Tireoidectomia

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TIREOIDECTOMIA

EM CÃES
INTEGRANTE
S

Daniel da Silva Junior


Nathália Karoline Virginio
Patrick Roland Contine
A Tireoide
◦ A tireoide é uma glândula bilateral presente em todos os vertebrados. Está localizada lateralmente sobre a traqueia, abaixo da
laringe.
◦ . Sua função envolve a concentração de iodo e a síntese, armazenamento e secreção do hormônio tireóideo. Tecido tireoidiano
ectópico está presente na maioria dos cães e gatos.
◦ Este parênquima tireoidiano acessório é principalmente encontrado na região cervical, mas também pode estar localizado no
interior do tórax.
◦ As tireoides acessórias respondem a TSH e são completamente funcionais,
geralmente aparecendo como nódulos em número de 1 a 5 de 1-2 mm de
diâmetro.
◦ Os transtornos de tireoide são mais comuns nos pequenos se comparados
aos grandes animais.
Definição e Causas
◦ A tireoidectomia é a remoção da glândula tireoide.
◦ Hipertireoidismo
◦ Hipotireoidismo
◦ Tumores e cistos de tireoide por exemplo:
 Carcinoma de tireoide
 Adenocarcinoma de tireoide
 Adenoma de tireoide
Hipotiroidismo e Hipertioidismo
Hipotiroeidismo Hipertireoidismo
◦ O hipotireoidismo é causado por produção ou ◦ É um distúrbio multissistêmico decorrente da
secreção insuficiente de hormônios tireoidianos. produção excessiva de T4 e T3 pela tireoide.
◦ A deficiência de hormônios tireoidianos afeta ◦ Pode ser causado por distúrbios da tireoide e
múltiplos processos metabólicos de todo sistema até mesmo tumores.
corporal, os sinais clínicos são variáveis e
muitas vezes inespecíficos. O diagnóstico é feito
com base nos achados clínicos, resultados de
exames laboratoriais de rotina e de testes de
função da tireóide, e resposta a suplementação
de hormônio tireoidiano.
Anatomia Cirúrgica
◦ A glândula tireoide (com dois lobos) é uma estrutura alongada de
coloração vermelho-escura aderida à superfície mais externa da
porção proximal da traqueia.
◦ Os lobos normalmente estão posicionados lateral e ligeiramente
ventral, do quinto ao oitavo anel cartilaginoso.
◦ O lobo esquerdo normalmente está localizado de um a três anéis
traqueais caudalmente ao lobo direito.
◦ Ocasionalmente os lobos direito e esquerdo estão conectados por
um istmo ventral.
◦ Diferentemente de outros órgãos glandulares, eles podem ser
palpados quando aumentadas.
Técnica Cirúrgica
◦ A tireoidectomia pode ser realizada através de acesso intracapsular ou extracapsular.
◦ O acesso extracapsular é usado em cães com tumores malignos da glândula (carcinomas), e nenhuma
tentativa é feita para poupar a glândula paratireoide ipsilateral.
◦ Estas técnicas poupam as glândulas paratireoides externas em uma tentativa de se evitarem as
complicações associadas ao hipoparatireoidismo.
◦ Uma modificação do acesso intracapsular original, desenvolvido para reduzir a incidência de
hipertireoidismo pós-tireoidectomia, envolve uma maior excisão da cápsula uma vez removido o tecido
tireóideo.
Tireoidectomia Intracapsular
◦ Fazer uma incisão na pele desde a laringe até um ponto cranial ao manúbrio. Separar claramente os músculos esterno-
hióideo e esternotireóideo.
◦ Usar retratores autoestáticos para manter o campo exposto.
◦ Identificar a glândula tireoide aumentada e a glândula paratireoide.
◦ Fazer uma incisão na superfície caudoventral da glândula em uma área avascular e estendê-la cranialmente usando uma
tesoura pequena.
◦ Usando uma combinação de dissecção cega e penetrante, remover cuidadosamente o tecido tireóideo da cápsula.
◦ Realizar uma dissecção cuidadosa para evitar lesão da glândula paratireoide ou seu suprimento sanguíneo.
◦ Usar um cautério bipolar para conseguir hemostasia, mas evitar lesionar o suprimento sanguíneo da glândula.
◦ Após a retirada do parênquima da glândula tireoide, extirpar a maior parte da cápsula; entretanto, não se deve extirpar a
parte da cápsula que está intimamente associada à glândula paratireoide externa.
Tireoidectomia Intracapsular
◦ Se a glândula paratireoide for extirpada
acidentalmente ou se seu suprimento sanguíneo
for lesionado, transplantar a glândula para os
músculos próximos da cavidade torácica.
◦ Fechar o tecido subcutâneo com um padrão de
sutura simples contínua com fio absorvível.
◦ Fechar a pele com uma sutura-padrão contínua
simples ou interrompida simples com fio não
absorvível.
Extracapsular Modificada para Tireoidectomia
◦ Posicionar o animal como descrito anteriormente.
◦ Localizar a glândula tireoide como foi descrito antes e ligar ou cauterizar a veia tireóidea caudal.
◦ Usando uma pinça-cautério bipolar de ponta fina, cauterizar a cápsula tireóidea a aproximadamente 2
mm da glândula paratireoide externa.
◦ Com tesoura fina e pequena, cortar a glândula na área cauterizada e usar dissecção clara e firme para
remover a glândula da glândula paratireoide.
◦ Dissecar com cuidado toda a glândula tireoide do tecido circundante e da paratireoide.
◦ Não causar lesão na artéria cranial da tireoide ou seus ramos que se estendem até as paratireoides.
Extracapsular Modificada para Tireoidectomia
◦ Se a glândula paratireoide for extirpada
acidentalmente ou se seu suprimento
sanguíneo for lesionado, transplantar a
glândula para os músculos próximos da
cavidade torácica.
◦ Fechar como descrito anteriormente.
Avalição e cuidados pós-operatórios
◦ As complicações podem incluir hipocalcemia, hipotireoidismo,
recorrência de hipertireoidismo, piora de doença renal, síndrome de
Horner e/ou paralisia da laringe.
◦ A hipocalcemia é a complicação mais importante, aguda e grave da
tireoidectomia.
◦ Foi relatado recentemente que a hipocalcemia ocorre em 5,8% dos
gatos submetidos à tireoidectomia bilateral; os autores sugerem que
a experiência do cirurgião pode ser um fator importante para
determinar se ocorrer hipocalcemia.
◦ Os animais devem ser monitorados com bastante cuidado em relação
aos sintomas de hipocalcemia por 2 a 4 dias.
Prognóstico
 RESERVADO
◦ Nos casos de tumores:
◦ Em  cães  com tumor  de tireoide  operável  e  sem  evidência  de  disseminação metastática,  a  ressecção,  em  especial,
resulta no controle a longo prazo, sem subsequente desenvolvimento de metástase e com tempo media de sobrevivência de 36
meses.
◦ Em vários casos, a ampla invasão de tumores locais impedem a remoção total e as tentativas cirúrgicas agressivas aumentam
significamente o risco de hemorragia extensa e lesão aos nervos laringeis recorrentes e às glândulas paratideoides. Em tais
casos, a cirurgia, exclusivamente, está associada à taxa de sobrevivência de apenas 25% no primeiro ano. Nessas situações,
recomenda-se cirururgia citorredutiva, seguida de quimioterapia com cisplantina ou doxorrubicina
Bibliografia
◦ FOSSUM, Theresa Welch. Cirurgia de pequenos animais. quarta edição. Mosby Elsevier Ltda, 2015
◦ MOONEY, Carmem T; PETERSON, Mark E. Endocrinologia em cães e Gatos. Quarta edição. Roca, 2012

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