Capitulo 3 - Estrutura Cristalina 5 - Resumido

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE MATERIAIS
DISCIPLINA DE CIÊNCIA DOS MATERIAIS

ESTRUTURA CRISTALINA
Difusao

PROFA. DRA. LISETE CRISTINE SCIENZA


CAPÍTULO 3: ESTRUTURA CRISTALINA

3-1 INTRODUÇÃO
3-2 ORDENAÇÃO DOS ÁTOMOS
3-3 CÉLULAS UNITÁRIAS
3-4 DIREÇÕES E PLANOS NO CRISTAL
3-5 METAIS
3-6 CERÂMICAS: CRISTAIS IÔNICOS E CRISTAIS COVALENTES
3-7 POLÍMEROS
3-8 IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO
3-9 DIFUSÃO 2

3-10 DIFRAÇÃO DE RAIOS X


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https://www.youtube.com/watch?v=2psBnet1VXg
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DIFUSÃO - CONSIDERAÇÕES GERAIS
 Os átomos em um cristal só ficam
estáticos no zero absoluto
 Com o aumento da temperatura as
vibrações térmicas dispersam ao
acaso os átomos para posições de
menor energia
 Movimentos atômicos podem
ocorrer pela ação de campos
elétrico e magnético, se as cargas
dos átomos interagirem com o
campo.
 Nem todos os átomos tem a mesma
energia, poucos tem energia
suficiente para difundirem 6
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TIPOS DE DIFUSÃO

 Interdifusão ou difusão de impurezas (é o


mais comum) ocorre quando átomos de um metal
difunde em outro. Nesse caso há variação na
concentração

 Autodifusão ocorre em cristais puros.


Nesse caso não há variação na concentração

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MECANISMOS DE DIFUSÃO

 Vacâncias (um átomo da rede move-se para


uma vacância)
 Intersticiais (ocorre com átomos
pequenos e promovem distorção na rede)

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 A difusão dos intersticiais ocorre mais rapidamente que a difusão
de vacâncias, pois os átomos intersticiais são menores e então tem
maior mobilidade.

 Além disso, há mais posições intersticiais que vacâncias na rede,


logo, a probabilidade de movimento intersticial é maior que a
difusão por vacâncias.

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ENERGIA DE ATIVAÇÃO

Vacâncias e
intersticiais

Contorno de grão

Superfície

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VELOCIDADE DE DIFUSÃO EM TERMOS DE
FLUXO DE DIFUSÃO

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VELOCIDADE DE DIFUSÃO EM TERMOS DE FLUXO DE
DIFUSÃO
• Fluxo de Difusão:
 O fluxo de difusão, J, é usado para determinar a velocidade com que
uma difusão ocorre;
 Pode ser dada em função do número de átomos por área e tempo
(at/m2.s) ou em termos do fluxo de massa (kg/m 2.s) ;

M = massa difundida através


do plano;
A = Área do plano;
t = tempo de difusão 17
DIFUSÃO NO ESTADO ESTACIONÁRIO
• J não muda com o tempo.

Placa fina de
metal
e constante

concentração
Perfil linear de
concentração

Direção de
difusão dos
Gás à gases
pressão
Gás à posição
PA
pressão
PB D é uma constante de
proporcionalidade: coeficiente
de difusão;
Sinal negativo indica que o fluxo
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se dá na direção decrescente do
gradiente.
COEFICIENTE DE DIFUSÃO (D)

Dá indicação da velocidade de difusão

Depende:
 da natureza dos átomos em questão
 do tipo de estrutura cristalina
 da temperatura

O Coeficiente de difusão pode ser calculado a partir da equação:

D = Do (e -Q/RT
)

onde Do é uma constante calculada para um determinado sistema


(átomos e estrutura) 19
Exemplo:
Uma placa de ferro é exposta a uma atmosfera carburante (rica em
carbono) de um lado e descarburante (pobre em carbono) do outro a
uma temperatura de 700°C. Considerando a condição de regime
estacionário, calcule o fluxo de difusão de carbono através placa,
sabendo que as concentrações de carbono nas posições de 5,0 mm e
10 mm entre as superfícies são de 1,2 e 0,8 kg/m3 .
Para esta temperatura D= 3 X 10-11 m2/s.

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DIFUSÃO : PARÂMETROS INFLUENTES
• Fatores que influenciam no processo de difusão:
 Temperatura: tem a influência mais marcante sobre os
coeficientes e taxas de difusão.

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DIFUSÃO : PARÂMETROS INFLUENTES
 Energia de Ativação: é necessária uma grande energia para que
um átomo “se esprema” entre os outros durante a difusão. Esta
energia é denominada energia de ativação;
 Geralmente a energia para uma difusão por lacuna > a da
difusão intersticial.
Energia de ativação para ocorrer a auto-difusão
aumenta com a temperatura de fusão dos metais.

Energia de ativação (cal/mol)


Substitucional
(vazios)
Energia

Intersticial
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Temperatura (ºC)
DIFUSÃO : PARÂMETROS INFLUENTES
 Microestrutura:os
coeficientes da difusão
se modificam com os
caminhos de difusão Superfície

disponíveis no material;

Difusividade (m2/s)
Contorno
 geralmente a difusão de grão

ocorre mais facilmente em


regiões estruturais menos
restritivas.
 a difusão ocorre mais Volume

rapidamente em materiais
policristalinos do que em
monocristais, devido à
presença de contornos de
grão e discordâncias nos 23

primeiros.
DIFUSÃO : PARÂMETROS INFLUENTES
EFEITOS DA ESTRUTURA NA DIFUSÃO

FATORES QUE FATORES QUE


FAVORECEM A DIFICULTAM A
DIFUSÃO DIFUSÃO
 Alto empacotamento
 Baixo empacotamento
atômico
atômico
 Alto ponto de fusão
 Baixo ponto de fusão
 Ligações fortes (iônica e
 Ligações fracas (Van der
covalentes)
Walls)  Alta densidade
 Baixa densidade  Raio atômico grande
 Raio atômico pequeno  Alta qualidade cristalina
 Presença de imperfeições

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DIFUSÃO : PARÂMETROS INFLUENTES

EFEITOS DA ESTRUTURA NA DIFUSÃO


Caso do Ferro
(ALOTROPIA)
O coeficiente de difusão
dos átomos de
Carbono no Fe ccc é ccc
maior que no cfc, pois o
sistema ccc tem um
fator de
cfc
empacotamento menor
(F.E. ccc= 0,68 e F.E.
cfc=0,74)
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SEGUNDA LEI DE FICK

(dependente do tempo e é unidimensional)


 C = -D  2C
t  x2

Suposições (condições de contorno)

- Antes da difusão todos os átomos do soluto estão


uniformemente distribuídos
- O coeficiente de difusão permanece constante (não
muda com a concentração)
- O valor de x na superfície é zero e aumenta a medida
que avança-se em profundidade no sólido
- t=o imediatamente antes da difusão
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SEGUNDA LEI DE FICK
(dependente do tempo e unidimensional)

 Os estágios finais de homogeneização são


lentos
 A velocidade de difusão diminui com a
diminuição do gradiente de concentração
 O gradiente de difusão varia com o tempo
gerando acúmulo ou esgotamento de soluto

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SEGUNDA LEI DE FICK simplificada (aplicando-se condições de contorno)

Cx-Co= 1 - f err x
Cs-Co 2 (D.t)1/2

f err x É a função de erro


gaussiana
2 (Dt)1/2
Cs= Concentração dos átomos se difundindo na superfície
Co= Concentração inicial
Cx= Concentração numa distância x
D= Coeficiente de difusão
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t= tempo
DIFUSÃO

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1) Pretende-se cementar um aço com 0,1% C, mantendo-o em uma
atmosfera com 1,2% C em alta temperatura, até que se atinja 0,45% C
em uma profundidade de 2 mm abaixo da superfície. Qual o tempo total
de cementação se o coeficiente de difusão for D = 2x10 -11 m2/s?

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2) A cementação de 1 mm de uma engrenagem a 800 ºC requer 10 h. Qual
seria o tempo necessário para se obter a mesma concentração na mesma
profundidade a 900 ºC?
Q para difusão de C no ferro = 137859 J/mol.

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4) Sabe-se que DAl/Cu(200 ºC) = 2,5x10-24 m2/s e DAl/Cu(500 ºC) = 3,1x10-17 m2/s.
Calcular a energia de ativação para difusão do alumínio no cobre.

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REFERÊNCIAS

CALLISTER, W. D. Ciência e
Engenharia de Materiais (Cap. 5 –
Difusão)

ASKELAND, D. R.; PHULÉ, P. P.


Ciência e Engenharia dos Materiais
(Cap.5 – Movimentos de átomos e íons
nos materiais)

SHACKELFORD, J. F. Ciência dos


Materiais (Cap. 5 – Difusão)

ASKELAND, D. R.; WRIGHT, W. J.


Ciência e Engenharia dos Materiais
35
(Cap. 5 - Movimentos de átomos e
íons nos materiais)

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