Higiene e Segurança

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Higiene e segurança

Eng.ª Sónia Romero_Empower-up, lda_2013


[email protected]
Conteúdo programático

1 - Enquadramento legal da higiene e segurança no


trabalho;
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção;
3 - Sinalética;
4 - Equipamento de proteção individual
5 - Incêndios e explosões: prevenção e proteção;
7 - A interação de sistemas de qualidade/ ambiente/
segurança
Higiene no trabalho - visa prevenir as doenças
profissionais e identifica os fatores que afetam
o ambiente de trabalho do trabalhador, visando
eliminar ou reduzir os riscos profissionais.

Segurança no trabalho - conjunto de


metodologias que visam prevenir acidentes. O
seu objetivo é identificar o controlo de riscos.
A Autoridade para as condições do trabalho
(ACT) é responsável pela promoção da melhoria
das condições de trabalho e das políticas de
prevenção dos riscos profissionais e pelo
controlo do cumprimento da legislação relativa
à segurança e saúde no trabalho.
“A ACT, que assumiu as atribuições da Inspeção
Geral do Trabalho e do Instituto para a
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, tem a
sede em Lisboa e dispõe de serviços regionais e
locais.”

ACT: inspetiva e preventiva.


Exercício:

Defina os seguintes termos:


- Trabalho,
- Saúde,
- Perigo (dê um exemplo);
- Risco (dê um exemplo);
- Acidente de trabalho (dê um exemplo);
- Incidente;
- Doença profissional (dê um exemplo).
Definições e conceitos

O trabalho

Trabalho significa: “exercício de atividade


humana, manual ou intelectual, produtiva”.

É a realização de tarefas que envolvem o


dispêndio de esforço mental e físico, com o
objetivo de produzir bens e serviços para
satisfazer necessidades humanas.
Definições e conceitos

A saúde

Segundo a Organização Mundial de Saúde


(OMS) a saúde é: um estado de bem estar
físico, mental e social completo e não
somente a ausência de dano ou doença.
Definições e conceitos

Perigo

- Conjunto de elementos, presentes nas


condições de trabalho, que podem
desencadear lesões profissionais.

- “A causa”
Definições e conceitos

Risco

- Situação, real ou potencial, susceptível de a


curto, médio ou longo prazo, causar lesões
aos trabalhadores ou à comunidade, em
resultado do trabalho.
Definições e conceitos

Risco

- Possibilidade de um trabalhador sofrer um


dano provocado pelo trabalho.

- “É a consequência.”
Definições e conceitos

Acidente de trabalho

- É todo o acidente que se verifique no local e


no tempo de trabalho e produza directa ou
indirectamente lesão corporal, perturbação
funcional ou doença de que resulte a morte
ou redução na capacidade de trabalho ou de
ganho.
Definições e conceitos

Acidente de trabalho

- Fora do local ou do tempo de trabalho,


quando verificado na execução de serviços
determinados pela entidade empregadora ou
por esta consentida;

http://www.veronicapacheco.wordpress.com
Definições e conceitos

Acidente de trabalho

- Na ida para o local de trabalho ou no regresso


deste, quando for utilizado um meio de transporte
fornecido pela entidade empregadora, ou quando
o acidente seja consequência de particular perigo
do percurso normal ou de outras circunstâncias
que tenham agravado o risco do mesmo percurso
- acidente de trajecto;
Definições e conceitos

Incidente

- Acontecimento não intencional que em


circunstâncias ligeiramente diferentes
poderia provocar danos corporais, danos
materiais ou perdas de produção.
- No acidente há sempre lesões corporais, no
incidente não.
Definições e conceitos

Doenças profissionais
Doenças profissionais - são adquiridas no
exercício do trabalho em si.
É uma lesão que resulta da exposição
prolongada e repetida.

É um acidente de trabalho, quando delas


resultar a incapacidade para o trabalho.
Definições e conceitos

E uma gripe?
Definições e conceitos

Ex.: Um trabalhador pode contrair uma gripe,


por contágio com colegas de trabalho . Essa
doença, embora possa ter sido adquirida no
ambiente de trabalho, não é uma doença
profissional nem de trabalho, porque não
resulta da produção.
Definições e conceitos

Trabalhador perde a audição por ficar muito


tempo sem proteção auditiva adequada,
quando sujeito ao excesso de ruído,
provocado pelo trabalho executado junto a
uma máquina.
Definições e conceitos

Doenças profissionais

O médico, quando suspeitar de doença


profissional, deve, obrigatoriamente, notificar
o Centro Nacional de Protecção contra
Riscos Profissionais (CNPRP), através do
envio de participação obrigatória
devidamente preenchida.
Definições e conceitos

Doenças profissionais

Que tipo de exames devem ser efectuados?


Definições e conceitos

Doenças profissionais

- Exames de admissão - antes do início da


prestação do trabalho, ou nos 15 dias
seguintes, quando a urgência o justificar;
1 - Definições e conceitos

Doenças profissionais

- Exames periódicos - anuais para os menores


de 18 anos e maiores de 50 e de 2 em 2 aos
para os restantes trabalhadores;
1 - Definições e conceitos

Doenças profissionais

- Exames ocasionais - sempre que existam


alterações substanciais nos meios utilizados, no
ambiente e na organização do trabalho que
possam ter efeitos na saúde dos trabalhadores, no
caso do regresso ao trabalho depois de uma
ausência superior a 30 dias por motivo de acidente
ou doença, bem como por indicação do médico.
1 - Definições e conceitos

Doenças profissionais

Os resultados dos exames devem ser anotados


em fichas próprias (fichas de aptidão que
devem ser arquivadas no processo do
trabalhador e as fichas clínicas, que ficam
sujeitas ao regime do segredo profissional,
só podendo ser facultadas às autoridades de
saúde e aos médicos da ACT).
Definições e conceitos

Doenças profissionais

Custos directos/ custos indirectos

Custos directos - indemnizações,…

Custos indirectos - referem-se ao valor


assumido pela empresa
Definições e conceitos

Doenças profissionais

- Custos directos (indemnizações gastas em


assistência médica; multas por atraso;
agravamento do prémio de seguro);
Definições e conceitos

Doenças profissionais

- Custos indirectos (tempo perdido pelo acidentado


e por outros trabalhadores; redução da
produtividade; tempo necessário à selecção e
formação de um substituto do acidentado; custo
de admissão de um novo trabalhador; danos
causados no equipamento; perdas resultantes da
deterioração da imagem da empresa;…)
Definições e conceitos
Definições e conceitos

Identificação de perigos

Como se podem identificar os perigos?


Definições e conceitos

Identificação de perigos

- Observação das situações/ tarefas


desempenhadas pelos trabalhadores que
possam provocar danos, dando prioridade às
que podem provocar lesões mais graves;
- Diálogo/ consulta com os trabalhadores e
outras fontes eventualmente relevantes, …
- Tendo em consideração a imagem seguinte:

. Identifique perigos, risco (s) associado(s) e


medidas preventivas;

. Para aquelas situações em que existe


dificuldade na identificação de perigos,
mencione as não conformidades.
Dados estatísticos

Causas de acidentes de trabalho mortais - Ano de 2010


Dados estatísticos

Acidentes de trabalho mortais por distrito - Ano 2010


Dados estatísticos

Acidentes de trabalho mortais por sector de actividade - Ano de 2010


Dados estatísticos

Acidentes de trabalho mortais segundo os dias da semana - Ano de 2010


A missão da Organização Internacional do
Trabalho (OIT)

- Anualmente morrem 2 000 000 de pessoas devido a


acidentes de trabalho e a doenças profissionais;
- Em todo o mundo ocorrem 270 000 000 de acidentes
de trabalho/ ano;
- Mais de 160 000 000 de doenças profissionais/ano
OIT:
- Pretende garantir a todas as pessoas o direito
ao trabalho digno, em liberdade e em
segurança - o que inclui o direito a um
ambiente saudável e seguro.

Fonte: OIT
A OIT divulga um conjunto de informação na
forma de normas e códigos que permitem aos
países serem mais eficazes na implementação
de medidas de segurança e saúde no
trabalho.
Existem mais de 70 convenções da OIT sobre
questões de segurança e saúde.

A OIT publicou mais de 30 códigos de prática


de segurança e saúde no trabalho.
1 - Enquadramento legal da higiene e
segurança no trabalho

Lei n.º 102/2009 de 10 de setembro

Decreto-Lei n.º 243/86, de 20 de agosto


Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de outubro

Portaria n.º 987/93, de 6 de outubro


2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

O que pode desencadear riscos nos locais e


postos de trabalho?
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

- Falta de espaço
- Arrumação/ organização
- Fraca iluminação
- Inexistência de saídas de emergência
- Falta (ou inadequação de extintores)
- Altura de trabalho
- Distâncias a percorrer
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

O que é uma avaliação de riscos?


2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

É um procedimento que detalha os riscos


existentes e refere medidas a adoptar e
prazos de realização das mesmas pelos
responsáveis.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.1 - Riscos biológicos


2.2 - Riscos químicos
2.3 - Riscos físicos
2.4 - Riscos ergonómicos
2.5 - Riscos psicossociais
2.6 - Riscos organizacionais
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.1 - Os riscos biológicos


São causados por agentes biológicos (ex.: vírus,
bactérias, fungos e parasitas), constituem pois o grupo
onde se encontram os agentes capazes de provocar
alergias, infeções, intoxicações ou mesmo outro dano
na saúde dos trabalhadores.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.2 - Os riscos químicos


Referem-se à probabilidade de ocorrer um acidente quando um
indivíduo manipula produtos químicos.

Vias, pelas quais pode ocorrer a contaminação do indivíduo:


-a via cutânea,

-a via respiratória

-e a via digestiva.

Exemplos de riscos químicos refiram-se: situação de um indivíduo exposto


a contaminantes químicos, a substâncias nocivas ou tóxicas, o contacto
com substâncias causticas ou corrosivas.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.2 - Os riscos químicos

Devem ser minimizados com as seguintes medidas/ técnicas:

a) Medidas construtivas
- Isolamento de forma a impedir que o produto contacte com o
trabalhador;
- Sinalização dos perigos nos armazéns das substâncias químicas;
- Ventilação adequada que dilua a concentração do contaminante.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.2 - Os riscos químicos

b) Medidas organizacionais
- Substituição de substâncias ou processos perigosos, por outras isentas
de perigo ou menos agressivas;
- Confinamento no sentido de separar as operações perigosas e de limitar
o número de trabalhadores expostos;
- Redução dos tempos de exposição;
- Formação adequada para o manuseamento e armazenamento dos
produtos químicos;
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.2 - Os riscos químicos

c) Medidas de proteção individual


- Uso de luvas
- Uso de máscara
- Uso de óculos
- Uso de calçado
- Uso de proteção auricular
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.3 - Os riscos físicos

Exemplos: a iluminação inadequada, o ruído, as


vibrações, as radiações, o ambiente térmico
desadequado, o stress térmico, as pressões
inadequadas, a humidade inadequada, as temperaturas
extremas, o contato térmico, o contato elétrico, as
radiações, as explosões e os incêndios.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.3.1 - A iluminação
Os locais de trabalho devem dispor de iluminação
adequada (privilegiar a iluminação natural) que permita
o desempenho visual das tarefas e um ambiente de
acordo com as exigências de saúde e segurança. A
iluminância ou nível de iluminação refere-se à
quantidade de luz necessária para executar uma tarefa.
Ela mede-se com um luxímetro. A tabela seguinte diz
respeito aos níveis de iluminação para as diferentes
atividades
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Gama de Tipo de espaço, tarefa ou atividade


iluminâncias (Lux)
10 - 30 - 50 Áreas de trabalho ou de circulação exteriores.
50 - 100 - 150 Áreas de circulação de fácil orientação ou de visita
temporária.
100 - 150 - 200 Locais não usados continuamente pelos trabalhadores.

200 - 300 - 500 Tarefas com exigências visuais baixas.


300 - 500 - 750 Tarefas com exigências visuais médias.
500 - 750 - 1000 Tarefas com exigências visuais elevadas.
750 - 1000 - 1500 Tarefas com exigências visuais muito elevadas.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

 Técnicas de prevenção
- Escolher as lâmpadas mais adequadas;
- Eliminar o encadeamento;
- Existir iluminação alternativa de emergência quando
uma avaria coloque os trabalhadores em risco;
- Manter as instalações de iluminação;
- Modificar a iluminação nos postos de trabalho em função
das exigências da tarefa;
- Eliminar os reflexos nos postos de trabalho;
- Vigilância médica.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.3.2 - O ruído

Som ≠ Ruído
Ruído é um som incomodativo, desconfortável e

frequentemente nocivo para o Homem.


A partir de 70 dB os órgãos são afetados.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Níveis de pressão sonora:


120 dB - Descolar de avião a jacto (100m)

110 dB - Concerto de rock

100 dB - Martelo pneumático

91 dB - Motor de camião

84 dB - Trânsito citadino

59 dB - Conversa de café

40 dB - Relógio de parede

17 dB - Floresta

0 dB - Limiar de audição normal


2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

- Efeitos fisiológicos (aceleração do ritmo cardíaco,


hipertensão do ritmo respiratório, dilatação da pupila,
diminuição da temperatura);
- Efeitos no equilíbrio (vertigens);
- Alterações de humor e stress (perturbações da
concentração, da perceção auditiva, irritação,
insatisfação, fadiga, agressividade, dores de cabeça,
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

- Perda parcial da audição;


- Efeitos auditivos permanentes;
- Efeitos passageiros (perda ligeira de audição ou
zumbido);
- Surdez profissional (quando a perda de audição
resulta da exposição ao ruído no local de trabalho).
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.3.2 - O ruído

Técnicas de prevenção do ruído:


- A melhor medida é eliminar o risco, no entanto, para
além desta podem ser tomadas medidas de caracter
geral, medidas técnicas, medidas organizacionais e
medidas de protecção individual:
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.3.2 - O ruído

Técnicas de carácter geral:


- Informação e formação sobre os riscos da exposição;
- Informação sobre as medidas a adotar;
- Vigiar (em termos médicos) os trabalhadores expostos;
- Reduzir o nível o mais baixo possível;
- Sinalizar as zonas ruidosas;
- Avaliar a exposição de cada trabalhador.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.3.2 - O ruído

Técnicas:
- Redução na fonte (escolher equipamentos de trabalho
e materiais não ruidosos, substituir componentes gastos
ou defeituosos,…);
- Redução da propagação (isolar as máquinas, colocar
materiais que absorvam as vibrações,…);
- Redução através de medidas de acústica (aumentar a
distância entre o trabalhador e a fonte de ruído,…).
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.3.2 - O ruído

Técnicas organizacionais:
- Alternar as tarefas;
- Diminuir o tempo de exposição;
- Reduzir o número de trabalhadores expostos.

Medidas de protecção individual:


- Usar auriculares adequados.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.3.2 - O ruído
A medição do ruído nos locais de trabalho têm como objetivos:
- Determinar se os níveis sonoros podem provocar danos auditivos ou
deterioração de ambiente;
- Determinar o nível sonoro dos equipamentos; obter dados para
diagnósticos (ex.: planos para redução do ruído).

As medições podem ser realizadas por sonómetros (colocados perto do


operador) e dosímetros (colocados na roupa do operário, sendo
recomendados para trabalhadores com postos de trabalho móveis, como é
o caso dos encarregados).
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.3.3 - As vibrações
Uma vibração mecânica consiste num movimento oscilatório
de um corpo em torno do seu ponto de equilíbrio.

As vibrações na atividade industrial estão associadas a:


- Falta de elementos anti-vibração;
- Utilização de equipamentos;
- Ocorrência de fenómenos naturais (ex.: sismos, ventos,
etc.);
- Funcionamento ou defeito das máquinas.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

 Efeitos das vibrações sobre o corpo humano:


- Problemas dorso-lombares;
- Fadiga e desconforto;
- Náuseas e vómitos;
- Problemas gástricos;
- Distúrbios de visão;
- Aumento da frequência cardíaca e da pressão sanguínea.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

 Técnicas de prevenção das vibrações:

- Combater as vibrações na origem (quando se adquire


uma máquina deve verificar-se a carga vibratória);
- Isolar (para evitar a transmissão da vibração ao
corpo);
- Informar, formação e controlo médico.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.3.4 - O ambiente térmico


O ambiente térmico é determinado pela temperatura, humidade,
calor e velocidade do ar. O principal problema colocado pelos
ambientes térmicos é a homeotermia (manutenção da temperatura
do corpo) que garante o funcionamento das funções do organismo.

Temperatura - termómetro
Velocidade do ar - anemómetro
Humidade - psicrómetro ou higrómetro
Calor - termómetro de globo
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Um ambiente térmico desajustado pode originar:


- desconforto e mal-estar psicológico;
- absentismo elevado;
- redução da produtividade;
- aumento do número de acidentes.
O calor excessivo pode ser causa da diminuição do rendimento,
dores de cabeça, náuseas, vertigens, sudação, fadiga cardíaca,
desequilíbrio mineral e hídrico, queimaduras…

O frio pode reduzir o tempo de reação, aumentar a tensão, provocar


distúrbios do ritmo cardíaco, diminuir a sensibilidade, hipotermia e
congelamento.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção
 Técnicas de prevenção:
Podem ser adotadas: medidas de conceção, medidas organizacionais, medidas
materiais, medidas de proteção individual e medidas de vigilância médica.

 Técnicas de conceção:
- Manter os sistemas de ventilação e climatização;
- Ventilação e aspiração localizadas.

 Técnicas organizacionais:
- Limitar o tempo de exposição;
- Fazer pausas;
- Seleccionar os períodos do dia mais adequados para executar os trabalhos.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção
 Técnicas materiais:
- Substituir equipamentos de trabalho;
- Proteção das superfícies vidradas.

 Medida de protecção individual:


- Utilizar EPI´s e vestuário adequados.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção
Valores climáticos adequados aos vários tipos de trabalho (IDIT, 2001)

Tipo de trabalho Temperatura ambiente Humidade relativa Velocidade do ar (m/


(ºC) (%) s)
Administrativo 18 - 24 40 - 70 0,1

Ligeiro sentado 18 - 24 40 - 70 0,1

Ligeiro de pé 17 - 22 40 - 70 0,2

Pesado 15 - 21 30 - 70 0,4

Muito pesado 14 - 20 30 - 70 0,5

É necessário controlar periodicamente estes parâmetros, de


modo a poder intervir, prevenindo eventuais riscos
característicos do ambiente térmico.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.4 - Os riscos ergonómicos/ mecânicos


Resultam do manuseamento de máquinas, instrumentos
ou equipamentos.

Constituem exemplos de riscos ergonómicos: a queda de


indivíduos ao mesmo nível ou a um nível diferente, a queda de
objetos, o tropeçar sobre objetos, o chocar com objetos, golpes e
cortes provocados por objetos ou manipulação de ferramentas, a
projeção de partículas, o entalamento, o esforço excessivo e o
levantamento e transporte de cargas ou indivíduos.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.4 - Os riscos ergonómicos/ mecânicos - técnicas

a) No que se refere a materiais


- Proceder a uma arrumação adequada dos materiais;
- Manuseamento por parte de pessoas familiarizadas com os mesmos;
- Evitar tocar em superfícies, arestas ou ângulos suscetíveis de provocar
ferimentos;
- Uso de equipamentos de proteção individual apropriados.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção
2.4 - Os riscos ergonómicos/ mecânicos - técnicas

b) No âmbito das vias de circulação, acessos e rampas


- Promover a limpeza e conservação dos pavimentos;
- Não utilizar rampas de inclinação acentuada;
- Remover quaisquer obstáculos que se encontrem nas vias de circulação;
- Assegurar-se sobre a aderência dos pisos das vias de circulação relativamente aos
equipamentos que nela circulam;
- Projetar as vias de circulação com uma largura apropriada aos equipamentos que a
utilizam;
- Vedar zonas de precipício ou outras suscetíveis de provocar queda.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.4 - Os riscos ergonómicos/ mecânicos - técnicas

c) Pessoas
- Formação
- Informação
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Alturas de trabalho recomendadas:


2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Postura de trabalho Efeitos físicos


Trabalho de pé, imóvel Pés e pernas: possivelmente varizes e inchaços nos
pés e tornozelos
Sentado, direito e sem Músculos extensores das costas: dores lombares e
suporte para as costas afecções circulatórias das pernas
Assento muito alto Joelho, barriga das pernas, pé
Tronco inclinado para a Região lombar: deterioração dos discos
frente quando sentado intervertebrais
ou de pé
Braços estendidos, para Ombros e braços: possível inflamação ao nível dos
os lados, frente ou para ombros
cima
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Postura de trabalho Efeitos físicos


Cabeça muito inclinada para Pescoço: deterioração dos discos inter-vertebrais
trás ou para a frente
Manipulação não natural de Antebraço: possível inflamação dos tendões
ferramentas
Joelhos dobrados no chão Inchaços: calosidades, afecções nos tecidos
internos.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Exercícios de compensação muscular


2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Movimentação manual de cargas

É o transporte e sustentação de uma carga, por um ou


mais trabalhadores que comporte riscos para os
mesmos, sobretudo na região dorso-lombar.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Movimentação manual de cargas

A movimentação de cargas, devido ao peso que, à


forma de transporte e o incómodo postural que o
acompanha, provoca:
esforços na região lombar da coluna, originando
lombalgias, hérnias discais devido à pressão exercida
sobre o nervo, dores musculares devido à fadiga e
artroses articulares.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Ecrãs de visualização

Devido às características do trabalho em


computador podem surgir situações
incómodas e desconfortáveis.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

As más posturas e as actividades repetitivas


provocam:
- Lombalgias,
- Lesões por esforços repetitivos.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Trabalho sentado com recurso a ecrãs de visualização


2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção
Distâncias recomendadas no trabalho com ecrãs de visualização
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

Princípios/ medidas a adoptar no trabalho onde


haja recurso à utilização de visores:

- Dimensões que permitam mudar de posição;


- Adoptar iluminação adequada (300 a 500 lux),
sem encadeamento;
- Não devem existir janelas em frente e atrás
do visor;
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

- Evitar reflexos provenientes do visor;


- As janelas devem ter estores com lamelas de
inclinação regulável que permitam reduzir a
luz do dia.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.5 - Os riscos psicossociais

Verificam-se quando existem um ou mais dos fatores


seguintes a afetar a segurança no trabalho:
- condições de realização de uma atividade,
- autonomia do trabalho,
- adequação ao posto de trabalho,
- relações interpessoais,
- conflito.
Constituem exemplos de riscos psicossociais: a fadiga física e mental,
a insatisfação, o conteúdo, a monotonia, as regras, a autonomia, a
comunicação, o sofrimento e a morte.
2 - Análise de riscos e técnicas de prevenção

2.6 - Os riscos organizacionais


Dizem respeito à organização do trabalho, à
precariedade no trabalho, ao controlo sobre o trabalho,
ao ritmo de trabalho, à rotatividade, às novas
tecnologias de informação e comunicação,
produtividade, incêndio e explosão, monotonia,
repetitividade, excesso de responsabilidade, ritmo
excessivo, postura inadequada, trabalho desadequado,
pouca informação.
3 - Sinalética

Qual o objetivo da sinalização de segurança? Dê


exemplos de alguns sinais de segurança.
3 - Sinalética

A sinalização de segurança tem como objetivo


chamar a atenção, de forma rápida, para
objetos/ situações suscetíveis de provocar
perigos.
3 - Sinalética

A sinalização de segurança é importante nos


locais de trabalho porque, desenvolve a
atenção do trabalhador para os perigos a que
ele está exposto.
3 - Sinalética

A sinalização de segurança está relacionada com um


objeto, uma atividade ou uma situação determinada
e dá indicação relativamente à segurança ou à saúde
do trabalho através de uma placa, uma cor, um sinal
luminoso ou acústico, uma comunicação verbal ou
um sinal gestual.
3 - Sinalética

A sinalização pode ser permanente (ex.: placas


e rótulos de recipientes ou marcação de vias
de circulação) ou temporária quando se
restringe ao tempo necessário (sinais gestuais
ou comunicações verbais).
3 - Sinalética

A sinalização de segurança subdivide-se em 6


tipos:
- Proibição;
- Perigo;
- Obrigação;
- Emergência;
- Incêndio;
- Informação.
3 - Sinalética

A sinalização de segurança obedece a regras


específicas:
- Cor;
- Formato;
- Simbologia
3 - Sinalética

Cores Formas/ significado

Vermelha Proibição - Material de combate a


incêndio
Amarelo - Atenção perigo -
Ausência de perigo;
Verde - - primeiros socorros; saídas
de emergência
Azul Obrigação - Informação
3 - Sinalética

Para chamar a atenção rapidamente, para os riscos e


perigos graves pode ainda recorrer-se também a:
- Sinal de aviso;
- Sinal de salvamento ou de socorro (indica saídas de
emergência ou meios de socorro);
- Sinal acústico (som superior ao ruído ambiente);
- Sinal gestual;
- Sinal luminoso (em obras e obstáculos).
3 - Sinalética

- Sinais de proibição - proíbem um


comportamento susceptível de provocar
perigo.
. Fundo branco, símbolo preto, forma circular e banda
oblíqua vermelha

Proibido fumar Proibida a entrada a Proibido


pessoas estranhas foguear/ fazer
fogo
3 - Sinalética

- Sinais de obrigação - prescrevem um


determinado comportamento.
. Fundo azul e símbolo branco

Protecção Protecção obrigatória Protecção


obrigatória dos dos olhos e das vias obrigatória da
olhos respiratórias cabeça
3 - Sinalética

- Sinais de emergência - em caso de perigo


indicam as saídas de emergência, o caminho
para o posto de socorro ou o local onde existe
um dispositivo de salvamento.
. Fundo verde, símbolo branco e forma rectangular ou
quadrada

Saída de emergência à
esquerda
3 - Sinalética

- Sinais de aviso - advertem de um perigo ou


um risco.
. Fundo amarelo, símbolo preto

Perigos vários Perigo de incêndio Perigo de Perigo de


electrocussão substâncias
corrosivas
3 - Sinalética

- Sinais de incêndio - identificam e localizam


material e equipamento de combate a
incêndios.
. Fundo vermelho, símbolo branco e forma rectangular
ou quadrada
3 - Sinalética

- Sinais gestuais
3 - Sinalética

Cabe ao empregador garantir a existência de


sinalização de segurança e saúde no trabalho,
segundo a legislação em vigor.
3 - Sinalética

A existência de sinalização não dispensa que as


saídas de emergência estejam desobstruídas
e a informação aos trabalhadores do
significado da sinalização.
3 - Sinalética

É fundamental que a entidade empregadora se


certifique de que todos os trabalhadores
compreendem o significado da sinalização.
3 - Sinalética

Os trabalhadores devem ser informados e


consultados sobre as medidas relativas à
sinalização de segurança e de saúde no
trabalho.
3 - Sinalética

O empregador deve controlar a conservação e


funcionamento da sinalização. Ele deverá
evitar:
- Afixar muitas placas perto umas das outras;
- Utilizar sinais luminosos que possam ser
confundidos;
3 - Sinalética

- Utilizar dois níveis sonoros ao mesmo tempo;


- Utilizar um sinal sonoro quando o ruído
ambiente for muito elevado.
3 - Sinalética

A sinalização de segurança e saúde encontra-se


no DL n.º141/95 de 14 de Junho; Portaria
1456-A/ 95 de 11 de Dezembro
3 - Sinalética

Sinais de emergência
- Sinalização de indicações de situações de
emergência;
- Evacuação de edifícios;
- Saída de emergência;
- Equipamentos de emergência;
- Vias de circulação.
4 - Equipamentos de proteção individualresa

O que é o EPI?
4 - Equipamentos de proteção individual

É todo o equipamento/ complemento/acessório


a ser utilizado para proteger contra os riscos
para a saúde e segurança do trabalho,
quando estes não forem eliminados por meios
de proteção coletiva.

Fonte: Manual de Formação: Higiene e Segurança no Trabalho - Programa Formação PME


4 - Equipamentos de proteção individual

Os EPI´s classificam-se de acordo com:


- O tipo de agente agressor (poeiras, produtos
químicos, eletricidade);
- A parte do corpo a proteger (cabeça, olhos,
face, vias respiratórias, mãos e braços, pés e
pernas, pele, tronco,…);
4 - Equipamentos de proteção individual

A localização dos EPI´s deve ser bem conhecida


e encontrar-se acessível, com identificação do
local respetivo.
4 - Equipamentos de proteção individual
Zona do corpo Agentes agressores EPI
a proteger
Mecânicos, químicos, eléctricos, Luvas (borracha,
Mãos térmicos, radiações tecido, couro,
malha de aço)
Queda de materiais, esmagamento, Botas
perfuração ou corte, queimadura, antiderrapantes,
Pés e pernas escorregamento botas de borracha,
calçado com
biqueira e palmilha
de aço
Cabeça Riscos associados a: queda de Capacete, capuz,
materiais, pancadas boina, gorro
Olhos Partículas sólidos, líquidos corrosivos e Óculos e viseira
irritantes, radiações
4 - Equipamentos de proteção individual

Zona do corpo Agentes agressores EPI


a proteger
Ouvido Ruído Auriculares
Pele Sol Protectores
Tronco e Substâncias nocivas, chamas, Avental, fato de trabalho
abdómen soldadura (projecção de metal),
calor/ frio, vidro, facas
Vias respiratórias Gases, vapores, poeiras, fumos Máscaras, dispositivos
filtrantes
Protecção contra quedas: Equipamentos de
trabalho com risco de queda em protecção contra quedas:
Corpo inteiro altura, indústria cinto de segurança,
equipamentos anti-
quedas, arnés, vestuário
4 - Equipamentos de proteção individual

As empresas devem fornecer os EPI´s


gratuitamente aos trabalhadores que deles
necessitarem.

A lei estabelece também que é obrigação dos


empregados usar os EPI´s onde existir risco.
4 - Equipamentos de proteção individual

Obrigações do empregador:
- Comprar EPI em conformidade com as normas
europeias;
- Fornecer EPI e garantir o seu bom funcionamento;
- Disponibilizar nos locais de trabalho, informação
adequada sobre EPI;
- Informar os trabalhadores dos riscos contra os quais o
EPI os visa proteger;
4 - Equipamentos de proteção individual

Obrigações do empregador:
- Assegurar a formação sobre a utilização do
EPI e, se necessário, organizar exercícios de
segurança;
- Gerir os EPI´s de forma a substituí-los no caso
de ser excedido o tempo de vida útil ou de se
verificarem deficiências que comprometam a
sua protecção.
4 - Equipamentos de proteção individual

Obrigações do empregador:
- O empregador deve garantir a existência de
sinalização de segurança no trabalho.
4 - Equipamentos de proteção individual

Obrigações dos trabalhadores:

- Os trabalhadores e seus representantes


devem, quando consultados sobre a escolha
de novos equipamentos, opinar sobre os EPI
´s;
- Utilizar correctamente o EPI de acordo com as
instruções do fabricante;
4 - Equipamentos de proteção individual

Obrigações dos trabalhadores:

- Conservar e manter em bom estado o EPI que


lhe for distribuído;
- Comunicar as avarias ou deficiências
detectadas no EPI e que comprometam o seu
bom funcionamento.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e
proteção

Precauções necessárias nas instalações com o objetivo de:

• Providenciar caminhos de evacuação protegidos contra a


propagação do fogo e dos fumos;
• Garantir uma estabilidade satisfatória, dos elementos estruturais
face ao fogo;
• Garantir um comportamento satisfatório dos elementos de
compartimentação face ao fogo;
• Dispor de equipamentos técnicos (instalação elétrica, de gás, de
ventilação e outros) que funcionem em boas condições de
segurança com comandos de emergência devidamente localizados
e sinalizados;
5 - Incêndios e explosões: prevenção e proteção

• Dispor de sistema de alarme, alerta, iluminação de emergência e


sinalização apropriados;
• Dispor de meios de primeira intervenção apropriados;
• Organizar a formação e a instrução de pessoal;
• Assegurar a conservação e manutenção dos equipamentos
técnicos, incluindo os de segurança.

Existe regulamentação publicada que apoia os intervenientes na


sua atividade como, por exemplo, as
notas técnicas do Serviço Nacional de Bombeiros (SNB) e as

regras técnicas do Instituto de Seguros de Portugal.


5 - Incêndios e explosões: prevenção e
proteção

O que pode ser feito para diminuir os


incêndios?
5 - Incêndios e explosões: prevenção e
proteção

- Formar e informar os trabalhadores


- Sensibilizar e motivar os trabalhadores.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e
proteção

Triângulo do fogo:
Para haver um fogo é necessário que exista:
- Combustível (substância que vai arder)
- Comburente (o ar)
- Energia de activação (energia necessária para
se iniciar a reacção)
5 - Incêndios e explosões: prevenção e
proteção

Para apagar um fogo é necessário eliminar 1 ou


mais dos 3 factores do triângulo do fogo.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e
proteção

O que pode então ser feito?


5 - Incêndios e explosões: prevenção e
proteção

- Afastar o combustível do alcance do fogo ou dividi-lo


em focos de incêndio menores;
- Limitar o oxigénio (impedir o acesso ao oxigénio ou
cobrir os focos com substâncias que impeçam o seu
contacto com o ar: areia, espuma);
- Diminuir a temperatura, lançando água sobre o fogo
ou outras substâncias que absorvam o calor.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e proteção

Prevenção e controlo do fogo

De acordo com a NP 1553, os fogos são classificados, em função


da natureza do material de combustão envolvido, em 4 classes:
Classe A Fogos de materiais sólidos, geralmente de natureza

orgânica, e que ao arder, normalmente deixam brasas.


Ex.: madeira, carvão, papel, plásticos.

Classe B Fogos de líquidos ou de sólidos liquidificáveis.


Ex.: óleo, gasolina, gasóleo, alcatrão, ceras, tintas, álcool, etc.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e proteção

 Classe C Fogos de gases.


Ex.: gás natural, butano, propano, hidrogénio, acetileno, etileno.

 Classe D Fogos de metais


Ex.: ácido sulfúrico, alumínio, sódio, magnésio, titânio, fósforo.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e proteção

Métodos de extinção

A extinção de um fogo está relacionada com os elementos que são


necessários para que exista combustão. São 4 os métodos:

• Arrefecimento
O mais utilizado, consistindo em baixar a temperatura do
combustível e do meio ambiente, abaixo do seu ponto de ignição.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e proteção

• Abafamento
Consiste no isolamento do combustível e do oxigénio, ou na
redução da concentração deste no ambiente.

• Diluição ou eliminação do combustível


Consiste na separação do combustível da fonte de calor.

• Inibição da chama ou interrupção da reação em cadeia


Consiste na alteração da reação química, modificando a libertação
dos radicais livres produzidos e libertados na combustão.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e proteção

Agentes extintores
Agente extintor é o produto cuja ação, ao ser projetado sobre um
fogo, provoca a extinção do mesmo.

Deve ter-se em atenção que alguns dos agentes extintores podem


ser incompatíveis com alguns dos produtos, sub-produtos,
materiais ou substâncias utilizadas em determinados processos de
fabrico.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e proteção

Água
É o agente mais disponível. Atua arrefecendo o combustível e o
ambiente.

Espuma
Resultante de uma combinação de um "espumífero" com a água e o ar,
a espuma atua por abafamento, recobrindo o combustível, isolando-o do
oxigénio do ar, permitindo ainda um arrefecimento devido à água.

Dióxido de Carbono
É um gás comprimido que atua por abafamento envolvendo o
combustível e diminuindo a concentração de oxigénio.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e proteção

Pós químicos secos


São sais inorgânicos finamente pulverizados com componentes
básicos diversos.
5 - Incêndios e explosões: prevenção e
proteção

Colocação dos extintores


- Os extintores devem ser colocados em suportes de parede ou
montados em pequenos recetáculos de modo a que o topo do
extintor não fique a altura superior a 1,50 m acima do solo, a
menos que seja do tipo sobre rodas;

- Os extintores devem estar em locais acessíveis e visíveis em caso


de incêndio, e sinalizados segundo as normas portuguesas
aplicáveis;

- Devem estar localizados nas áreas de trabalho e ao longo dos


percursos normais, incluindo as saídas;
5 - Incêndios e explosões: prevenção e
proteção

Colocação dos extintores


- Os acessos aos extintores não devem estar obstruídos e estes
não devem estar ocultos;

- Em grandes compartimentos ou em certos locais, quando a


obstrução visual não possa ser evitada, devem existir meios
suplementares que indiquem a sua localização;

- Os extintores colocados em locais de onde possam ser


deslocados acidentalmente devem ser instalados em suportes
especiais para o efeito;
5 - Incêndios e explosões: prevenção e
proteção

Colocação dos extintores


- Extintores colocados em locais em que possam sofrer danos
físicos devem ser protegidos contra os mesmos;

- Modo de funcionamento de qualquer extintor deve estar colocado


de forma bem visível;

- Os extintores devem ser adequados para a sua colocação em


ambientes de temperaturas compreendidas entre 4 e 50ºC.
6 - A interação do sistema de qualidade/ ambiente/
segurança

- Normas:

NP EN ISO 9001:2008,
NP EN ISO 14001:2004,
OSHAS 18001
6 - A interação do sistema de qualidade/ ambiente/
segurança

Requisitos NP EN ISO 9001:2008:

- Produto e serviço,
- Controlo dos processos
- Deve ser provada a conformidade com os requisitos.
6 - A interação do sistema de qualidade/ ambiente/
segurança

Requisitos NP EN ISO 14001:2004:

- Produto e sub-produtos,
- O objetivo é o controlo das atividades, produtos e
serviços,
- Melhoria do desempenho ambiental.
6 - A interação do sistema de qualidade/ ambiente/
segurança

Requisitos da OHSAS 18001:

- Segurança e saúde no trabalho, segurança de


produtos e serviços,
- O objetivo é o controlo dos riscos para os
trabalhadores,
- Conformidade com os requisitos.
Avaliação de riscos

O método da matriz de risco estima os riscos, identificando em


cada tarefa, os perigos, os riscos, o tempo de exposição, a
frequência e a gravidade. Para cada um dos três últimos fatores
existem 5 contribuições quantitativas, o que possibilita a
classificação dos riscos e também proceder à hierarquização das
medidas de controlo a implementar.
Para a valoração do risco foram tidos em consideração os
seguintes parâmetros:
- A exposição,
- A frequência e
- A gravidade.
Avaliação de riscos

- A Exposição
A exposição (E) consiste na duração média de exposição ao fator
de risco (tempo). O quadro refere-se à classificação em termos de
exposição.

Significado Descrição qualitativa Contribuição


quantitativa
Contínua (C) Ocorre continuamente ou várias vezes ao 5
dia
Frequente (F) Probabilidade de ocorrência diária 4
Ocasional (O) Probabilidade de ocorrer ocasionalmente 3
Pouco frequente De ocorrência muito rara  
(P) 2
Rara (R) Não se sabe se alguma vez ocorrerá 1
Avaliação de riscos

- A Frequência
A frequência (F) consiste na probabilidade de exposição ao fator de
risco (dano). O quadro refere-se à classificação em termos de
frequência.

Significado Descrição qualitativa Contribuição


quantitativa
Frequente Resultado mais esperado, atendendo às 5
(F) condições verificadas
Ocasional Possível que aconteça, probabilidade de 50% 4
(O)
Remoto (RE) Ocorrência esporádica, probabilidade 10% 3
Raro (R) Verificação muito remota da sequência, 2
probabilidade 1%
Improvável Ainda que possível, nunca ocorre em 1
(I) muitos anos
Avaliação de riscos

- A Gravidade
A gravidade ou severidade (G) define-se como sendo a
consequência da exposição (acontecer o dano).
O quadro refere-se à classificação quanto à gravidade.
Avaliação de riscos

- Cálculo da Valoração do Risco (nível de risco)


A determinação da valoração do risco é obtida a partir da
expressão:

Risco = Frequência × Gravidade × Exposição


Avaliação de riscos

RX > 90 4 Risco muito expressivo, requerendo acção imediata,


requer plano detalhado
RE > 75 3 Risco elevado, implica planeamento adequado das
medidas, é necessário envolvimento da gestão
RM > 50 e ≤ 2 Risco moderado, envolve avaliação e respostas
74 específicas, o envolvimento da gestão deve ser
explicitado
RB ≤ 49 1 Risco baixo, não precisa de alocação específica de
recursos, gestão mediante os procedimentos em
vigor
Bibliografia

AEP, Manual de Formação: Higiene e Segurança no


Trabalho - Programa Formação PME

Conceição, Filipe (2009). Ergonomia. Formação Inicial


de Técnico Superior de Segurança e Higiene do
Trabalho

Empower-up, Lda. Segurança, higiene e saúde no


trabalho
Bibliografia

Ferreira, Carla (2009). Avaliação de riscos profissionais.


Conforturis

Freitas, Luís (2008). Segurança e saúde do trabalho.


Edições Sílabo. 1.ª edição

Matos, Maria (2009). Gestão da prevenção. Conforturis

Nunes, Fernando (2009). Segurança e higiene do


trabalho. 2.ª edição
<http//www.act.gov.pt>

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