Prona (3310)

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PRONA NA UTI ADULTO

UMA VISÃO HUMANIZADA

PALESTRANTES:DIEGO HENRIQUE RIBEIRO MESQUITA


JOSILENE MATOS BENTO
VERÔNICA S.R.QUEIROZ

MAIO 2023
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
A primeira afirmação de que a posição prona poderia produzir efeitos benéficos surgiu em 1974, quando
Bryan sugeriu que pacientes anestesiados e paralisados, posicionados em prona, poderiam exibir melhor
expansão das regiões dorsais do pulmão com conseqüente melhora da oxigenação.Em 1976, Piehl e Brown
mostraram, em estudo retrospectivo, que a posição prona tinha aumentado a oxigenação em cinco pacientes
com SDRA sem que apresentasse efeitos deletérios.Um ano depois, Douglas em estudo prospectivo,
confirmaram os achados de Piehl e Brown, com melhora da pressão parcial de oxigênio no sangue arterial
(PaO2) em todos os seis pacientes estudados, incluindo um deles, que permaneceu em respiração
espontânea, permitindo a redução da fração inspirada de oxigênio e do nível de pressão positiva expiratória
final (PEEP).
MATERIAL NECESSÁRIO

Coxins para quadril, cabeça e pés;


01 lençol ;
Seringa, agulhas e oclusores;
Esparadrapo para auxiliar na fixação das conexões da Ventilação Mecânica.
Efeitos fisiológicos da posição prona:
Melhora da oxigenação em 70 a 80% dos pacientes com SDRA, devido à redistribuição da ventilação alveolar e
da perfusão
Diminuição do colabamento alveolar com melhora da complacência pulmonar, pois na posição prona a região
dorsal não sofre a ação do peso pulmonar, o que não ocorre na posição supina, em que a região dorsal é a mais
colapsada
Tempo de aplicação
Não há consenso a respeito do tempo ideal para manter o
paciente em posição prona, uma resposta mais significativa na
oxigenação nas primeiras duas horas, com alguns pequenos
acréscimos nas quatro horas seguintes. Atualmente é priorizado
manter o paciente na posição prona pelo maior tempo possível,
até a estabilização do quadro e, então, retorná-lo à posição
supina, para avaliar se há a necessidade de retorno à posição.

Indicações
Situações de necessidade de altas frações inspiradas de oxigênio
– com objetivo de obter oxigenação adequada.
Contraindicações:
 Queimaduras (>20% da área corpórea)
 Ferimentos na face ou região ventral do corpo
 Instabilidade da coluna vertebral
 Hipertensão intracraniana
 Arritmias graves
 Hipotensão severa
 Síndrome compartimental abdominal
 TVP com tratamento nos últimos 2 dias
Fratura instável de pelve, fêmur e coluna
 Implante de marcapasso nas últimas 48hs
 Ascite volumosa;
 Hemoptise maciça;
 Notificar no Sistema VIGIHOSP os incidentes e
eventos adversos caso ocorram.
 Procedimentos

 São necessárias quatro pessoas para o posicionamento do paciente.


Daí a importância da equipe multiprofissional atuante e coesa na
UTI:
 Um profissional deverá permanecer na cabeceira do leito e será o
responsável pelo tubo orotraqueal
 Uma segunda pessoa ficará responsável pelos drenos, cateteres e
conexões para que não sejam tracionados
 E as outras duas, posicionadas uma de cada lado do leito, serão
responsáveis por virar o paciente, primeiramente para o decúbito
lateral, e em seguida para a posição prona. Os braços devem ser
posicionados ao longo do corpo, com a cabeça voltada para um dos
lados, e os eletrodos de monitorização cardíaca fixados no dorso.
Complicações
Edema facial
Obstrução de vias aéreas
Lesões cutâneas
Perda de acessos venosos e sondas
Extubação acidental
Queda transitória da saturação
Aumento da necessidade de sedação
MANUTENÇÃO/ META:
• 16-18 HORAS DE PRONA
• Reposicionar braços e cabeça de 2-2 horas;
• Checar os olhos ( não pode haver contato do olho com a superfície);
• Realizar leve lateralização do corpo do paciente (colocar coxins do mesmo lado que está o rosto do paciente;
• Documente os procedimentos, eventos adversos e horários das ocorrências e dos procedimentos.
RETORNO À POSIÇÃO SUPINA
• Retirar os coxins;
• Repetir os cuidados pré-manobra, profissional coordena o giro;
• Reposicionar os eletrodos;
• Elevar cabeceira a 30 graus ;
• Realizar registro de sinais vitais, parâmetros hemodinâmicos.
ATRIBUIÇÕES:
Enfermagem:
• Pausar dieta e abrir Sonda Nasoenteral (SNE) 2 horas antes da manobra;
• Reunir o material em um carro de apoio e levá-lo ao leito do paciente;
• Aproximar carro de Parada Cardio-Respiratória(PCR) contendo o material de intubação orotraqueal;
• Verificar fixação de cateteres, drenos e sondas;
• Instalar proteção de pele em: face, orelhas tórax, crista ilíaca, joelhos e dorso dos pés;
• Fechar os clamps de sondas e drenos durante o procedimento;
• Preparar a medicação prescrita (sedação, analgesia, bloqueador neuromuscular);
• Monitorização dos sinais vitais (trocar eletrodos para região dorsal) ;
• Auxílio na execução da manobra.
ATRIBUIÇÕES
Médico:
• Indicar o procedimento conforme quadro clínico e discussão do
caso com coordenação médica e/ou diarista da Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI);
• Avaliar necessidade de ajuste da analgesia, sedação, curarização
e/ou outra medicação;
• Ajustes, monitorização dos parâmetros ventilatório e sinais
vitais;
• Auxílio na execução da manobra ;
• Avaliar necessidade de interrupção do procedimento.
ATRIBUIÇÕES
Fisioterapia:
• Separar cuffômetro;
• Verificar a fixação do TOT ou TQT;
• Realizar aspiração de vias aéreas e tubo orotraquel ou traquestomia (TOT ou TQT), se
necessário;
• Testar ambu;
• Verificar Pressão cuff , fixação do tubo orotraqueal, nível do tubo orotraqueal na
comissura labial e conexões do circuito do ventilador mecânico;
• Pré oxigenar por 10 min antes da manobra;
• Ajustes , monitorização dos parâmetros ventilatório e sinais vitais ;
• Auxílio na execução da manobra.
REFERÊNCIAS

DRAHNAK DM, CUSTER N. Prone Positioning of Patients With Acute Respiratory Distress Syndrome.
Crit Care Nurse, v. 35(6), p. 29-37, 2015.

KISNER, C.; COLBY, L.A.; BORSTAD, J. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 7. ed.
Tamboré - SP: Manole, 2021.

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO. Manual


procedimento operacional padrão, 2022. Disponível em: https://site.hcrp.usp.br/novos-problemas-
novassolucoes/. Acesso em 30 de abr. de 2023.

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MARIA APARECIDA PEDROSSIAN. Manual procedimento operacional


padrão. Versão 1.1, 2016. Disponível em: . Acesso em 30 de abr. de 2023. HUDACK ME. Prone
positioning for patients with ARDS. Nurse Pract. 2013;38(6):10-2.

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