Treinamento NR 20
Treinamento NR 20
Treinamento NR 20
ELABORADO E MINISTRADO PELA TÉCNICA DE SEGURANÇA DO TRABALHO, SRA ANA CAROLINA F. NASCIMENTO - MTE nº 0110662/SP
OBJETIVO DO CURSO
Nova NR 20
Tem foco na gestão sistêmica
Abrange o ciclo de vida de uma instalação
Incorpora normas internacionais
ABRANGÊNCIA
Item 20.2
20.2.1 Esta NR se aplica às atividades de:
a) extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação
de inflamáveis, nas etapas de projeto, construção, montagem, operação,
manutenção, inspeção e desativação da instalação;
b) extração, produção, armazenamento, transferência e manuseio de líquidos
combustíveis, nas etapas de projeto, construção, montagem, operação,
manutenção, inspeção e desativação da instalação.
ABRANGÊNCIA
Líquidos inflamáveis:
São líquidos que possuem ponte de fulgor < 60º C
Gases inflamáveis:
Gases que inflamam com o ar a 20º C
Líquidos combustíveis:
São líquidos com ponto de fulgor > 60º C e < 93º C
Ponto de fulgor: é a menor temperatura em que um líquido fornece
vapor suficiente para formar uma mistura inflamável.
Classe I
a) Quanto à atividade:
a.1 – postos de serviço com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitória:
b.1 – gases inflamáveis: acima de 2 ton até 60 ton;
b.2 – líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 10 m³ até 5.000 m³.
Classe II
a) Quanto à atividade:
a.1 – engarrafadoras de gases inflamáveis;
a.2 – atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos inflamáveis ou/e combustíveis.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitória:
b.1 – gases inflamáveis: acima de 60 ton até 600 ton;
b.2 – líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 5.000 m³ até 50.000 m³.
Classe III
a) Quanto à atividade:
a.1 – refinarias;
a.2 – unidades de processamento de gás natural;
a.3 – instalações petroquímicas;
a.4 – usinas de fabricação de etanol e/ou unidades de fabricação de álcool.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitória:
b.1 – gases inflamáveis acima de 600 ton;
b.2 – líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 50.000 m³
Classificação das Instalações
I) Quanto à atividade:
Engarrafadoras de gases inflamáveis:
Atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos inflamáveis e/ou combustíveis.
I) Quanto à atividade:
refinarias;
unidades de processamento de gás natural;
instalações petroquímicas;
usinas de fabricação de etanol.
III) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitória:
gases inflamáveis: acima de 600 ton;
líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 50.000 m ³ .
Inflamáveis
Características
Propriedades
Perigos e Riscos
Inflamáveis
Características:
Gás – substâncias que em condições normais de temperatura e pressão ( 25 °C e 760 mmHg) estão em
estado gasoso.
Gás Combustível – é o gás que queima à qualquer temperatura.
Vapor – é a fase gasosa de uma substância que a 25 °C e 760 mmHg é líquida ou sólida (vapores de água,
gasolina, etc.)
Líquido Combustível – qualquer líquido que tenha ponto de fulgor igual ou superior a 60 ºC. Queima à
temperatura ambiente e qualquer foco de ignição pode acendê-lo já que a sua temperatura de
combustão é baixa. Ex: gasolina, álcool etílico, etc.
Sólidos Combustíveis – necessitam ser aquecidos até emitir vapores por destilação e geralmente a sua
temperatura de combustão situa-se acima dos 100 °C.
Sólidos Pulverizados – Partículas em suspensão no ar que se comportam como gases inflamáveis podendo
provocar explosões.
Todas as informações quanto aos perigos e riscos constam nas respectivas Fichas de Informação de Segurança do Produto Químico – FISPQ.
Gasolina Comum
Toxidade aguda: Produto não classificado como tóxico agudo por via oral. Pode causar
náuseas e vômitos, se ingerido.
Corrosão/irritação à pele: Provoca irritação à pele com vermelhidão e ressecamento.
Lesões oculares graves/irritação ocular: Provoca irritação aos olhos com vermelhidão, dor
e lacrimejamento. O contato repetido dos olhos pode causar conjuntivite crônica.
Sensibilização respiratória ou à pele: Pode ser absorvido pela pele e causar dermatite
crônica após contato prolongado. Não é esperado que provoque sensibilização respiratória.
Pode provocar irritação das vias respiratórias com tosse, espirros e falta de ar. Pode
provocar sonolência, vertigem e dor de cabeça. Pode causar dano ao sistema nervoso
central e fígado por exposição repetida e prolongada. A aspiração para o pulmão pode
resultar em pneumonite química (doença pulmonar causada pela inalação de substâncias
tóxicas, agressivas ao pulmão).
Inflamáveis
Perigos e Riscos:
Perigos e Riscos:
Coletivos
e
Individual
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
São equipamentos utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas
realizam determinada tarefa ou atividade. O Equipamento de Proteção Coletiva deve ser
usado prioritariamente ao uso do equipamento de proteção Individual, por exemplo: piso
antiderrapante ou fitas antiderrapante no piso para garantir que pessoas que transitam no
local não escorreguem é mais adequado, visto que protege um coletivo. E somente quando
essa condição não for possível, deve ser pensado o uso de bota de borracha ou outro
calçado com solado antiderrapante como Equipamentos de Proteção Individual – EPI para
proteção dos trabalhadores, pois são de uso apenas individual.
Elimina/neutraliza/sinaliza
o RISCO
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
Os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC são dispositivos utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos
riscos inerentes aos processos, tais como a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a
sinalização de segurança dentre outros. Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não eliminar os riscos completamente ou se oferecer
proteção parcialmente.
Exemplos de EPC
Os tipos de EPI’s utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade ou de riscos que poderão
ameaçar a segurança, e a saúde do trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais
como:
Proteção Auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auditivos:
Proteção Respiratória: máscaras e filtros:
Proteção visual e facial: óculos e viseiras:
Proteção da cabeça: capacetes;
Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;
Proteção de tronco, pernas e pés;
Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões.
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado só poderá ser posto à venda ou
utilização com o Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Fontes de Ignição e Seu Controle
Fontes de Ignição
Uma mistura dentro dos limites de inflamabilidade necessita apenas de um elemento para
que se inicie um incêndio ou explosão. A Fontes de Ignição, podem ser (faíscas, centelhas,
chamas abertas, pontos quentes eletricidade estática, etc.). Na presença de produtos
inflamáveis, é de fundamental importância o controle das referidas Fontes de Ignição.
Chama Direta: É a fonte de energia mais fácil de ser identificada. Algumas chamas
oxicombustíveis, por exemplo, podem atingir temperaturas variando de 1.800 °C
(hidrogênio ou GLP com oxigênio) a 3.100 °C (acetileno/oxigênio).
Fontes de Ignição
Misturas Perigosas: Sempre que possível, deverá ser evitada qualquer mistura acidental
de líquidos inflamáveis. Por exemplo: uma pequena quantidade de acetona dentro de um
tanque de querosene, pode baixar o ponto de fulgor do seu conteúdo devido à volatilidade
relativamente alta de acetona, o que cria uma mistura inflamável quando da utilização
desse mesmo querosene. A gasolina misturada com um óleo combustível pode mudar o
ponto de fulgor deste, de tal forma que seja perigoso um uso corriqueiro. Em cada caso, o
ponto de fulgor baixo pode fazer as vezes de um detonador para ignição de materiais que
têm ponto de fulgor altos
Controle
Dependendo do tamanho dos recipientes, devem ser previstas bandejas para contenção
de vazamentos;
Tratando-se de pequenos depósitos no exterior de prédios e isolados é conveniente que
a cobertura tenha baixa resistência (por exemplo: fibrocimento);
Evitar que existam degraus no acesso ao depósito, para reduzir o risco de tombamento
dos meios de transporte;
Quando são utilizadas pequenas quantidades de inflamáveis, recomenda-se que o
armazenamento seja feito em armários especiais (sinalizados e com resistência ao fogo
de 15 minutos);
A transferência de líquidos inflamáveis só deverá ser realizada após todos os elementos
metálicos estarem conectados eletricamente entre si e a terra;
Controle
Reserva de água para incêndio: pode ser reservatório elevado ou subterrâneo; Bomba de
incêndio elétrica ou diesel.
SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO
P.A.E
Objetivos:
Proporcionar aos ocupantes preparação para uma resposta rápida, eficiente e segura em
situações de emergências;
Responder a uma emergência, priorizando a proteção efetiva da vida, a segurança e o
bem estar do público, a prevenção do meio ambiente, da reputação e da imagem da
instituição; protegendo as instalações até o restabelecimento seguro das operações;
Designar a equipe que administrará a emergência;
Definir relação e responsabilidade da equipe de atendimento a emergências;
Definir os procedimentos a serem seguidos em caso de uma emergência;
Documentar todos os recursos utilizados nas ações de controle e extinção da emergência;
Cumprir a lei e normas vigentes.
PROCEDIMENTOS PARA EMERGÊNCIAS
Consideram-se como emergência, situação especial, decorrente de acidentes e incidentes de qualquer natureza, capazes de
provocar danos às pessoas, equipamentos ou ao meio ambiente, exigindo para o seu controle e eliminação, a interrupção
obrigatória e imediata das rotinas normais de trabalho, podendo ser de:
As situações de emergência podem, na maioria dos casos, serem prevenidas ou pelo menos
controladas através de um bom planejamento, fazendo com que suas conseqüências possam
ser praticamente insignificantes. Elas podem se dar de diversas maneiras :
INCÊNDIOS;
ACIDENTES NATURAIS;
INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE ENERGIA;
VAZAMENTO DE GÁS;
VAZAMENTO DE LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS;
QUEDA DE BALÃO;
ACIDENTES PESSOAIS GRAVES.
Procedimentos para Emergências
PROCEDIMENTO DE ATUAÇÃO
Os componentes da Brigada de Emergência deverão se dirigir ao local da ocorrência e
prestar o atendimento devido.
Análise da situação
Após o alerta, o Brigadista deverá analisar a situação de emergência. Havendo necessidade,
acionar o Corpo de Bombeiros e desencadear os procedimentos necessários, que podem ser
priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o número de Brigadista e os
recursos disponíveis no local.
Primeiros socorros
Prestar os primeiros atendimentos às possíveis vítimas, com eventual transporte e posterior
socorro especializado, devendo ser utilizado, se possível, a caixa de primeiros socorros.
Procedimentos para Emergências
Procedimento de atuação
Corte de energia
Em caso de incêndio, onde seja necessária a intervenção com hidrante ou extintor de água
pressurizada, os disjuntores dos quadros de distribuição elétrica da área sinistrada deverão ser
desligados. Neste caso, somente pessoas habilitadas deverão realizar o corte de energia local ou
geral.
Corte de abastecimento
Em caso de incêndio nas áreas que utilizam líquidos inflamáveis e combustíveis, o fornecimento
deverá ser imediatamente cortado, assim como em caso de vazamento nas linhas de distribuição
ou equipamentos. Neste caso, somente pessoas habilitadas deverão realizar o corte .
Combate ao fogo
Em caso de incêndio o fogo deverá ser combatido imediatamente.
Procedimentos para Emergências
Abandono de área
Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário, transferindo-se aos
Pontos de Concentração (área segura, distante do local do sinistro), conforme comunicação
preestabelecida, permanecendo nestes pontos até a definição final.
Procedimentos para Emergência
Abandono de Área
TODOS OS ENVOLVIDOS NO ABANDONO DEVERÃO TRANSMITIR SEGURANÇA, CALMA
E AGILIDADE EM SUAS AÇÕES.
Isolamento de Área
Deve-se isolar fisicamente o local da ocorrência, de modo a garantir os trabalhos de emergência
e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.
Investigação
Levantar as possíveis causas da emergência e suas consequências e emitir relatório para adoção
de medidas corretivas para evitar a repetição da ocorrência
Observação
Com a chegada do órgão oficial competente (Corpo de Bombeiros) a brigada deve ficar a sua
disposição.
Procedimentos para Emergências
Ambulância – 192