Disfagia - Noçoes Gerais

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DISFAGIA

FGO. MARCOS H. BORGES


CONCEITO
• A disfagia é um distúrbio da deglutição

• A disfagia pode ocorrer por um obstáculo físico à passagem


dos alimentos pela orofaringe ou pelo esôfago, ou por
doenças neurológicas ou musculares que façam com que o
deslocamento do bolo alimentar pelo esôfago ou orofaringe
fique prejudicado.
Dr. Pedro Pinheiro 
CONCEIT
O
“A disfagia orofaríngea deve ser entendida como um distúrbio
de deglutição, com sinais e sintomas específicos, que se
caracteriza por alterações em qualquer etapa e/ou entre as
etapas da dinâmica da deglutição, podendo ser congênita ou
adquirida após comprometimento neurológico, mecânico ou
psicogênico, podendo trazer prejuízo aos aspectos, nutricional
de hidratação, no estado pulmonar, prazer alimentar e social do
indivíduo”
Furkim e Silva, 1999
DEGLUTIÇÃO (ATO DE ENGOLIR):

• “A deglutição é o ato de engolir, responsável por levar o


alimento e/ou saliva desde a boca até o estômago. Este ato se
processa por complexa ação neuromuscular sinérgica eliciada
voluntariamente, tendo a finalidade de satisfazer os requisitos
nutricionais do indivíduo e proteger a via aérea com
manutenção do prazer alimentar”
Furkim e Silva, 1999
FASES DA DEGLUTIÇÃO:

1 - Oral

2 - Faríngea

3 - Esôfago-gástrica
1 - FASE ORAL

• Voluntária e consciente.
• Etapas:
• Preparação
• Qualificação
• Organização
• Ejeção
Fase oral da deglutição
A deglutição começa com o processo de mastigação,
que umidifica a comida e a transforma em bolo alimentar
maleável, com formato e tamanho apropriados para ser engolido.
Após uma mastigação rápida, nossa língua move-se de forma a
empurrar a bolo alimentar em direção à faringe. Essa parte inicial
é chamada de fase oral da deglutição e é feita através da
contração voluntária dos músculos da face e cavidade oral.
FASES DA DEGLUTIÇÃO
2 – FASE FARÍNGEA:
• Reflexa e involuntária
• Fechamento velo- faríngeo
• Contração do mm constrictores
• Elevação do hióide e da laringe
• Fechamento glótico
• Relaxamento do EES
• 06 a 12 segundos/Apneia= 0,3 a 2,5 segundos
FASES DA
DEGLUTIÇÃO

Fase faríngea da deglutição


Ao chegar na faringe, o processo de deglutição torna-se involuntário, ou
seja, ele é feito de forma automatizada sem que precisemos ter ciência de
cada passa que será dado. Como a faringe é uma via comum para o ar e o
alimento, para que não haja risco do bolo alimentar ir em direção aos
pulmões, a passagem para a laringe/traqueia precisa ser ocluída no
momento em que estamos engolindo algo. Nós, portanto, não
conseguimos engolir e respirar ao mesmo tempo.
Epiglote – Proteção das vias aéreas:

A proteção das vias aéreas ocorre graças


à epiglote, uma estrutura em forma de
lâmina, que fica por trás da língua e
fechando a passagem para a traqueia
toda vez que a língua faz o movimento de
deglutição. Uma vez que a comida ou a
bebida tenham passado em direção ao
esôfago, a epiglote volta à sua posição
original, permitindo o reinício da
respiração.
FASES DA DEGLUTIÇÃO

• O bolo deglutido, transferido da faringe


para o esôfago, passa pela abertura da
transição faringo-esofágica, percorre a luz
deste órgão até chegar no EEI, que encontra-se
na abertura do estômago
• Gravidade/peristalse
FASES DA DEGLUTIÇÃO
Fase esofagiana da deglutição:
É a última fase da deglutição, que consiste na
passagem do alimento pelo esôfago. No início
e no fim do esôfago existem dois músculos em
formato de anel, chamados, respectivamente,
de esfíncter esofagiano superior e esfíncter
esofagiano inferior. A função de ambos os
esfíncteres é impedir que o conteúdo presente
no estômago volte em direção à boca.
Movimentos Peristálticos:

É uma série de contrações musculares sincronizadas, que criam um

onda de peristalse. Esse processo leva de 8 a 20 segundos para

levar a comida do esôfago ao estômago e é feito de forma totalmente

involuntária e inconsciente, sendo controlado por nervos que saem da

medula espinhal.
ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
RECAPITULANDO (FASES):

3-
1 - Oral 2 - Faríngea
Esofágica
0 – Preparatória (concentração, preparação e posicionamento)

1 – Propulsão e ejeção do bolo para faringe;

2 – Transporte da faringe até esófago e fechamento das vias aéreas;

3 – Transporte do esófago até estômago

Atividade neuromuscular complexa – inicia consciente e voluntária – passa a involuntária


TIPOS:
CAUSAS:
1 - Obstruções físicas da faringe ou do esôfago

• Tumores do esôfago ou da faringe – câncer do esôfago é uma


causa comum de dificuldade para engolir.
• Tumores do pescoço – tumores ao redor da faringe ou do
esôfago, como tumores da tireoide, podem, raramente, ser causa
de disfagia.
• Redução do calibre do esôfago – geralmente é causado por
cicatrizes provocadas por quadros de esofagite (inflamação do
esôfago) de longa data, secundária à doença do refluxo
gastroesofágico.
OBSTRUÇÕES FÍSICAS CONTINUAÇÃO

• Anel de Schatzki – é um estreitamento do esôfago de causa benigna,


provocado pelo aparecimento de lesões em forma de anel dentro do órgão.
• Divertículos do esôfago – divertículos são pequenos sacos que se
formam dentro da luz do esôfago, que podem se encher de alimentos e
provocar obstrução da passagem. O mais famosos é o chamado divertículo
de Zenker, que surge geralmente no terço superior do esôfago.
• Má formações do esôfago – deve se desconfiar quando a dificuldade para
engolir surge logo nos primeiros anos de vida.
• Radioterapia – pacientes submetidos à radioterapia para tumores do
pescoço ou tórax podem desenvolver, como efeito colateral, lesões
constrictivas do esôfago.
OBSTRUÇÕES FÍSICAS CONTINUAÇÃO

• Esofagite infecciosa – inflamações do esôfago por infecções, como


herpes, candidíase ou citomegalovírus, podem provocar inflamação da
parede interna e dificultar a passagem dos alimentos.
• Membrana esofágica – As membranas esofágicas (síndrome de
Plummer-Vinson) são membranas finas que se desenvolvem no interior do
esófago, habitualmente em pacientes com anemia por carência de ferro.
• Esofagite eosinofílica – é uma doença que ocorre por infiltração da
parede do esôfago por eosinófilos, um dos grupos de células de defesa do
sistema imunológico. Esse ataque torna a parede do esôfago inflamada e
rígida, impedindo a passagem de bolos alimentares mais volumosos.
2 - CAUSAS DE ORIGEM NEUROLÓGICA
Doenças neurológicas podem causar dificuldade para engolir, não só por
atrapalhar o ato de mastigar quanto por impedir a movimentação
adequada da língua e dos músculos da orofaringe na hora da deglutição.

• Paralisia Cerebral / Disfunção Neuromotora (85%).


• Doença de Parkinson, Esclerose múltipla e lateral amiotrófica (70%).
• AVC e Traumatismo craniano (50%).
• Tumores do sistema nervoso central (45%).
• Câncer de cabeça e pescoço (45%)
• Miastenia graves.
3 - CAUSAS POR DOENÇAS DO MÚSCULO DO ESÔFAGO

Algumas doenças que provocam dificuldade para engolir por


acometerem a musculatura do esôfago são:
• Acalásia.
• Esclerose sistêmica.
• Doença de chagas.
• Síndrome de Sjögren.
• Transtornos da motilidade do esôfago de causa desconhecida.
SINTOMAS DA DISFAGIA
Dificuldade para engolir.
Variável de acordo com a origem do problema.
• Pacientes com disfagia por transtornos na orofaringe geralmente
queixam-se de dificuldade para iniciar a deglutição. Quando
questionados em que ponto especificamente sentem dificuldade para
deglutir, a região do pescoço costuma ser a apontada. Este tipo de
disfagia costuma vir acompanhada de outros sintomas, tais como
salivação excessiva, derramamento do alimento, necessidade de
engolir pequenos bolos de comida de forma repetida, rouquidão,
engasgo frequente, tosse ao comer ou dificuldade para falar.
SINTOMAS DA DISFAGIA

• A aspiração de alimentos é uma das complicações possíveis da


disfagia de origem orofaríngea, o que pode levar a quadros de
infecção pulmonar.
• Por outro lado, quando a disfagia tem origem no esôfago, os
sintomas costumam ser bem diferentes. O paciente não tem
dificuldade para engolir a comida, mas, segundos depois do
alimento ter sido deglutido, ele sente uma sensação de que o bolo
alimento “parou”. Quando questionados em que ponto
especificamente sentem dificuldade para deglutir, a região do peito
é geralmente a mais apontada.
SINTOMAS DA DISFAGIA

Disfagia sugestiva de origem esofágica, desordem da motilidade do


esôfago. Obstrução mecânica em crescimento, como um tumor, por
exemplo. Sintomas associados à dificuldade de engolir, como azia,
perda de peso, vômito sanguinolento, anemia ou regurgitação
frequente de alimentos não digeridos também ajudam a definir as
causas mais prováveis.
SINTOMAS GERAIS:
Dificuldade de mastigar, preparar e manter o alimento dentro da boca
Tempo prolongado para engolir
Necessidade de engolir várias vezes para o alimento, líquido ou saliva
descer
Restos de comida dentro da boca após engolir
Dor ao engolir
Sensação de alimento parado na garganta
Escape de alimento pelo nariz durante a alimentação
Sintomas gerais:
Mudança na voz após engolir
Mudança da cor da pele durante ou após a alimentação (palidez/cianose ou “pele
roxa”)
Tosse ou pigarro constante durante a alimentação
Engasgos frequentes durante as refeições ou ao deglutir saliva
Falta de ar
Perda de peso
Pneumonias de repetição
Falta de interesse em se alimentar • Necessidade de mudanças na consistência dos
alimentos
INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

• Reduzir e/ou evitar o uso de sondas


• Minimizar riscos de engasgos, sufocamento e aspiração
• Reduzir tempo e custo de internação
• Evitar (re)internação por pneumonias, desnutrição e desidratação
• Reintroduzir dieta via oral segura, eficiente
• Recuperação do estado nutricional
PLANO DE TERAPIA

• Sintomatologia apresentada pelo paciente no momento da AVALIAÇÃO


• Trabalho de uma EQUIPE (Multi e/ou interdisciplinar)
TERAPIA

• Visa a adequação da alimentação com padrões eficientes,


evitando a aspiração e facilitando a nutrição. Pode ser de duas
formas:
• INDIRETA
• DIRETA
TERAPIA INDIRETA

•É a terapia onde não se utiliza alimentos, e sim exercícios de


fortalecimento do tônus e melhora da mobilidade e indução e
facilitação do processo da deglutição
• Manipulações extra e intra orais
• Estimulação gustativa (doce, azedo, amargo, salgado), e olfativa
TERAPIA INDIRETA
TERAPIA INDIRETA
TERAPIA INDIRETA
TERAPIA DIRETA

• É a terapia onde se utiliza alimento


• Eleger melhor consistência para cada etapa
• Variação de sabores/cheiros
• Modificação de dietas
• Utensílios
TERAPIA DIRETA

• P - Posicionamento

• C - Consistência do alimento

• T - Tempo de alimentação

• V - Volume
OBRIGADO

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