Nutrição de Vacas Leiteiras

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NUTRIÇÃO DE VACAS

LEITEIRAS
SISTEMA DIGESTIVO DA VACA

• ADAPTAÇÃO PARA
UTILIZAR FIBRAS
E NITROGÊNIO
NÃO PROTÉICO
UTILIZAÇÃO DE VARIAS FONTES DE ENERGIA E
NITROGÊNIO EM RUMINANTES E EM NÃO RUMINANTES
OS “QUATRO ESTÔMAGOS”

• Retículo
• Rúmen
• Omaso
• Abomaso
OS ORGÃOS DO TRATO DIGESTIVO
E SUAS FUNÇÕES
Ruminação (quebra de partículas) e produção de saliva
(regulador de pH)
• A ruminação reduz o tamanho das fibras e expõe seus açúcares à fermentação microbiana.

• Quando a vaca rumina de 6 a 8 horas por dia ela produz cerca de 170 litros de saliva; contudo, se a
ruminação não for estimulada (ex: muito concentrado na dieta) ela produz somente cerca de 40 litros
de saliva.

• Os tampões da saliva (bicarbonatos e fosfatos) neutralizam os ácidos produzidos pela fermentação


microbiana e mantém o pH ruminal levemente ácido o que favorece a digestão das fibras e o
crescimento microbioano no rúmen.
OS ORGÃOS DO TRATO DIGESTIVO
E SUAS FUNÇÕES

Retículo-rúmen (fermentação)

• A retenção de partículas longas na forragem estimulam a ruminação.



• A fermentação microbiana produz: 1) ácidos graxos voláteis (AGV) como produtos finais da fermentação da celulose e outros açúcares e 2) uma massa microbiana rica em proteínas de alta qualidade.

• A absorção dos AGV ocorre através da parede ruminal. Os AGV são utilizados como fonte de energia para a vaca e também para a síntese da gordura do leite (triglicerídeos) e do açúcar do leite (lactose).

• Produção e expulsão de aproximadamente 1.000 litros de gases por dia.
OS ORGÃOS DO TRATO DIGESTIVO
E SUAS FUNÇÕES

Omaso (recicla alguns nutrientes)

• Absorção de água, sódio, fósforo ácidos graxos voláteis residuais.

Abomaso (digestão ácida)

• Secreção de enzimas digestivas e ácidos fortes.


• Digestão de alimentos não fermentados no rúmen (algumas proteínas e lipídeos).
• Digestão de proteína bacteriana produzida no rúmen (de 0.5 a 2.5 kg por dia)
OS ORGÃOS DO TRATO DIGESTIVO
E SUAS FUNÇÕES

Intestino delgado (digestão e absorção)

• Secreção de enzimas digestivas produzidas pelo pelo intestino delgado, fígado e pâncreas.
• Digestão enzimática de carboidratos, proteínas e lipídeos.
• Absorçaõ de água, minerais e produtos da digestão: glicose, amino ácidos e ácidos graxos.

Ceco (fermentação) e intestino grosso

• Uma pequena população microbiana fermenta os produtos da digestão que não foram absorvidos.
• Absorção de água e formação das fezes.
COMPOSIÇÃO E ANÁLISE DE
ALIMENTOS
• A maioria dos alimentos para vacas de leite consiste em caules, folhas,
sementes e raizes de várias plantas.

• As vacas também podem ser alimentadas com sub-produtos industriais


(farelos, melaço, resíduo de cervejaria, etc.) e estas dietas normalmente
precisam ser suplementadas com pequenas quantidades de vitaminas e
minerais
COMPOSIÇÃO E ANÁLISE DE
ALIMENTOS
• Existem cinco* categorias de nutrientes:

Água* (não contabilizado na formulação d ração);


Carboidratos
Lipídeos
Proteínas
Minerais;
Vitaminas

Obs: 1. Energia (carboidratos, proteínas, lipídeos)


2. Substâncias sem valor nutritivo: difícil e/ou não disgestíveis, ex: lignina, tanino.
3. Substâncias antinutricionais: certas plantas contém toxinas, ex: gossipol
COMPOSIÇÃO E ANÁLISE DE
ALIMENTOS
COMPOSIÇÃO E ANÁLISE DE
ALIMENTOS
• Os alimentos para bovinos leiteiros são classificados como:

Volumoso;
Concentrado;
Suplemento proteico;
Suplemento (vitamina e mineral).
Fonte: adaptado de Morrison
Alimentos volumosos – são aqueles alimentos de baixo teor
energético, com altos teores em fibra ou em água. Possuem menos de 60% de
NDT e/ou mais de 18% de fibra bruta (FB) e podem ser divididos em secos e
úmidos

Alimentos concentrados – são aqueles com alto teor de energia, mais de 60%
de NDT, menos de 18% de FB, sendo divididos em:

 Energéticos: alimentos concentrados com menos de 20% de proteína bruta


(PB), 25% de FDN (Fibra em Detergente Neutro) e em torno de 18% de fibra
bruta (FB).
 Proteicos: alimentos concentrados com mais de 20% de
PB, 50% de FDN e 60% de NDT
Principais volumosos
• Silagem de milho;
• Pastagens de gramíneas;
• Silagem de sorgo;
• Silagem de gramíneas tropicais;
• Cana-de-açúcar;
• Capim-elefante;
• Pré-secado;
• Fenos;
• Casca de algodão.
Principais Concentrados
Podem ser considerados alimentos concentrados energéticos:

• Grãos de cereais: Milho, sorgo, arroz, trigo, aveia, cevada,


entre outros.
• Co-produtos dos grãos (subprodutos).
• Raízes e tubérculos: Mandioca e batata.
• Subprodutos da indústria: Polpa cítrica e melaço.
• Gorduras e óleos.
• Casca de soja e casca de café.
Principais Concentrados
Podem ser considerados alimentos concentrados energéticos:

• Grãos deOs cereais: Milho, sorgo, arroz, trigo, aveia, cevada,


principais concentrados energéticos utilizados na
entre outros. alimentação animal são:
• Co-produtos
Aveia, dos grãos
casca (subprodutos).
de soja, farelo de arroz, farelo de trigo, polpa
• Raízes ecítrica,
tubérculos: Mandioca
sorgo, milho e seusesubprodutos,
batata. mandioca e seus
• Subprodutos da indústria: Polpamelaço
subprodutos, cítricaeemilheto.
melaço.
• Gorduras e óleos.
• Casca de soja e casca de café.
Principais Concentrados
Podem ser considerados alimentos proteicos:

• Origem vegetal (leguminosas): Algodão, soja, amendoim,


coco, girassol, etc.

• Origem animal: Farinha de carne, sangue, penas, vísceras, etc

A Instrução Normativa nº 08/2004, proíbe alimentar ruminantes com produtos de


origem animal, como farinha de carne e ossos, cama de aviário e dejetos de
Atenção suínos.
Encefalopatia Espongiforme Bovina - EEB
 Popular “Doença da vaca louca”
Encefalopatia Espongiforme Bovina - EEB
Encefalopatia Espongiforme Bovina - EEB
NUTRIENTES NITROGENADOS
• Presente em proteínas e outros compostos da matéria orgânica dos
alimentos;

• O nitrogênio que não faz parte de da estrutura de proteínas, como no


caso da ureia e da amônia, ele é chamado de nitrogênio não proteico
(NNP)
NUTRIENTES ENERGÉTICOS

• Nos aliementos para vacas de leite, a energia é expressa em Mcal ou Energia


Líquida para a Lactação (NEL).
- Representa a quantidade de energia em um alimento que esta
disponível para a manutenção do peso corporal e pela produção de leite.
- Por exemplo, são necessárias 0.74 Mcal NEl para produzir 1 kg de leite; sendo que a energia
nos alimentos varia de 0.9 a 2.2 Mcal de
NE l/kg de matéria seca.

• Energia proveniente do metabolismo da proteínas, lipídeos e carboidratos


EXISTEM TRÊS TIPOS PRINCIPAIS
DE CARBOIDRATOS NAS PLANTAS:
• Açúcares simples (glicose, frutose);

• Carboidratos de reserva (amido) ou também chamados de


carboidratos não estruturais, não fibrosos, ou carboidratos presentes
fora da parede celular;  CNE ou CNF

• Carboidratos estruturais também chamados de carboidratos fibrosos


ou de parede celular (celulose e hemicelulose)
FIBRA

• A celulose e a hemicelulose estão associadas


com a lignina (um composto fenólico) na
parede celular.

• A quantidade de fibras (ex: parede celular)


nos alimentos têm um papel importante no seu
valor nutricional. Em geral, quanto menos
fibra, maior é o valor energético de uma
forragem.
FIBRA

• As fibras na forma de partículas grandes são


necessárias na dieta das vacas pois, são as, Fibras
fisicamente efetivas (FDNfe):
Estimulam a ruminação, que é necessária para manter o
processo digestivo e a saúde do animal;
É essencial para evitar a diminuição da porcentagem de
gordura do leite.
CNF
• A porcentagem de carboidratos não fibrosos (CNF) em um alimento é
normalmente calculado levando-se em conta as cinzas, proteína bruta,
extrato etéreo e o FDN:

CNF = 100 – (cinzas + PB + EE + FDN).


DIETA BALANCEADA
• Eficiência alimentar

Quais são as quantidades de Qual deve ser a concentração proteica


forragem e concentrado que devem ser do concentrado para que esta possa
oferecidas para que o suprimento de fornecer a quantidade ideal de proteína na
energia para a vaca seja adequado? dieta?

Que tipo de suplemento mineral deve


ser usado e quanto deve ser oferecido?
DIETA BALANCEADA
• Eficiência alimentar
DIETA BALANCEADA

• Eficiência alimentar
FORMULAÇÃO DE DIETAS
• Levar em consideração:

- Seleção dos alimentos;


- Relação volumoso:concentrado ;
- Método mais adequado
- Quais nutrientes devem ter prioridade.
FORMULAÇÃO DE DIETAS
• Efeito do estágio de
desenvolvimento sobre
a produção e
composição química de
uma planta forrageira.
Blaser (1988)
FORMULAÇÃO DE DIETAS
FORMULAÇÃO DE DIETAS
TABELAS DE EXIGÊNCIAS
NUTRICIONAIS

• National Research Council - NRC, publicações de NRC (1989 e 2001) - EUA


• Agricultural and Food Research Council - AFRC, publicação AFRC (1993) – Reino
Unido
• Institut National de la Recherche Agronomique - INRA, publicações Jarrige (1988) e
INRA (2007) - França
• Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation – CSIRO, com
publicação CSIRO (2007) – Austrália
• E qual a contribuição do Brasil?
MÉTODOS PARA
FORMULAÇÃO DE RAÇÃO

• Quadrado de Pearson (simples e duplo)


• Algébrico (ou de equações)
• Softwares
MÉTODOS PARA
FORMULAÇÃO DE RAÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Qualquer método de cálculo de ração está sujeito a críticas e falhas, como


também é possível de ser empregado na condução de sistemas de produção
de leite bovino.

• Consumo de matéria seca pelo animal é o primeiro passo para a formulação


de dietas para vacas leiteiras

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