AULA 1 de ESTRUTURA ATOMICA

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ESTRUTURA ATÔMICA

Estrutura Atómica
Objectivos

Conhecer a estrutura actual do


átomo
Conhecer e aplicar as regras
do preenchimento eletrónico
dos átomos
Estrutura Atómica

Conteúdos
Estrutura do átomo
Regras do preenchimento
eletrónico
ESTRUTURA ATÓMICA
Actualmente não há dúvidas de que toda a
matéria seja constituída por partículas
minúsculas designadas de átomos. Essa
designação foi estabelecida por dois filósofos
Gregos Leucipo e Demócrito (400 a. C.)

Em 1808, baseado em factos experimentais, o


cientista britânico John Dalton formulou uma
teoria atómica para explicar a constituição da
matéria
ESTRUTURA ATÓMICA
ESTRUTURA ATÓMICA
ESTRUTURA ATÓMICA
 Apos Dalton ter apresentado a sua teoria atómica, vários
cientistas realizaram diversas experiências que
demonstraram que os átomos são constituídos por
partículas ainda menores, subatómicas.
 Em 1897, Joseph John Thomson conseguiu demonstrar
que o átomo não é indivisível, utilizando para tal um
aparelho de vidro designado “tubo de raios catódicos”.

 Com base em experiencias nele o cientista descobriu o


electrão, como partícula negativa menor que o átomo.
ESTRUTURA ATÓMICA
Os estudos feitos por Thomson nessa área
conferiram-lhe o prémio Nobel da Física
em 1906.
O tubo da Tela de televisão e uma versão
complexa de um tubo de raios catódicos
(electrões). Em 1927 foi inventada a
televisão
ESTRUTURA ATÓMICA
 Foi na base de seus estudos continuados sobre o átomo
que Thomson propôs o seu modelo atómico denominado
pudim de passas.

 Nele o átomo é considerado maciço e constituído por um


fluido de carga eléctrica positiva no qual estão dispersos
os electrões (e).
ESTRUTURA ATÓMICA
 Eugen Goldstein (1886) usando um aparelho similar ao de Thomson
descobriu um feixe luminoso deslocando-se no sentido inverso dos raios
catódicos e concluiu que estes apresentavam carga positiva, para depois,
Rutherford os designar de protões (p) – sendo também partículas
menores que o átomo, com carga positiva e massa 1836 vezes superior a
do electrão.
ESTRUTURA ATÓMICA
ESTRUTURA ATÓMICA
A comparação do número de partículas alfa
Observação Conclusão
A maior parte das partículas α A maior parte do átomo deve
atravessava a lamina sem ser vazio. Nesse espaço
sofrer desvios (eletrosfera) devem estar
localizados os electrões.
Poucas partículas α (1 em 20 Deve existir no átomo uma
000) não atravessavam a pequena região onde esta
lamina e voltavam eram concentrada a sua massa (o
refletidas. núcleo).
Algumas partículas α sofriam O núcleo do átomo deve ser
desvios de trajetória ao positivo, o que provoca uma
atravessar a lamina. repulsão das partículas α.
ESTRUTURA ATÓMICA
A comparação feita por Rutherford, baseada
na quantidade de partículas alfa (α) que
atravessava, era desviada e era reflectida,
levou-o a concluir que o raio do átomo é
10.000 vezes maior que o raio do núcleo.
 A partir das suas conclusões ele propôs um
novo modelo atómico.

 A ilustração mostra um átomo com 7 protões no nucelo


e 7 electrões na eletrosfera.
ESTRUTURA ATÓMICA
O neutrão (n)
 Essas partículas foram descobertas em 1932 por Chadwick,
durante experiências com material radioativo.
 Os neutrões encontram-se no núcleo e possuem massa
similar a dos protões, mas não tem carga eléctrica.
 Assim fica-se a saber que o átomo possui um núcleo
contendo protões e neutrões que perfazem a massa do
átomo, e uma eletrosfera contendo electrões.
Região atómica Particula Massa relativa (u) Carga relativa (uce)

Núcleo Protões 1 +1
Neutrões 1 0
Eletrosfera Electrões 1/1836 -1
ESTRUTURA ATÓMICA
 Principais
características do átomo:
 Numero atómico (Z)
 Em 1913, Moseley ao realizar experiencias bombardeando vários
elementos com raios x percebeu que o comportamento de cada
elemento químico estava relacionado com a quantidade de cargas
positivas do seu núcleo.
 Assim, a carga do núcleo ou o seu número de protões é a grandeza
que caracteriza cada elemento, sendo este designado de número
atómico (Z).

Z = número atómico = número de protões no núcleo

 Como os átomos são eletricamente neutros, então o número de


electrões na eletrosfera é igual ao número de protões no núcleo.
ESTRUTURA ATÓMICA

A = número de protões + número de neutrões


A=p+n

Na: Z = 11= p; A = 23 então A-p = n = 12


Ca: Z = 20 = p; A= 40 então A-p = n = 20
Cl: Z= 17 = p; A = 35 então A-p = n = 18
ESTRUTURA ATÓMICA
 Actividade

 Indique o número de protões, neutrões e electrões


existentes nos seguintes elementos químicos:

 6C12, 13Al 27
, 26 Fe 56
, 56 Ba210
ESTRUTURA ATÓMICA
Iões
 Os átomos podem perder ou ganhar electrões, formando novos
sistemas eléctricamente carregados designados de iões
Ião é uma espécie química que apresenta um número de
electrões diferente do número de protões.

 Quando os átomos perdem electrões formam iões com carga positiva


que se designam de catiões.
12 Mg – 2e- = 12Mg2+
O catião 12Mg2+ é bivalente
 Quando os átomos ganham electrões formam iões com carga
negativa designados de aniões.
17 Cl +1e- = 17Cl-
O anião 17Cl- é monovalente
A energia necessária para tirar um electrão
do átomo designa-se energia de ionização.

Aquantidade de energia libertada no


momento em que um electrão é
recebido por um átomo que se
encontra sozinho e no estado gasoso
designa-se de afinidade electrónica.
ESTRUTURA ATÓMICA
Isoeletrónicos:
São átomos e iões que apresentam o mesmo
numero de electrões, formando novos sistemas
eléctricamente carregados designados de iões

11 Na+
, 12 Mg2+
, 8 O2-

Apresentam todos 10 electrões

18Ar , Cl -
17

Ambos apresentam 18 electrões


ELETROSFERA DO ÁTOMO

Em torno do núcleo do átomo temos uma região denominada de


eletrosfera que se encontra dividida em 7 partes chamada
camadas eletrônicas ou níveis de energia.

Do núcleo para fora estas camadas são representadas pelas letras


K, L, M, N, O, P e Q, correspondendo aos niveis 1, 2, 3, 4, 5, 6
e 7 respectivamente.

Em cada camada poderemos encontrar um número máximo de


eletrões, que são:
Pesquisando o átomo, Sommerfeld chegou àconclusão que os
electrões de um mesmo nível não estão igualmente distanciados
do núcleo porque as trajetórias, além de circulares, como
propunha Bohr, também podem ser elípticas.

Esses subgrupos de eletroes estão em regiões chamadas de


subníveis e podem ser de até 4 tipos:

Os subníveis em cada nível são:

E crescente
Eletrosfera do átomo
A colocação dos electrões no átomo obedece ao
princípio de “Aufbau” que significa construção.

 Os electrões entram sequencialmente nas camadas ou


níveis de menor energia que são os que estão mais
próximos do núcleo (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 nesta sequência).

 Dentro dos níveis eles vão preenchendo também de


forma sequencial os diferentes subníveis de acordo com
o principio energético, quer dizer, entram primeiro no
subnível de menor energia e só depois deste completo,
passam para o próximo subnível (s, p, d, f: nesta
sequencia).
Eletrosfera do átomo
 Dentro dos subníveis encontram-se as orbitais que são
as regiões onde existe probabilidade e encontrar os
electrões.
 As orbitais nos subníveis (designam-se pelo mesmo
símbolo do subnível a que pertencem) são preenchidas
primeiro com um electrão e só depois de todas as
orbitais desse subnível terem um electrão é que se
completa o seu preenchimento com o segundo electrão.
 Uma orbital só pode conter no máximo dois electrões
com spins opostos para não se repelirem.
Distribuição electrónica
O diagrama de Linus Pauling reflecte as regras de
Klechtkovski e deve ser aplicado para níveis não
completamente preenchidos.
 Via de regra os níveis completamente cheios são muito
estáveis e levam a um preenchimento dos seus subníveis
sem que subníveis de outros níveis se interponham.
Veja-se o exemplo:
 27 Co: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d7 – obedece a Klechtkovski
 30 Zn: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d104s2 – vigora o principio de Aufbau
DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA

O átomo de cálcio possui número atômico 20, sua distribuição


eletrônica, nos subníveis será:

1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2

O átomo de Ferro tem número atômico 26, sua distribuição


eletrônica, nos subníveis será:

1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6


DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA DE IÕES
Para os catioes devemos distribuir os elétrons como se eles fossem
neutros e, em seguida, da última camada retirar os elétrons perdidos.
Fe2+ (Z = 26)
Configuração normal do Fe:
1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d6

Retirando 2 electrões do último nível (nível 4)


Configuração do cátion:
(1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d6)2+

Para os aniões devemos adicionar os electrões ganhos aos já existentes no


átomo e, em seguida distribuir o total.
16S (Z = 16) existindo 16 protões no núcleo ter-se-á 16 electrões na eletrosfera:

16S: 1s , 2s , 2p , 3s , 3p
2 2 6 2 6

S 2- (Z = 16): 16 + 2 = 18 electrões.
Configuração do iao:
S 2-: (1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6)2 –
Caracterização do electrão
Números quânticos (n, l, m, s)
 Principal (n)
 Indica o nível de energia do electrão

Varia de (1,2,3,4,5,6,7,…)

 Secundário (l)
 Indica o subnível de energia do electrão

Subnivel s p d f
Valor de l 0 1 2 3
Caracterização do electrão
Números quânticos (n, l, m, s)
 Magnético (m)
 Está associado a região de maior probabilidade de
encontrar o electrão designada de orbital
 Cada orbital comporta no máximo 2 electrões. Como as
orbitais estão relacionadas com os subníveis os valores
de m variam de (–l, 0, +l)

Subnivel Valores de l Valores de m Quantidade


de orbitais
s 0 0 1
p 1 -1, 0, +1 3
d 2 -2, -1, 0, +1, +2 5
f 3 -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3 7
Spin (s)
 Está relacionado com a rotação do electrão e permite
distinguir os electrões da mesma orbital.
 A um deles atribui-se arbitrariamente o valor -1/2 e ao
outro o valor +1/2
Distribuição electrónica nas orbitais
 Essa distribuição é feita de acordo com dois conceitos:
 O princípio de exclusão de Pauli que diz que numa orbital só
podem coexistir no máximo dois electrões com spins opostos;

 A regra de Hund (também conhecida como principio de máxima


multiplicidade) que diz que as orbitais de um mesmo subnível são
preenchidas de modo a que se obtenha o maior numero possível de
electrões isolados, todos com o mesmo spin. O preenchimento das
orbitais com dois electrões só acontece depois de todas as orbitais
do subnível terem o primeiro electrão.
Distribuição electrónica e números quânticos n e l

A energia do electrao no atomo e caracterizada por 4 numeros


quanticos:

A energia potencial está relacionada ao número quântico principal


(n), que fornece a distância do electrão ao núcleo e pode tomar os
valores de 1, até 7 (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...) 

A energia cinética está relacionada ao número quântico secundário


ou azimutal (l), que fornece a forma da orbital, o que caracteriza o
movimento do electrão. Ele pode tomar valores que vao de 0 a n-1 e
vao de 0 até 3 (0, 1, 2, 3) correspondendo as letras (s, p, d, f)
respectivamente.
 
Então, teremos as regras de Klechkovski: 
1 - Quanto maior a soma (n + l), mais energético é o electrao.
 

2 - Quando a soma (n + l) é igual para electroes de subníveis e níveis


diferentes, terá maior energia o aquele que apresentar maior valor de
n.
 
Os subníveis são preenchidos em ordem crescente de energia
(ordem energética). 

Klechkovski e Linus Pauling descobriram que a energia dos


subníveis cresce na ordem: 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s
4f 5d 6p 7s 5f 6d...
TPC - 1
1. Quantos valores pode assumir o número quântico magnético para
os electrões do subnível energético com o número quântico
secundário l = 2 e l = 3?

2. Qual é o número máximo de electrões que podem existir numa


camada electrónica de um átomo cujo número quântico principal n
seja i) 3? e ii) n = 4?

3. O que são substâncias paramagnéticas e que relação existe entre o


paramagnetismo e a configuração electrónica?

4. Determine pela regra de Kletchkovski a sequência de preenchimento


das orbitais electrónicas que se caracterizam pelos seguintes
valores da soma n+l: a) 5; b) 6; c) 7.
BIBLIOGRAFIA
N. Glinka – Química Geral Vol. 1

N. Glinka – Manual de Exercícios e problemas

J. Russel – Química Geral Vol. 1

J. Russel – Química Geral Vol. 2

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