideias acerca da acção pedagógica,
ponderações que vão influenciar, por muitos anos, a
educação e cultura ocidentais e vincular a imagem
do Pedagogo à formação das crianças.
Na antiga Grécia, eram chamados de pedagogos os
escravos que acompanhavam as crianças que iam
para a escola. Como escravo, ele era submisso à
criança, mas tinha que fazer valer sua autoridade
quando necessária. Por esse motivo, esses escravos
desenvolveram grande habilidade no trato com as
crianças.
Nos séculos XVII e XVIII, inicia-se uma era de debates no campo
da educação, tendo, como foco, a importância de atualizar os
processos pedagógicos e rever o próprio conceito de infância.
Nomes importantes deste período são Comenius e Rousseau. No
final do século XIX e princípios do século XX, os debates sobre
educação e, principalmente, as novas pesquisas no campo da
psicologia do desenvolvimento e aprendizagem, com ênfase na
criança, levarão a que um grande número de profissionais, de
diversos campos, desenvolvam reflexões, pesquisas e experiências
pedagógicas envolvendo métodos de ensino, as relações
pedagógicas e as possibilidades e limites dos diferentes contextos
educativos, dando corpo a vários movimentos, dentre eles o da
Escola Nova e a Pedagogia Waldorf. No restante do século XX, a
pedagogia vai se institucionalizar como campo de conhecimento
científico e profissional e a formação passará a ocorrer nas
Universidades em cursos superiores que cuidam dos assuntos
relacionados à educação por excelência, tratando-se, portanto, de
uma Licenciatura
Objecto de estudo da Pedagogia
O aspecto etimológico da pedagogia que era arte de
condução ou guia de crianças, contribuiu para que
acreditasse e tratasse de um saber específico com
objecto de estudo próprio, que é a educação da criança.
Actualmente a Pedagogia estuda a educaçã o do
homem em todas as fases do seu desenvolvimento
histórico. Portanto, a educação é o objecto de estudo da
pedagogia, colocando a acção educativa como objecto
de reflexão, visando descrever e explicar sua natureza,
seus determinantes, seus processos e modos de actuar.
Importância da Pedagogia
A importância da pedagogia reside no facto de ela
estudar e determinar os princípios, normas e meios
educativos de uma maneira sistemática, segura e mais
rápida, com vista a formação da personalidade humana
segundo os propósitos da sociedade. Ela, faz uma
reflexão crítica do processo educativo e transforma a
arte não sistemática em sistemática e empírica em
técnica científica.
A pedagogia é inst rumento fundamental da actividade
docente. Com ajuda dela, o professo r conhece os
regulamentos, leis, normas do processo do ensino e
educação, os seus métodos ou vias para atingir os
objectivos visados.
Objectivos da Pedagogia
Educar e preparar o homem para o p resente, futuro
utilizando ou aprendendo das exper iencias
acumuladas pela humanidade ao longo dos tempos;
Transformar a criança num instrumento de
felicidade para si próprio e para os seus
semelhantes;
Suscitar e desenvolver na criança capacidades
físicas, intelectuais e morais;
Formar inte gralmente a criança desenvolvendo a s
suas capacidades intelectuais, físicas e morais,
usando a sua melhor integracao individual e socialna
comunidade onde faz parte;
Garantir a eficiência e eficácia da educação do
homem pelo homem;
Desenvolver o espírito de análise crítica e
reflexiva a problemática do processo educativo;
Conhecer os princípios, metodologia e leis da
planificação, organização, direcção e controle
do processo educativo;
Compreender o carácter social, político,
económico, individual, científico e técn ico do
processo educativo;
Aplicar os conhecimentos pedagógicos em
conformidade com os conhecimentos da
psicologia e das metodologias das disciplinas da
sua especialidade;
Buscar soluções para a educação de acordo com a
dinâmica e aspirações da sociedade;
Definir ou determinar actividades educativas
segundo a política e economia do País;
Conhecer as responsabili dades do professor
como encarregado da socieda de, do estado e
assumir de forma consciente e comprometedora a
actividade educativa.
Finalidades da pedagogia
Educação do homem pelo homem;
Buscar soluções para problemas da
educação uma determinada sociedade.
CATEGORIAS DA PEDAGOGIA
São 3 categorias da pedagogia, isto é, conceitos
básicos em que a pedagogia se orienta para a su a
abordagem.
Educação;
Ensino e;
 Instrução.
A categoria principal da pedagogia é a educação,
pois esta possui um carácter mais extensivo,
compreende outras noções da pedagogia que são o
ensino e a instrução.
EDUCAÇÃO: Sua origem
A educação é transmissão de experiencias
acumuladas de geração em geração, ela surgiu com a
aparição do homem na sociedade, isto é, a educação é
um fenómeno antropologicamente ligado ao homem.
A educação existe em todo lugar mesmo onde não
existe a escola. Ela surgiu por causa da
descontinuidade (nascimento e morte), isto porque os
conhecimentos, as experiências não são hereditários,
logo urge uma necessidade imperiosa de passar estas
ex periências para os outros ou seja de geração para
geração.
Noção da Educação
Educação, do latim educ atione, significa, tirar para fora,
movimento de d entro para fora, vem do verbo educare,
que significa “criar e alimentar.
O conceito educação é de natureza complex a e pode ser
definido sob muitas formas, de acordo com a influência
das condições sócio-culturais de cada época.
DURKEIM (1858-1971), define a educação como
“acção exercida pelas gerações adultas sobre as novas
que ainda não se encontram preparadas para a vida
social. Tem como objectivo provocar e desenvolver na
criança certo número de condições físicas, intelectuais e
morais, no seu conjunto, seja o meio especial que a ela
se destina particularmente.
Na visão de HERBERT, a educação é colocar
materiais “alimento”ao educando, que é preciso dar
ao espírito para que se desenvolva.
Pode-se dizer que educar é introduzir “o qu e é” a
uma plenitude de actualização e expansão, orientada
em sentido de aceitação social; é dar sentido moral
ao uso dos conhecimentos e técnicas.
A educação é um processo de transmissão e
assimilação de valores culturais, hábitos e normas
com vista a mudança de comportamento para a
integração social.
Agentes da Educação: Educando, Os pais/
encarregados de educação, O Estado, Professor,
O meio educativo, O meio físico, O meio
familiar, O meio escolar e Meio social.
Educação enquanto um processo de formação
da personalidade do homem para a vida, ela
emprega-se em diferentes sentidos:
 Sentido amplo pedagógico
Sentido restrito pedagógico.
No sentido amplo pedagógico

A educação exprime o processo de


desenvolvimento e formação da
personalidade do homem, que se e fectua
sob a influência de todos os factores,
particularmente da educação, sobr e o
meio ambiente social, para p articipação
activa na vida social, englobando as
influências de toda a vida do homem
incluindo o próprio ensino.
No sentido restrito
A educacao é uma actividade intencional,
especialmente or ganizada, realiz ada em instituicao
própria, dirigida por um profissional, com objec tivos
claramente definidos, orientados para o
desenvolvimento da personalidade do homem,
mediante uma accao planificada.
Neste sentido a edu cação deve ser p ercebida como
aquela que ocorre em i nstituições específicas, com
finalidades ex plícitas de instru ção e ensino mediante
uma acção consciente, deliberada e planificada, embora
sem se separar daqueles processos formativos gerais.
Educação é o processo que visa levar o
indivíduo a explicitar e a desenvolver as
suas virtualidades, em contacto com a
realidade, tendo em vista pr omover o seu
desenvolvi mento espiritual, a fim de levá-lo
ac tuar na mesma realidade com co
nhecimento, eficiência e responsabilidad e,
para serem atendid as nece ssidades
pessoais, sociais e trascendentais da criatura
humana.
Tipos de educação
O ser humano não se desenvolve de forma s olitária, nem
de modo isolado, necessita do outro neste processo de
hum anização, que é a socialização, o que se entende
como processo de adaptação e integração de cada
indivíduo no seu grupo social.
A educação é direito inalienável e necessária de qualquer
ser humano ao longo de toda a vida.
Os diferentes âmbitos de actuação humana são vários e
complexos, o que leva a valorar e delimitar diversos
campos de actuação da educaçã o. Estes campos recebem
denominações diferentes como:educação
nãoformal,informal e formal.
Educação não formal: refere-se a tod a a
actividade or ganizada for a do marco do sistema
oficial, para facilitar determinadas classes de
aprendizagem e sub grupos da população ; dirige-
se a população em geral, crianças, adolescentes,
adultos e terceira idade adoptando-se em cada
caso aos processos próprios da aprendizagem;
Exemplo: alfabetização, capacitação profissional,
actividades escolares complementares,
reciclagem, aperfeiçoamento profissional,
reinserção, reabilitação social, etc.
Educação informal: é o processo permanente em
que todo o indivíduo adquire e acumula
conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e
modos de discernimento mediante as ex periencias
do dia-a-dia, através das influências educacionais
disponíveis no seu meio ambiente.
Refere-se às influências do contexto social e do meio
ambiente sobre os indivíduos, abrange também as
possibilidades educativas no decurso da vida de cada
indivíduo, constituindo um processo permanente e
não organizado.
Exemplo: a família, os vizinhos, locais de trabalho,
os meios de informação de massa.
Educação formal: é o sistema educativo
altamente instit ucionalizado, cronolo
gicamente graduado e hierarquicamente
estruturado que se estende dos primeiros anos
da escola primária até aos últimos da
universidade.
Atende ao desenvolvimento dos primeiros
estádios vitais (infância, adolescência e
juventude); é mais institucionalizado e dá-se em
centros especialmente criados para o efeito.
Ensino
É a principal via da educação do homem para a
vida, para a preparação da vida e para o trabalho.
É o processo especialmente organizado na
interacção entre o professor e o aluno que consiste
na transmissão/ mediação e assimilação de
conhecimentos científicos, habilidades, hábitos,
convicções de forma sis tematizada e que ocorre em
estabelecimentos de ensino devidamente
autorizadas.
O ensino é um processo bilateral que inclui por um
lado professor a ensinar e por outro lado o aluno a
O ensino representa a educação em
acção, isto é, em actividade de
concretização dos seus propósitos. É a ex
plicitação dos meios p ara a efectivação
das intenções d o conceito d a educação
no comportamento do in divíduo. É um
processo bilateral. Ele compõe -se por
dois lados (ensinar e aprender).
Instrução
É um processo e resultado de aquisição dos sistemas
de conhecimentos científicos e habilidades
cognitivas e na base deles a concepção do mundo,
das qualidades morais, do desenvolvimento das
forcas psíquicas e físicas e das capacidades criativas.
A instrução tem um sentido mais amplo do que o
ensino, pois ela não é só resultado do ensino, como
também é resultado de auto – instrução, d a
influência dos meios de informação ( rádio, jornal,
TV, internet ) e outras fontes de conhecimento
incluindo o quotidiano.
A auto – instrução pressupõe um trabalho
independente, intencional, especial, organizado, em
que se busca a aquisição de saber num determinado
campo ou área. Está intimamente ligado a auto –
educação que é um trabalho consciente orientado a
formação de certas qualidades.
A instrução se refere à formação intelectual,
formação e desenvolvimento das capacidades
cognitivas mediante o domínio de certo nível de
conhecimentos sistematizados.
Concluindo, a acção edu cativa desenvolve-se em 3
áreas: cognitiva, afectiva e psicomotora, que se
resume em saber, saber fazer e saber estar e ser.
RAMOS DA PEDAGOGIA
Na antiguidade, todos conhecimentos eram explicados
numa única ciência que se chama Filosofia– como
mãe de todas as ciências.
A pedagogia também não foge dessa realidade, e
sendo assim, no seu carácter de ciência independente,
subdivide-se nos seguintes ramos:
Fundamento de Pedagogia analisa e examina as
premissas do surgimento da ciência peda gógica
(educação), procurando formar as noç ões básicas e
fundamentos para um posterior aprofundamento.
Teoria da Educação: estuda os processos parciais da
educação, dentro e fora do ensino nos quais se for mam
as qualidades (atitudes, convicções, hábitos, formas do
do homem)
Didáctica Geral: estud a as leis da educação,
instrução, de auto -instrução e do ensino propriamente
dito, sob orientação do pedagogo. Elabora objectivos,
conteúdos, métodos e técnicas de Ensino.
Pedagogia das idades: examina teorias gerais do
homem nas diferentes faix as etárias, isto é, estuda as
particularidades da educação e do ensino nos diferentes
períodos etários. Assim temos: Pedagogia pré-escolar;
Pedagogia escolar e Andragogia (educação de adultos).
Pedagogia Especial ou Defectologia: ocupa-se nas
pesquisas dos problemas da educação e do ensino, de
preparação laboral d as pessoas com deficiên cias
físicas, mentais, visuais, auditivas, etc.
Hoje, a dectologia tem outra designação:
Necessidades educativas especiais.
Esta ciência subdivide-se em campos autónomos,
dependendo do tipo da deficiência, assim temos:
Surdopedagogia: Dedica-se ao desenvolvimento da
educação e ensino das crianças surdas.
Tiflopedagogia: Dedica-se ao d esenvolvimento da
educação e ensino das crianças cegas.
Oligopenopedagogia: Dedica-se a educação,
instrução e ensino das crianças com problemas
psíquicos.
Logopedagogia: Dedica-se a edu cação e instrução e
ensino das crianças com defeitos no processo de
comunicação, audição e linguagem.
Etopedagogia: Dedica-se a educação, instrução e
ensino das crianças com problemas
comportamentais.
História da Pedagogia: examina o
desenvolvimento da educação n as escolas e as
teorias pedagógicas em diferentes períodos, desde a
antiguidade ate a actualidade.
Pedagogia comparada: estuda as tendências gerais e os
traços característicos do desenvolvimento das teorias
pedagógicas e das práticas educativas em diferentes
países do Mundo isto é, compara o sistema educativo ao
nível dos países.
Administração e gestão escolar: investiga os
problemas da planificação, organização, e administração
dos sis temas d e educação, analisa e elabora conteúdos
e métodos de direcção duma instituição de ensino.
Metodologia de Ensino: examina as leis e as
regularidades do ensino nas diferentes disciplinas.
Pedagogia Profissional: investiga as regularidades
laborais para diferentes profissões e benefício social.
ESTRUTURA DA PEDAGOGIA
Pedagogia Normativa (P edagogia como
filosofia): que investiga fins e ideias
fundamentais da educação tanto ao longo da
evolução da humanidade como e m seu estado
actual e em sua estrutura intima.
Pedagogia Descritiva (Pedagogia como
Ciência): estuda os factos, factores que
influem na vida e na realidade educacional,
tanto sub aspecto biológico, como sub aspecto
psíquico e social.
Pedagogia Tecnológica (Pedagogia como
Arte): estuda os métodos de organização e
as instituições da educação. Refere -se as
técnicas educativas, ao como educar. Este
aspecto situa-se entre o filosófico e o
cientifico, isto é, entre o que deve ser e o
que é a educação – ligando o ideal ao real.
MÉTODOS DA INVESTIGAÇÃO
PEDAGOGIA
Metodo é o caminho para alcançar um
objectivo; uma acção encaminhada a um fim;
um meio para alcançar um objectivo
determinado.
Segundo NÉRICI (1978) método, é um
conjunto coerente de p rocedimentos racionais
que orientam pensamentos para serem
alcançados con hecimentos validos.
Para LAKATOS (2000) método é o conjunto de
acções qu e o espírito humano emprega na
investigação e na demonstração da verdade.
O educador ao explicar e orientar o processo educativo
em função dos objectivos utiliza intencional um
conjunto de acções, passos, e as condições externas a
que chamamos de métodos pedagógicos.
Daí que, métodos pedagógicos é um modo de
reflexão e explicação dos processos pedagógicos,
buscando o desenvolvimento in tegral do h omem,
através d e uma organização de procedimentos que
fav oreçam a consecução dos propósitos
estabelecidos .
Por outras palavras, é um conjunto de actividad es
sistemáticas e racionais que, com maior se gurança e
economia permitem o estudo da educação.
Os métodos pedagógicos decorrem de uma co ncepção da
sociedade, da actividade prática humana e praticamente da
compreensão das práticas educativas numa determinada
sociedade.
Neste sentido, os métodos pedagógicos funda mentam-se
numa acção de reflexão sobre a realidade educacional, s
obre a lógica interna e externa das re lações entre os obj
ectos, f actos e problemas sociais.
Os métodos pedagógicos im plicam pois, ver objecto de
estudo nas suas propriedades e suas relações com outros
obje ctos e fenómenos sob vá rios ân gulos e especialmente
na sua implicação com a pratica social, uma vez que a
apropriação dos conhecimentos tem a sua razão de ser na
sua ligação com necessidades na vida humana.
Em síntese, métodos pedagógicos são acções de
investigação educacional pelas quais se organizam
actividades educativas e dos educandos co m vista a
alcançar os objectivos e as necessidades da sociedade.
Dada a natureza e a complexidade dos conhecimentos
pedagógicos, não há método único, mas uma variedade de
méto dos cuja escolha e organiz ação dep endem dos
recursos, obje ctivo s, conteúdos, tempo, as formas de
organização da educação e as condições socio -económicas.
De uma forma geral, par a a reflexão dos aspectos
pedagógicos, utilizam -se os métodos que em ultima
instancia são os métodos gerais das ciências sociais,
adaptados ou modificados de acordo com as suas
peculiaridades. Assim, os métodos geralmente classificam -
se em três tipos:
Métodos Pedagógicos ao Nível Empíricos: Observação,
Experimentação, Questionários, Entrevistas, Estudo
Documental.
Métodos Pedagógicos ao Nível Teórico: Análise, Sínt
ese, Indutivo, Dedutivo, Compreensão, Comparativo,
Genético, etc.
Métodos Pedagógicos ao Nível Quantitativo
(Estatístico).
Observação e experimentação: os métodos mais gerais
empregados na pedagogia são a observação e
experimentação. A observação cons iste na consideração
ou percepção dos factos, tal com se apresentam
espontaneamente na realidade educacional. A observação
limi ta -se `a descrição e registro dos fenómenos, sem
 Quando o observador se dirige sobr e a pró pria pessoa, quando o
observador se socor re, por exemplo, de suas lembranças ou
experiências como aluno chama-se introspecção; quando a observação
se dirige aos outros, ao estudar, por exemplo, o efeito de determinado
método de ensino sobre os alunos, chama-se heterospecção. A
observação divide-se ainda em individual ou colectiva, conforme se trate
de observações sobre um único aluno, ou sobre um grupo de alunos.
 A ex perimentação consiste em observação provocada intencionalmente.
Neste caso não se espera que o fenómeno se produza: é produzido ou
provocado. A vantagem d o experimento sobre a observação é que,
naquele, pode se repetir os f enómenos nas mesmas condições,
modificá-los `a vontade, e comprovar seus resultados objectivamente.
 Tanto o experimento co mo a observação não se podem realizar `as c
egas, arbitrariamente, m as são dirigidos por uma finalidade ou por uma
hipótese que se quer demonstrar. É necessário, portanto, preparar de
antemão as condições em que se vão realiz ar e levá -los a termo, depois,
com o maior cuidado possível.
Análise e Síntese: como é sabido, a análise consiste na
dissociação ou d ecomposição das partes. O método
analítico aplica-se em pedagogia qu ando, por exemplo se
estudarmos componentes de um processo de ensino ou as
aptidões dos alunos que intervêm na resolu ção de um
problema, ou quando se investiga os efeitos das excursões
escolares sobre o ensino, etc.
O método sintético consiste na inversão da análise, isto é
em recompor um objecto com suas partes anti separadas. Por
exempl o: quando no ensino das línguas via-se das letras ou
sílabas `as palavras, ou quando se quer obter o perfil
psicológico de um aluno. Chama-se r eprodutivo, quando se
limita a simples inversão de uma análise anterior e
construtivo quando, além dessa inversão obtém-se novos
resultados.
Indução e Dedução: a indução consiste em ir do particular
para o geral, dos factos `a lei. Comumente o método indutivo
é o mais empregado pela ciência mas requer grande cuid ado
na aplicação. Para que seja eficiente é preciso que se reúna o
maior n úmero de casos e se estabeleçam entre eles a s
relações e semelhan ças, de modo que a lei ou explicação
possa ter aplicação geral. Emprega -se em p edagogia quando
se quer d eterminar, por exemplo, por meio dos trabalhos dos
alunos qual é o melhor método para o ensino do idioma, ou
quando se quer conhecer através de exercícios apropriados, os
efeitos do trabalho manual sobre o intelectual.
A dedução é o inverso da indução, e consiste em ir do geral
ao particular, da causa ao efeito. Realmente, a d edução não
traz nenhum conheci mento novo, é uma mod ificação da
indução, e quase não é empre gada na ciência. Tem aplic ação
na educação propriamente dita, como veremos mais tarde.
Método Comparativo: consiste em comparar ou
relacionar factos ou fenómenos para encontrar suas
semelhanças ou diferenças e obter as conclusões
pertinentes. A comparação, o método comparativo, poderá
realizar-se com indivíduos de sexo, idade, nacionalidade
ou cultura diferentes, ou de tipo de psíquico diverso, ou
sobre seres de espécies diferentes (criança e animal).
Método Genético: consiste no estudo dos fenómenos ou
actos educativos em seu desenvolvimento através das
diversas épocas. Com ele pode-se estudar por exemplo o
processo das actividades mentais do aluno, desde a
infância até a adolescência, para a elas adaptar os diversos
métodos de ensino. O método genético exige, nos casos
individuais muitíssimo tempo e é por isso, de difícil
aplicação.
• Método Estatístico: o método compreende ordinariamente
as se guintes fases: colecta de dados referente ao problema
estudado; organização dos dados para facilitar a
interpretação (tabulação, distribuição, etc.); elaboração mat
emática dos dados para isolar e avaliar os actores mais
importantes, medidas de correlação, etc; exame critico e
interpretação dos dados.
Método dos Testes: c onsiste essencialmente em provocar
ou resposta a estimulo previamente determinado. Trata-se
de facto de exame por meio de perguntas, actos ou
sugestões, tudo previsto e graduado de modo científico.
A maior vantagem nos testes é constituírem medi das
objectivas independe ntes do critério pessoal e subjectivo
do examinador e poderão ser entendidos e utili zados
universalmente.
O Método da Compreensão: os
métodos até agora indicados,
referem-se a aplicações da lógica e
da psicolo gia tr adicional. Mas a
filosofia moderna adoptou, a partir
de Dilthey, como método essencial
das ciências do espírito, o da
compreensão.
RELAÇÃO DA PEDAGOGIA COM OUTRAS
CIÊNCIAS
Relação da Pedagogia com a Psicologia
Tendo em conta que o objecto de estudo da psicologia é
o comportamento e as actividades mentais de todos
animais incluindo o homem e o da Pedagogia que é a
educação, instrução e ensino do Homem, veremos que
a psicologia fornece fundamentos para alguns aspectos
da aprendizagem do aluno.
Por exemplo: aspectos ligados a motivação para que o
aluno se interesse pela matéria. Aos alunos com
necessidades educativas especia is, precisam de uma
educação “especial” e um acompanhamento psicológico
adequado, ist o é, o professo r deve estar munido de
ferramentas da psicologia para lidar com os alunos com
necessidades educativas especiais.
A selecção dos conteúdos e meios didácticos apropriados
para a mediação da aula, devem ter em conta o
desenvolvimento psíquico da criança. E ssa avaliação (do
desenvolvimento psíquico da criança) é fornecida pela
psicologia.
A psicologia na educação não se li mita na sala de aula, mas
se estende p ara todos os intervenientes do processo do
ensino- aprendizagem, ajudando na elaboração dos
currículos e na resolução dos conflitos entre professores,
entre professor e a direcção da escola , entre o professor e
ele mesmo e até entre o professor com a comunidade.
A relação da pedagogia com a psicologia não é de
dependência, mas sim de interdependência, porque a
pedagogia oferece mecanismos para o desenvolvimento das
capacidades psíquicas pouco desenvolvidas nos alunos.
Ralação da Pedagogia com a Sociologia
A sociologia estuda o meio em que as pessoas se encontram e
peda gogia nesse caso estuda a educação como prática social
(LIBANEO;1996:57), orienta-se pelos objectivos da sociedade
onde ela ocorre.
A sociologi a é a p arte das ciências human as que estuda o
comportamento humano em função do meio e os processos que
interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições.
Enquanto o indi víduo na sua singularidade é estudado p ela
psicologia, a sociologia t em uma base teórico metodológica
voltada pa ra o estudo dos fenômenos sociais, tentando explicá-
los e analisando os seres hum anos em suas relações de
interdependência. Compreender as diferentes sociedades e
culturas é um dos objetivos da sociologia.
Relação da Pedagogia com a Filosofia
A filosofia significa am ar/amor a sabedoria, refl exão
do homem acerca da vida e o mundo. A Filosofia era a
única ciência que exist ia na antiguidade, na Grécia e
que t em como objecto de estudo o homem, a terra e a
própria natureza e o objectivo é sab er o porquê das
coisas , ou seja, esclarecer todas as interrogações.
Foi a partir desses pontos e com os conhecimentos
adicionais dos filósofos que começaram a surgir
outras ciências derivadas da Filosofia, com o objectivo
de separá -las e cada um a dela o seu objecto de
estudo.
Sendo a filosofia o amor a sabedoria, não tem um
objecto de estudo definido, isto é, estuda a globalidade
das coisas e é considerada a mãe de todas as ciências, é
evidente que influencie no pensamento pedagógico. Ela
abrange os princípio s fundamentais da educação como
as relações entre a educação e a vida quotidiana.
Todo o ser humano, em qualquer sociedade sem
distinção da cor, sex o, raça e idade está sempre a
filosofar. A Filosofia esclarece o que deve ser a e
ducação; para que sociedade educar; para ond e deve se
conduzir as novas gerações e com que valores educar
as pessoas.
Em suma, a pedagogia busca bases filosóficas para
melhor esclarecer o papel da educação no
desenvolvimento das sociedades.
Relação da Pedagogia com as Ciências Politicas

As ciências políticas analisam o sistema governativo de uma


sociedade e a maneira de viver da mesma.
Assim, a realização do processo educativo de um
país/sociedade depende do sistema governativo do mesmo e
as mudanças que afectam o sistema governativo dessa
sociedade, também afectam o processo educativo.
“O discurso educativo consubst anciado nos planos do
governo para o se ctor, concentra --se na melhoria da
qualidade do ensino e no alargamento da rede escola,
particularmente da educação básica” (Ministério da
Educação Apud NGOENHA;2000:199).
Por sua vez, a pedagogia fornece quadros para a
manutenção do sistema governativo
Relação da Pedagogia com a Ética
A ética é uma ciência que estuda o comportamento
humano na sua relação com o meio natural e social,
visando assegurar a prática das boas normas culturais
e sociais.A ética ajuda a pedagogia a delinear as suas
regras/princípios de acordo com as normas de cada
sociedade.
A pedagogia por sua vez ajuda na modificação de
alguns hábitos e costumes das sociedades que não
sejam válidos para um determinado cont exto, visto
que as sociedades se desenvolvem e algumas normas
precisam de ser revistas para se ajustarem a nova
realidade.
Relação da Pedagogia com a Economia Política

A e conomia políti ca é a ciência dos


interesses da sociedade e, como todas as
verdadeiras ciências, baseia-se na
experiência, cujos result ados
metodicamente agru pados e ali nhados, se
tornaram princípios das verdades gerais.
Assim, a qualidade e a quantidade da
educação depende das condições financeiras
que o estado oferece e que as populações
são capazes deinvestir neste domínio.
Relação da Pedagogia com a Historia
É a ciência social que estuda o passado com o intuito de
melhor compreender o presente e perspectivar o
futuro.Assim, ajuda a compreender a evolução do
pensamento educativo e ajuda a pedagogia a perspectivar o
futuro da educação.
Repensar na educação de um país, exemplo concreto do
nosso te rritório, na sua dimensão histórica, permitira
reconstruir a história da educação em Moçambique e
buscar b ases teóricas para projectar nesta área um projecto
de educação que supere os sistemas educativos coloniais
(NGOENHA,2000).
O educador para poder educar uma certa pessoa, é
necessário que se conheça o seu passado.
Relação da Pedagogia com a Moral
Moral é a teoria normativa da acção humana enquanto
submetida ao Bem, ao dever de praticar o Bem. É uma
teoria relacionada com a qualidade dos actos.
Assim, a educação como objecto de estudo da
pedagogia tem como finalidade desenvolver em cada
indivíduo toda a perfeição de que ele e susceptível e
para que se atinja essa perfeição é necessário que as
pessoas pratiquem o bem.
Um homem só pode ser moral se for social porque
para haver princípios morais tem que haver uma
sociedade onde são aplicados esses princípios.
Relação da Pedagogia com a Antropologia Cultural
Estuda o Homem como ser criador, portador e transmissor de
cultura. Portanto, ela estuda o homem, suas actividades e
comportamento. É importante reflectir que a sociol ogia tem
objecto material (estudo do homem) e formal (trata do homem e
o seu comportamento como um todo).
A Antropologia leva em conta todos os aspectos da existência
humana, biológica e cultural, passada e presente, combinando
esses diversos materiais numa abordagem integrada do problema
da existência humana.
Os dados fornecidos pela antropologia cultural são i mportantes
para o desenvolvimento da educação, visto que os
conhecimentos são transmitidos de geração em geração. Para
melhor compreender o processo educativo é necessário conhecer
a hi stória do povo em que este ocorre, seus hábitos e costumes.
Relação da Pedagogia com a Didáctica

Tendo em conta o object o de estudo da didá ctica “ a


problemática do ensino, enquanto prática da
educação, e o estudo da educação em tempos, ou seja,
no qual a aprendizagem é intencionalmente almejada,
no qual os sujeitos envolvidos (professor e aluno) e
suas acções (o trabalho com o conhecimento) são
estudados nas sua dimensões histórico –culturais.
A pedagogia fornece à didáctica as ferramentas
necessárias pa ra a execução do processo de ensino-
aprendizagem.
Relação da pedagogia com a educação
A educação é a prática social, sendo um processo, ela começa e
não tem fim, respeita a situa ção temporal e espacial, na qual
ocorre o processo ensino-prendizagem.
O conceito etimológico da educação nos leva a consi derar ao
mesmo tempo “educação” e “pedagogia”, porque a tem dupla
origem e essa d uplicidade aponta para o facto não só semântico
mas também teórico.
A relação da p edagogia ciência da educação com a própria edu
cação reside no facto de que s endo a pedagogia parte prática da
educação ela oferece subsídios a educação para atr avés das teo
rias e técnicas do processo de ensino aprendizagem, o aluno
alcance o desenvo lvimento dos recursos internos para levar o
processo de aprendizagem a bom termo.
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA
PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE
PRIMITIVA
Entre os povos primitivos não havia as escolas, mas
havia educação cujo objectivo era de ajustar a criança
ao seu meio ambiente físico e social po r meio de
aquisição de experiencias d e gerações passadas.
A criança adquiria conhecimentos através da
imitação. Nos primeiros anos, era imitação
inconsciente que consistia em brincar com
instrumentos utilizados pelos adultos. Mas tarde, a
imitação já era cons ciente, em que a criança
participava nas actividades dos adultos, esta etapa tem
inicio quando se começa a exigir trabalho da criança.
Cerimónias de iniciação
As cerimónias de iniciação entre os povos primitivos tê m um
valor educativo. E estas têm início na adolescência e a admissão
do jovem na vida adulta da tribo.
Os ritos possuem um valor moral: na medida em que ensina o
jovem a suportar a dor, a suportar a fome, a tolerar certas
circunstancias difíceis,
Valor social e político: o jovem aprende a s ervir os dirigentes, a
obedecer os mais velhos, a servir os idosos, e a satisfazer as
necessidades da família;
Valor religioso: o jovem aprende a adorar o tot em ( animal ou
vegetal que é co nsiderado antepassado mítico da tribo de quem
esperam protecção)
Valor prático:o jovem aprende métodos de capturar os animais,
a arte de acender o fogo, a preparar alimentos.
O animismo

É a caracteristica comum dos povos


primitivos que é o que consiste na
crença de que todas as coisas possuem
uma alma.
Para o homem primitivo tudo que
acontece na natureza é atribuído a
intervenção de espíritos bons ou maus.
Professores
Para as cerimónias de iniciação, havia
determinadas pessoas que d irigiam,
que eram chamados de feiticeiros,
curandeiros, xamãs, esconjuradores
(homens que faltam ou consultam
espíritos familiares), dependendo do
caso.
A EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE
CLÁSSICA
Na Grécia antiga distinguem dois sistemas da educação: a de
Atenas e de Esparta
Educação espartana (750 – 600 a.C.): tinha um carácter
militar em que todos adultos pa rticipavam duma forma
obrigatória (dever).
A educação espartana ti nha como objectivo dar a cada
individuo um nível de perfeição físi ca, coragem e habito de
obediência as leis que o tornassem um soldado ideal.
Em relação a inst rução, recebiam apenas o necessário e o
restante era para torna -los homens comandos, lutadores,
conquistadores, homem que suporta o trabalho.


Ate aos 7 anos a criança ficava sob os cuidado s da mãe
de quem rec ebia um treino rigoroso.
Depois a criança era retirada do lar e colo cado em
casernas públicas onde comiam em comum, ajudam no
fornecimento de alimentos necessários, caçavam
animais, participavam nas dan ças corais. E o restante
tempo era gasto com exercícios de ginástica - principal
elemento da educação.
18 - 20 anos: o jovem dedicava-se ao estudo de armas e
manobras militares.
20 -30 anos: participava na guerra e os treinos eram
feitos nos intervalos de gu erra.
Com 30 anos, o jovem passava o tempo a dedicar- se ao
serviço do estado, seja nas guerras ou nos treinamentos
Educação Ateniense: Enquanto que na Esparta a
educação era dada importância a educação física a
serviço da guerra para manter o estado, em Atenas
surgiu o ideal de formação completa do homem
(educação física e a intelectual), o que se resume no
desenvolvimento harmonioso da personalidade.
Por outro lado, a nova maneira de compreender a
estrutura e finalidades do estado, que er a assegurar a
liberdade pessoal. O estado não era tit ular da vida do
cidadão, mas sim os pais é que preparavam a criança
para a vida num ambiente de liberdade.
Por outro lado, a própria vocação cultural d e Atenas
que contribuiu para o desenvolvimento das ciências e
da filosofia, o que elevou o nível intelectual de seus
Em Atenas os cuidados da criança eram a cargo da família,
geralmente eram entregue aos cuidados de amas e escravos,
mais tarde pedagogo – guia de crianças á escola.Existiam
dois tipos de escola: a de música e a de ginástica e palestra.
Os Sofistas (450-400 a.c.) (sophós = sábios) surgiram como
sen do a nova class e de professores que a sociedade exigia.
Eram professores ambulantes que percorriam as grandes
cidades, ensinavam as ciências e as artes com finalidades
práticas, principalmente a eloquência, em troca de uma
elevada contribuição financeira.
Os sofistas preparavam ou forneciam aos seus alunos
discursos feitos sobre certos tópicos que seriam repetidos
em out ras cir cunstâncias, como é o caso de tribunais.
Transmitiam sentenças inteligentes para serem utilizados em
momentos oportunos
Outros sofistas davam discurso mais completo, f alavam
das ciências naturais e históricas dessa época e um treino
em dialéctica por meio da discussão e por meio do
discurso público.
O facto d e eles auto den ominarem se de s ábios e
exigirem remuneração pelos seus serviços, isto era contra
os princípios mais valorizados pelos gregos: o de
harmonia e reverencia, a relação entre professor e aluno
que era de estima mutua e não de carácter económico.
Os sofist as a centuavam de forma exagerada o valor da
individualidade, e assim o indi víduo situava-se num
nível de independência que ficava acima dos deveres do
cidadão. Foi assim que Protágoras afirma: o homem é a
medida de todas as coisas.
Os grandes Filósofos (400-300 a.c.)
Sócrates (470-399 a.c.) : Tomou como ponto de partida “o hom em é
a medida de todas as coisas” e afirmou: se o homem é a medida d e
todas as coisas, então a primeira obrigação de todo o home m é
procurar conhecer se a si mesmo.
Para Sócrates, é na consciência individual que se deve procurar os
elementos determinantes da convivência e da educação, e não em
simples opinião para guiar se de val or universal. Pois o fim da
educação é de ministrar o saber ao indivíduo pelo desenvolvimento do
seu pod er de pensamento.
Sócrates usava como métodos a ironia e a maiêutica, que consistiam e
m fazer per guntas para obter opiniões do interlocutor e depois através
de outras perguntas de forma a leva r o interlocutor a descobrir por si
mesmo a contradição e o absurdo das opiniões apresentadas (descobrir
a verdade)
Maiêutica – arte de fazer nascer as ideias.
Contribuições de Sócrates para a educação
O conhecimento possui um valor pratico ou
moral, isto é, um valor de natureza universal e
não individual;
O pro cesso obje ctivo para obter-s e o
conhecimento é o de conversação e o subjectivo é
o reflexão e organização da própria experiencia;
A educação tem por objectivo imediato, o
desenvolvimento da c apacidade de pensar e não
apenas ministrar conhecimentos.
Platão (428-348 a.c.): Comungou com ideias de Sócrates sobre:
A necessidade de procurar uma nova base moral para a vida;
A nova base deveria encontrar-se em ideias e na verdade
universal.
Aceitou e desenvolveu o método dialéctico de Sócrates, e
definiu como sendo um contínuo discurso consigo mesmo. O
que se traduz em: A educação é o processo do próprio educando,
mediante a qual são dadas as ideias que fecundam a sua alma.
Portanto, a educação consiste na actividade que cada home m
desenvolve para conquistar as ideia e viver de acordo com elas.
Acrescenta ainda que, o conhecimento não vem de fora para o
homem, é o esforço da alma para adaptar-se da verdade.
Para Platão. O papel do educador consiste em
promover no educando o processo de
interiorização, graças ao qual ele pode sentir a
presença das ideias. Ainda este afirma dizendo
que: a realidade nada mais é do que a ideia que se
realiza ou actualiza.
Platão e Sócrates divergem no facto de que para
Platão nem todos os homens tem a capacidade de
adquirir conhecimentos, apenas al gumas
pessoas, enquanto que S ócrates, para este, todos
possuem a capacidade de adquirir conhecimentos.
Aristóteles (384 -322 a.c.): Apresentou uma visão
bastante diferente de Sócrates e de Platão. Enquanto
esses dois afirmavam que a base de conhecimentos
consistia na virtude, Aristóteles afirmava que a
virtude está na conquista da felicidade e do bem.
A virtude não consiste em sim ples conhecimentos
do bem, mas da sua conquista. E o bem na sua
integridade resume-se em bem ser (intelecto) e bem-
fazer (acção).
A felicidade é um bem supremo que consiste em
realizar o que é específico do homem, é a razão
(amor, saúde, posição social, fortuna, …).
Aristóteles desenvolveu o seu conceito de educação
partindo da ideia de i mitação. Para o homem a imitação
constitui a arte e o homem se educa na medida em que a
forma de vida dos adultos, o homem se educa porque
actualiza as energias.
Aristóteles sistematizou pela primeira vez o processo de
en sino ao postular o s eguinte plano metódico:
O mestre deve em primeiro lugar expor a matéria do
conhecimento;
Em seguida tende cuidar que se imprima ou retenha o
exposto na mente do aluno;
Por fim, tem que fazer co m que o educando relacione as
diversas r epr esentações mediante o exercício.
EDUCAÇÃO NA IDADE MEDIEVAL – XV II (466-
1640)
Por causa da invasão dos povos bárbaros, a cultura greco-romana
estav a em destruição, e isto não aconteceu graças a intervenção da
igreja crista. E assim, a igreja passou a educar os novos povos nesta
época. Contrariamente aos gregos que davam ênfase o aspecto
intelectual, o cristianismo baseia-se n a ideia de ca ridade crista ou
amor, isto é concentra-se no aspecto moral da pessoa humana.
As escolas baseavam-se no princípio do cristianismo. O ponto de pa
rtida da pedagogia cristã consistia no dogma ou imposição sobre a
natureza do homem dual constit uído por corpo e po r alma. Se os
gregos antigos procuravam harmonizar estas partes, os cristãos
procuravam separá-los exaltando a alma em determento do corpo. O
corpo é a parte pecaminosa do homem relacionada com emoções, as
paixões, os instintos sensoriais que servem de base ou a vícios nos
seres humanos.
Segundo a doutrina cristã, as necessidades do
corpo levam a degradação moral da sociedade e a
sua destruição. A partir deste princípio, os cristãos
consideraram como fim principal da educação a
regeneração e aperfeiçoamento espiritual do
homem, portanto, formação de capacidades por
dominar e controlar os se ntimentos, paixões e os i
nstintos do corpo. O estímulo fundamental para o
aperfeiçoamento espiritual é a fé em Deus e a
esperança na vida ete rna. A futura vida após a
morte como consequência da vida exemplar no
mundo terreno.
As escolas ficavam situadas juntos das igrejas e
chamavam escolas pa roquiais, monásticas, catedrais
e episcopais, dependendo da designação da
instituição religiosa.
As crianças eram educadas nas escolas pelas
doutrinas cristas duque em conhecimentos científicos
e passavam o tempo ao canto coral religioso e as
rezas, que er am considerados mais importantes.
Os conteúdos de ensino eram as setes artes libe rais:
gramática, retórica, dialéctica, aritmética, geometria,
astronomia e música, como disciplina fundamental
considerava-se a teologia.
A retórica e a di aléctica preparava os alunos para
debates e temas r eligiosos, para int erpretar e
defender os dogmas da igreja, em fim, todas as
disciplinas provavam a existência de DEUS e sua
influência na natureza e nas acções do homem, e
como consequência a sua veneração.
Generalizando, na escola da idade média baseava-
se nos métodos de memorização, os alunos
decoravam as regras e definições forn ecidos pelos
livros sagrados e consequentemente n ão houve o
avanço das ciências, foi uma época de escuridão.
EDUCAÇÃO NA IDADE
MODERNA
Neo-humanismo Pedagógico - Educação Renascentista
O interesse da educação no renascimento estava centrado
nas actividades esp ecíficas da humanidade. Os humanistas
colocaram em primeiro lugar o culto do homem, fizeram
renascer a dignidade humana como tal, a capacidade e
confia nça nas suas forças físicas e intelectuais.
Foram os primeiros homens que se pronunciaram contra a
doutrina religiosa, sobr e a n atureza pecaminosa do
homem, diferenciando-se dos teólogos (eles mostraram
mais interes se pelo homem concreto, pelas suas forças na
terra).
O homem da época moderna era educado
para uma sociedade em que se anunciava a
laicização, portanto, abriam-se caminhos pa
ra a emancipação da m entalidade, ou seja,
do pensamento livre.
Definiram o desenvolvimento de todos os
aspectos da personalidade humana: físicas,
intelectuais, estéticas e morais, portanto,
defendiam uma abordagem int egral na
formação e desenvolvimento do homem.

Naturalismo Pedagógico
Educação Realista: A pedagogia Naturalista, procurou
representar uma reacção contra o formalismo
humanismo do renascimento. Os humanistas clássicos
faziam da cultura antiga não só meio como o fim de
toda a educação, sem maior preocupação na formação
de novos homens.
João Amos Comenios (1592-1671) foi o maior
pedagogo realista e um dos pensador mais eminente na
história da educação. Foi o primeiro a criar um sistema
científico coerente didáctico e a separação da pedagogia
e da filosofia, tornando-se uma ciência autónoma.
John Locke (1631-1704) foi considerado
primeiro psicólogo edu cacional, o primeiro a
de fender a necessidade de li gação entre a ped
agogia e psicologia (psicopedagogia).
Formulou pela primeira vez na história da
pedagogia de forma sistematizada e coerente
as ideias burguesas sobr e Educaçãopróxima
da vida;
Educação prática; Ensino individualizado.
Educação Naturalista de Jean Jacques Rousseau
Foi defensor da educação nat uralista e individualista. Na sua
opini ão, tudo que sai das mãos do criador é bom, tudo degenera
nas mãos do homem. A maldade humana não resulta por
conseguinte das tendências naturais do homem, mas das
influências mutiladoras da sociedade.
Daí ser preciso educar o homem fora do ambiente social em plena
natureza.
Emílio Durkheim(1858-1917) considerava a educação como um
fenómeno ex clusivamentesocial. Sem a sociologia é difícil obter
uma visão clara e nítida da natureza dos fins, ideal e funçõese dos
meios da educação. A educação é a imagem e o reflex o da
sociedade. Considerava da que todos os seus elementos, todas as
instituições educativas todos os seus métodos são de natureza
social.
Educação Pragmática
Pragmatismo é uma doutrina filosóficaque adopta como
critério da verdade a a utilidade subordinada a acção, r
eduzindo a mero instru mento de utilidade pratica. Isto ‘e
os conhecimentos são úteis quando são demonstrados na
pratica-John Dewey.
MariaMontessori
A pedagogia Montessoriana, reside no facto de c onceber
a educação com o uma Auto -educação, isto é como
processo espontâneo que se d esenvolve na alma da
criança, para isso, a condiç ão fundamental consiste e m
fornecer á criança um ambiente isento de o bstáculos
inaturais e de matérias adequados.
OvideDecroly (1871-1932)

O seu método opõe-se ao preconizado pela


Montessori porque postula q ue o
desenvolvimento mental da criança se faz a
partir do global, do i ndiferenciado, para ch
egar a analise. Portanto, preocupou-se com
o aspecto da globalização do ensino –
aprendizagem.
EPOCA CONTEMPORANEA
O homem da época contemporânea é
educado para um mundo em que se
propala a necessidade de respeitar os
direitos humanos, os valores entre os
quais: a convivência entre grupos e
povos. A educação tem o desafio d e
formar o homem c apaz de viver em
harmonia social.
TPC
Como educar o homem fora do ambiente
social, em plena natureza?
Fale da educação filantropista (pestallozi
Quem foi o defensor da educação pragmática
Descreve os principios metodologicos de
montessori.
Em que consiste o metodo de glogalizaçao
do ensino?
Pela atencao dispensada Muito
obrigado

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