Teoria Do Conflito

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NEGOCIAÇÃO,

MEDIAÇÃO,
CONCILIAÇÃO E
ARBITRAGEM
Profª Roberta Flávia
Fidalgo
Teoria do Conflito

https://www.youtube.com/watch?v=mAbeslgBMVM

https://www.youtube.com/watch?v=Xe3Erld9yM8

https://www.youtube.com/watch?v=2HQgdyua1dU

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O Conflito e o Processo Judicial

Definição de conflito: circunstância em que duas ou mais pessoas


divergem em razão de algum assunto incompatível entre as partes.

Normalmente a expressão “conflito” é associada a outras


expressões com conotação negativa, como briga, guerra, etc.

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É comum perceber-se, ainda, que ao se deparar com um conflito as
pessoas externalizam através de reações fisiológicas, emocionais e
comportamentais, aquilo que se passa em seu subconsciente, dessa
forma, muitas vezes, as pessoas apresentam ruborização,
taquicardia, aumento do tom de voz, etc.

Pessoas envolvidas em conflitos tendem a se comportar de forma a


julgar a outra parte, atribuir culpa, responsabilizar, etc.

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Apesar do exposto, o conflito não é visto como algo negativo. Pelo
contrário, tem-se entendido que o conflito possui muitos aspectos
positivos e dele pode resultar entendimento, compreensão, solução,
etc.

Essa passagem de uma forma negativa de se ver o conflito para uma


forma positiva de avaliá-lo tem representado uma verdadeira
reviravolta na teoria do conflito. A partir do momento que o conflito
é visto de forma positiva e comum nas relações humanas, ele
poderá ser utilizado com ferramenta para solução de litígios. 5
Entender o conflito de forma negativa desencadeia uma reação
denominada "retorno de luta ou fuga", o que desencadeia todas as
reações negativas do conflito, por sua vez, quando o conflito é visto
como uma oportunidade, o efeito é contrário e as partes saem mais
felizes com o resultado.

O mediador tem um papel importantíssimo, pois ele tem o poder de


conduzir o conflito de forma negativa ou positiva, a depender de
como ele próprio enxergará o conflito e como o conduzirá perante
as partes. 6
Conflitos e Disputas

Apesar de semelhantes o conceito de conflito e disputa não se


confundem. Para que exista uma disputa é necessário que se tenha
existido um conflito prévio, mas para haver um conflito, não
necessariamente tem que haver uma disputa.

O conflito irá se instaurar mediante um desentendimento ou uma


incompatibilidade. Já a disputa somente se instaurará quando uma
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das partes instaurar uma lide e procurar a solução por meio de um
juiz, que poderá conceder total ou parcialmente o pedido, ou, ainda,
negá-lo. Assim, a disputa somente ocorrerá quando uma demanda
for proposta.

Espirais de Conflito

Alguns autores consideram que o conflito se insere em um contexto


de um ciclo vicioso de ação e reação pelas partes, sendo que a

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reação, normalmente é mais severa que a ação que a precedeu, isso
poderá culminar em uma disputa. Quando essa cadeia não é
controlada corre-se o risco, inclusive, de as partes perderem de vista
seus verdadeiros anseios e as causas que inicialmente eram
originárias, tornam-se secundárias.

Processos Construtivos e Destrutivos

O processualista mexicano Zamorra Y Castillo, faz uma crítica ao


atual sistema processual e procedimental, pois além dele ser lento
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e custoso, muitas vezes o processo aborda o fenômeno jurídico
tratando somente o que é tutelado juridicamente, e excluindo
aspectos tão importantes ou até mais, do que os fenômenos
tutelados.

Em sua obra, Morton Deutsch, classifica o processo de resolução de


disputa como construtivos e destrutivos.

Processo destrutivo é caracterizado pelo enfraquecimento ou


rompimento da relação social preexistente à disputa em razão da
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forma pela qual é conduzida. A tendência desse tipo de conflito é
expandir ou tornar-se mais acentuada ao longo do seu
desenvolvimento. Dessa forma o conflito torna-se "independente de
suas causas iniciais", assumindo uma feição de competição e cada
parte busca ser o vencedor. Esse processo não permite a
coexistência ou convivência das partes.

Já o processo construtivo tende a fortalecer a relação social já


existente. As suas características são:

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I) capacidade de estimular as partes a desenvolver soluções
criativas que permitam a compatibilização dos interesses
aparentemente contrapostos;

II) capacidade das partes ou do condutor do processo motivarem


todos os envolvidos para que prospectivamente resolvamos
questões sem atribuição de culpa;

III) desenvolvimento de condições que permitam a reformulação


das questões diante de eventuais impasses; e
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IV) disposição das partes ou do condutor do processo a abordar,
além das questões juridicamente tutelados, todas e quaisquer
questões que estejam influenciado a relação das partes.

Para Zamorra deve-se criar novos modelos para permitir a


resolução de conflitos de forma pacífica, participativa e manter a
relação já existente entre as partes, dessa forma tendendo ao
fortalecimento do laço entre as partes.
Os modelos construtivos conhecidos hoje em dia são a Mediação e
a Conciliação.
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Bibliografia:

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. AZEVEDO,


André Gomma de (Org.). Manual de Mediação Judicial, 5ª edição.
Brasília: Conselho Nacional de Justiça, 2015.

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