5.1 - Aços Carbono e Aços Liga

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AÇOS CARBONO E AÇOS

LIGA
 Dentre os elementos utilizados na construção mecânica
podemos citar as ligas ferrosas como o conjunto de maior
importância e de mais ampla utilização. Os aços e ferros
fundidos, com suas diversidades de ligas, fornecem uma
gama de possibilidades no âmbito da fabricação mecânica.
Tanto os aços quanto os ferros fundidos são ligas nas quais
os principais elementos são o ferro e o carbono.
Encontramos ainda elementos secundários, resultantes de
um determinado processo de fabricação.
 Pode-se definir aço como sendo uma liga ferro-carbono
contendo geralmente 0,008% até aproximadamente 2,11%
de carbono, além de certos elementos residuais. Já os
ferros fundidos são caracterizados por possuírem teor de
carbono acima de 2% aproximadamente.
 Face à influência do silício na liga do ferro fundido, este é
normalmente considerado uma liga ternária Fe-C-Si, pois,
o silício está freqüentemente presente em teores superiores
ao do próprio carbono. Geralmente, classificam-se os aços
em dois grandes grupos: os aços-carbono e os açosliga.
 Já os ferros fundidos podem ser considerados ferros
fundidos brancos, ferros fundidos cinzentos, ferros
fundidos maleáveis e ferros fundidos nodulares. Os
elementos constantes na liga é que definem a classificação,
tanto pelo teor de carbono quanto dos demais elementos. E
são estas ligas que vão propiciar aos aços e ferros fundidos
as características que irão torná-los aptos a realizar
determinados tipos de trabalho. Como exemplo de
aplicações podemos classificar os aços em:
 • Aços para fundição;
 • Aços para chapas;

 • Aços para arames e fios;

 • Aços de usinagem fácil;

 • Aços para nitretação;

 • Aços resistentes ao desgaste;

 • Aços resistentes ao calor;

 • Aços ultra-resistentes e aços criogênicos.

 • Aços estruturais;

 • Aços para tubos;

 • Aços para molas;

 • Aços para cementação;

 • Aços para ferramentas e matrizes;

 • Aços resistentes à corrosão;

 • Aços para fins elétricos e magnéticos;


 Além dos aços e ferros fundidos outros metais não ferrosos
são muito importantes na construção mecânica, como o
alumínio, o cobre, o bronze e o titânio entre outros.
 Dada a grande variedade de tipos de aços, foram criados
sistemas para sua classificação.
 Uma das classificações mais generalizadas – e que, inclusive,
serviu de base para o sistema adotado no Brasil – é a que
considera a composição química do aço e, dentre os sistemas
conhecidos, são muito usados os da “American Iron and Steel
Institute – AISI” e da “Society of Automotive Engineers –
SAE”.
 A tabela abaixo mostra a designação adotada pela AISI e SAE.
As letras XX correspondem às cifras indicadoras dos teores de
carbono. Assim, por exemplo, a classe 1023 significa aço
carbono com 0,23% de carbono em média.
Tabela – Sistemas SAE e AISI de classificação dos aços.
 Inclusões

 Os produtos siderúrgicos, ao serem fabricados, apresentam


normalmente, além do carbono como principal elemento
de liga, uma série de impurezas de natureza metálica ou
não, as quais se originam de reações entre as matérias-
primas empregadas ou de outros tipos de reações.
 Essas impurezas normais são o fósforo, o enxofre, o
manganês, o silício e o alumínio. A maior parte delas
reage entre si ou com outros elementos não metálicos com
o oxigênio e, eventualmente, o nitrogênio, formando as
chamadas “inclusões não-metálicas”. A formação dessas
inclusões se dá, em grande parte, na fase final de
desoxidação dos aços.
 Em resumo, o efeito dessas impurezas ou inclusões é o seguinte:
 o enxofre, o fósforo, o oxigênio, o hidrogênio são elementos
considerados indesejáveis sob o ponto de vista de qualidade do aço:
o fósforo pela sua ação como elemento que pode acarretar a
“fragilidade a frio”; o enxofre pelos sulfetos que forma, sobretudo o
de ferro que pode acarretar a “fragilidade a quente”; o oxigênio,
pelas inclusões que forma e o hidrogênio pela fragilidade que pode
conferir ao aço. Esses elementos não podem ser totalmente
eliminados, nas condições normais de fabricação dos produtos
siderúrgicos, mas devem ser mantidos dentro de faixas de teor que
não ultrapassem os limites de influência prejudicial àqueles
produtos.
 o manganês, o silício, e o alumínio, os três agindo como
desoxidantes e o manganês também como dessulfurante são
elementos de um lado benéficos, mas de outro lado prejudiciais
pelas inclusões que formam de sulfetos, silicatos e aluminatos.
 ELEMENTO DE LIGA
  Elemento, metálico ou não, que é adicionado a um metal
(chamado de metal-base) de tal maneira que melhora
alguma propriedade desse metal-base. Por exemplo,
adicionando quantidades adequadas de estanho ao cobre,
obtém-se o bronze, que é mais duro que o cobre.
 Por mais controlado que seja o processo de fabricação do
aço, é impossível produzi-lo sem essas impurezas. E elas,
de certa forma, têm influência sobre as propriedades desse
material. Quando adicionadas propositalmente são
consideradas elementos de liga, conferindo propriedades
especiais ao aço. Às vezes, elas ajudam, às vezes, elas
atrapalham. Assim, o que se deve fazer é controlar suas
quantidades.
 A introdução de elementos de liga, que não o carbono, nos
aços é feita quando se deseja um ou mais dos seguintes
efeitos:
 • aumentar a dureza e a resistência mecânica;

 • conferir resistência uniforme através de toda a seção em


peças de grandes dimensões;
 • diminuir o peso (conseqüência do aumento da
resistência);
 • conferir resistência à corrosão;

 • aumentar a resistência ao calor;

 • aumentar a resistência ao desgaste;

 • aumentar a capacidade de corte;

 • melhorar as propriedades elétricas e magnéticas.


 ELEMENTOS DE LIGA MAIS COMUMENTE ADICIONADOS AO AÇO
 Então, quando o aço é um aço-liga? Quando as quantidades dos
elementos adicionados são muito maiores do que as encontradas
nos aços-carbono comuns. E quando essa adição ajuda o aço na
modificação e melhoria de suas propriedades mecânicas.
 Dependendo da quantidade dos elementos de liga adicionados, o
aço-liga pode ser um aço de baixa liga, se tiver até 5% de
elementos de adição, ou um aço de liga especial, se tiver
quantidades de elementos de liga maiores do que 5%.
 Os elementos de liga mais comumente adicionados ao aço são:
níquel, manganês, cromo, molibdênio, vanádio, tungstênio,
cobalto, silício, fósforo, titânio e alumínio. Lembrando que é
possível adicionar mais de um elemento de liga para obter um
aço-liga, e sem nos determos muito nos detalhes do que acontece
com a micro-estrutura desse material, vamos dizer o que cada um
desses elementos traz ao aço, em termos de mudança de
propriedades.
OBSERVE A TABELA ABAIXO:

Elemento Principais Funções Aplicações


de liga

1. Aumenta a resistência de aços recozidos Aço para construção


Ni 2. Aumenta a tenacidade de aços ferríticos- mecânica.
perlíticos (sobretudo a baixas temperaturas) Aço inoxidável.
Níquel 3. Torna austeníticas ligas Fe-Cr altas em Cr
Aço resistente a altas
temperaturas.
Mn 1. Contrabalança a fragilidade devida ao S Aço para construção
Manganês 2. Aumenta a endurecibilidade mecânica.
economicamente

Cr 1. Aumenta a resistência à corrosão Aços para construção


Cromo 2. Aumenta a endurecibilidade mecânica.
3. Melhora a resistência a altas Aços-ferramenta.
temperaturas Aços inoxidáveis.
4. Resiste ao desgaste (com alto teor de C)
Elemento Principais Funções Aplicações
de liga
Mo 1. Eleva a temperatura de crescimento de grão Aços-ferramenta.
Molibdênio da austenita Aço-cromo-níquel.
2. Produz maior profundidade de endurecimento Substituto do
3. Contrabalança a tendência à fragilidade de tungstênio em aços
revenido rápidos.
4. Eleva a dureza a quente, a resistência a quente
e a fluência
5. Melhora a resistência à corrosão dos aços
inoxidáveis
6. Forma partículas resistentes à abrasão

V 1. Eleva a temperatura de crescimento de grão Aços cromo-vanádio


Vanádio da austenita (promove refino do grão)
2. Aumenta a endurecibilidade (quando
dissolvido)
3. Resiste ao revenido e causa acentuado
endurecimento secundário
1. Forma partículas duras e resistentes ao Aços rápidos.Aços-
W desgaste em aços ferramenta ferramenta
2. Promove resistência e dureza a altas
Tungstênio temperaturas
Elemento Principais Funções Aplicações
de liga

Co 1. Contribui à dureza a quente pelo Aços rápidos.Elemento de


Cobalto endurecimento da ferrita liga em aços magnéticos.

1. Desoxidante Aços com alto teor de


Si 2. Elemento de liga para chapas elétricas e carbono. Aços para
magnéticas fundição em areia.
Silício 3. Aumenta a resistência à oxidação
4. Aumenta a endurecibilidade de aços
contendo elementos não grafitizantes
5. Aumenta a resistência de aços de baixo
teor em liga

P 1. Aumenta a resistência de aços de baixo Aços para construção


Fósforo C mecânica.
2. Aumenta a resistência à corrosão
3. Aumenta a usinabilidade em aços de
usinagem fácil
Elemento Principais Funções Aplicações
de liga
Ti 1. Reduz a dureza martensítica e a Aços ao Cr de médio Cr
Titânio endurecibilidade em aços ao Cr de médio
Cr
2. Impede a formação de austenita em aços
de alto Cr

Al 1. Desoxidante eficiente Aços para nitretação


Alumínio 2. Restringe o crescimento de grão (pela
formação de óxidos ou nitretos dispersos)
3. Elemento de liga nos aços para nitretação
 Classificação de acordo com sua estrutura
 Tomada a estrutura como base para classificação, os seguintes
subgrupos poderiam ser
 considerados:
  Perlíticos, sem elementos de liga ou com elementos de liga em
teores relativamente baixos (até o máximo de 5%); suas
propriedades mecânicas, em função do teor de carbono e de
elementos de liga, podem ser consideravelmente melhoradas por
tratamento térmico de têmpera e revenido; também em função do
teor de carbono, sua usinabilidade pode ser considerada boa;
  Martensíticos, quando o teor de elemento de liga supera 5%;
apresentam dureza muito elevada e baixa usinabilidade;
  Austeníticos, caracterizados por reterem a estrutura
austenítica à temperatura ambiente, devido aos elevados teores
de certos elementos de liga (Ni, Mn ou Co); os inoxidáveis, não
magnéticos e resistentes ao calor, por exemplo, pertencem a esse
grupo;
  Ferríticos, igualmente caracterizados por elevados teores de
certos elementos de liga (Cr, W ou SI), mas com baixo teor de
carbono. Não reagem à têmpera; no estado recozido,
caracterizam-se por apresentar estrutura predominante ferrítica,
eventualmente com pequenas quantidades de cementita
 Carbídicos, caracterizam-se por apresentarem
quantidades consideráveis de carbono e
 elementos formadores de carbonetos (Cr, W, Mn, Ti, Nb e
Zr). Sua estrutura compõe-se de carbonetos dispersos na
matriz que pode ser do tipo sorbítico, martensíti.co ou
austenítico, dependendo da composição química. São aços
usados especialmente em ferramentas de corte e em
matrizes.
 Classificação de acordo com a aplicação
 De acordo com a mesma, podem ser considerados os
seguintes subgrupos:
  Aços para fundição, caracterizados por apresentarem boa
combinação de resistência, ductibilidade e tenacidade; além
disso, apresentam boa usinabilidade e adequada
soldabilidade, muitos tipos são suscetíveis de tratamentos
térmicos de têmpera e revenido;
  Aços estruturais, ao carbono ou com pequenos teores de
elementos de liga, com boas
 ductibilidade e soldabilidade e elevado valor de relação limite de
resistência à tração para limite de escoamento;
  Aços para trilhos, cujas condições de serviço exigem
característicos de boa resistência
 mecânica, boa resistência ao desgaste, etc.; são, tipicamente, aços ao
carbono;
 Aços para. chapas, que devem apresentar excelente
deformabilidade, boa soldabilidade, entre outras qualidades;
  Aços para tubos, com, em princípio, as mesmas qualidades dos
aços para chapas; como os
 anteriores, são normalmente ao carbono, embora, nestes últimos,
algumas aplicações podem
 exigir a presença de elementos de liga;
  Aços para arames e fios, os quais, conforme aplicações, podem
apresentar característicos de resistência à tração realmente notáveis;
 Aços para molas, caracterizados por elevado limite
elástico;
  Aços de usinagem fácil, caracterizados pela sua elevada
usinabilidade, teores acima dos normais dos elementos enxofre
e fósforo, principalmente o primeiro, e, eventualmente, à
presença de chumbo;
 Aços para cementação, normalmente de baixo
carbono e baixos teores de elementos de liga, de modo a
apresentarem os melhores característicos para
enriquecimento superficial de carbono, além de um
núcleo tenaz, depois da cementação e da têmpera;
 Aços para nitretação, simplesmente ao carbono ou
com os elementos de liga cromo, molibdênio e alumínio;
 Aços para ferramentas e matrizes, caracterizados
por alta dureza a temperatura ambiente, assim como, nos
tipos mais sofisticados, alta dureza à temperatura
elevada, satisfatória tenacidade e onde as propriedades
comuns de resistência mecânica e principalmente
ductibilidade, pouco significado apresentam.
 Aços resistentes ao desgaste, entre os quais o mais
importante é o que apresenta manganês em quantidade
muito acima do normal (entre 10 e 14%), além de alto
carbono (entre 1,0 e 1,4%);
  Aços resistentes à corrosão (também chamados
"inoxidáveis"), com elevados teores de cromo ou cromo-
níquel;
  Aços resistentes ao calor (também chamados
"refratários"), caracterizados por apresentarem elevados
teores de cromo e níquel e por possuírem elevada
resistência à oxidação pelo calor e por manterem as
propriedades mecânicas a temperaturas acima da
ambiente, às vezes, relativamente elevadas;
  Aços para fins elétricos, empregados na fabricação de
motores, transformadores e outros tipos de máquinas e
aparelhos elétricos, caracterizados por apresentarem silício
em teores acima dos normais (até 4,75%), ou teores de
cobalto (até 50%) ou altos teores de níquel;
 Aços para fins magnéticos, com alto teor. de carbono,
cromo médio, eventualmente tungstênio relativamente
elevado, eventualmente molibdênio e (os melhores tipos)
elevada quantidade de cobalto (até cerca de 40%); esses
aços, quando temperados, apresentam o característico de
imantação permanente;
  Aços ultra-resistentes, desenvolvidos principalmente
pela necessidade das aplicações da indústria aeronáutica,
mas cuja utilização está se estendendo a outros setores da
engenharia;
  Aços criogênicos, caracterizados por sua resistência ao
efeito de baixas temperaturas;
  Aços sintetizados, produtos da metalurgia do pó,
incluindo ferro praticamente isento de carbono, aços
comuns e alguns aços especiais, de aplicação crescente na
indústria moderna.
Aço níquel N° SAE
2015/2115/2315/2315/2320/2330/2335/2340/2345/2350
Aço cromo níquel N° SAE -
3115/3120/3125/3130/3135/3140/3215/3220/3230/3240
Aço molibdênio N° SAE - 4130/4140/4150/4615/
Aços cromo N° SAE - 5120/5135/5140/5150/5160/
Aços cromo vanádio N° SAE -6120/6125/6130/6135/6140/6145/6150
Aço Tungstênio N° SAE - 71360/71660/7260
Aço cromo N° SAE - 8620/8640
molibdênio
Aço silício- N° SAE - 9250/9260/9315
manganês

Aços inox N° SAE - 302/304/420


Aços rápidos N° SAE - T-1/T-4/M-36
 AÇOS CARBONO
Os átomos de carbono, por sua vez, por serem
relativamente pequenos, dissolvem-se
intersticialmente, ou seja, ocupando espaços vazios,
entre os átomos do ferro.
Esse tipo de aço constitui a mais importante categoria
de materiais metálicos usada na construção de
máquinas, equipamentos, estruturas, veículos e
componentes dos mais diversos tipos, para os mais
diferentes sistemas mecânicos.
Por isso, o aço mais comum que existe é o aço-
carbono, uma liga de ferro com pequenas
quantidades de carbono (máximo 2,11%) e elementos
residuais, ou seja, elementos que ficam no material
metálico após o processo de fabricação.
 CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS CARBONOS E SEUS USOS GERAIS
 Os aços são classificados de acordo com padrões
estabelecidos pela norma S.A.E (Socitey of
automotive enginners) que para identificar os
diversos aços adotou um sistema de números ou
designações numéricas, os quais não só
simplificam as suas classificações como têm
referência direta às suas composições.
 Assim o primeiro número indica a classe de que
faz parte um determinado aço e o número seguinte
indica a porcentagem da liga dominante. Os dois
últimos indica o ponto de carbono ou a sua
porcentagem em centésimos de carbono que o aço
contém.
De acordo com a regra citadas, temos, por
exemplo:
Exemplo 1
Aço SAE 1020
1- o primeiro algarismo significa aço carbono
0-significa que não há liga
20 – indica a proporção de carbono (0,20%)

Exemplo 2
Aço SAE 2330
2- significa aço niquel
3- significa 3% de níquel
30 indicam a proporção de carbono de 0.30%.
 Aços com Baixo Teor de Carbono
 O teor de carbono destes aços varia de 0,02% a 0,3% de C. São
de aplicações mais simples e geralmente usadas em vigas
estruturais para edifícios e galpões, são usados também como
material comum para obras de engenharia e também em chapas
para conformação mecânica.
 Na produção e uso destas ligas, são necessários acabamentos
superficiais. Este tipo de serviço pode ser feito com
brunimento, lixamento, jateamento, pintura, polimento,
pulverização, retificação superacabamento e tamboramento.
 Aços com Médio Teor de Carbono
 O aço de médio teor de carbono em sua composição de 0,3 a
0,7 % de C. Suas aplicações geralmente são rolamentos
comuns, eixos e engrenagens.
 Aços com Alto Teor de Carbono
 A composição destes aços vai de 0,7 a 1,7% de carbono. Este
aço é geralmente usado em ferramentas de corte, rolamentos de
alta performance e limas.
Quanto maior a presença do carbono, maior será a resistência à tração e, por
conseqüência, a dureza. Entretanto, outros aspectos normalmente indesejáveis
serão reforçados como menor ductilidade e maior fragilidade.
Outro aspecto, muito importante para aços usados em estruturas, é a facilidade
de soldagem. O aumento do teor de carbono torna o aço mais difícil de ser
soldado, conforme ilustração ao lado.
 Os aços são classificados quanto ao teor de carbono em:
 Aços doces; (até 0,25% de C)

 Aços meio duros; (0,25% < C < 0,5)

 Aços duros. (C > 0,5%)

 Aço SAE 1110 e 1015


 aço de boa usinabilidade, de aplicação geral ;
 também chamado de extra doce
 não adquire têmpera
 grande maleabilidae e fácil de soldar
 Aço SAE 1020
 boa maleabilidade, aplicação geral
 também chamado de aço doce
 não adquire têmpera
 solda-se com facilidade
Aço SAE 1030
também chamado meio doce
apresentada início de têmpera
soldabilidade média
Aço SAE 1035
trata-se de um aço de boa produção em forjamento
Aço SAE 1040
apresentada em relação ao aço 1035 uma resistência e
uma dureza ligeiramente superior
muito usado para forjamento
Aço SAE 1050
adquire boa tempera
muito difícil de soldar
Aço SAE 1060
fabricação de peças forjadas
resistência ao desgaste após tratamento térmico
 Aço SAE 1070
 fabricação de molas sujeitas a pequeno esforço
 adquire boa tempera
 não se solda
 Aço SAE 1080
 alta dureza e boa tenacidade
 usado na fabricação de molas chatas
 adquiri boa têmpera
 não se solda
 Aço SAE 1095
 peças de grande dureza e resistência
 adquiri boa têmpera
 não se solda
 Os tipos de aços especiais, bem como composição,
características e usos industriais são encontrados em
tabelas.
  Tipos de aços especiais, características e usos.
 1) Aços Níquel
 1 a 10% de Níquel - Resistem bem à ruptura e ao
choque, quando temperados e revenidos. Usos -
peças de automóveis, máquinas, ferramentas, etc. 10
a 20% de Níquel - Resistem bem à tração, muito duros
- temperáveis em jato de ar. 20 a 50% de Níquel -
Resistentes aos choques, boa resistência elétrica, etc.
 Usos - válvulas de motores térmicos, resistências
elétricas, cutelaria, instrumentos de medida, etc.
 2) Aços Cromo
 até 6% Cromo - Resistem bem à ruptura, são duros, não
resistem aos choques.
 Usos - esferas e rolos de rolamentos, ferramentas, projéteis,
blindagens, etc. 11 a 17% de Cromo - Inoxidáveis.
 Usos - aparelhos e instrumentos de medida, cutelaria, etc. 20 a
30% de Cromo - Resistem à oxidação, mesmo a altas
temperaturas..
 Usos - válvulas de motores a explosão, fieiras, matrizes, etc.

 3) Aços Cromo-Níquel

 8 a 25% Cromo, 18 a 15% de Níquel - Inoxidáveis, resistentes


à ação do calor, resistentes à corrosão de elementos químicos.
 Usos - portas de fornos, retortas, tubulações de águas salinas e
gases, eixos de bombas, válvulas e turbinas, etc.
 4) Aços Manganês
 7 a 20% de Manganês - Extrema dureza, grande resistência aos
choques e ao desgaste.
 Usos - mandíbulas de britadores, eixos de carros e vagões,
agulhas, cruzamentos e curvas de trilhos, peças de dragas, etc.
  5) Aços Silício

 1 a 3% de Silício - Resistências à ruptura, elevado limite de


elasticidade e propriedades de anular o magnetísmo.
 Usos - molas, chapas de induzidos de máquinas elétricas,
núcleos de bobinas elétricas, etc.
 6) Aços Silício-Manganês

 1 silício, 1% de Manganês - Grande resistências à ruptura e


elevado limite de elasticidade.
 Usos - molas diversas, molas de automóveis, de carros e
vagões, etc.
 7) Aços Tungstênio
 1 a 9% de tungstênio - Dureza, resistência à
ruptura, resistência ao calor da abrasão (fricção) e
propriedades magnéticas.
 Usos - ferramentas de corte para altas velocidades,
matrizes, fabricação de ímãs, etc.
 8) Aços Cobalto
 Propriedades magnéticas, dureza, resistência à
ruptura e alta resistência à abrasão, (fricção).
 Usos - ímãs permanentes, chapas de induzidos, etc.
Não é usual o aço cobalto simples.
 9) Aços Rápidos
 8 a 20% de tungstênio, 1 a 5% de vanádio, até 8% de molibdênio,
3 a 4% de cromo - Excepcional dureza em virtude da formação de
carboneto, resistência de corte, mesmo com a ferramenta aquecida
ao rubro pela alta velocidade. A ferramenta de aço rápido que
inclui cobalto, consegue usinar até o aço-manganês de grande
dureza.
 Usos - ferramentas de corte de todos os tipos para altas
velocidades, cilindros de laminadores, matrizes, fieiras, punções,
etc.
  10) Aços Alumínio-Cromo

 0,85 a 1,20% de alumínio, 0,9 a 1,80% de cromo – Possibilita


grande dureza superficial por tratamento de nitrelação - (termo-
químico).
 Usos - camisas de cilindro removíveis de motores a explosão e de
combustão interna, virabrequins, eixos, calibres de medidas de
dimensões fixas, etc.

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