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Saneamento Básico

Professor: Alisson Aureo Fernandes


Engenheiro Civil e Engenheiro de Segurança do Trabalho
Especialização em Saneamento
Saneamento Básico
No Brasil, merecem destaques, dentre tantos, os seguintes sanitaristas:
Engenheiro Francisco Rodrigues Saturnino de Brito (Campos/RJ, 1864), pioneiro nas obras de abastecimento de água e de
esgotos sanitários em todo o território brasileiro; os Médicos Valeparaibanos Oswaldo Cruz (S. Luiz do Paraitinga/SP, 1872)
e Emílio Ribas.
Saneamento Básico
Saneamento e saúde pública
No início da década de 1970, a Organização Mundial de Saúde (OMS), definiu Saúde como: “um estado de completo bem-
estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. O gozo de melhor estado de saúde, constitui
um direito fundamental de todos os seres humanos, sejam quais forem sua raça, sua religião, suas opiniões políticas, sua
condição econômica e social (Preâmbulo da Constituição da OMS).

Ao procurarmos o conceito de saneamento na língua


portuguesa, de acordo com o dicionário Aurélio (2018,
[s.p.]), encontraremos a seguinte definição: “saneamento:
sanar, tornar higiênico; salubrificar; remediar; tornar
habitável. Tornar apto para a cultura, expurgar.”
Saneamento Básico
Saneamento e saúde pública
Saneamento É o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeito deletério
sobre seu bem-estar físico, mental ou social (OMS).

Pilares do Saneamento Básico


Saneamento Básico
Saneamento e saúde pública
Os principais pilares do saneamento são:
Abastecimento de água;
Coleta, afastamento e tratamento de águas residuárias (esgotos sanitários, resíduos líquidos industriais e
águas pluviais);
Acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e/ou destino final dos resíduos sólidos (lixo);
Drenagem urbana;
Controle da poluição ambiental (água, ar, solo, acústica e visual); ? Saneamento dos alimentos;
Controle de artrópodes e de roedores de importância em saúde pública;
Saneamento de habitação, dos locais de trabalho, de educação e de recreação e dos hospitais;
Saneamento e planejamento territorial;
Saneamento dos meios de transporte;
Saneamento em situações de emergência;
Aspectos diversos de interesse no saneamento do meio (cemitérios, aeroportos, ventilação, iluminação,
insolação etc.).
Portanto, conclui-se que as atividades do saneamento são de natureza multiprofissional.
Saneamento Básico
Saneamento e saúde pública

Quando nos referimos à saúde pública, estamos nos referindo ao conjunto de práticas a favor da saúde da população
e, entre essas medidas, estão as de saneamento básico. Ao garantir a uma comunidade todos os quatro pilares do
saneamento básico bem estruturados, podemos observar a promoção da saúde pública, qualidade de vida e,
consequentemente, melhora dos índices básicos de desenvolvimento humano. Uma regra que podemos adotar é:
quanto mais se investe em saneamento básico, menores serão os gastos com a saúde da população.

Lei Nacional do Saneamento


No Brasil, a Lei nº 11.445/2007, chamada de Lei
Nacional do Saneamento Básico (BRASIL, 2007), é a
responsável pelas diretrizes básicas do saneamento no
país. A partir desta lei foi estabelecido que a
acessibilidade dos serviços públicos do saneamento
deveria ser generalizada, ou seja, que os quatro pilares
do saneamento, portanto o saneamento se torna um
direito básico para todo cidadão.
Saneamento Básico
Saneamento e saúde pública

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010, p. 17), até


2007 cerca de 58% da população brasileira estava sem qualquer rede
coletora de esgoto; nessa pesquisa, 15,3 milhões de pessoas que não
tinham rede viviam só no Nordeste – local onde a situação era mais grave.
Saneamento Básico
Saneamento e saúde pública
Em mais de 10 anos da Lei Nacional do Saneamento Básico, a Secretária Nacional do Saneamento do Ministério do
Desenvolvimento Regional vem atualizando os diagnósticos dos serviços de água e esgotos, do manejo de resíduos
sólidos urbanos, de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas é possível notar alguns progressos na área. Em
relação ao esgotamento sanitário e ao índice de pessoas que são atendidas por uma rede coletora de esgoto, em
2017, houve um aumento para 60,2% da população atendida: isso quer dizer que em 10 anos o percentual da
população atendida por uma rede coletora de esgoto aumentou 18,2%.

Em termos de abastecimento de água, o índice de distribuição em cidades tem valores acima de 90% no Distrito
Federal e em mais 18 estados brasileiros: Pernambuco, Roraima, Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins, São Paulo, Espirito Santo, Bahia, Sergipe,
Piauí, Minas Gerais, Paraíba e Santa Catarina. Em suma, 2.558 municípios brasileiros apresentam índice de
atendimento urbano para 100% da população, isso significa 49,9% dos municípios da amostra.
Saneamento Básico
Saneamento e saúde pública
Nos resíduos sólidos, os dados divulgados em 2017 pelo SNIS no
Brasil demonstram que 98,8% da população urbana tem coleta
domiciliar. Esse índice apresenta uma taxa de cobertura do serviço
regular de coleta domiciliar em relação à população urbana
(considerando coleta direta e indireta), embora esse numero
representa valor expressivo estima-se que aproximadamente 2,3
milhões de habitantes urbanos não sejam atendidos por um serviço de
coleta regular.
Saneamento Básico
Saneamento e saúde pública
No Brasil, é divulgado anualmente uma
evolução da mortalidade da população em um
documento chamado “Tábua completa de
mortalidade para o Brasil – 2017”. Nesse
documento é possível ver uma nítida
diminuição das taxas de mortalidade infantil
ao longo dos anos (IBGE, 2017).
Saneamento Básico
Saneamento e saúde pública
De acordo com a Fundação Nacional de Saúde
(FUNASA, 2010), as doenças são chamadas
de Doenças Relacionadas a um Saneamento
Ambiental Inadequado (DRSAI). Podemos
concluir que as DRSAI são aquelas que
apresentam: transmissão fecal-oral,
transmissão por vetores, transmissão por
contato com a água contaminada, doenças
relacionadas à falta de higiene da população,
helmintíases e teníases. Para classificar as
doenças como sendo DRSAI, é necessário
avaliar o comportamento do agente etiológico
no meio ambiente, pois esse é o principal fator
que determina se as ações de saneamento
podem ou não influenciar o aparecimento
dessas doenças em uma comunidade.
Saneamento Básico
Saneamento e saúde pública
As medidas gerais de saneamento podem trazer uma
diminuição da densidade populacional dos vetores,
como uma rede de abastecimento de água com a
etapa de desinfecção, tratamento e destinação final
dos dejetos urbanos, coleta regular dos resíduos
sólidos e até melhoria das moradias da população.
o meio ambiente também pode ser um fator
contribuinte para a proliferação dos vetores, como a
presença de água para desenvolvimento de larvas
(podemos lembrar que o mosquito da dengue, nesse
caso, precisa de água para seu desenvolvimento). Em
outras palavras, alterando essas condições,
alteraremos o desenvolvimento e a reprodução dos
vetores e, consequentemente, o seu aparecimento. De
forma prática, temos o controle dos vetores de três
formas: o controle biológico, o mecânico e o químico

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