Aula Aldeia Rio Verde 1

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O TEXTO

LÍNGUA: UMA ATIVIDADE


SOCIAL E

HISTÓRICA

PROFESSORA SANDRA
JORGE
Afinal , o que é texto?

É toda e qualquer unidade de


informação , no contexto da
enunciação . Pode dar-se na língua
escrita ou na língua oral pode ser
oral ou escrito , literário ou
não literário , verbal e não
verbal .
ENUNCIADO
• Enunciação é a atividade lingüística
daquele que fala no momento que
fala.
• O enunciado não é uma frase, mas
“um todo de significação”
• O enunciado deve constituir um
sentido, como marca de realidade,
e uma significação, ou seja, dizer
alguma coisa a alguém, servir para
a comunicação entre as pessoas
EXEMPLO DE TEXTO
VERBAL
“ Nas curvas do teu corpo capotei
meu coração.”
 Frase de pára-choque de
caminhão
 

1) Você considera que essa frase

constitui um texto?
 

2) Que característica ou recurso usado

pelo autor chamou sua atenção,


TEXTO NÃO VERBAL
1) Cenas como essa , que apresentam muitos elementos
envolvidos numa mesma situação , numa mesma atmosfera ,
são chamadas “ cenas de conjunto ”. Não há nelas a
intenção de focalizar em destaque um dos elementos ,
mas criar uma emoção quanto ao ambiente . Que emoção
a cena nos transmite?
2 ) Os alunos têm sua atenção ligada em coisas
diferentes . Quais os interesses que aparecem na atitude
das crianças?
3 ) A fisionomia das crianças revela algum sentimento
negativo?

4 ) Uma única criança parece tensa , pelo menos naquele


momento . Descreva - a .

5 ) Por que há um grupo de crianças numa esteira , no chão?

6 ) A precariedade das “ mesas ” atinge o grupo todo . Uma


criança , no entanto , parece
estar em maior dificuldade . Qual é?

7 ) Mesmo considerando a fotografia como uma denúncia ou


um registro das más
condições de vida , a idéia de dignidade e de esperança
aparece aí . Que elemento ajuda a criar esse significado
TEXTO VERBAL
Escola para as crianças do
acampamento de Santa Clara,
composto de 650 famílias, ou seja,
2.500 pessoas. No início de abril de
1996, um dos camponeses desse
acampamento foi assassinado por
jagunços a serviço do proprietário
da Fazenda Santa Clara, um
latifúndio de 4.530 hectares. Os
professores das escolinhas são os
próprios sem-terra. O material
escolar indispensável é fornecido
EXEMPLOS DE TEXTO
VERBAL E NÃO VERBAL
As informações mais
importantes:
• 1- Todas as nossas interações se
processam por meio de textos.
• 2- Texto é toda e qualquer unidade de
informação, no contexto da
enunciação.
 Nesse sentido, os textos aparecem nas
mais diversas linguagens,
Classificando-se em verbais e não-
verbais.
• 3- O texto independe de extensão.
• 4- O texto verbal pode apresentar-se na
linguagem oral ou na linguagem
escrita.
• 5- Leitura é o processo de atribuição de
Por que trabalhar com
textos?
• O texto é a realização da linguagem
e da língua, responsáveis pela
interação.
• O objetivo do ensino-aprendizagem
da língua: desenvolver nos alunos
sua competência discursiva, que
em última análise é a capacidade
de compreender e produzir textos
diversos, orais e escritos, em
particular os de ampla divulgação
na sociedade.
 TEXTO PORÃ
 Esse texto sugere a discussão de
algumas questões fundamentais: o
preconceito, aqui representado na
agressão verbal dos alunos, e a
função da escola, que deveria ser a
de desenvolver nos alunos o
sentimento da igualdade, o
respeito e a convivência com o
“diferente”. A partir dele, a cultura
indígena pode ser pesquisada,
além de questões históricas, como
a perda de terras e a aproximação
dos indígenas dos brasileiros
“brancos”. Sem dúvida alguma,
esses assuntos, a serem
explorados em conjunto com
BOLOTA, A ABOBRINHA
TRISTE
Um vaga-lume apareceu numa horta, procurando um legume
para ser a carruagem da Gata Borralheira. Como o
Chuchuzinho não foi aceito, a Cenourinha, então, se
candidatou.

-E eu? Sou muito elegante, não acha?


-
-Você? - disse o inseto, mirando-a de ponta a ponta.
-
-Se fosse para ser transformada em foguete espacial, você
serviria, sim. Mas para carruagem, de jeito nenhum!
A pequena vagem, então se aproximou.
- Será que eu sirvo?
O pirilampo chegou a sorrir da pretensão dela. Exclamou:
-Só para asa de avião! também:
- Você parece
- um prego.
Ante a dificuldade, o- vaga-lume se inquietou.
-
- Não há mais ninguém nesta horta que
queira colaborar comigo? - indagou,
iluminando, um por um, os pequenos
legumes.
Descobriu, então, encolhida em um canto,
:

uma abóbora redondinha que o fitava com


timidez.
 
 

-E você? - perguntou. - Não deseja


ser a carruagem da Gata Borralheira?
-
A pergunta arrancou risadas da garotada.
-
- A Bolota? - disse o Chuchuzinho. - Ela é muito pesada.
- A Bolota? - disse a Cenourinha. - Só para Só para
caminhão. E o Quiabinho ajuntou:
-
- Ou para assustar as pessoas no "Dia das Bruxas".
Até Abobrinha achou a idéia absurda:
- Eu sou horrível, disforme, não sirvo
para nada.
O vaga-lume, entretanto, não
pensava assim. Pediu à gorducha
que se aproximasse da luz,
observou-a atentamente e
decidiu:
- Você está ótima, menina! Vai dar uma excelente
carruagem, ampla e confortável!
O diálogo entre textos : a
intertextualidade
Um acontecimento que, apesar de ter existido
sempre, somente foi enfatizado nos estudos de
linguagem mais recentes. Esse acontecimento é o
diálogo que cada texto faz com muitos outros,
antigos ou contemporâneos, de tal forma que
nenhum texto nasce, absolutamente original.
Podemos dizer que tudo o que pensamos, fazemos,
falamos ou escrevemos tem a ver com o que
muitos pensaram, fizeram, falaram ou escreveram.
Da mesma forma, embora nem sempre tenhamos
consciência disso, os textos que produzimos são
o resultado da influência maior ou menor, mais
clara ou quase imperceptível, de outros textos.
O nome desse acontecimento é meio longo, mas
consegue explicar o que pretende: as ligações
entre - textos , A INTERTEXTUALIDADE.
Assim como é impossível imaginar nossas
vidas desligadas de todas as outras, é muito
difícil pensar na completa desvinculação dos
textos que produzimos dos demais, que
circulam ou circularam na nossa cultura.
É desse fenômeno que vamos falar, procurando
mostrar sua presença não só no nosso
cotidiano dia-a-dia, como na produção
artística. E, como, mesmo levando em conta esse
diálogo, criamos textos novos. Vamos também
abordar um outro ponto primordial na
consideração da leitura e produção dos textos:
o ponto de vista
Quando percebemos com clareza o
processo da intertextualidade, o
papel do ponto de vista e as
influências de ambos em nossa vida
diária e no contato com as obras de
arte, a nossa leitura de mundo
torna-se mais crítica e mais
sensível, e criamos melhores
condições, também, de explorar o
assunto com nossos alunos.
Vamos dividir nosso estudo em três seções

A primeira - O diálogo entre textos: a


intertextualidade – vai retomar o
conceito de intertextualidade e mostrar
como ela é elemento constante em nossa
vida.
A segunda – A presença da
intertextualidade nos textos: a
paráfrase e a paródia.
A terceira - O ponto de vista – vai
discutir o ponto de vista em todo tipo de
interlocução.
O que se passou com nossos ancestrais, lá
longe, no início da civilização é sempre
complicado tentar imaginar. Mas não é absurdo
pensar que desde lá os homens exercem
influência uns sobre os outros, e que somos
hoje o que somos, para o bem e para o mal,
como herança das muitas conquistas e dos
muitos problemas que as gerações vão deixando
às seguintes.
A história “mais recente” da humanidade, a
partir da Antigüidade, vem mostrando como
homens e culturas são capazes de deixar marcas
para a futuro. Pense na importância dos
gregos e romanos, dos árabes, italianos,
franceses, em determinados momentos da nossa
história.
Outro ponto a considerar é que não são apenas
esses fatos “históricos” que contam, nos
rumos de nossa vida: fatos miúdos, do
cotidiano só nosso, também são marcados por
influências diversas, exercidas por pessoas
mais próximas de nossa vida, assim como nossa
atuação influencia outras pessoas. Enfim,
atuamos sobre os outros e somos influenciados
pela atuação dos outros.
A partir do final do século XX, na época
chamada de pós-moderna, os avanços científicos
e tecnológicos, da indústria cultural e da
chamada globalização marcam os movimentos
sociais e culturais .O cinema, vídeo,
fotografia, música, teatro e a internet,
tornam muito mais acessíveis todos os
acontecimentos
Essas características de nosso tempo tornam
ainda mais fáceis a divulgação e a
“apropriação” das idéias do mundo inteiro.
Então voltamos ao ponto inicial: nossas
produções acabam apresentando traços mais
ou menos perceptíveis de muitas
experiências humanas, pois nelas interferem
muitas pessoas, e também são resultado de
muitos outros trabalhos.

Em outras palavras: de maneira


mais ou menos clara, em extensão
maior ou menor, nossos textos
retomam outros textos.
A raposa e as uvas
De repente a raposa , esfomeada e gulosa , fome de
quatro dias e gula de todos os tempos , saiu do
areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do
parreiral que descia por um precipício a perder
de vista . Olhou e viu , além de tudo , à altura de
um salto , cachos de uvas maravilhosas , uvas
grandes , tentadoras . Armou o salto , retesou o
corpo , saltou , o focinho passou a um palmo das
uvas . Caiu , tentou de novo , não conseguiu .
Descansou , encolheu mais o corpo , deu tudo o que
tinha , não conseguiu nem roçar as uvas gordas e
redondas . Desistiu , dizendo entre dentes , com
raiva : “ Ah , também , não tem importância . Estão
muito verdes .” E foi descendo , com cuidado , quando
viu à sua frente uma pedra enorme .
Com esforço empurrou a pedra até o local em que
estavam os cachos de uva , trepou na pedra ,
perigosamente , pois o terreno era irregular e
havia o risco de despencar , esticou a pata e …
conseguiu ! Com avidez colocou na boca Fábulas
quase o
cacho inteiro . E cuspiu . fabulosas
Realmente as uvas
Uma raposa faminta entrou
num terreno onde havia
uma parreira, cheia de uvas
maduras, cujos cachos se
penduravam, muito alto, em
cima de sua cabeça.
A raposa não podia resistir à tentação
de chupar aquelas uvas mas, por mais que
pulasse, não conseguia abocanhá-las
Cansada de pular, olhou mais uma
vez os apetitosos cachos e disse:
- Estão verdes . . .
La
A Raposa e as Uvas
Uma Raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de
um pomar, penduradas nas grades de uma viçosa videira,
alguns cachos de Uvas negras e maduras.
Ela então usou de todos os seus dotes e artifícios para
pegá-las, mas como estavam fora do seu alcance, acabou
se cansando em vão, e nada conseguiu.
Por fim deu meia volta e foi embora, e consolando a si
mesma, meio desapontada disse:
Olhando com mais atenção, percebo agora que as
Uvas estão todas estragadas, e não maduras como
eu imaginei a princípio.

Moral da História:
QEM DESDENHA QUER COMPRAR

Autor: Esopo
A – Com que texto dialoga mais
claramente o texto de Millôr
Fernandes?

B – Como de alguma forma o autor


nos prepara para uma leitura
diferente do texto original?

C – Que diferenças você percebeu


entre o texto original e este?

D – Como o narrador estabelece a


diferença entre fome e gula?
Você já percebeu que, se está claro que
podemos aproveitar o pensamento dos outros,
está evidente também que esse aproveitamento
pode acontecer de muitas maneiras.
Quando dizemos que alguém copiou uma idéia
nossa, ou que torceu, distorceu, modificou
nosso pensamento, estamos mostrando que a
intertextualidade pode apresentar- se de
várias formas.
Intertextualidade é o que ocorre toda vez que
um texto tem relações claras com outro , ou
outros . É , portanto , um diálogo de um texto com
outro . Esse diálogo , ou retomada de um texto ,
ocorre nas mais diversas situações e nos mais
diversos tipos de comunicação , e está presente
tanto nas manifestações artísticas
quanto no nosso cotidiano . Isso acontece
porque a cultura é claramente intertextual ,
quer dizer : ela sempre acumula ou retoma , de
alguma forma , as experiências humanas .
As várias formas da
intertextualidade
Formas da
intertextualidade
Paráfrase : Trata - se da retomada de um texto
sem mudar seu fio condutor , a sua lógica .
Resumos , adaptações , traduções tendem a ser
paráfrases . Paráfrase é o tipo de
intertextualidade em que são conservados a
idéia e o fio condutor do original . EX : O TEXTO
DA RAPOSA E AS UVAS .
Paródia : É um tipo de processo intertextual em
que o texto original perde sua idéia básica ,
seu fio condutor . A narrativa é invertida , ou
subvertida . Freqüentemente , a paródia é
crítica e questionadora . EX : O PATINHO FEIO
O patinho realmente feio
Era uma vez uma mamãe pata e um papai pato que
tinham sete bebês patinhos. Seis eram patinhos
normais. O sétimo, porém, era um patinho
realmente feio. Todo mundo dizia: “Mas que bando
de patinhos tão bonitinhos… todos, menos aquele
ali. Puxa, mas como ele é feio!”
O patinho realmente feio ouvia o
que as pessoas diziam, mas nem
ligava. Sabia que um dia iria
crescer e provavelmente virar um
cisne, muito maior e mais bonito do
que qualquer outra ave do lago.
Bem, só que no fim ele era apenas
um patinho realmente feio. E, quando
cresceu, tornou-se apenas um pato
grande realmente muito feio.
SCIESZKA, Jon.
O PATINHO FEIO
Em uma granja uma pata teve quatro patinhos muito
lindos. Porém, quando nasceu o último, a patinha
exclamou espantada:
- Que pato tão grande e tão feio!
No dia seguinte, de manhãzinha, dona Pata levou a
ninhada para perto do riacho.
Mas os patos maiores estavam achando aquele patinho
marrom, muito feio. Não parece pato não! - Dizia uma
galinha carijó. O galo então, estava muito admirado do tal
patinho.
-Tomem cuidado com o gatão preto.
Não se afastem muito de mim,
dizia a Mãe Pata.
Chegaram à lagoa e logo dona pata
e os pequenos entraram na água.
Mamãe estava orgulhosa. Mas o patinho feio era
desajeitado, como ele só.
Não conseguia nadar. Afundava a todo momento.
Teve que sair para fora da água. E foi só gozação
dos demais. Dona pata ainda ensinou-os a procurar
minhocas e a dividi-las com os irmãos.
Os irmãos tinham vergonha dele e gritavam-lhe:
- Vá embora porque é por tua causa que todos
estão olhando para nós! Não sei porque o gatão
preto, não leva você para sempre?
- O pobre patinho ficava sempre isolado dos
demais. Os patos mais velhos, judiavam do
pobrezinho dando-lhe bicadas.
Todos os seus irmãos eram amarelinhos e
pequeninos, e ele era feio, marrom, grandão e
desengonçado. De tão rejeitado por ser diferente,
resolveu fugir.
Afastou-se tanto que deu por si na outra margem.
- De repente, ouviram-se uns tiros. O Patinho Feio observou como
um bando de gansos se lançava em vôo. O cão dos caçadores
perseguia-os furioso.
Conseguiu escapar do cão mas não tinha para onde ir. Porém, não
deixava de caminhar.
oi andando... foi andando... sem destino, com o coração cheio de
dor e lágrimas nos olhos.
Chegou a um riacho onde estavam patos selvagens. Cumprimentou-
os como aprendera com sua Mãe. Mas eles logo foram dizendo:
_Não queremos intrusos aqui. Vá andando e não se faça de
engraçado, pato feio.
Pobre patinho, só queria um lugar no mundo para descansar, comer
algumas minhocas e nada mais.
Finalmente, o inverno chegou. Os animais do bosque olhavam para
ele cheios de pena.
- Onde irá o Patinho Feio com este frio? - Não parava de nevar.
Escondeu-se debaixo de uns troncos e foi ali que uma velhinha com
um cãozinho o encontrou.
- Pobrezinho! Tão feio e tão magrinho! E levou-o para casa
Com o tempo a velha cansou-se dele, porque não
servia para nada: não punha ovos e além disso comia
muito, porque estava a ficar muito grande.
O gato então aproveitou a ocasião.
-Vá embora! Não serves para nada!
E o patinho foi embora. Chegou a um lago em que passeavam
quatro belos cisnes que olhavam para ele.
O Patinho Feio pensou que o iriam enxotar. Muito assustado, ia
esconder a cabeça entre as asas quando, ao ver-se refletido na
água, viu, nada mais nada menos, do que um belo cisne que não
era outro senão ele próprio, tão grande e tão belo, como os que
vinham ao seu encontro.
Os companheiros o acolheram e acariciavam-no com o bico. O seu
coraçãozinho não cabia mais dentro do peito.
Nunca imaginara tanta felicidade.
Os cisnes começaram a voar e o Patinho Feio foi
atrás deles.
Quando passou por cima da sua antiga granja, os
patinhos, seus irmãos, olharam para eles e
exclamaram:
- Que cisnes tão lindos!
Assim termina a nossa história. O patinho feio sofreu muito até
que um belo dia cresceu e descobriu a verdade sobre si próprio:
ele não era um pato feio e diferente dos outros, era na verdade
um lindo cisne. Desde então, todos passaram a admirá-lo e a se
curvar diante de sua beleza. HANS CHRISTIAN ANDERSEN

 FIM
1 ) Ao contrário do conto de Andersen, em que o
narrador tem uma atitude muito favorável ao patinho,
aqui, a falta de ligação com a personagem é
desconcertante. De que maneira você percebe esse
distanciamento?
2 ) Além de claramente se relacionar com a narrativa
de Andersen, há dentro da própria narrativa acima um
outro momento em que a história nos lembra dos
contos clássicos .
a ) Qual é?
b)
c)
3 ) Esse dado lhe parece aumentar ou diminuir a
decepção final?
d)

4 ) Qual foi a única novidade que o crescimento


trouxe para o patinho?
O ponto de vista
Sabemos que o texto se modifica, em determinada
situação histórico-social e cultural, o que
significa dizer que está sempre exposto a
transformações. Cada sociedade, em cada época e em
cada lugar assimila os acontecimentos da vida e os
interpreta de acordo com seus próprios dados. Isso,
que ocorre com a sociedade, ocorre também com cada
indivíduo.
Portanto, o diálogo que o sujeito e a sociedade
fazem com os textos de outra época e outro lugar
representa a maneira particular de olhar de cada
sujeito e de cada sociedade.
Esse olhar peculiar define o ponto de vista.
Vamos desenvolver mais essa idéia
Os acontecimentos também podem ser observados
de lados ou ângulos diferentes.
Quando você era bem novinho, começando a andar,
você, como todas as crianças dessa idade,
deveria achar que os adultos à sua volta eram
gigantes. É que tudo que é visto de baixo para
cima passa a impressão de ser maior do que na
realidade é.
O mesmo fato vai ser percebido, portanto, de
maneira um pouco diferente, conforme o lugar
de onde esteja sendo analisado.
EX: Imagine a cena de um atropelamento, numa rua
movimentada de uma cidade grande, cheia de
apartamentos: dependendo da posição (direita, esquerda,
atrás ou adiante) e da distância de cada prédio, da
altura de cada janela, em relação aos envolvidos
diretamente no acidente, as pessoas terão visto coisas
que outras não viram.
Vamos interpretar a figura?
A cena é do Filme: Em busca do ouro, do
diretor/ator é o inglês Charlie Chaplin, a
personagem é Carlitos, um mendigo meio
trapalhão, meio sabido, meio poeta.
1 ) O que mostra a cena do filme?
2 ) Que tipo de intertextualidade
encontramos aqui? Justifique .
3 ) Observe os seguintes elementos :
a) a localização dos três grupos ;
b) o preço de cada balcão ;
c) o aspecto dos balcões ;
d) o número de pessoas em cada balcão ;
e) o aspecto de cada grupo .

d ) a cena pertence a uma comédia . A própria


cena é cômica , pelo inusitado , ou absurdo : o
homem está comendo o cadarço da bota , como se
fosse um macarrão . Por que os três grupos
reagem à cena de modo tão diferente?
Esta jóia narrativa fala do amor impossível e dos
nossos preconceitos
Esta história é baseada num romance entre
um gato e uma andorinha .  
            Nesta história um gato de
coração frio mau e cruel vê uma andorinha
adolescente linda de morrer e apaixona - se
por ela . Desde aí eles começaram a falar um
com o outro até que um dia o gato malhado
pede à andorinha sinhá em casamento . Ela
disse - lhe que existe uma lei onde não é
possível um casamento de um gato com uma
andorinha . O gato malhado desde que viu a
andorinha ficou calmo , mas quando soube que
não podia casar com a andorinha ficou
deprimido e novamente cruel . Quando chegou
a estação do Inverno , gato malhado recebe
uma notícia que o abalou muito no coração ,
soube que andorinha sinhá ira casar com o
rouxinol lá do parque . Todos os animais do
parque foram à festa menos o gato malhado .
Gato malhado ao ir embora prefere ir pelo
caminho onde vive a cascavel . A cascavel
O ponto de vista é o lugar ou o ângulo
de onde cada interlocutor participa do
processo de interação. Ele não revela
simplesmente as posições do locutor:
pode ser usado para criar posições e
emoções no interlocutor.
Daí a importância de sua análise, quando
estamos interpretando e avaliando as
situações de comunicação. O trabalho com
esses dois assuntos é fundamental, no
sentido de tornar nossos olhos e
ouvidos mais sensíveis e mais críticos
com relação à própria vida
ANALISE OS SEGUINTES TEXTOS E
OBSERVE:

1)O TEMA PROPOSTO-


2)
3)O TEMA TRABALHADO-
4)
5)A CRÍTICA-
6)
7)A SUGESTÃO-
8)
9)O PONTO DE VISTA DO ARTISTA-
OBSERVE O TEXTO A
SEGUIR E ANALISE

O PONTO DE
VISTA DOS
INTERLOCUTORES

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