Desenvolvimento Social Na Adolescência: Ma. Larissa Brito Mendonça
Desenvolvimento Social Na Adolescência: Ma. Larissa Brito Mendonça
Desenvolvimento Social Na Adolescência: Ma. Larissa Brito Mendonça
social na adolescência
Ma. Larissa Brito Mendonça
Adolescente e contexto Social
Observar o biológico e o social representam as duas faces da mesma moeda e estão tão
inter-relacionadas que considerá-las separadamente é um reducionismo somente
justificável com uma finalidade didática. Portanto, deve-se considerar os contextos sociais
(família, escola, iguais) nos quais transcorre a vida dos adolescentes.
Em princípio, não cabe esperar transformações radicais no desenvolvimento social com a
chegada da adolescência.
No entanto, é razoável pensar que todas as mudanças que o adolescente experimenta
repercutirão sobre as relações que ele estabelece em todos aqueles contextos dos quais
participa, como a família, o grupo de iguais ou a escola.
Adolescentes
● famílias monoparentais,
● divorciadas,
● recasadas,
● adotivas,
● homossexuais
● de pessoas que moram sozinhas
Famílias
Nessa etapa, os adolescentes ficam mais assertivos, passam mais tempo fora de casa e
diminuem o número de interações positivas com seus pais.
Portanto, segundo Laursen e Collins (1994) parece que a puberdade coincide com o
momento de maior conflito, e, ao longo da adolescência, o número de conflitos entre pais
e filhos tende a diminuir, ao mesmo tempo em que aumenta a intensidade afetiva com a
qual o adolescente experimenta esses problemas.
Podem aparecer algumas disputas e ocorrer mudanças nas relações pais-filhos.
Conflitos entre pais e filhos
No geral, essa mudança não tem por que supor uma ruptura emocional, nem acarretar
problemas importantes; antes, os conflitos produzidos costumam relacionar-se com
aspectos da vida cotidiana, tais como as tarefas de casa, as amizades, a forma de se vestir
ou a hora de voltar para casa.
Desidealização dos pais: a imagem de pais oniscientes e todo-poderosos, própria da
infância, é substituída por outra muito mais realista, na qual eles terão espaço para defeitos
e virtudes.
Possíveis causas
● mudanças cognitivas: mudanças que irão afetar a forma como pensam sobre si
mesmos e sobre os demais. Essas melhoras intelectuais permitirão ao jovem ter
uma forma diferente de ver as normas e as regulamentações familiares, chegando a
questioná-las;
Além disso, sua recém-adquirida capacidade para diferenciar o real do hipotético irá
permitir-lhe criar alternativas para o funcionamento da própria família. Também será
capaz de apresentar argumentos mais sólidos e convincentes em suas discussões
familiares, o que significará um claro questionamento da autoridade dos pais.
● discrepâncias entre as expectativas de pais e filhos
Possíveis causas
● Passam mais tempo com os iguais, o que lhes permitirá uma maior experiência em
relações horizontais ou igualitárias que pode levá-los a desejar um tipo de relação
semelhante em sua família.
● No entanto, esse desejo de dispor de uma maior capacidade de influência na tomada
de decisões familiares nem sempre coincide com o de seus pais, e a situação mais
frequente é a de filhos que desejam mais independência do que seus pais estão
dispostos a conceder.
● Aumentar restrições X flexibilizar a postura
Os conflitos podem ser bons?
Conflitos podem ser como catalisadores das mudanças nas relações entre pais e
filhos, promovendo assim a adaptação e o desenvolvimento.
Negociações cotidianas e disputas menores são esperadas, servindo ao
funcionamento desenvolvimental positivo de promover independência e
identidade do adolescente.
Os conflitos podem ser bons?
Estudos apontam que a separação, no sentido radical, pode não ser saudável para a construção
de identidade e de ajuste emocional e social, pois o(a) adolescente não encontra um lugar de
apoio para orientação e regulação de suas experiências emocionais.
Fuhrman e Holmbeck, (1995) indicam que uma alta autonomia emocional costuma levar a
problemas adaptativos, sobretudo a longo prazo, quando ocorre em um contexto familiar
pouco coeso e que oferece pouco apoio.
Em compensação, quando o meio familiar é mais favorável, traduz-se em uma série de
conseqüências positivas, como uma boa atitude e bons rendimentos acadêmicos, uma elevada
auto-estima e uma identidade mais estabelecida, ainda que também possam surgir alguns
problemas de conduta (Silverberg e Gondoli,1996).
Contexto favorável para o desenvolvimento do Adolescente
Conforme assinalou Eccles e seus colaboradores (1993), muitos dos problemas surgidos
durante essa etapa têm sua origem na falta de ajuste entre o contexto familiar e as
novas necessidades dos adolescentes.
A flexibilidade e a sensibilidade diante das mudanças do adolescente é imprescindível.
Modificando suas expectativas e as normas e práticas educativas que regem a família para
procurar ajustá-las às novas necessidades evolutivas do adolescente.
Comunicação
Relação calorosa e afetuosa com seus filhos + déficit no controle de sua conduta.
O que estará relacionado com:
● falta de esforço,
● problemas de conduta
● consumo de álcool e drogas.
Pais indiferentes
Falta de controle + falta de afeto no contexto familiar. Desenvolverão problemas tanto de:
● externalização (agressividade, condutas anti-sociais, consumo de drogas, escassa
competência social)
● internalização (baixa auto-estima, problemas psicológicos).
Essa teoria pode estar totalmente certa?
Outro aspecto importante é que a turma vai condicionar as relações sociais de seus
membros, já que impulsionam os adolescentes a se relacionar com alguns e a ignorar, ou
evitar, outros.
Também estabelece normas sobre a forma de se relacionar não somente com os iguais,
mas também com os adultos: como serão as amizades, se intensas ou superficiais; que tipo
de relações de casal é inconveniente; como administrar os conflitos em casa ou no colégio.