Previsão para Os Estoques

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PREVISÃO PARA OS

ESTOQUES
Murilo Toledo
INTRODUÇÃO

A previsão de consumo ou da demanda


estabelece estimativas futuras dos produtos acabados
comercializados e vendidos.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA
PREVISÃO

• É o ponto de partida de todo planejamento;

• Não é uma meta de vendas; e

• Sua precisão deve ser compatível com o custo de obtê-la.


INFORMAÇÕES BÁSICAS
Quantitativas

• Evolução das vendas no passado;


• Variáveis cuja evolução e explicação estão ligadas
diretamente às vendas;
• Variáveis de fácil previsão, relativamente ligadas às
vendas (populações, renda, PIB); e
• Influência da propaganda.
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Qualitativas

• Opinião dos gerentes;


• Opinião dos vendedores;
• Opinião dos compradores;
• Pesquisas de mercado.
HISTÓRICO DO
CONSUMO

ANÁLISE DO HISTÓRICO
DO
CONSUMO

FORMULAÇÃO OUTROS FATORES


DO MODELO INFORMAÇÕES DIVERSAS

AVALIAÇÃO DO MODELO
GERADOR DE PREVISÃO CORREÇÃO
DA PREVISÃO

Decorrido um período ≠ Modelo ainda válido


PREVISTO COMPRADO
COM REALIZADO ≠ Modelo não válido

= Previsão confirmada

CONTINUAMOS COM
A PREVISÃO INICIAL
TÉCNICAS DE PREVISÃO DO
CONSUMO

• Projeção: admitem que o futuro será repetição do

passado ou as vendas evoluirão no tempo, segundo o


mesmo padrão observado no passado.
TÉCNICAS DE PREVISÃO DO
CONSUMO

• Explicação: procuram explicar as vendas do passado

mediante modelos que relacionem as mesmas com


outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível.
TÉCNICAS DE PREVISÃO DO
CONSUMO

• Predileção: funcionários experientes e conhecedores de

fatores influentes nas vendas e no mercado estabelecem


a evolução das vendas futuras.
As formas de evolução de
consumo podem ser
representadas da seguinte
forma:
Modelo de evolução horizontal de
consumo.
• De tendência invariável ou constante, é reconhecido pelo

consumo médio horizontal.


Modelo de evolução de consumo
sujeito à tendência.
• O consumo médio aumenta ou diminui com o correr
do tempo. Este pode ser ascendente ou
descendente.
Modelo de evolução sazonal de
consumo.
• O consumo possui oscilações regulares, que
tanto podem ser positivas quanto negativas; ele é
sazonal quando o desvio é no mínimo de 25% do
consumo médio e quando aparece
condicionamento a determinadas causas.
Na prática, podem ocorrer combinações dos diversos
modelos de evolução de consumo.
Fatores que podem alterar o
comportamento do consumo:
1. Influências políticas;

2. Influências conjunturais;

3. Influências sazonais;

4. Alterações no comportamento dos clientes;

5. Inovações técnicas;

6. Modelos retirados da linha de produção;

7. Alteração da produção;

8. Preços competitivos dos concorrentes.


Existem duas formas de se apurar o
consumo:

Após a entrada do pedido. Somente possível


nos casos de prazo de fornecimento suficientemente
longo.

Através de métodos estatísticos. Trata-se do


método mais utilizado. Calculam-se as previsões
através dos valores do passado, ou seja, de dados
obtidos anteriormente.
Algumas técnicas quantitativas
usuais para calcular a previsão de
consumo:

Método do último período

Método da média móvel

Método da média móvel ponderada


Método do último período

Este modelo, mais simples e sem base matemática,


consiste em utilizar como previsão para o período seguinte
o valor ocorrido no período anterior.
Método da média móvel

Neste método, a previsão para o próximo período é


obtida calculando-se a média dos valores de consumo nos
n períodos anteriores.

Observações em relação a curva


crescente, decrescente e número de
períodos.
Fórmula:

C1 + C2 + C3 + ... + Cn
CM =
n
CM = Consumo médio
C = Consumo nos períodos anteriores
n = Número de períodos

OBS: a cada novo mês, adiciona-se o


mesmo à soma do numerador e despreza-
se o 1º mês utilizado.
Desvantagens do método
• As médias móveis podem gerar movimentos cíclicos,
ou de outra natureza não existente nos dados
originais;

• As médias móveis são afetadas pelos valores


extremos;

• As observações mais antigas têm o mesmo peso que


as atuais;

• Exige a manutenção de um número muito grande de


dados.
Vantagens:

• Simplicidade e facilidade de implantação;

• Facilidade em processamento manual.


EXEMPLO DE APLICAÇÃO I
Os volumes consumidos entre janeiro e julho de
determinado ano foram, respectivamente, 30, 70, 50, 60,
40, 20 e 30. Se utilizássemos o método da média móvel
com n=3, teríamos:

30+70+50
Previsão de consumo para abril = = 50
3

70+50+60
Previsão de consumo para maio = = 60
3
50+60+40
Previsão de consumo para junho = = 50
3

60+40+20
Previsão de consumo para julho = = 40
3

40+20+30
Previsão de consumo para agosto = = 30
3
EXEMPLO DE APLICAÇÃO II
O consumo em quatro anos de uma peça foi de:

ANO QUANTIDAD
E
2004 72
2005 60
2006 63
2007 66
Qual deverá ser o consumo previsto
para 2008, utilizando-se o método da média
móvel, com n = 3?
Resposta:

Previsão de 60+63+66
consumo para = = 63
2008 3
Método da média móvel ponderada

Este método é uma variação do modelo


anterior em que os valores dos períodos mais
próximos recebem peso maior que os valores
correspondentes aos períodos mais anteriores.

OBS:
• Os pesos p são decrescentes dos valores mais recentes para os mais
distantes.
• A determinação dos pesos, ou fatores de importância, deve ser tal ordem
Exemplo:
Período Peso ou fator de Quantidade
importância em %
1 5% de 350 = 17,5
2 10% de 70 = 7,0
3 10% de 800 = 80,0
4 15% de 200 = 30,0
5 20% de 150 = 30,0
6 40% de 200 = 80,0
7 100% 244,5 = 245

C = 0,05 X 350 + 0,10 X 70 + 0,10 X 800 + 0,15


X 200 + 0,20 X 150 + 0,40 X 200 = 244,5
EXEMPLO DE APLICAÇÃO II

Determine o consumo previsto para 2008 utilizando


o método da média móvel ponderada com os seguintes
pesos:

ANO QUANTIDAD PESO


E
2004 72 5%
2005 60 20%
2006 63 25%
2007 66 50%
R: a previsão para 2008 é de 64 unidades.
Método da média com ponderação
exponencial
Este método elimina muitas desvantagens dos método
da média móvel e da média móvel ponderada. Além de
valorizar os dados mais recentes, apresenta menor
manuseio de informações passadas. Apenas três
fatores são necessários para gerar a previsão do
próximo período:

a previsão do último período;


o consumo ocorrido no último período; e
uma constante que determina o valor ou ponderação
dada aos valores mais recentes.
Método da média com ponderação
exponencial

Este modelo procura prever o consumo apenas com a


sua tendência geral, eliminando a reação exagerada a valores
aleatórios. Ele atribui parte da diferença entre o consumo atual
e o previsto a uma mudança de tendência e o restante a
causas aleatórias.
Exemplo Explicativo
Suponhamos que para determinado produto havíamos
previsto um consumo de 100 unidades. Verificou-se,
posteriormente, que o valor real ocorrido foi de 95 unidades.
Precisamos prever agora o consumo para o próximo mês. A
questão básica é a seguinte: Quanto da diferença entre 100 e
95 unidades pode ser atribuído a uma mudança no padrão de
consumo e quanto pode ser atribuído a causas puramente
aleatórias?
Exemplo Explicativo (continuação)

Se a nossa previsão seguinte for de 100


unidades, estaremos assumindo que toda a diferença
foi devida a causas aleatórias e que o padrão de
consumo não mudou absolutamente nada.
Se for de 95 unidades, estaremos assumindo
que toda a diferença deve ser atribuída a uma
alteração no padrão de consumo (método do último
período).
Neste método, apenas parte da variação é
considerada como mudança no padrão de
consumo.
Exemplo Explicativo (continuação)

Vamos supor que, no exemplo anterior, decidimos que 20%


da diferença deve ser atribuído a alterações no padrão de consumo
e que 80% devem ser considerados como variação aleatória.
Levando-se em consideração que a previsão era de 100 unidades e
ocorreu na realidade 95 e que 20% do erro (100-95) é igual a 1, a
nova previsão deverá ser de 99 unidades. Resumindo, podemos
escrever:

Próxima previsão = Previsão anterior + Constante de


amortecimento x Erro de previsão
Fórmula
C t  C T 1   .(CT 1  C T 1 ) , com 0  1

Ct  Previsão de consumo para o próximo período

C T 1  Previsão de consumo para o período passado


CT 1  Consumo efetivo no período passado
 Coeficiente de ajustamento
Método da média com ponderação
exponencial
A determinação do valor  pode ser feita por intermédio
de cálculos matemáticos e estatísticos. Nos casos mais
comuns, a determinação é verificada empiricamente, os
valores utilizados estão compreendidos entre 0 e 1, usando-se
normalmente de 0,1 a 0,3. Para determinarmos o peso de
cada observação podemos reescrever a equação:

C T  C T 1  CT   C T 1 )
C T  CT  (1   )C T 1 )
Método da média com ponderação
exponencial
A média estimada é suavizada para descontar os efeitos
das variações aleatórias. Por exemplo, tomando-se  = 0,2 na
equação acima:
C T  0,2.CT  0,8.C T 1 )
Estabelece que a média estimada , no período t, é
determinada pela adição de 20% do novo consumo e 80% da
média estimada para o período anterior . Assim, 80% das
variações aleatórias possíveis incluídas em CT 1 são

descontadas.
Comparação gráfica entre uma previsão calculada
através de valores médios e outra com nivelamento de
expoente, que mostra claramente a diferença no resultado
alcançado em cada um dos dois métodos.
Exemplo de aplicação
O nível de consumo de uma peça mantém uma
oscilação média. A empresa utiliza o cálculo de média
ponderada exponencial. Em 19x1, a previsão de consumo era
de 230 unidades, tendo o ajustamento um coeficiente de 0,10.
em 19x2 o consumo foi de 210. qual é a previsão de consumo
C 
para 210
19x3? C t  Ct  (1   )  C t 1
t
C t  0,10  210  (1  0,1)  230
C t 1  230
C t  21 207
  0,10
C t  228unid . / ano
Método dos mínimos quadrados

Este método é usado para determinar a melhor


linha de ajuste que passa mais perto de todos os dados
coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que
minimiza as distâncias entre cada ponto de consumo
levantado.

Uma linha reta está definida pela equação Y = a +


bx. Nas séries temporais, Y é o valor previsto em um
tempo X, medido em incrementos, tais como anos, a
partir do ano-base. O objetivo é determinar a (o valor de
Y quando X=0) e b (a inclinação da reta).
Método dos mínimos quadrados

Usam-se duas equações para determinar a e b. obtemos a


primeira multiplicando-se a equação da linha reta pelo coeficiente a e
somando os termos. Sendo o coeficiente a igual a 1 e sabendo-se
que N é o número de pontos ( número de anos), a equação se
modifica para:

 Y  N  a  b X
A segunda equação é desenvolvida de maneira semelhante.
O coeficiente de b é X. Ao multiplicarmos os termos por X e somá-
los, teremos:

Essas duas equações são denominadas equações normais.

 XY  a X  b X
2
Método dos mínimos quadrados

As quatro somas necessárias à resolução das equações são


obtidas de forma tabular, tendo em vista que X é igual ao número de
períodos a partir do ano-base
.  Y,  X,  XY , X²

Depois da obtenção das quatro somas, estas são


substituídas nas equações normais, onde os valores de a e b são
calculados e substituídos na equação da linha reta para obtenção da
fórmula de previsão:

Y = a + b.X
Exemplo de aplicação
Determinada empresa quer calcular qual seria a
previsão de vendas de seu produto W para o ano de 2001. as
vendas dos 5 anos anteriores foram:

1996– 108
1997 – 119
1998 – 110
1999 – 122
2000 – 130
Exemplo de aplicação -
Resolução
ANO Y X X2 X.Y
1996 108 0 0 0
1997 119 1 1 119
1998 110 2 4 220
1999 122 3 9 366
2000 130 4 16 520

 589 10 30 1.225
Exemplo de aplicação -
Resolução
De onde resultam as equações normais:

 Y  N  a  b X
 XY  a X  b X
2

589 = 5a + 10b
1.225 = 10a + 30b
Exemplo de aplicação -
Resolução
Resolvendo as duas equações
simultaneamente, obteremos:

a = 108,4
b = 4,7
A previsão para 2001 está 5 anos à frente de
1996, logo:

Y = 108,4 + 4,7 . X
Y = 108,4 + 4,7 . (5)
Y = 131,9  132
Referência

Dias, Marco Aurélio P. Administração de materiais:


princípios, conceitos e gestão 6ª ed. São Paulo: Atlas,
2011.

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