Descartes - Da Dúvida Ao Cogito

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 18

DESCARTES

DA DÚVIDA AO COGITO

Professora: Manuela Silva

(1596-1650)
OBJETIVO DE DESCARTES
 Procurar fundamentos seguros e indubitáveis
 Encontrar alguma crença básica infalível de que não se
possa duvidar
MÉTODO DE DESCARTES
 Todas as nossas crenças terão de se submeter à dúvida e só
serão aceites como crenças básicas se passarem no exame
crítico da dúvida.
 “Passar no exame” significa pôr as crenças à prova
sujeitando-as à dúvida. As que resistirem são as que passam
no exame crítico.

 Conferir exemplo comparativo das maçãs – pág. 143


DÚVIDA METÓDICA (CARTESIANA) VS
DÚVIDA CÉTICA
 A dúvida cartesiana é um método para o conhecimento, ou
seja, “caminho para a verdade”. O seu objetivo consiste em
provar a insustentabilidade do ceticismo.
 A dúvida cética é um ponto de chegada considerando
impossível o conhecimento e a verdade
 A dúvida metódica é um ponto de partida para o
conhecimento, para a verdade.
MÉTODO DE DESCARTES - DÚVIDA
METÓDICA VS DÚVIDA CÉTICA
 CARATERÍSTICAS DA DÚVIDA
 É metódica porque a dúvida é um método para alcançar a certeza, o
conhecimento e provar a insustentabilidade do ceticismo.
 É universal – incide sobre tudo: não há nada de que não seja
legítimo duvidar. Incide sobre todas as crenças.
CARATERÍSTICAS DA DÚVIDA
 É provisória – não se trata de uma suspensão permanente do juízo, mas
antes de uma decisão de considerar falso o que seja minimamente
duvidoso, até que se venha a encontrar uma crença inabalável, forte
porque resistiu ao exame de pôr à prova as crenças.

 É hiperbólica – Rejeita e assume como falso tudo o que seja duvidoso


não se limitando a suspender o juízo. . Nenhuma realidade é imune à
dúvida, nem o próprio sujeito. É radical.
APLICAÇÃO DO MÉTODO – RAZÕES PARA DUVIDAR
 Descartes não coloca em dúvida cada crença individualmente, mas tipos
de crença.
 Para colocar em dúvida as crenças
 “a posteriori”:
 Argumento da ilusão dos sentidos
 Argumento dos sonhos

 Para colocar em dúvida as crenças “a priori”:


 Erros de raciocínio
 O Génio Maligno
RAZÕES DE DUVIDAR
 As ilusões dos sentidos
 Se os sentidos nos podem enganar algumas vezes,
podemos supor que nos podem enganar sempre.
Os sentidos não são fonte segura de Conhecimento.

 LIMITAÇÃO DO ARGUMENTO: Coloca em causa

as informações transmitidas pelos sentidos mas


daí não se segue que tenhamos boas razões para
afirmar que os sentidos nos enganam sempre.
Podemos corrigir os erros que deles são provenientes.
Conferir pág. 144.
RAZÕES DE DUVIDAR
Indistinção vigília-sono
 Algumas vezes, não distinguimos o sonho da realidade.
 Há razão para acreditar que toda a realidade física é uma ilusão

 Descartes supõe que nem sempre distinguimos o sonho da realidade, não havendo “um processo
inequívoco para determinar se uma experiência sensível é verídica ou se não passa de um sonho.”

 LIMITAÇÃO DO ARGUMENTO: Coloca em causa a existência da realidade física, mas não


coloca em dúvida as “verdades matemáticas”.
 “QUER EU ESTEJA A DORMIR, QUER EU ESTEJA ACORDADO, 2+2=4” Descartes,
Meditações sobre a Filosofia Primeira, I Meditação.

 Conferir pág. 146


RAZÕES DE DUVIDAR
Por vezes acreditamos que estamos a ter uma experiência, quando na realidade
estamos apenas a sonhar.
RAZÕES DE DUVIDAR
 Erros de raciocínio

 Podemos sempre cometer erros de raciocínio na matemática e geometria. Daí a


rejeição das crenças que têm origem nos raciocínios mais elementares da
geometria e da aritmética.

 Conferir argumento e exemplos na Pág. 147


RAZÕES DE DUVIDAR

 A Hipótese do Génio Maligno


 Descartes coloca a hipótese de Um Génio Maligno (que inicialmente
designou como um Deus Enganador), um ser extremamente poderoso
e inteligente, nos poder controlar fazendo tudo o que pode para nos
enganar.
 Pode conseguir fazer-nos pensar que são verdadeiras proposições que
afinal são falsas.
 As nossas crenças poderiam assim ser apenas verdadeiras por acaso.
Logo, não teríamos conhecimento
O COGITO
 Mesmo que duvide de tudo, há uma coisa de que não posso duvidar. Se
duvido é porque penso, e se penso existo, ainda que seja apenas uma
substância pensante.

DUVIDO PENSO EXISTO

PENSO, LOGO EXISTO.

o cogito – A primeira certeza


O COGITO
CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DO COGITO

• Cogito
• Primeira certeza de Descartes que fornece os alicerces para edificar o conhecimento.
• Uma crença básica que não precisa de ser justificada com base noutras crenças - autoevidente.
• Permite ultrapassar o ceticismo e demonstrar que é possível conhecer.
• Constitui-se como a primeira verdade clara e distinta.
• Conhecimento a partir do qual se vão deduzir outros porque é absolutamente primeiro.
• Funda na razão a origem do conhecimento seguro.
• Ideia inata porque se impõe como verdade absoluta à razão sem recurso à experiência (que já nasce
com o indivíduo sendo totalmente racional e a priori).
• É obtido por intuição intelectual.
O COGITO COMO CRITÉRIO DE
VERDADE
 O Cogito é um critério de verdade
 Tem um elevado grau de clareza e distinção
 É um critério de verdade que nos permite distinguir o verdadeiro do falso
 Fornece um fundamento seguro para o conhecimento
 É um modelo para a procura de um saber seguro e indubitável

 Conferir manual – pág. 153.


SERÁ O COGITO SUFICIENTE PARA
FUNDAR O CONHECIMENTO?

 Apesar de o cogito se assumir como modelo de verdade, saber que


existimos não é ainda suficiente para fundarmos o conhecimento de
outras verdades claras e distintas. Como se fundamenta, por exemplo, a
existência do mundo exterior?

Você também pode gostar