Aula 1 - Procedimento Comum

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PROCEDIMENTO COMUM

“Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo


disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos
demais procedimentos especiais e ao processo de execução”.

Postulatória Ordinatória Instrutória Decisória


FASE POSTULATÓRIA
1. Petição inicial (arts. 319 e 320 do CPC)

2. Análise da inicial pelo juiz

a) É caso de emenda? (art. 321 do CPC)

b) É caso de indeferimento da inicial? (art. 330 do CPC)

c) O que você deve fazer em caso de indeferimento? (art. 331 do CPC)

3. Petição inicial recebida

a) É caso de improcedência liminar do pedido? (art. 332 do CPC)

b) O que você deve fazer em caso de improcedência?


Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz,
independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o
pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal
de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas
ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se
verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
• Postura do autor no recurso: distinguishing ou overruling

CASO CONCRETO CASO PRECEDENTE

• Postura do réu no recurso: demonstrar a semelhança


4. Audiência de conciliação/mediação

Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso
de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação
ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser
citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

• Hipóteses de não designação


P. E se o autor for omisso na petição inicial?

P. E se o autor manifestar o desinteresse na audiência?

P. E se autor e réu manifestarem o desinteresse?

P. E se a parte não comparecer?


§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência
de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será
sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do
Estado.
P. E se a parte for representado por advogado?

§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração


específica, com poderes para negociar e transigir.

P. E se o juiz aplicar a multa? Cabe recurso?


“[...] A impetração de mandado de segurança contra ato judicial, a teor da doutrina e
da jurisprudência, reveste-se de índole excepcional, admitindo-se apenas em
hipóteses determinadas, a saber: a) decisão judicial manifestamente ilegal ou
teratológica; b) decisão judicial contra a qual não caiba recurso; c) para imprimir efeito
suspensivo a recurso desprovido de tal atributo; e d) quando impetrado por terceiro
prejudicado por decisão judicial. 2. Na hipótese, é cabível o mandado de segurança e
nítida a violação de direito líquido e certo do impetrante, pois tem-se ato judicial
manifestamente ilegal e irrecorrível, consistente em decisão interlocutória que impôs
à parte ré multa pelo não comparecimento pessoal à audiência de conciliação, com
base no § 8º do art. 334 do CPC, por suposto ato atentatório à dignidade da Justiça,
embora estivesse representada naquela audiência por advogado com poderes
específicos para transigir, conforme expressamente autoriza o § 10 do mesmo art. 334
[...]” (AgInt no RMS n. 56.422/MS, relator Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, julgado em
8/6/2021, DJe de 16/6/2021.).
5. Contestação (art. 335 do CPC)

5.1. Contestação como peça defensiva total, formal e específica

Preliminares (art. 337 do CPC)

Defesas de mérito

Impugnação de cada fato/pedido (art. 341 do CPC)


5.2. Alegação de ilegitimidade passiva

Prosseguimento
Autor não aceita
do processo

Alegação +
Intimação do Autor pode Autor paga as
indicação do
autor (15 dias) requerer a despesas +
legitimado
alteração do honorários (3% a
polo passivo 5% do v.c)
Autor aceita
Autor pode
Forma-se um
requerer o
litisconsórcio
ingresso do
passivo
sujeito indicado

5.3. E se você for advogado(a) de apenas um dos réus?


“[...] 4. A incidência da previsão do art. 338 do CPC/15 é exclusiva da hipótese em
que há a extinção do processo em relação ao réu originário, com a inauguração
de um novo processo, por iniciativa do autor, em relação a um novo réu, de
modo que, ausentes essas circunstâncias específicas, descabe cogitar da fixação de
honorários mencionada no parágrafo único do art. 338 do CPC/15. 5. Hipótese dos
autos em que foi acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva de um dos dois
executados, prosseguindo o processo, no entanto, em face do outro, sem
"substituição" da parte ré. Aplicabilidade da regra geral de fixação dos honorários
advocatícios, nos moldes do art. 85, § 2º, do CPC/15 [...]” (REsp n. 1.895.919/PR,
relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 1/6/2021, DJe de 8/6/2021).
6. Reconvenção

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar


pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da
defesa.

6.1. Cuidados com a reconvenção

a) Formalidade e prazo
b) Litisconsórcio
c) Independência entre reconvenção e contestação
d) Honorários advocatícios
FASE ORDINATÓRIA
1. Fase ordinatória

Adoção de providências preliminares

Julgamento conforme o estado do processo

Decisão de saneamento e organização do


processo
1.2. Providências preliminares

a) Réplica em caso de defesa de mérito indireta (art. 350 do CPC)

b) Réplica em caso de preliminar (art. 351 do CPC)

c) Correção de irregularidades ou vícios sanáveis (art. 352 do CPC)

• O poder da réplica
a) Inobservância do ônus da impugnação específica (art. 341 do CPC)

b) Demonstrar a incontrovérsia em relação a um dos pedidos (art. 356 do CPC)

c) Requerer tutela provisória de evidência (art. 311, IV, do CPC)


Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo,
quando:
(...)
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir
liminarmente.
1.3. Julgamento conforme o estado do processo

a) Extinção do processo, acordo ou prescrição/decadência (art. 354 do CPC)

b) Julgamento antecipado do mérito (art. 355 do CPC)

c) Julgamento antecipado parcial do mérito (art. 356 do CPC)


1.4. Decisão de saneamento e organização do processo

Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz,
em decisão de saneamento e de organização do processo:
I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória,
especificando os meios de prova admitidos;
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;
IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;
V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.

P. E a chamada “fase de especificação de provas”?


• Saneamento convencional (art. 357, § 2º do CPC)

§ 2o As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação


consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a
qual, se homologada, vincula as partes e o juiz

• Saneamento em cooperação (art. 357, § 3º, do CPC)

§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá


o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as
partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou
esclarecer suas alegações.
FASE INSTRUTÓRIA
1. Direito probatório

1.1. Ônus da prova

a) Critério estático (art. 373, caput, do CPC)

b) Critério dinâmico (art. 373, §§ 1º e 3º do CPC)

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos
do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz
atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do
ônus que lhe foi atribuído.
• Questões práticas:

a) “Prova diabólica”

b) Momento para distribuir de forma diversa o ônus da prova

c) O juiz pode distribuir de forma diversa após a decisão de saneamento?

d) E a inversão do ônus da prova?


FASE DECISÓRIA

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