10 Bullying
10 Bullying
10 Bullying
BULLYING
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais,
verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos
contra um ou mais colegas.
O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa
valentão, brigão.
Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como
ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
2
O bullying é percebido através de maneiras agressivas de
comportamento, por meio de “insultos, apelidos cruéis,
gozações, ameaças, acusações injustas, atuação de grupos que
hostilizam a vida de outros levando na maioria das vezes o
agredido a graves consequências psíquicas e à exclusão escolar e
social” (ROSA, 2010, p. 145).
3
Bullying – Classificação:
DIRETO: O bullying direto é aquele em que as agressões contra a vítima são feitas
diretamente, com apelidos, agressões físicas, roubos, intimidações e atos que causam
desconforto. Sendo uma forma mais utilizada pelos homens.
INDIRETO: bullying indireto dá-se por meio de atos de indiferença, difamação, e ações
que levam a vítima a isolar-se socialmente, consequentemente recusando o
relacionamento e aproximação das pessoas. Essas agressões afligem aqueles que buscam
se relacionar com ela, acontecendo mais em mulheres e em crianças.
6
Características do Agressor:
Os agressores são geralmente os líderes da turma, os mais populares –
aqueles que gostam de colocar apelidos nos mais frágeis. Assim como a
vítima, o agressor também precisa de ajuda. Normalmente, o agressor
tem um comportamento provocador e de intimidação permanente. Ele
possui um modelo agressivo na resolução de conflitos, apresenta
dificuldade de colocar-se no lugar do outro, vive uma relação familiar
pouco afetiva, e tem muito pouca empatia.
7
Quem são as vítimas:
A vítima pode se configurar de três formas:
• Vítima típica: são aqueles sujeitos que presentam características
diferentes dos padrões impostos por agressores;
• Vítima provocadora: instigam nos demais atitudes agressivas contra si
mesmas, mas não conseguem se defender;
• Vítima agressora: reproduz os maus-tratos sofridos como uma forma
de compensação.
Silva (2010) e Gisi, Vaz e Valter (2012)
8
Os alvos preferenciais são:
• os alunos novatos;
• os extremamente tímidos;
• os que têm traços físicos que fogem do padrão;
• os que têm excelente boletim, o que serve para atiçar a inveja e a
vingança dos menos estudiosos.
9
Consequências do Bullying
Geralmente, as vítimas do bullying têm vergonha e medo de falar à família sobre as
agressões que estão sofrendo e, por isso, permanecem caladas.
Alguns sinais típicos são observados nos alunos vítimas de bullying, entre eles:
• Recusa de ir para a escola
• Tendência ao isolamento
• Falta de apetite
• Insônia e dor de cabeça
• Queda no desempenho escolar
• Febre e tremor
10
A vítima do bullying pode apresentar alguns sintomas psicossomáticos:
11
Traumas do bullying
Se os traumas do bullying não forem tratados, a vítima pode
guardar aquele sofrimento em seu subconsciente, que virá a
se manifestar diversas vezes em sua vida adulta, dificultando
as relações pessoais, a vida em sociedade, afetando a sua
carreira profissional e até levando ao desenvolvimento de
vícios em drogas e álcool.
12
BULLYING NA ESCOLA
A escola é o local mais suscetível à prática de bullying. As
crianças e os jovens, por estarem em fase de formação,
também vivenciam necessidade de autoafirmação e, às
vezes, não estão acostumados a conviver com diferenças.
Pode vir daí a origem dessas práticas inaceitáveis de
discriminação e superioridade.
13
Formas que os agressores usam para intimidar as vítimas:
14
Existe diferença entre o bullying praticado por meninos e por meninas?
15
Como solucionar o bullying?
A melhor maneira de solucionar o problema é
pelo diálogo e conscientização. É necessário conscientizar aqueles que
assistem, repetem ou indiretamente contribuem com o bullying, pois
eles também mantêm o sistema de agressividade funcionando.
Para além das campanhas governamentais e não governamentais, é
necessário que as famílias unam-se com os profissionais da educação
para que todos possam trabalhar na conscientização de seus filhos e no
apoio emocional de que as vítimas do bullying necessitam. (PORFIRIO)
16
Formas de Combate:
Uma lei criada em 2015, a Lei Antibullying – 13.185/15, entrou em
vigor em fevereiro de 2016 e instituiu o Programa de Combate à
Intimidação Sistemática. Pelos termos dessa lei, constitui bullying “todo
ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que
ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo,
contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-
la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio
de poder entre as partes envolvidas”.
17
O texto da lei orienta a prevenção da prática por meio
de práticas de orientação de familiares, instrução de
palestras, promoção de campanhas e fortalecimento
da cidadania. As ações de conscientização e combate
ao bullying devem ser tomadas por estabelecimentos
de ensino, clubes e agremiações recreativas.
18
Referências Bibliográficas
BARROS, Paulo Cesar, CARVALHO, João Eloir, PEREIRA, Maria Beatriz Ferreira Leite Oliveira. Um estudo sobre o bullying no contexto escolar. IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE- III Encontro Sul Brasileiro de
Psicopedagogia. 26 a 29 de outubro de 2009. PUCPR.
BEAUDOIN, M. N.; TAYLOR, M. Bullying e Desrespeito: como acabar com essa cultura na escola. Tradução: NETZ, S. R. – Porto Alegre: Artmed, 2007.
BOFF, L. Saber Cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
BORGDAN, R. & BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Portugal: Porto, 1994. COLL, C. et al. Desenvolvimento psicológico e Educação: necessidades educacionais especiais e
aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
BRASIL ESCOLA. Bullying. Disponível em: http://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm.
CHARLOT, Bernard. Violência na escola: como os sociólogos franceses abordam essa questão. Interface: sociologias, Porto Alegre, ano 4. nº 8, jul. /dez 2002, p. 432-443.
DEMO, P. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas, 2011.
FANTE, Cleo. O fenômeno bullying: como prevenir nas escolas e educar para a paz. 2. ed. Campina, SP: Verus editora, 2005.
FONSECA, V. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1995
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GISI, M. L.Ç BARBOSA, F. A. VALTER, C. C. N. Bullying: um desafio para a formação de professores. Anais do Seminário de pesquisa em Educação da Região Sul – ANPEDSUL. Realizado de 29 de julho a 1º de agosto de 2012. UCS-
Caxias do Sul. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/2268/478.
GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira, SPOSITO, Marilia Pontes. Iniciativas públicas de redução da violência escolar no Brasil. Cadernos de Pesquisa, n. 115, março / 2002, p. 101- 138.
LIMA, Chantele Cerqueira de. Bullying na percepção da equipe técnica das escolas estaduais de Criciúma. INTERLINK - v. 2, n.2, jul/dez de 2011. Disponível em: http://187.45.244.77/ojs-2.4.6/index.php/InterLink/article/view/18
MEDRADO, Hélio. Violência nas escolas. São Paulo: Minelli, 2008.
MIRANDA, Alex Barbosa Sobreira de; MAURIZ, Naila Luíza de Carvalho. As consequências psicossociais do bullying no rendimento escolar. 2012. Disponível em: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/as-
consequencias-psicossociais-dobullying-no-rendimento-escolar
NOGUEIRA, Rosana Maria del Piccha de Araújo. Violências nas escolas e juventude: um estudo sobre o bulling escolar. 2007. 258 f. Tese (Doutorado em educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.
OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer pesquisa qualitativa. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2008.
PORFIRIO, Francisco. https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm
RAMOS, André Luiz Moraes, BARBOSA, Anne Elyse Souza. Bullying - um obstáculo na vida e na aprendizagem. ECCOM, v. 3, n. 5, jan./jun. 2012. Disponível em:
http://publicacoes.fatea.br/index.php/eccom/article/viewFile/481/328>
ROSA, Maria José Araújo. Violência no ambiente escolar: refletindo sobre as consequências para o processo ensino aprendizagem. Revista Fórum: identidades. Itabaiana: GEPIADDE, Ano 4, Volume 8. jul-dez de 2010.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.
SOUZA, Robson Sávio Reis. Violência – um problema com solução. AMAE educando - 374. Setembro, 2010, p. 8-13.
https://escoladainteligencia.com.br/o-que-e-bullying/
https://www.todamateria.com.br/bullying/
https://www.somospar.com.br/bullying-na-escola-o-que-e-e-como-combater/
https://escoladainteligencia.com.br/bullying-na-escola/
19