Armas de Fogo Ordinárias (Revolver) e Automáticas: Mindelo, 2022

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SEMINÁRIO

BALÍSTICA E ARMAS DE FOGO


Armas de fogo ordinárias (Revolver) e Automáticas

Mindelo, 2022
AGENDA:

• 1. Conceitos inerentes às armas de fogo

• 2. Condições a que devem obedecer as armas de fogo

• 3. Armas de fogo Ordinárias/ Revolveres/ Automáticas


1. Conceitos

Alcance Normal ou Prático:

É a distância a que normalmente se faz fogo e que é determinada exclusivamente por


razões de ordem tática.
Ex: Esp Aut. GALIL Arm 5,56mm - 200m

Alcance Útil:
É o alcance permitido pelas possibilidades técnicas da arma, em geral traduzido pelo
máximo alcance do aparelho de pontaria
Ex: Esp Aut FAMAS 5,56mm - 300m
1. Conceitos
Alcance Eficaz:
Alcance para além do qual os projéteis já não traduzem efeitos especiais, o que
corresponde a dizer que é aquele para além do qual os projéteis já não fazem
ricochete.
Ex: Esp Aut. G3 7,62mm - 1700m

Alcance Máximo:
É a máxima distância que o projétil pode alcançar. Utilidade prática para
efeitos de segurança em campos de tiro
Ex: Met Lig MG3 7,62mm - 4500m
Poder Vulnerante

1 Energia mínima que um projétil deve possuir para colocar um


homem fora de combate.

2 Nas espingardas automáticas atuais é de 8kg/cm2 , desde que


o projétil chegue ao alvo com uma velocidade restante de 50
m/s.

3
Quanto maior for a penetração tanto maior será o poder
vulnerante.
Poder Derrubante
Energia mínima que um projétil deve possuir para eliminar
1
imediatamente um homem.

Nas armas de defesa pessoal (leia-se armas ofensivas, de


2
projeção de fogo e de tiro semi-automático (Pistolas e
Revólveres) a energia é de 30 kg/cm2 .

Com estas armas de “defesa” pretende-se não uma grande


3
força de penetração, mas sim, a produção de lesões que
eliminem imediatamente um homem.
Velocidade de Tiro
(Cadência de Tiro)

Número de tiros que um atirador em condições


ideais pode executar num minuto.

É expresso em tiros por minuto (tpm)


Ex: Esp Aut. GALIL 5,56 mm - 650 tpm
CONDIÇÕES A QUE DEVEM OBEDECER AS ARMAS DE FOGO
2. Armas de fogo ordinário
Classificação dos grupos dos órgãos de que se compõe uma
arma de fogo
2. Armas de fogo ordinário
Classificação dos grupos dos órgãos de que se compõe uma
arma de fogo

Agrupamento de peças destinado


a executar uma operação
elementar indispensável ao
funcionamento da arma.
2. Armas de fogo ordinário

Órgãos formados por um só


elemento e que reunidos em
grupos constituem as partes
principais
2. Armas de fogo ordinário

Particularidade de forma das


diferentes peças, indispensáveis
não só para a montagem da arma,
como para o seu funcionamento
2. Armas de fogo ordinário

CANO

CAIXA DA CULATRA

APARELHO DE PONTARIA

CULATRA MÓVEL

MECANISMOS

CORONHA

GUARNIÇÕES E ACESSÓRIOS
2. Armas de fogo ordinário
O cano destina-se a conter o cartucho e
a dirigir o projétil CANO
CÂMARA

CONCORDÂNCIA BOCA

REFORÇO

ALMA

É a parte mais importante


de uma arma de fogo
2. Armas de fogo ordinário

CANO

Consta de um tubo metálico de espessura, comprimento e calibre


convenientes, cujo interior é formado por duas partes CÂMARA e ALMA
2. Cano
Tem a forma do cartucho e, por consequência, as suas dimensões
dependem da densidade de carregamento.

Câmara CALIBRE

Alma

ESTRIAS
Estrias
Calibre

CÂMARA

Para facilitar a introdução e a extração da caixa do cartucho deve haver


uma folga de 0,1 mm de molde a evitar roturas ou encravamentos.
CANO
NÚMERO DE ESTRIAS

O cano deve apresentar um número conveniente de estrias .


Uma só seria insuficiente, duas teriam que ser muito profundas,
razão pela qual se adota o sistema poli -estriado que se traduz
nas seguintes vantagens :
• Reduzir a profundidade das estrias
• Atenuar o desgaste da alma
O número de estrias é traduzido pela fórmula :

i le
CANO

NÚMERO DE ESTRIAS
A tendência atual é para a redução do número de estrias
sendo o número mais vulgar 4

O número de estrias depende do perfil , do calibre e da


tenacidade do metal do projétil

Calibre – Diâmetro da alma medido entre dois intervalos opostos


CANO
SENTIDO DAS ESTRIAS
Considera-se o sentido pela direção que toma a estria superior
quando se olha a alma, quer pela câmara, quer pela boca.
Assim, um cano diz-se estriado para a direita quando a estria
superior vai para a direita (sentido dextrorsum), ou estriado para a
esquerda quando a estria superior vai para a esquerda (sentido
sinistrorsum)
DEXTRORSUM SINISTRORSUM
A estria superior vai para a direita A estria superior vai para a esquerda
CANO

CAIXA DA CULATRA

APARELHO DE PONTARIA

CULATRA MÓVEL

MECANISMOS

CORONHA

GUARNIÇÕES E ACESSÓRIOS
CULATRA

Agrupamento de peças destinadas a fechar o cano pela parte posterior e a


obter, conjuntamente com o invólucro do cartucho, uma obturação
completa e perfeita, desde o momento em que se dá a deflagração da carga
até que o projétil abandona a arma.

Em virtude da sua função principal ser a obturação, dá-se-lhe também o


nome de obturador.
CULATRA

No movimento de abrir (ou de fechar), arma-se o percutor,


movimento fundamental para a rápida resolução de falhas de disparo

Culatra e caixa da culatra da

Esp Mauser 7,9mm M/904

Atualmente, quase todas as armas de fogo ordinárias utilizam culatras


deste tipo
São normalmente constituídas por:

FERROLHO PUNHO

PERCUTOR

MOLA PERCUTOR CÃO


São normalmente constituídas por:

EXTRACTORES TRAVADORES
FORTES

Carabina Mauser 7,9 mm M98A (GER)


Culatra Móvel

SISTEMAS DE FUNCIONAMENTO

TRAVAMENTO
PERCUSSÃO
SEGURANÇA
EXTRAÇÃO
EJEÇÃO

DETENÇÃO
Culatra Móvel - Travamento

alojamentos

travadores
Culatra Móvel - Percussão
Nas armas atuais, a inflamação efetua-se pelo choque do
percuto, que esta alojado no interior da culatra contra a
escorva do cartucho.
Culatra Móvel – Segurança
O mecanismo de segurança

Patilha de
Segurança

Destina-se a evitar os disparos fortuitos da arma, quando


esta se encontra carregada ou armada.
Culatra Móvel – Extração

Operação pela qual o invólucro do cartucho detonado é retirado


da câmara. Deve ser simples, consistente e segura.
Deve ser feita, de início progressivamente, para melhor vencer a
aderência do invólucro às paredes da câmara e depois com maior
velocidade para facilitar a ejeção.
Culatra Móvel – Extração

EXTRAÇÃO DE GARRA

Extrator DE MOLA COM MOLA

Esp Lee-Enfield
Esp Mauser 7,9 mm M 937 7,7 mm M917
Extrator
Culatra Móvel – Ejeção
É a operação pela qual o invólucro do cartucho detonado é
retirado da arma.

Este mecanismo deve obedecer às condições normais de


simplicidade, solidez e segurança.
Culatra Móvel – Detenção
É a operação pela qual a culatra é detida no seu movimento para a
retaguarda e que impedindo-lhe a saída, a faz parar na posição correta
que permite o carregamento.

Esp Albini-Braendlin 11mm Carabina Snider 14mm


M/873
M/876

Detentor
Armas de Fogo Ordinárias

CANO

CAIXA DA CULATRA

APARELHO DE PONTARIA

CULATRA MÓVEL

MECANISMOS

CORONHA

GUARNIÇÕES E ACESSÓRIOS
Mecanismo de disparar
é o Conjunto de peças destinado a
provocar o disparo voluntário.

MECANISMO

MECANISMO MECANISMO
DE DE DE
DISPARAR PERCUSSÃO

INFLAMAÇÃO
Mecanismo de disparar

Compõe-se de gatilho, armador e mola


Mecanismo de repetição

É o conjunto de peças de uma arma que permite ao atirador executar o


carregamento e o disparo de vários tiros, sem que para cada um seja
necessário ir buscar o cartucho às cartucheiras, do que resulta um
aumento considerável da velocidade de tiro.

A alimentação de uma arma compreende um ciclo composto pelas


seguintes operações:
Mecanismo de repetição

Carregamento: colocação de um certo número de munições


no depósito da arma

Transporte: deslocação das munições, dentro do depósito,


até à sua entrada;
SISTEMAS
DE Distribuição: operação pela qual, apenas uma munição de
ALIMENTAÇÃO cada vez fica em condições de poder ser apresentada;

Apresentação: colocação da munição em frente da peça


(geralmente a culatra) que a introduz na câmara;

Introdução: colocação da munição na câmara


Classificação das Armas quanto à de repetição

Os sistemas mais comuns de classificação são:

 DE CANOS MÚLTIPLOS

 DE CÂMARAS MÚLTIPLAS

 DE DEPÓSITO

 No fuste

 No couce

 Central
Classificação das Armas quanto à de repetição

DE CANOS MÚLTIPLOS

Pistola Mariette Pepperbox 1837 (GBR)


Classificação das Armas quanto à de repetição

DE CANOS MÚLTIPLOS

MET GATLING (1876)


11,45 mm (.45)
10 canos
Classificação das Armas quanto à de repetição

DE CANOS MÚLTIPLOS

CAÇADEIRAS
BASCULANTES
Classificação das Armas quanto à de repetição

DE CÂMARAS MÚLTIPLAS

Este sistema encontra-se limitado


aos Revólveres.

Consiste num único cano sem câmara e


na retaguarda um
TAMBOR, com várias câmaras.

O movimento de rotação do tambor


coloca as câmaras, sucessivamente, em
consonância com o cano.
Classificação das Armas quanto à de repetição

DE DEPÓSITO no fuste
Culatra
Introdução

Espingarda 11mm BERTOLODO M/882

Mola
Impulsor
Transporte Êmbolo

Elevador Detentor
Apresentação Distribuição
Classificação das Armas quanto à de repetição

DE DEPÓSITO no couce (fixo)

Esp Schulhof 11,43 mm M1882 (AUT)


Classificação das Armas quanto à de repetição
DE DEPÓSITO no couce (amovível)

Carabina Spencer 13mm M1865 (USA)

Na procura da simplicidade da execução do tiro as armas de depósito


no fuste e no couce dão lugar às armas de depósito central
Classificação das Armas quanto à de repetição

DE DEPÓSITO Central - Carregador (Orgânico)

Acopla-se à arma por debaixo da câmara, contendo uma


mola de transportador, como nos carregadores atuais
ARMAS DE FOGO ORDINÁRIAS
Generalidades

Arma ordinária de repetição de sistema de câmaras múltiplas,


destinada a fazer tiro instintivo a curtas distâncias,
empregando grande poder derrubante.

O revólver nasce da necessidade de dotar o combatente com


uma arma de fogo portátil e ligeira com capacidade de
repetição.
Generalidades

O funcionamento do revólver resume-se a um conjunto de câmaras


abertas num CILINDRO MÓVEL colocado numa posição paralela ao eixo
do cano, por forma a que através de um mecanismo simples coloque as
câmaras em concordância com a alma do cano.

Para se realizar o tiro exige-se que o CILINDRO MÓVEL gire, mas que pare no
momento preciso em que se faz a coincidência do eixo de uma das câmaras com o
eixo do cano, para então cair o CÃO e produzir a inflamação da escorva
Generalidades

Em 1835, na Grã-Bretanha, SAMUEL COLT regista a patente do seu revólver. Em


1836, inicia a produção do COLT PATERSON, o primeiro revólver de fecho de
percussão. Contudo, a produção industrial e a popularidade desta arma só começaria
uma década mais tarde, em 1847.

Revólver com rotação automática do


cilindro.

Revólver Colt Paterson 1836, de ação simples,


gatilho rebatível e câmaras com fecho de percussão
SISTEMA DE FUNCIONAMENTO

TIRO SIMPLES OU INTERMITENTE

1. São necessários dois tempos para cada tiro -


ARMAR o CÃO e DISPARAR

2. Há morosidade no tiro e exige-se o auxílio


da mão esquerda para o manejo

3. Permite justeza no tiro, essencialmente


pela pouca pressão a efetuar no gatilho para
libertar o CÃO do ENTALHE DE ARMAR
SISTEMA DE FUNCIONAMENTO
TIRO CONTÍNUO

Apenas um tempo:
PREMIR O GATILHO e DISPARAR

SMITH & WESSON – USA


Calibre .32

Permite uma maior cadência de tiro, fundamentalmente para


as curtas distâncias em tiro instintivo.
SISTEMA DE FUNCIONAMENTO

DUPLO MOVIMENTO

São necessários dois tempos para cada tiro


- armar o CÃO e DISPARAR ou apenas um
tempo - PREMIR O GATILHO e
DISPARAR

Mantém as mesmas características do TIRO SIMPLES mas permite em TIRO


CONTÍNUO uma maior cadência de tiro, fundamentalmente para as curtas
distâncias em tiro instintivo.
CANO CARCAÇA
APARELHO INFLAMADOR E IMPULSOR

CILINDRO EXTRATOR

PUNHO

MECANISMO DE SEGURANÇA
APARELHO DE PONTARIA
GUARNIÇÕES E ACESSÓRIO
CARREGADORES ACELERADORES
Generalidades

ARMAS DE FOGO AUTOMÁTICAS

Tiro
Tiro
automático
semiautomático

METRALHADORA MG34 – GER


MASCHINENPISTOLE MP44 – GER Calibre 7,62mm, Ação indireta de gases
Calibre 7,92mm, Ação indireta de gases
Generalidades

Resolveu o problema da repetição manual

Em 1883 é apresentada a Metralhadora Maxim, a


primeira arma totalmente automática.

Hiram Stevens
Maxim
(1840-1915)

Adaptação de uma espingarda


Winchester
FUNCIONAMENTO DAS ARMAS AUTOMÁTICAS

São armas nas quais, uma vez carregadas e disparado o primeiro tiro,
pela ação do dedo sobre o gatilho e pelo
aproveitamento da ação dos gases da carga, temos o recuo das partes móveis:
Destravar, abrir a culatra, extrair e ejetar o invólucro

e, por ação de uma mola, o avanço das parte móveis para:

Introduzir novo cartucho na câmara, fechar e travar a culatra


FUNCIONAMENTO DAS ARMAS AUTOMÁTICAS

MOTOR EFETUADO EFETUADAS


Destravamento e desobturação
Pressão dos Recuo das Extração e ejeção do invólucro
Armar do percutor
gases partes móveis
Transporte e apresentação do novo cartucho
Compressão, distensão ou enrolamento da mola

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Mola Avanço das Introdução de um novo cartucho
recuperadora partes móveis Travamento da culatra
(recuperação) Percussão (nas armas de tiro automático)

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