AULA 02 Noções Introdutórias Dir. Trib.

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Direito Tributário I

Prof. Ricardo Duarte

INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO


• Quanto à natureza jurídica do Direito Tributário, ele pode ser
classificado como um ramo do Direito Público que tem como titular o
Estado, em que o bem jurídico tutelado é o interesse da coletividade
e é formado por um conjunto de normas que devem ser
integralmente cumpridas pelo sujeito da obrigação tributária, ainda
que essa não seja a livre manifestação de sua vontade, pois a
legislação tributária se constrói sobre dois princípios fundamentais,
quais sejam:

• 1) a Supremacia do interesse público sobre o interesse privado e:

• 2) a indisponibilidade do interesse público.


• Supremacia do interesse público sobre o interesse privado
• Ex: Obrigação de pagar tributos mesmo que você não deseje
(manifestação de vontade do contribuinte é nula).
• Desigualdade entre ESTADO e CONTRIBUINTE.

• Indisponibilidade do interesse público.


• A administração pública não pode renunciar àquilo que não lhe
pertence, uma vez que o titular dos interesses e patrimônio público é
o povo, sendo o Estado apenas o gestor desses bens. Por isso não
pode o Fisco, por exemplo, conceder isenções e benefícios fiscais
quando e como quiser, porque ao fazer isso está renunciando receitas
que supririam os cofres públicos; deve sempre fazê-lo por meio da
Lei, porque ela sim é a manifestação de vontade do povo por meio de
seus representantes eleitos.
• Além de ser um ramo do Direito Público é também um direito
obrigacional, ou seja, regula as relações patrimoniais decorrentes do
binômio crédito e débito.

• Nessas relações jurídico-obrigacionais sempre há, de um lado, o


devedor que cumprirá uma obrigação – no caso da obrigação
tributária a de pagar – e de outro, o credor que tem o direito de exigir
o cumprimento da obrigação.

• Ao longo do nosso estudo você compreenderá melhor quem é o


credor e quem pode ser devedor nessa obrigação tributária.
• O Direito Tributário goza de autonomia.

• Não estamos querendo dizer que ele é independente das demais


disciplinas e que com elas não se relaciona.

• A sua autonomia se dá quanto ao aspecto didático, visto que se tem


um ensino individualizado desse ramo do Direito; quanto ao seu
aspecto científico, uma vez que tem princípio que lhe são próprios e
específicos e institutos que só se vêem nessa disciplina em específico.
• Direito Financeiro e Direito Tributário

• A atividade financeira do Estado é regulada pelo Direito Financeiro, e


como já estudado, a tributação é uma das atividades financeiras que
o Estado desempenha. Porém, tendo em conta a importância que o
ordenamento jurídico concedeu à tributação e às normas que a
disciplinam, surgiu um novo ramo do Direito – o Direito Tributário –
que se destacou do Direito Financeiro.

• Direito Tributário se dedicou à disciplina da tributação, o Direito


Financeiro disciplina todo o restante da atividade financeira do
Estado, regulando o orçamento com suas receitas e despesas.
• ORÇAMENTO PÚBLICO

• O orçamento é conhecido como uma peça que contém a aprovação


prévia da despesa e da receita para um período determinado.

• Espelha a vida econômica da Nação e a atuação do Estado sobre a


economia. Implementa o plano de ação do governo, a política
governamental, a vontade política do governo.

• “Orçamento é considerado o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e


autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as
despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros
fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a
arrecadação das receitas já criadas em lei
• Previsão Constitucional do Orçamento

• O orçamento encontra fundamento constitucional nos art. 165 a 169


da CRFB/1988, nestes artigos fica estabelecido o Sistema
Orçamentário.
• Leis Orçamentárias

• Existem três espécies de orçamentos, todos são de iniciativa do


Poder Executivo, art 165 da CRFB/1988:

• Lei do Plano Plurianual (PPA) – Validade 4 anos;


• Lei das Diretrizes Orçamentárias – Validade 1 ano (LDO);
• Lei Orçamentária Anual – Validade 1 ano (LOA).
O Direito Tributário e sua natureza (direito público, obrigacional e
Comum)
(fonte - Sabbag, Eduardo - Manual de direito tributário / Eduardo Sabbag. – 8. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016)

• Quanto à sua natureza, é imperioso destacar que o Direito Tributário é ramo


que deriva do Direito Financeiro, sendo deste a parte mais destacada e
desenvolvida, “porque abrange todas as relações jurídicas entre a Fazenda
Pública e o contribuinte, a que estão vinculados interesses essenciais do Estado
e dos cidadãos”

• Logo, o Direito Tributário pode ser classificado como ramo jurídico pertencente
ao direito público, com a figura do Estado sempre presente em um dos polos
da relação jurídica – e sempre em situação de superioridade jurídica perante o
particular –, haja vista o interesse tutelado ser socialmente coletivo (o
interesse público), o que dota suas normas jurídicas de compulsoriedade.
• Receitas originárias e derivadas

• Quando o Estado obtém receitas pela exploração de seu próprio


patrimônio, ele está auferindo o que chamamos de receitas originárias.
Regida pelo DIREITO PRIVADO. Aqui o Estado abre mão de algumas de suas
prerrogativas, atuando de maneira semelhante ao particular em maior ou
menor grau, obtendo assim receitas de caráter patrimonial ou empresarial.
• Já as chamadas receitas derivadas são aquelas provindas do patrimônio
do particular que é compelido pelas leis a entregar valores aos cofres
públicos em determinadas circunstâncias autorizativas – por exemplo, a
empresa aufere lucro em um determinado período, ela fica obrigada a
recolher o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido,
ainda que esta não seja a sua vontade. O Estado nesse momento utiliza-se
de seu poder de império, colocando-se em posição de superioridade ao
contribuinte. Ex: Royalties
• Receitas originárias e derivadas

• Quando o Estado obtém receitas pela exploração de seu próprio


patrimônio, ele está auferindo o que chamamos de receitas originárias.
Regida pelo DIREITO PRIVADO. Aqui o Estado abre mão de algumas de suas
prerrogativas, atuando de maneira semelhante ao particular em maior ou
menor grau, obtendo assim receitas de caráter patrimonial ou empresarial.
• Já as chamadas receitas derivadas são aquelas provindas do patrimônio
do particular que é compelido pelas leis a entregar valores aos cofres
públicos em determinadas circunstâncias autorizativas – por exemplo, a
empresa aufere lucro em um determinado período, ela fica obrigada a
recolher o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido,
ainda que esta não seja a sua vontade. O Estado nesse momento utiliza-se
de seu poder de império, colocando-se em posição de superioridade ao
contribuinte. Ex: Royalties
• Receitas originárias e derivadas

• Royalties - Royalty é uma palavra de origem inglesa que se refere a uma


importância cobrada pelo proprietário de uma patente de produto,
processo de produção, marca, entre outros, ou pelo autor de uma obra,
para permitir seu uso ou comercialização. No caso do petróleo, os
royalties são cobrados das concessionárias que exploram a matéria-
prima, de acordo com sua quantidade. O valor arrecadado fica com o
poder público. Segundo a atual legislação brasileira, estados e municípios
produtores – além da União – têm direito à maioria absoluta dos
royalties do petróleo. A divisão atual é de 40% para a União, 22,5% para
estados e 30% para os municípios produtores. Os 7,5% restantes são
distribuídos para todos os municípios e estados da federação.
• (fonte: http://www.senado.gov.br/noticias/agencia/infos/inforoyalties_.htm acessado aos 27 de fevereiro de
2018. )
Fontes
• < https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/4223/Direito-palavra-e-definicao >
• < http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/rousseau-contrato-social.htm >
• http://www.senado.gov.br/noticias/agencia/infos/inforoyalties_.htm

• Sabbag, Eduardo - Manual de direito tributário / Eduardo Sabbag. –


8. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016

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